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NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

NEEJA

ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL

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MÓDULO 09

COMPETÊNCIAS:

 Conhecer as representações afro brasileira;


 Compreender como produção cultural e diversificar suas origens.

HABILIDADES:
 Reconhecer a importância da arte e das manifestações culturais na sociedade e
na vida das pessoas;
 Caracterizar a pintura afro brasileira e africana;
 Analisar a evolução Histórica do homem em sua expressão artística.

CONTEÚDOS:

 Arte africana;
 Arte brasileira;
 Origens da historia da arte africana e brasileira;
 Escultura e religião.

ARTE AFRICANA

História e características da arte africana 


 
O continente africano acolhe uma grande variedade de culturas, caracterizadas
cada uma delas por um idioma próprio, tradições e formas artísticas
características. O deserto do Saara atuou e continua atuando como uma
barreira natural entre o norte da África e o resto do continente. Os registros
históricos e artísticos demonstram indícios que confirmam uma série de
influências entre as duas zonas. Estas trocas culturais foram facilitadas pelas
rotas de comércio que atravessam a África desde a antiguidade. 

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Podemos identificar atualmente, na região sul do Saara, características da arte
islâmica, assim como formas arquitetônicas de influência norte-africana.
Pesquisas arqueológicas demonstram uma forte influência cultural e artística
do Egito Antigo nas civilizações africanas do sul do Saara. 
 
A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia
dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido
matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos
da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da
abstração e do naturalismo na arte africana. 
 
A história da arte africana remonta o período pré-histórico. As formas artísticas
mais antigas são as pinturas e gravações em pedra de Tassili e Ennedi, na
região do Saara (6000 AC ao século I da nossa era). 
 
Outros exemplos da arte primitiva africana são as esculturas modeladas em
argila dos artistas da cultura Nok (norte da Nigéria), feitas entre 500 AC e 200
DC. Destacam-se também os trabalhos decorativos de bronze de Igbo-Ukwu
(séculos IX e X) e as magníficas esculturas em bronze e terracota de Ifé (do
século XII a XV). Estas últimas mostram a habilidade técnica e estão
representadas de forma tão naturalista que, até pouco tempo atrás, acreditava-
se ter inspirações na arte da Grécia Antiga. 
 
Os povos africanos faziam seus objetos de arte utilizando diversos elementos
da natureza. Faziam esculturas de marfim, máscaras entalhadas em madeira e
ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de arte remetem
ao cotidiano, a religião e aos aspectos naturais da região. Desta forma,
esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas das tradições,
personagens do cotidiano etc. 
 

A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto


de arte é funcional e expressam muita sensibilidade. Nas pinturas, assim

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como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação
com os valores étnicos, morais e religiosos. A escultura foi uma forma de arte
muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim
como matéria prima. Representando um disfarce para a incorporação dos
espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um
significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e
funerais. As máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o
material mais utilizado é a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação
com a entidade sagrada, são modeladas em segredo na selva. Visitando os
museus da Europa Ocidental é possível conhecer o maior acervo da arte
antiga africana no mundo.

Máscara do século XVI, Nigéria. Máscara de madeira Máscara feita de barro

MÁSCARAS AFRICANAS
As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem
síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões
da vontade criadora do africano.
Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as
primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de
peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento
de seu significado simbólico.
A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade e,
servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro
ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma
máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força
vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua
morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente
redistribuída em benefício da coletividade. Como exemplo dessas máscaras
destacou as Epa e as Gueledeé ou Gelede.

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Máscara Gueledeé do Benin no Brasil Máscara de Epa Máscara gelade

ARTE AFRICANA NA PINTURA

A pintura é empregada na decoração das paredes dos palácios reais,


celeiros, das choupas sagradas. Seus motivos, muito variados, vão desde
formas essencialmente geométricas até a reprodução de cenas de caça e
guerra. Serve também para o acabamento das máscaras e para os adornos
corporais. A mais importante manifestação da arte africana é, porém, a
escultura. A madeira é um dos materiais preferidos. Ao trabalhá-la, o escultor
associa outras técnicas (cestaria, pintura, colagem de tecidos).

A pintura na África, assim como em diversas localidades do mundo, se deu por


influência de outros países. Retratar momentos do cotidiano com a utilização
de cores fortes é umas das principais características da pintura africana, que se
dá por meio da pintura em tela, corporal e também, pintura mural.
As pinturas  se caracterizam pelo seu abstracionismo, com base em
símbolos e sinais. Tons amarelos, vermelhos e verdes predominam nas
pinturas deste tipo, correlacionando às formas geométricas aplicadas
principalmente, nas paredes em cerâmicas. Vale lembrar, que tanto esse tipo
de pintura, como as outras, são feitas manualmente.

Pintura na telha Pintura abstrata

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Pintura corporal

ARTE E RELIGIÃO

As civilizações africanas tem uma visão holística e simbólica da vida. Cada


indivíduo é parte de um todo, ligados, todos em função do cosmos em uma
eterna busca pela harmonia e de equilíbrio. Outro conceito fundamental na
filosofia da existência africana é a importância do grupo, para que a
comunidade viva, cada fiel deve participar seguindo o papel que lhe pertence
em nível espiritual e terreno.

Opon Ifá tabuleiro esculpido em madeira.

PRINCIPAIS RELIGIÕES

As únicas religiões que tem relação com a arte africana no Brasil são o
Candomblé, e o Culto aos Egungun efetivamente de origem africana.
O Culto de Ifá em menor número no Brasil é o maior responsável pela
divulgação da Yoruba Art em todo mundo, Estados Unidos, Cuba, Alemanha,
França, Inglaterra, Espanha, são os países onde o maior número de peças
pode ser encontrado, em museus e coleções particulares.
Literatura Africana-Dança Na dança africana, cada parte do corpo movimenta-
se com um ritmo diferente. Os pés seguem a base musical, acompanhados

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pelos braços que equilibram o balanço dos pés. O corpo pode ser comparado
a uma orquestra que, tocando vários instrumentos, harmoniza-os numa única
sinfonia. Outra característica fundamental é o policentrismo que indica a
existência no corpo e na música de vários centros energéticos, assim como
acontece no cosmo. A dança africana é um texto formado por várias camadas
de sentidos.

Esta dimensionalidade é entendida como a possibilidade de exprimir através e


para todos os sentidos. No momento que a sacerdotisa dança para Oxum, ela
está criando a água doce não só através do movimento, mas através de todo
o aparelho sensorial. A memória é o aspeto ontológico da estética africana. É
a memória da tradição, da ancestralidade e do antigo equilíbrio da natureza,
da época na qual não existiam diferenças, nem separação entre o mundo dos
seres humanos e os dos deuses.
A repetição do padrão-musical manifesta a energia que os fieis estão
invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de transe que leva ao
encontro com a divindade, muito usado em rituais.

O mesmo ato ou gesto é praticado num número infinito de vezes, para dar à
ação um caráter de atemporalidade, de continuação e de criação continua.
Nas danças africanas o contato contínuo dos pés nus com a terra é
fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para
enfatizar a vida que tem que ser vivida agora e neste lugar, ao contrario das
danças ocidentais performadas sobre as pontas a testemunhar a vontade de
deixar este mundo para alcançar outro. Existem várias danças. Entre elas
destacam-se: lundu, batuque, Ijexá, capoeira, Coco (dança) congadas e
jongo.
Tipos de Danças Africanas mais comuns: Ki zomba Ritmo quente, originário
de Angola, não para de conquistar cada vez mais praticantes. É uma das
danças sempre tocadas nas discotecas, não só africanas. Quente, suave,
apaixonante… Vários estilos, técnicas, influenciam. Toda variedade e
diversidade de Ki zomba. Samba É uma dança de salão angolana urbana.
Dançada a pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas
damas em passos totalmente largos onde o malabarismo dos cavalheiros

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conta muito no nível de improvisação. O Samba caracteriza-se como uma
dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas sim dança de
divertimento principalmente em festas, dançada ao som do Samba. Danças
Caboverdianas Toda a variedade de ritmos originários de Cabo Verde:
Funána, Mazurka, Morna, Coladera, Batuque. Danças Tribais Uma forte
característica trazida para o Estilo Tribal das danças tribais é a coletividade.
Não há performances solos no Estilo Tribal. As bailarinas, como numa tribo,
celebram a vida e a dança em grupo. Dentre as várias disposições cênicas do
Estilo Tribal estão a roda e a meia lua. No grande círculo, as bailarinas têm a
oportunidade de se comunicarem visualmente, de dançarem umas para as
outras, de manterem o vínculo que as une como trupe. Da meia lua, surgem
duetos, trios, quartetos, pequenos grupos que se destacam para levar até o
público esta interatividade.

ESCULTURAS

A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos
usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um
disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças
mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte
africana sendo usadas nos rituais e funerais. As máscaras são
confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é a
madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada,
são modeladas em segredo na selva. Visitando os museus da Europa
Ocidental é possível conhecer o maior acervo da arte antiga africana no
mundo.

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Escultura da tribo Makonde, da África Oriental, c. 1974.

ESCULTURAS EM OUTROS MATERIAIS

Além das esculturas em madeira existem os objetos confeccionados com


fragmentos de vidro(apesar de estes serem raros) das mais variadas cores,
colocados em gorros, possuindo uma gama de figuras humanas e de animais,
feitas com fio de algodão que passam por todo o tecido, colocados sempre
em combinação vertical. As pedras podem ser alternadas por Cowrys,
caudilhos metálicos ou de seda e
algodão.

tecido Kente do Gana.

Neide da Costa tecelã do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, Salvador, Bahia.

Os tecidos são lisos ou estampados, os bordados são rebordados com linhas


e com pedras de vidro. Confeccionam roupas longas e gorros. A inventividade
do bordado com pedras de vidro está muito espalhada nas populações da
República da Nigéria. Os suportes para abanos, crinas e rabos de animais,
também decoram com pedras de vidro, caudilhos e cauris.
Os tecidos e o vestuário chegaram a um desenvolvimento plástico
considerável em zona de cultura urbana, assimilando muitos elementos da
indumentária islâmica e outros introduzidos pelos europeus colonialistas. O
tear horizontal permitiu a confecção variada de tiras que posteriormente se
juntam longitudinalmente para formar tecidos maiores. Deste tipo de
confecção o mais característico é o chamado Kente, entre os Ashanti. Ainda
entre estes tecidos está o estampado chamado Denkira, com figuras
diferentes que se combinam para estruturar um desenho ou determinar um
motivo fundamental. Os desenhos são imersos em uma tintura vegetal e
impressos em tecido branco estendido em uma almofada. O Alaká africano,

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conhecido como pano da costa no Brasil é produzido por tecelãs do terreiro
de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, no espaço chamado de Casa
do Alaká.

MATERIAIS USADOS

Ferro

O ferro é utilizado a partir de uma prancha fundida mediante pressão e calor.


São confeccionados muitos atributos em várias formas pelos Abomei, de
quem é a imagem da entidade Gu, dono do ferro representado por uma figura
antropomorfa. Com a mesma técnica são encontrados vários atributos a
variadas entidades e também vários instrumentos musicais.
Nestas, os detalhes da figura humana estão um pouco resumidos,
destacando algumas marcas regionais, e nisto, assim como nas proporções
gerais, diferem das de Ifé, nas que se percebe a procura dos modelos
anatômicos, como se fossem retratos, dentro de
um tamanho menor. As cabeças de bronze
apresentam variedades de caracteres faciais,
presos em detalhes sutis que permitem apreciar
diferentes expressões nos rostos e até incluem
algumas deformações anatômicas.

Influência africana

No dia 28 de Outubro de 1846, o Presidente da República Joaquin Suarez,


aboliu a escravidão no Uruguai num processo que começou em 1825. Com a
abolição da escravidão, os rituais de dança africanos foram descritos em
alguns documentos em Montevidéu e no campo, que ficaram conhecidos
como Tangos. O tango se desenvolveu simultaneamente em Montevidéu e
em Buenos Aires. Tradicionalmente considera-se uma criação de imigrantes
italianos e espanhóis, os
conhecedores opinam que a dança e a
música africana influenciaram

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profundamente a música e os movimentos da dança que se associam com o
tango.

Tango

Arte africana na atualidade

Muitas das chamadas artes tradicionais da África estão sendo ainda


trabalhadas, entalhadas e usadas dentro de contextos tradicionais. Mas,
como em todos os períodos da arte, importantes inovações também têm sido
assimiladas, havendo uma coexistência dos estilos e modos de expressão já
estabelecidos com essas inovações que surgem. Nos últimos anos, com o
desenvolvimento dos transportes e das comunicações dentro do continente,
um grande número de formas de arte tem sido disseminado por entre as
diversas culturas africanas. A arte Africana tem uma coisa interessante. Você
pode achar semelhança entre dois países sem eles se assemelharem.
Além das próprias influências africanas, algumas mudanças têm sua origem
em outras civilizações. Por exemplo, a arquitetura e as formas islâmicas
podem ser vistas hoje em algumas regiões da Nigéria, em Mali, Burkina Faso
e Niger. Alguns desenhos e pinturas do leste indiano têm bastante
similaridade em suas formas com as esculturas e máscaras de artistas dos
povos Dibibio e Efik que se estabelecem ao sul da Nigéria. Temas cristãos
também têm sido observados nos trabalhos de artistas contemporâneos,
principalmente em igrejas e catedrais africanas. Vê-se ainda na África, nos
últimos anos, um desenvolvimento de formas e estruturas ocidentais
modernas, como bancos, estabelecimentos comerciais e sedes
governamentais.

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Os turistas também tem sido responsáveis por uma nova demanda das artes,
particularmente por máscaras decorativas e esculturas africanas feitas de
marfim e ébano. O desenvolvimento das escolas de arte e arquitetura em
cidades africanas tem incentivado os artistas a trabalhar com novos meios,
tais como cimento, óleo, pedras, alumínio, com uma utilização de diferentes
cores e desenhos. Ashira Olatunde da Nigéria e Nicholas Mukomberanwa de
Zimbábue estão entre os maiores patrocinadores desse novo tipo de arte na
África.

Picasso e a África

A arte africana exprime usos e costumes das tribos africanas.


É uma arte extremamente voltada ao espírito religioso, característica marcante
dos povos africanos. Essa produção irá influenciar a obra do pintor
espanhol Pablo Picasso (1881-1973), mesmo nunca tendo ido a África,
produzia obras com máscaras e estátuas que ele tinha com ele enquanto
trabalhava. Picasso dizia que o "vírus" da arte africana o tinha contagiado.
Pablo Picasso, por volta de 1905, tomou conhecimento da arte africana - e aí
surgiu nitidamente a inspiração para o movimento cubista.
Um exemplo dessas influencia é o importante quadro "Les Demoiselles
D'avignon".
Para os africanos, a máscara representava um disfarce místico com o qual
poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las na cura de
doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e
nascimentos.
O material mais utilizado é a madeira, embora existam também peças
singulares de marfim, bronze e terracota.
Antes de começar a entalhar, o artesão realiza uma série de rituais no bosque,
onde normalmente desenvolve o trabalho, longe da aldeia e usando ele próprio
uma máscara no rosto.

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Pablo Picasso, por volta de 1905, tomou conhecimento da arte africana que
se tronou, nitidamente, a inspiração para o movimento cubista.

Um exemplo dessas influencia é o importante quadro "Lês Demoiselles


D'avignon".

Outros artistas modernos e a arte africana

Além de Pablo Picasso (1881-1973), diversos outros artistas ocidentais do


século XX também assimilaram criativamente a influência da arte africana,
permitindo que ela renovasse seus próprios meios de expressão. Um desses
artistas foi Henri Matisse. Conforme registra José D'Assunção Barros em um
artigo sobre As influências da Arte Africana na Arte Moderna, o diálogo com

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as variadas formas africanas de expressar e representar o mundo e as
expectativas sobrenaturais aparece bastante em uma parte relevante da
produção matissiana, que se desenvolve paralelamente àquela pintura que o
celebrizou, e que se caracterizam essencialmente pelas cores fortes e puras.
O autor se refere, neste caso, à escultura de Matisse, que nem sempre é tão
lembrada como sua arte pictórica, mas que ocupa certamente um lugar
singular na história da arte ocidental. A escultura matissiana é especialmente
inspirada na estatuária africana – particularmente a partir de algumas peças
que o artista francês adquirira em 1906 – e revela-se aí um dos gêneros
através dos quais as diversas formas de expressão africanas puderam
penetrar mais decisivamente na arte moderna, além daquele outro gênero
que incidiu mais diretamente sobre a pintura cubista de Pablo Picasso, e que
foi a arte das máscaras ritualísticas.

ARTE POPULAR
Arte Popular é a atribuição que se dá a produções artísticas (pintura, literatura,
escultura, etc.) com relevante valor, de pessoas que nunca se especializaram
em arte, de fato, frequentando escolas e etc. Basicamente, é a arte do povo,
sendo o Brasil, um dos principais celeiros de inúmeros artistas criativos da
história do país. A cultura popular é a principal raiz dessa arte.

O artista popular dedica seu tempo livre, sua folga do trabalho para criar sua
arte. Muitas vezes de maneira solitária, em alguns casos com ajuda da família.
De maneira geral, não consegue sobreviver e sustentar família somente dos
trabalhos artísticos realizados. Os principais compradores e revendedores da
arte popular são feiras e mercados.

Uma escultura, por exemplo, pode ser utilizada na igreja (culto católico aos
santos), como item de decoração em casas ou até para brincadeiras infantis.

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Escultura popular

Pintura popular

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Artesanato popular

Baile popular de Di Cavalcanti

ARTE ERUDITA
No mundo cultural há uma grande diversidade de manifestações, tanto das
artes populares como eruditas.
A arte erudita se originou no período colonial na Europa, nesse tempo foi
iniciados os movimento barroco, neoclassicismo, renascimento.

Arte Erudita
Ela é caracterizada por impressões de vanguarda, que são feitas por artistas
especiais que pensam além de seu tempo e marcam uma época e nela são
usadas técnicas complexas e diferenciadas.

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Esse tipo de arte não é feito para o público popular e nem visa o
reconhecimento geral, mas buscam os museus, casas de arte, os críticos de
arte, um grupo de pessoas que possuem um gosto mais refinado pelas
manifestações artísticas em geral.
No Brasil temos representantes famosos das artes eruditas, principalmente do
barroco e rococó, como Antonio Francisco Lisboa nas esculturas, Aleijadinho,
responsável pelas obras nas igrejas de Minas Gerais e nas pinturas. O
representante maior é Manuel da Costa Ataíde e muitos outros artistas que
também se destacaram no cenário mundial com sua arte erudita.

Monalisa- Leonardo da Vinci Noite estrelada- Van Gogh

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Abaporu- Tarsila do Amaral

Arte Popular e Arte Erudita


Para ficar mais evidente a diferença entre arte popular e arte erudita, é
fundamental traçarmos algumas pontuais diferenças.

A arte popular é a arte da intuição, aquela em que o artista exerce seu ofício
sem ter frequentado escolas de artes para esse fim. Apesar disso, suas obras
são de altíssimo reconhecimento estético e artístico.

Os artistas se inspiram em sua regionalidade, crenças, lendas e costumes


típicos de sua cultura. Seu humilde cotidiano e as dificuldades do dia-a-dia são
refletidas na obra. Um artista brasileiro muito conhecido por ser intensamente
influenciado pela arte popular é Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Já a arte erudita é oriunda de artistas com aprimorado conhecimento técnica,


de elevada exigência estética, que criam obras de valor universal, e acabam
marcando época com suas inovações, além de proporcionar ao espectador
intensa reflexão e questionamento a respeito da obra. Um exemplo de arte
erudita é famoso quadro “Monalisa” de Leonardo da Vinci.

Principais Artistas no Brasil

 Ciro Fernandes (Paraíba, 1942);

 Aberaldo Santos (Alagoas, 1960);

 Gerson de Souza (Pernambuco, 1926);

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 Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro, 1898);

 Cizin (Ceará, 1980).

BIBLIOGRAFIA:

http://cef08planaltina.blogspot.com.br/2013/06/o-artista-pablo-
picasso-e-arte-africana.html

http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/arte-africana-teria-
influenciado-pablo-picasso

www.museuafrobrasil.org.br/o-museu/história

https://pt.wikipedia.org/wiki/Afro-brasileiros

www.suapesquisa.com/artesliteratura/arte_africana.htm

www.portaldarte.com.br/arteafricana.htm

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