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ARTES II
ÍNDICE
ARTE AFRICANA.....................................................................................................................3
ARTE BARROCA......................................................................................................................9
NEOCLASSICISMO.................................................................................................................13
ROMANTISMO.....................................................................................................................15
IMPRESSIONISMO................................................................................................................17
EXPRESSIONISMO.................................................................................................................19
CUBISMO.............................................................................................................................22
ABSTRACIONISMO................................................................................................................24
O QUE É SOM?.....................................................................................................................26
REFERÊNCIAS........................................................................................................................35
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ARTE AFRICANA
Podemos dizer que os africanos conseguiram produzir uma arte bastante livre, mas
ainda assim preservando o rigor que suas tradições exigiam em busca de um entendimento da
espiritualidade e ancestralidade.
Suas esculturas mais antigas encontradas, datam de 1.500 a.C., e foram produzidas
pela cultura Nok, na região onde hoje se localiza a Nigéria.
Mas o material mais utilizado pelos povos africanos certamente foi a madeira, com a
qual produziram máscaras e esculturas.
Máscaras africanas
Nas várias culturas que lá existem, elas fazem parte do universo artístico e expressivo,
além de serem fortes elementos de conexão entre os seres humanos e o mundo espiritual.
Elas foram e são produzidas, na maior parte das vezes, como instrumento de rituais, de
maneira que se tornam também disfarces, representações de deuses, de forças da natureza,
antepassados e de seres de outro mundo, além de animais.
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Outra ponto importante é o fato de essas peças serem criações de uma pessoa
especial na comunidade. Lá, os artistas têm a responsabilidade de produzir máscaras que
representem toda a coletividade, e não apenas os anseios e inspirações individuais, como no
Ocidente.
No final do século XIX e início do século XX, novas bases para a arte ocidental estavam
sendo criadas, foram às chamadas vanguardas europeias.
Alguns artistas se depararam nesse período com a arte produzida pelos povos
africanos e ficaram impactados, incorporando assim elementos afros em suas produções.
O artista que usou a arte africana mais intensamente foi o espanhol Pablo Picasso. Esse
pintor incluiu referências diretas dessa arte em suas obras, sobretudo de máscaras tribais.
À esquerda, autorretrato de Picasso, produzido durante sua "fase africana", que vai de
1907 a 1909. À direita, máscara tribal africana
Picasso foi um dos responsáveis pela criação do movimento cubista, que fragmentava
as figuras, trazendo uma nova maneira de enxergar o mundo e representá-lo.
Em 2018, foi elaborado um documento que propõe que os museus franceses deverão
devolver o acervo artístico e cultural dos povos africanos para seu continente de origem.
Isso porque, a maior parte das peças de arte africanas encontra-se em museus na
Europa, pois foram levadas da África pelos povos colonizadores.
Estipula-se um período de cinco anos para que esse patrimônio volte aos seus países
de forma temporária ou permanente.
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Entretanto, assim como no resto do mundo, a África continua produzindo arte e possui
também artistas contemporâneos com produções que trazem enorme contribuição para o
mundo atual.
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ARTE INDÍGENA BRASILEIRA
A arte indígena está presente na essência do povo brasileiro, sendo um dos pilares
para a cultura do país. Cultura que é resultado da mistura de vários grupos, dentre eles os
povos indígenas - os primeiros habitantes do território nacional.
Atualmente, existem cerca de 300 etnias indígenas no Brasil, cada uma com
comportamentos e costumes diferentes. Entretanto, existem várias características comuns
encontradas em diversas tribos.
Vale lembrar que a utilização de partes de animais no artesanato é exclusiva dos povos
das florestas, mas sua comercialização é proibida.
Além disso, é preocupante constatar que as expressões artísticas dos povos indígenas
vem sendo destruídas rapidamente, assim como sua própria população.
Cerâmica Indígena
A cerâmica é um exemplo de arte que não está presente em todas as tribos, sendo
ausente entre os Xavantes, por exemplo.
Importante destacar que os índios não utilizam a roda do oleiro e, ainda assim,
conseguem desenvolver impressionantes peças.
A cerâmica do povo Marajoara, cujo nome advém do local onde ela teve origem (a Ilha
de Marajó) é conhecida no exterior e foi a primeira arte de cerâmica brasileira.
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Máscaras Indígenas
Há máscaras grandes, feitas com palhas compridas, que chegam a cobrir o corpo todo.
A máscara de cerâmica é exclusiva dos índios da etnia Mati.
As tintas usadas são naturais, ou seja, são feitas de plantas e frutos. O jenipapo é o
fruto mais usado. Os índios o utilizam para escurecer a pele, enquanto o urucum dá o tom
vermelho. Já o branco é conseguido através da tabatinga.
São as mulheres que pintam os corpos e os desenhos têm valor simbólico, retratando
um momento ou um sentimento.
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Os padrões gráficos mais elaborados são da cultura Kadiwéu. Já em 1560, essa pintura
impactou os colonizadores, que ficaram deslumbrados com tamanha técnica e beleza.
Infelizmente, hoje em dia essa tribo não realiza mais essa pintura corporal,
empregando os padrões em peças de cerâmicas para vender aos turistas.
Cestaria Indígena
Assim como a pintura corporal, a arte plumária serve também para indicar os grupos
sociais.
Na maior parte são os homens que desenvolvem a arte plumária. Essa arte passa por
um ritual: primeiro a caça, passando pelo tingimento (a chamada tapiragem), pelo corte nas
formas desejadas, e por fim, a amarração.
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ARTE BARROCA
Por ter se desenvolvido em diversos lugares, o estilo barroco não possui um caráter
homogêneo. Existem várias diferenças entre a produção realizada por cada artista em
localidades distintas.
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Estudiosos afirmam que foi no estilo barroco quando surgiram as primeiras expressões
de arte verdadeiramente brasileiras.
No Brasil, o Barroco tem seu apogeu no século XVIII e perdurou até o século XIX. No
nosso país, em virtude da riqueza do período colonial, temos um acervo marcante de obras de
expressão barroca.
Aqui, esse estilo está fortemente relacionado ao catolicismo. Existem muitas igrejas
barrocas, entretanto, também é possível encontrar outros projetos arquitetônicos com tais
características, por exemplo, câmaras municipais, penitenciárias e residências de pessoas
ilustres.
O maior ícone da arte barroca no Brasil foi o escultor Antônio Francisco Lisboa, o
Aleijadinho (1730-1814). Sua produção varia de trabalhos em madeira entalhada, pedra-sabão,
altares e igrejas e tem como características o uso das cores e a maneira simples e dinâmica de
retratar as cenas.
A mais requintada ocorreu nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e
Bahia, onde a economia era baseada na cana-de-açúcar e mineração. Nessas regiões são
encontradas igrejas com trabalhos em madeira, nos quais os relevos eram cobertos por
camadas de ouro. Há também janelas e portas que exibem minuciosas produções em
escultura.
Nas regiões menos abastadas do país, onde não havia a produção de açúcar nem o
ouro, o estilo arquitetônico barroco era mais simplificado. As igrejas não possuíam trabalhos
tão elaborados, pois eram realizados por artistas menos experientes e renomados.
Ouro Preto, localizada no estado de Minas Gerais, mantém uma riqueza cultural
decorrente desse período. É a cidade brasileira que mais se destaca no que respeita ao estilo
barroco.
O ouro havia sido descoberto em Minas Gerais, o que propiciou que fossem feitas
construções riquíssimas.
A cidade de Salvador é outro exemplo de expressão do Barroco. Nessa altura, ela era a
capital do Brasil (até 1763). Por esse motivo, além de pinturas e esculturas, abriga belas obras
arquitetônicas. É exemplo o Palácio do Governador.
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Arte Barroca na Europa
A obra O Êxtase de Santa Teresa é uma de suas esculturas mais impactantes e enaltece
o sentimento e dramaticidade. Nela, é representada Santa Teresa no momento em que um
anjo desfere golpes com uma flecha em seu peito, o que teria causado dor intensa, mas
despertado uma experiência mística de amor à Deus.
O pintor Caravaggio teve uma produção fortemente marcada por temas mais comuns.
Ele interessava-se por retratar pessoas do povo, como músicos, vendedores e ciganos. Esse
artista foge do conceito de beleza clássica proposto pelo Renascimento, que relacionava a
beleza com a aristocracia.
Mais tarde, o estilo barroco foi expandindo-se para outros territórios europeus e em
cada um dele, ganhou novos contornos, mais alinhados com a cultura local.
Nos Países Baixos, a pintura barroca foi marcada por um caráter descritivo, com cenas
da vida cotidiana doméstica e zelo pelo realismo nas representações.
Os maiores expoentes dessa vertente foram: Rubens (1577-1640), Frans Hals (1581-
1666), Rembrandt (1606-1669) e Vermeer (1632-1675).
O artista holandês Rembrandt é um nome famoso pelo uso expressivo da luz e sombra
nas composições, conhecido por estilo luminista. Ele explorava todos os aspectos que a
luminosidade pode oferecer, como os contrastes, meio-tons, penumbras e luzes fortes.
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barroco holandês
Em Portugal,esse estilo também marcou presença e vigorou de 1580 até 1756, ano de
inauguração da Arcádia Lusitânia e quando surge um novo estilo. O escultor português de
maior destaque dentro da arte barroca foi Machado de Castro (1731-1822).
A pintura também focou nos temas sacros, sendo que muitos tetos de igrejas foram
pintados com o estilo barroco.
Na escultura, grande parte das obras barrocas são sacras, as quais privilegiaram o usos
de materiais como barro cozido, cedro e pedra-sabão.
No barroco brasileiro, não podemos deixar de citar Manuel da Costa Ataíde (1762-
1830), considerado o maior pintor na área no período colonial. Na escultura, Aleijadinho ocupa
o papel de maior representante.
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NEOCLASSICISMO
Recebe esse nome uma vez que esteve baseado nos ideais clássicos. Trata-se de um
movimento de oposição aos exagero, rebuscamento e complexidades do Barroco.
Características do Neoclassicismo
Neoclassicismo
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Escultura Neoclassicista
Roma foi o grande e importante centro irradiador desse estilo com destaque para o
escultor italiano: Antonio Canova (1757-1822).
Neoclassicismo Brasileiro
No Brasil, o Neoclassicismo começa no século XIX. Ainda que não tenha tido tanta
representatividade no país, alguns monumentos, artes plásticas e obras literárias demostram
sua influência.
Além dele destacam-se os escritores: Santa Rita Durão (1722-1784), Basílio da Gama
(1741-1795) e Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).
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ROMANTISMO
O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas por
acontecimentos do final do século XVIII pela Revolução Industrial, que gerou novos inventos
com o objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção,
provocando a divisão do trabalho e o início da especialização da mão-de-obra, e pela
Revolução Francesa, que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos
individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do
homem e do Cidadão. Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se mais complexa.
O termo romântico foi empregue pela primeira vez na Inglaterra para definir o tema
das novelas pastoris e de cavalaria que existiam nessa época. Romântico significava pitoresco:
expressão de uma emoção que é definida e que foi provocada pela visão de uma paisagem.
Características:
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O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas por
acontecimentos do final do século XVIII pela Revolução Industrial, que gerou novos inventos
com o objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção,
provocando a divisão do trabalho e o início da especialização da mão de obra, e pela
Revolução Francesa, que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos
individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do
homem e do Cidadão. Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se mais complexa.
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IMPRESSIONISMO
O impressionismo foi uma tendência artística francesa com ênfase na pintura que
ocorreu no momento da chamada "Belle Époque" (1871-1914).
Essa vertente teve um papel muito importante para a renovação da arte do século XX,
sendo a grande propulsora das chamadas vanguardas europeias.
Pintura impressionista
Esse movimento foi um divisor de águas para a pintura. Seus artistas não se prendiam
aos ensinamentos do realismo acadêmico.
Esse novo estilo artístico concorria com produções acadêmicas. Para isso, havia locais
fora dos circuitos tradicionais da arte, como era o caso dos Salons, onde os pintores
impressionistas realizavam exposições exibindo suas telas.
Vale citar que as orientações estéticas impressionistas estão presentes nas produções
gráficas, na propaganda e noutras formas de comunicação de massa. Até os dias atuais elas
seguem influenciando novas estéticas.
Características do Impressionismo
• registro das tonalidades das cores que a luz do sol produz em determinados
momentos;
• figuras sem contornos nítidos;
• sombras luminosas e coloridas;
• misturas das tintas diretamente na tela, com pequenas pinceladas.
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Os impressionistas aboliram as temáticas históricas e mitológicas, bem como as
religiosas, buscando momentos cotidianos fugazes.
Ademais, procuravam uma expressão artística que estivesse focada nas impressões da
realidade em detrimento da razão e da emoção.
Como perceberam a fonte das cores nos raios solares, buscaram captar a mudança no
ângulo dos mesmos e na implicação disso na alteração de cores. Procuravam também realizar
as misturas cromáticas na própria tela, fixando as tintas em pequenas manchas de cor.
Impressionismo no Brasil
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EXPRESSIONISMO
Origem do Expressionismo
A primeira vez que o termo surgiu foi em 1911, na revista Der Sturm (A Tempestade).
O periódico alemão era o veículo de comunicação mais importante do movimento.
Outro grupo com grandes tendências expressionistas foi o Der Blaue Reiter (O
cavaleiro azul), formado em 1911 por Franz Marc (1880-1916) e Wassily Kandinsky (1866-
1944).
Sua obra mais importante é O Grito (1893). Ela representa uma das telas mais
emblemáticas do movimento expressionista.
Outro artista essencial para o surgimento da vertente foi o holandês Vincent Van
Gogh, integrante do pós-impressionismo.
Ele foi um homem que viveu intensamente a arte e transmitia em suas obras os
sentimentos de maneira dramática e sem preocupar-se tanto com os efeitos técnicos da
iluminação em suas composições. Uma de suas grandes obras é A Noite Estrelada (1889).
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Características do Expressionismo
Com uma visão trágica do ser humano, muito por conta do contexto histórico da
Primeira Guerra Mundial, o Expressionismo, como o próprio nome sugere, busca ser uma
expressão dos sentimentos e das emoções.
Expressionismo no Brasil
Além dele, Anita Malfatti (1889-1964), que na Alemanha teve contato com artistas do
Expressionismo, também foi fortemente influenciada por essa corrente.
Outros nomes que beberam da fonte foram Oswaldo Goeldi (1895-1961), Lasar Segall
(1891-1957) e, posteriormente, Flávio de Carvalho (1899-1973) e Iberê Camargo (1914-1994).
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• Cândido Portinari (1903-1962)
• Anita Malfatti (1889-1964)
• Diego Rivera (1886-1957)
• Georges Rouault (1871-1958)
• Chaim Soutine (1893-1943)
• David Siqueiros (1896-1974)
• Vincent Van Gogh (1853-1890)
Arte Expressionista
Com dito anteriormente, o Expressionismo foi um estilo artístico utilizado por diversas
categorias da arte, expresso na arquitetura, escultura, pintura, literatura e música.
Arquitetura Expressionista
Pintura Expressionista
A pintura expressionista deu grande ênfase nas cores como forma de criar efeito de
dinamismo e o sentimentalismo fruto de suas emoções e sentimentos mais profundos.
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CUBISMO
O cubismo foi uma vanguarda artística europeia marcada pelos uso de formas
geométricas. Surgido no início do século XX na França, esse novo estilo rompeu com os
modelos estéticos que só valorizavam a perfeição das formas.
Origem do Cubismo
O marco para o surgimento do cubismo foi em 1907, com a tela Les Demoiselles
d'Avignon (As damas d'Avignon), do pintor espanhol Pablo Picasso.
Essa obra apresenta influências visíveis das esculturas africanas e das pinturas do pós-
impressionista francês Paul Cézanne.
Ao lado de Picasso, o pintor e escultor francês Georges Braque também foi fundador
do movimento cubista.
No plano conceitual, o cubismo pode ser considerado como uma arte que privilegia o
exercício mental como maneira de expressão das ideias. Ao romper com a perspectiva
consagrada das linhas de contorno, a natureza passa a ser retratada simplificadamente. Isso
permite maior abstração sobre os atributos estéticos da obra, ao mesmo tempo em que recusa
a ideia de arte enquanto pura imitação da natureza. Sobre isso, Georges Braque afirmou:
Vale citar que este estilo abandona distinções entre forma e fundo ou qualquer noção
de profundidade. Os temas como naturezas mortas urbanas e retratos são utilizados pelos
pintores cubistas como recursos para experimentar e criar baseados nas particularidades dessa
vertente.
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Cubismo e Ciência
Nesse momento, a arte irá se colocar, especialmente com o cubismo, em sintonia com
investigações científicas de ponta que ocorriam na física e na geometria.
Isso permitiu aos artistas cubistas a formulação de um conceito espacial até então
inédito, a saber, a "quarta dimensão". Nela, as propriedades espaço-temporais estão em
afinidade com a "Teoria da Relatividade" (1905) de Einstein.
Cubismo no Brasil
À esquerda, São Paulo (1924), de Tarsila do Amaral. À direita, Pietà (1966), de Rego Monteiro
A artista Tarsila do Amaral foi umas personalidades que utilizou características cubistas
em suas telas. Nelas, notamos a influência dessa vanguarda europeia pelo uso das formas
geométricas.
Ainda nas artes plásticas, vale ressaltar os trabalhos de outros artistas brasileiros: Anita
Malfatti, Rego Monteiro e Di Cavalcanti.
Já a literatura cubista no Brasil teve como destaque as obras dos escritores: Oswald de
Andrade, Raul Boop e Érico Veríssimo. Note que a literatura cubista teve como foco a
"destruição da sintaxe", pondo fim à linearidade.
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ABSTRACIONISMO
O Abstracionismo, ou arte abstrata, é um estilo artístico moderno das artes visuais que
prioriza as formas abstratas em detrimento das figuras que representam algo da nossa própria
realidade.
Dessa forma, podemos dizer que esse tipo de arte é uma obra “não representacional”,
ao contrário da arte figurativa, expressa por meio de figuras que retratam a natureza.
O pintor russo Wassily Kandinsky é considerado o precursor da arte abstrata com suas
obras Primeira Aquarela Abstrata (1910) e a série Improvisações (1909-14).
Origem do abstracionismo
Abstracionismo no Brasil
Mais tarde, as vanguardas inspiraram outras correntes da arte nacional, como a arte
abstrata, que passou a ser produzida no país em torno da década de 40.
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Dentre os maiores representantes da arte abstrata no Brasil estão:
Abstracionismo geométrico
Influenciada pelo cubismo e o futurismo, essa vertente está pautada na geometria das
formas e no racionalismo.
• Racionalidade;
• Valorização de reflexão intelectual;
• Organização e uso de formas geométricas;
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O QUE É SOM?
O som é um fenômeno acústico. Sons são ondas produzidas pela vibração de um corpo
qualquer, transmitida por um meio (gasoso, sólido ou líquido), por meio de propagação de
frequências regulares ou não, que são captadas pelos nossos ouvidos e interpretadas pelos
nossos cérebros.
Todos os sons conhecidos são produzidos por vibrações. Quando agitamos ou tocamos
algum instrumento, uma parte dele vibra. As vibrações produzidas se deslocam formando
ondas sonoras que são captadas por nossos ouvidos. Essa propagação é semelhante às
ondulações que se formam na água de um lago quando jogamos uma pequena pedra.
Cada instrumento possui uma característica diferente, por isso são tocados de formas
diferentes. Os instrumentos podem ser dedilhados, percutidos, sacudidos, soprados.ou
produzidos por interferência eletrônica.
Elementos Formais
Os elementos formais são características próprias que dão forma à música, percebidas
pelos nossos ouvidos. São cinco os elementos formadores do som, e é articulando esses cinco
elementos que se criam músicas:
Composição
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Timbre
Cada objeto ou material possui um timbre que é único, assim como cada pessoa possui
um timbre próprio de voz, tão individual quanto as impressões digitais.
Intensidade
O que é intensidade?
Altura
É por meio da altura que podemos distinguir um som agudo (fininho, alto), de um
grave (grosso, baixo). A altura de um som musical depende do número de vibrações. As
vibrações rápidas produzem sons agudos e os lentos sons graves. São essas vibrações que
definem cada uma das notas musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si; assim, a velocidade da onda
sonora determina a altura do som, por isso cada nota tem sua frequência (número de
vibrações por segundo). A altura de um som pode ser caracterizada como definida ou
indefinida. Em ambos os casos, os sons podem ser agudos ou graves. Os instrumentos de
altura indefinida são incapazes de produzir uma melodia, visto que a maioria deles emite um
só som, que a voz humana ou outro instrumento de altura definida não conseguem imitar.
Densidade
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Duração
Alguns sons possuem ressonância curta, isto é, continuam soando por um breve
período de tempo, como o som dos tambores, e outros tem ressonância longa, como os sons
dos sinos que permanecem soando por um período de tempo maior.
O que é harmonia?
Como o próprio nome já diz, a harmonia está relacionada à arte de combinar os sons,
de fazer com que diferentes sons soem em “harmonia” entre si. Musicalmente falando, a
harmonia é o estudo dessa combinação de sons e a relação dos intervalos que existe entre
eles.
Portanto, dependendo de como você mistura cada uma das notas musicais, a
sonoridade dessa combinação pode expressar sensações e emoções subjetivas como
felicidade, tristeza, medo, etc.
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Uma música pode soar mais triste e melancólica ou alegre e tranquilizante graças à
combinação dos acordes presentes na música.
O que é a melodia?
Em suas origens, a palavra melodia vem do grego “meloidia”, que quer dizer “canto
(em grupo, coral)”. Trata-se da junção dos melos (canção) e oidé (poema feito para ser
cantado).
A melodia é o componente mais memorável de uma música. Esse é o som que você
cantarola ou assobia quando se lembra de uma canção. De uma forma bem resumida, a
melodia é considerada a essência de uma música.
Existem instrumentos específicos para que uma melodia seja feita, que também são
chamados de “instrumentos melódicos”.
O que é ritmo?
A música é uma arte que acontece no tempo. Assim como um pintor possui sua tela, o
músico tem o compasso, do qual irá determinar o tamanho de tempo para os sons
acontecerem.
Ou seja, o ritmo nos diz a ordem e em quais momentos cada som deve ser tocado, de
acordo com a marcação do tempo (pulsos) e o andamento que o ritmo determina dentro de
cada música.
Além disso, ele também transmite sensações e intenções para uma música como
deixar ela mais agitada, mais lenta ou mais dançante. O ritmo está ligado não apenas à música,
mas também a outras expressões artísticas, como a poesia e a literatura.
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INSTRUMENTOS MUSICAIS DE ORIGEM AFRICANA
A capoeira é uma dança que surgiu no Brasil, sendo uma mistura de lutas e passos de
dança africanos, apesar de que muitos acreditam que a capoeira surgiu na África, ela surgiu
pela necessidade dos escravos de manterem sua cultura e treinarem seu corpo. A capoeira
usou instrumentos africanos para dar ritmo a dança. Ela utiliza principalmente o berimbau,
que consiste em um arco feito de uma vara de madeira (verga) de comprimento aproximado
de 1,50m a 1,70m e um fio de aço (arame) preso nas extremidades da vara. Em uma das
extremidades do arco é fixada uma cabaça que funciona como caixa de ressonância. O tocador
de berimbau utiliza uma pedra e uma vareta.
Afoxé– instrumento percussivo composto de uma cabaça coberta com uma rede de contas ao
redor de seu corpo. O som é produzido quando se giram as contas em um sentido, e a
extremidade do instrumento (o cabo) no sentido oposto.
Cuíca – espécie de tambor com uma haste de madeira presa no centro da membrana de couro,
pelo lado interno. O som é obtido friccionando-se a haste com um pedaço de tecido molhado e
pressionando a parte externa da cuíca com os dedos, produzindo um ronco característico,
variando entre graves e agudos.
Djembê – tipo de tambor cujo corpo é um tronco de madeira escavado em forma de cálice. A
pele que é percutida, é tensionada na parte mais larga.
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Kalimba – instrumento feito de lâminas de metal presas a uma cabaça que serve como caixa
de ressonância . É tocado com as duas mãos, sendo as lâminas beliscadas pelos polegares.
Também conhecido como sanza, quissange, likembe ou piano de polegar.
Kora – instrumento de cordas. Tem uma caixa de ressonância feita de cabaça e suas cordas
eram originalmente feitas de pele de antílope. O instrumentista usa somente o polegar e o
indicador de ambas as mãos para dedilhar as cordas da Kora, sendo que os dedos restantes
seguram o instrumento.
Maraca – instrumento de percussão constituído por uma cabaça com cabo, contendo no seu
interior, sementes secas, grãos, arroz ou areia grossa.
Reco-reco – instrumento feito de bambu ou madeira com ranhuras transversais que são
friccionados por uma vareta.
Tambor falante – tambor em forma de ampulheta com as duas extremidades cobertas com
couro e amarradas entre si por tiras tensionadas. Seus sons podem ser regulados e por isso é
chamado o “tambor de comunicação”. O tocador coloca o tambor embaixo do braço e levanta
ou abaixa o tom do tambor falante, ao apertar ou ao liberar as cordas.
Udo – também chamado “udo drum” ou moringa de percussão é um pote de cerâmica com
um furo na “barriga”, no qual se bate com a palma da mão, obtendo-se um som oco. O resto
do corpo é tocado com os dedos. Os timbres assemelham-se a sons de água.
Xequerê – instrumento de percussão que consiste de uma cabaça cortada em uma das
extremidades e envolta por uma rede de contas. O som é produzido pelo instrumentista
puxando e soltando essa rede.
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MÚSICA BRASILEIRA
A música brasileira foi muito influenciada pelos povos africanos e europeus. Ao longo
do tempo, houve a mistura dos sons indígenas, africanos e europeus. Estes se misturaram e
influenciaram a música brasileira atual. Cada grupo influenciou a música brasileira, com seus
instrumentos, danças e ritmos.
A música brasileira floresceu principalmente a partir do século XX. O Brasil, que tem
pouco mais de 500 anos, é um país relativamente jovem, mas conseguiu desenvolver diversos
ritmos diferentes. Alguns dos gêneros musicais populares que se originaram no país são o
Samba, o Choro, a Bossa Nova e a Música Popular Brasileira.
Estilos Brasileiros
Há diversos tipos de música brasileira: Axé, Baião, Bossa Nova, Choro, Forró, Frevo,
Funk Carioca, Gospel, Lambada, MPB, Pagode, Samba, Sertanejo e o Xote.
Choro
Esse gênero de música foi criado a partir da mistura de elementos das danças de salão
da Europa e da música popular portuguesa, com influências africanas. Inicialmente, era
considerado nada mais que uma forma abrasileirada de os músicos tocarem os ritmos
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estrangeiros que eram populares na época, como o xote, valsa e polca (ritmos europeus) e o
lundu (ritmo africano).
Samba
Carnaval
O samba de roda surgiu por volta de 1860 entre os escravos na Bahia. Essa variante de
samba está ligada ao culto de orixás e caboclos e à capoeira. O samba de roda é uma forma de
preservação da cultura dos negros africanos que foram escravizados no Brasil. É caracterizado
por palmas e cantos e por instrumentos como a viola, o pandeiro, o chocalho e o berimbau.
Geralmente, esse tipo de samba é iniciado apenas após a conclusão das rodas de capoeira,
visando ao entretenimento dos espectadores. Os sambistas formam um círculo e se alternam,
dançando dentro da roda uma dança que é semelhante à capoeira, com gingados e rodopios.
Levou tempo para que o samba fosse reconhecido como um dos mais genuínos ritmos
brasileiros. Por ter surgido entre os escravos, havia certo preconceito contra ele. Contudo, no
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início do século XX, o samba foi adotado por compositores como Noel Rosa, Ernesto Nazareth,
Cartola e Donga, que o legitimaram na cultura oficial. Há vários sambistas famosos, entre eles,
Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho e Martinho da Vila.
Bossa Nova
A Bossa Nova adveio do samba. A Bossa Nova é um estilo original de samba brasileiro,
originado no final da década de 1950. Inicialmente, era apenas uma forma diferente de cantar
o samba, mas logo incorporou elementos do jazz e desenvolveu um contorno baseado na voz e
no piano ou no violão.
Diferentemente do samba, não originou nas favelas, e sim, nos bairros de luxo do Rio
de Janeiro. A palavra “bossa” era uma gíria carioca, que, no final da década de 1950, significava
“maneira “, “modo” ou “jeito”. A Bossa Nova foi lançada por João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius
de Moraes e por jovens compositores de classe média da Zona Sul carioca.
A Bossa Nova se caracteriza por uma maior integração entre melodia, harmonia e
ritmo e por letras mais elaboradas e uma maneira de cantar mais despojada do que o estilo
que havia vigorado até então. A Bossa Nova era mais refinada, alegre e otimista. Ela surgiu em
um momento singular da cultura brasileira, em uma época em que havia muita esperança
quanto ao futuro do Brasil. Esse sentimento de esperança e euforia foi simbolizado pela
construção da nova capital do Brasil – Brasília.
Hoje, a Bossa Nova é um dos estilos mais comuns em todo o país. É tocada em festas,
restaurantes, etc. Entre os maiores nomes da Bossa Nova estão Nara Leão, Carlos Lyra, João
Gilberto, Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Algumas das músicas mais renomadas são Chega de
Saudade, Garota de Ipanema e Desafinado.
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REFERÊNCIAS
https://www.todamateria.com.br/
https://brasilescola.uol.com.br/
https://www.coladaweb.com/
https://mundoeducacao.uol.com.br/
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