Você está na página 1de 6

#in

ter
na

A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DA MODA

O QUE É MODA?

Antes de começarmos a nos aprofundar no tema, é importante esclarecermos o


conceito correto de moda. Ademais, precisamos diferenciar moda e indumentária.
Indumentária é tudo que se coloca sobre o corpo, de roupa à acessórios; já a moda é relativa
ao gosto de uma época. A moda data no tempo e tem um sentido de regularidade. Baseado
nesse conceito, a moda surge entre o final da Idade Média e o início do Renascimento. Ela é
caracterizada por um aspecto efêmero, uma expressão não verbal e um estilo de vestuário
adotado em determinada época. Desta maneira, tudo que colocamos sobre o nosso corpo,
sejam roupas ou acessórios, que mude com certa regularidade pode ser intitulado de moda. A
palavra moda vem de modus em latim, que significa modo, maneira. Ou seja, refere-se também
à forma como expressamos alguma mensagem a partir daquilo que estamos usando.

Houve uma época em que a sociedade era dividida entre dois tipos de pessoas:
aquelas que se vestiam de acordo com o padrão da moda vigente, ou as pessoas que não
pertenciam a esse conceito, aquelas que não utilizavam roupas e acessórios ditados pela moda.
Até o fim do século XIX era dificílimo se vestir, muitos botões, tecidos e volumes, mas isso
muda devido aos movimentos econômicos, sociais e culturais que estimulam tais mudanças.
Podemos dizer que a moda é esperta! Ela é capaz de analisar com detalhes determinada
sociedade e, a partir daí, oferecer às pessoas coisas que elas gostariam de ter, antes mesmo de
perceberem. A moda age como uma “perceptora” de desejos, digamos que ela é expert em
“sentir” a realidade e transformar essas percepções em roupas, sapatos e acessórios que
atenderão aos desejos e necessidades daquela sociedade.

A Historicidade da moda

Século XV e XVI – Renascimento

Entre os anos de 1348 e 1350, a peste negra dizimou um terço da população Européia.
Durante esse período, era costume as mulheres usarem o “pregnancy look”, elas vestiam um
travesseiro na barriga, abaixo do vestido, para aparentarem saúde ao ponto de carregarem um
filho no ventre. Os sobreviventes dessa era de trevas prosperou e tornou-se rico, a
extravagância ao vestir era a forma usada para demonstrar sua condição financeira. Foi
exatamente nessa época, final do século XIV, que surgiram os primeiros sinais do que hoje
chamamos de moda.

Em meados do século XV/XVI, época do Renascimento, na Europa havia uma roupa


tecida com fios de ouro e seda, também bordada com pedras preciosas e pérolas, essas roupas
faziam parte da herança deixada de mãe para filha, representavam bens preciosos. Receber
uma roupa dessas era sinônimo de segurança financeira. Possuindo um vestido desses, a
mulher, ao passar por uma crise financeira, retirava primeiro as pérolas e vendia, não
resolvendo a sua situação, ela retirava as pedras preciosas e comercializava. Se ainda assim
precisasse de dinheiro, ela queimava o vestido, a parte têxtil virava pó, o ouro derretia e ela
podia então revender as gramas que se formassem. Foi daí que surgiu o termo “investimento”.

Os nobres da corte de Borgonha (na França) se incomodavam com as cópias de suas


roupas feitas pela classe social mais abastada, os burgueses. Por isso, eles começaram a
diferenciar cada vez mais as suas roupas, criando, assim, um ciclo de criação e cópia. A moda
#in
ter
na

surgiu como um diferenciador social, diferenciador de sexos, pelo aspecto de valorização da


individualidade e com o caráter da sazonalidade, ou seja, os modelos duravam até que não
eram mais copiados. Quando isto acontecia, deveriam ser criados novos modelos.
No período do Renascimento, a indústria têxtil se desenvolveu muito. Nas grandes cidades
italianas foram elaborados tecidos de primeira qualidade, como brocados, veludos, cetins e
sedas. As roupas tornaram-se mais requintadas, os ornamentos ganharam maior importância.
As roupas vinham costuradas com joias diversas. Nesse momento, a costura se torna um
empreendimento muito lucrativo. O vestuário masculino e feminino acabou se igualando na
riqueza de recortes e de ornamentos.
Já a seda, oriunda da China, cuja fibra é obtida a partir do desmanche do casulo do
bicho-da-seda, uma operação demorada e que se refletia no preço elevado que os tecidos
desse material tiveram durante a maior parte da história. Já conhecida durante a Antiguidade,
foi durante a Idade Média que a seda se transformou na rainha das fibras têxteis. Seu uso era
regulamentado através das leis suntuárias, que estabeleciam quais tecidos podiam ser usado
por cada grupo na sociedade, além de regulamentar cores e estampas. A seda foi a grande
responsável pelo enriquecimento da burguesia italiana na Idade Média. Devido à sua alta
procura e valor de mercado, a seda começou a ser produzida na Europa, primeiramente na
Itália, mas no século 16 o centro de produção se deslocou para a cidade francesa de Lyon. Até
o século 19, a França permaneceu como a principal produtora de seda no Ocidente e as sedas
francesas eram particularmente valorizadas. A seda é obrigatória para os trajes de corte do
Renascimento até a Primeira Guerra Mundial, variando as cores e estamparias de acordo com
os costumes de cada país. O linho foi, junto com a lã, o principal tecido utilizado desde a Idade
Média até o século 19, quando os tecidos de algodão ingleses, de produção industrial,
tomaram o mercado.

Final do século XIX, início do século XX (1890 a 1914) BELLE EPOQUE


Época marcada pela sofisticação, luxo e glamour. A estética era a Art Nouveou, flores,
pássaros e insetos eram a referência, a marcação das curvas da mulher também era um traço
marcante dessa época, além da ênfase que era dada à fragilidade feminina, como uma flor, um
pássaro delicado. Os espartilhos estavam muito presentes nas roupas, a cintura da mulher era
fortemente estrangulada, dando à mulher uma aparência semelhante à uma libélula. Esse era
o ideal de beleza para a época.
Em relação aos tecidos, no século 19, a lã era usada para trajes masculinos populares e/ou de
uso diário (calças, paletós, meias) e também em trajes femininos na mesma situação (saias,
casacos, meias), além dos trajes de inverno em geral. No século 18, a seda será utilizada nos
trajes masculinos e femininos de corte, aparecendo também nos coletes dos trajes de
cavalgada e nos stays. O algodão é um tecido relativamente jovem, já que sua popularização
só acontece a partir da metade do século 18, quando as inovações tecnológicas permitiram
que a fibra fosse beneficiada mais rápida, assim como a tecelagem foi acelerada pela invenção
dos teares mecânicos.
Década de 20
Nos anos 20, o mundo estava vivendo uma época pós-guerra e o sentimento de
liberdade e nova era foi uma característica marcante dessa década. As roupas também
refletiam esse sentimento, em especial, nos Estados Unidos e Europa. Foi uma época marcada
por libertinagem, muita bebida e festas. Uma prioridade da moda dos anos 20 era vestir
roupas mais leves, menos apertadas e que deixassem o uso mais confortável. Isso se dá por
alguns aspectos. Os homens foram à guerra e aos poucos as mulheres foram fazendo mais
atividades fora de casa. Ou simplesmente, pela festividade do momento, era desejo estar mais
confortável para correr, andar, dançar e fazer o que quisesse. Nessa época, os espartilhos
foram abandonados. Algo particular dessa época eram as saias com altura precisamente
#in
ter
na

marcada – as mulheres se ajoelhavam no chão e onde o tecido encostasse no chão, era


marcada a altura da bainha que cobria perfeitamente os joelhos, as meias eram um acessório
indispensável às mulheres. Os vestidos tinham a cintura descentralizada, a qual desce para o
quadril; as roupas são mais retas e não marcam as curvas do corpo. Cabelos curtos também
representavam a liberdade comum ao período e o chapéu cloché era marca nessa época. Os
sapatos tinham uma fina alça, feita com a intenção de prender o sapato no pé evitando que ele
caísse enquanto elas dançavam. A década de 20 foi um período muito importante para a
história, de mudanças significativas, trouxe muita transformação culturas e social, e
consequentemente, na moda também.
Década de 30
Em relação à moda, na década de 30 temos dois momentos antagônicos. No início
desse período, devido à queda da bolsa de valores de Nova York em 1929, muitas pessoas
faliram, empresas quebraram e houve também grande desemprego. Em épocas de crise, a
moda se torna menos extravagante e ousada, nessa década, homens e mulheres tinham um
visual mais sério e mais adulto. Porém, as cinturas das roupas voltam para o lugar e a
feminilidade é outra vez característica nessa época, as curvas das mulheres voltam a ser
marcadas, de maneira refinada. Esse período foi bastante difícil devido à crise nos anos iniciais
e a insurreição da 2° Guerra Mundial, em 1939, então, os recursos para glamouralizar a moda
começaram a vir do cinema, com a divulgação de referências de moda através dos filmes, que
investiam na beleza e glamour. Essa estratégia era uma maneira de estimular as pessoas a
trabalharem mais para obterem recursos e saírem daquela crise, a fim de alcançar novamente
aquele padrão representado nas telas. Nessa época, os acessórios e estampas eram recursos
usados para proporcionar uma aparência constante de roupa nova.
Os cabelos femininos curtíssimos da década anterior começam a crescer e eram
penteados com ondas. O comprimento das saias desce para os tornozelos e os vestidos eram
justos e retos. Surge uma grande valorização dos decotes nas costas e, pela primeira vez na
história, saias e vestidos justos nos quadris passam a marcar a silhueta das nádegas. Os
ombros eram destacados, as formas eram inspiradas no período da Antiguidade Clássica.
Luvas, bolero ou capinhas tornaram-se acessórios indispensáveis, o chapéu cloché deu lugar à
boina lateralizada. Para os homens, o vestuário com ar de esnobe surge nessa época, assim
como as roupas com ar de informalidade. O look masculino tinha uma aparência de gângster e
homem de negócios. A mudança mais significativa na moda masculina da época, foi oriunda de
um filme no cinema: “Aconteceu Naquela Noite”. Clark Gable retira a camisa e não há
camiseta por baixo, até então, camisetas eram consideradas roupas de baixo no visual
masculino e a ousadia da ausência dessa peça na cena, fez com que as vendas de camisetas
caíssem drasticamente, influenciando diretamente o hábito de usar a camiseta.
Foi também nesse período que os saiotes de praia diminuíram, dando origem aos
maiôs. A mulher dessa época deveria ser magra, bronzeada e esportiva. Um acessório que se
tornou moda nos anos 30 foram os óculos escuros. Por outro lado, eram tempos de crise e
materiais mais baratos, como algodão e casmira, passam a ser usados na confecção dos
vestidos da noite. As mulheres costuravam muitas roupas em casa para economizar. Os tecidos
laváveis e os primeiros tecidos sintéticos são criados nessa época, como o cetim e o nylon,
usado na confecção de meias em 1939. Estilistas famosos, como Coco Chanel e Madeleine
Vionnet são deste período. Foi também aqui que nas boutiques surgiram os primeiros
produtos em série, assinados por grandes estilistas.
Década de 40
A década de 40 foi marcada por um período de grande impacto em todas as esferas da
sociedade: a Segunda Guerra mundial. Na Europa, a moda foi terrivelmente impactada pela
ocupação alemã. Paris, até então a capital mundial da moda, viu a maior parte de seus
estilistas emigrando para outras cidades, além de ter o fechamento de famosos maisons.
#in
ter
na

Ademais, havia regras impostas pelo governo que limitavam a quantidade de tecidos que
podia ser comprado e utilizado, apesar disso, a moda sobreviveu à guerra.

A silhueta do final dos anos 30 permanece até o fim da guerra, meados de 45. A
escassez de tecidos fez com que as mulheres tivessem que reformar suas roupas e utilizar
materiais alternativos, como fibras sintéticas. As mulheres passaram a usar duas peças, como
sais e blusas, que proporcionavam uma versatilidade nas roupas, dando a aparência de roupas
novas, uma vez que elas poderiam misturar as peças. Já os sapatos, têm o aspecto abotinado e
pesado, as plataformas eram muito utilizadas e dentro delas era colocado jornal para
esquentar os pés, já que a escassez do material não permitia a fabricação de meias. Sem a
produção de nylon e seda, as meias foram substituídas por pernas nuas, artificialmente
bronzeadas, com pinturas nas partes de trás, que simulavam uma costura.

Nesta época, as mulheres precisam “preencher” os locais de trabalho dos homens,


que estão na guerra. Para esse contexto, cabelos sempre presos com redinha. Turbantes e
lenços também passam a ser identidade de moda. Em 1946, Louis Reard lançou uma novidade:
o biquini, que recebeu esse nome porque a notícia do momento estava no Pacífico Sul, no atol
de Bikini (os EUA estavam fazendo testes nucleares naquele local). Supunha-se naquela época,
que uma mulher de bikini teria um efeito como uma “bomba atômica”. No início, as mulheres
rejeitaram o uso de duas peças tão pequenas, mais uma vez, o cinema teve um papel
fundamental ao trazer a imagem de “normalidade” à peça como instrumento de sedução.

Após o fim da guerra, em 1947, dá-se o início um movimento novo de glamourização


da moda mundial, surge a Dior com opulência e ostentação de tecidos. Como já vimos
anteriormente, após períodos de escassez, é natural que haja uma grande busca pela
extravagância. A princípio, a proposta trazida por Dior foi rejeitada, porém, ele agiu como
gênio da moda, observando a sociedade e percebendo qual seria o desejo dela, ele antecipou
o que a sociedade queria, antes mesmo de ela se dar conta disso. Em pouco tempo a moda
trazida por Dior foi abraçada e aclamada. Além do volume de tecido, ele trouxe a cintura bem-
marcada, saias rodadas e compridas, luvas e sapatos de salto alto e bico fino, além da volta
marcante das meias-calças.

Os trajes masculinos também foram afetados pelos impactos da guerra, depois


desse período, os alfaiates passaram a produzir trajes que imitavam a era Eduardiana: paletós
compridos e justos, abotoados até o pescoço. Calças apertadas e chapéu coco com abas
viradas. Os homens estavam livres das fardas, os ternos escuros tornaram-se menos formais e
era permitido trabalhar com calças mais esportivas.
Década de 50
Nos anos 50 o cenário de guerra, predominante na maior parte da década anterior,
muda radicalmente. Nesse contexto, a moda renasce. O glamour e a feminilidade ressurgem, a
oferta de tecidos é retomada. A elegância está de volta e um novo e glorioso momento fashion
nasce: a era de ouro da moda (1947-1957). O momento econômico era de crescimento e
expansão e o consumismo era estimulado, nessa década aconteceu a maior transformação da
moda da história. Foi aí que as grifes de alta costura se tornaram marcas mundialmente
conhecidas, até os dias atuais.
As roupas se avolumam e retomam sua importância na sociedade. Saltos altos, luvas,
joias e acessórios de luxo estão em evidência. A saia midi é ovacionada, a ênfase à feminilidade
é a marca registrada desse período. As roupas femininas eram projetadas para lembrar às
mulheres que elas eram mulheres, com cintura marcada, quadris e busto valorizado. A
feminilidade do New Look fazia moda ser repleta de anáguas, que eram necessárias para dar o
caimento ideal às saias rodadas. As saias e vestidos eram alegres, coloridos, de estampas
#in
ter
na

abstratas ou flores, manchas, xadrez ou listrado. Nessa mesma época, as mulheres nos EUA
também começam a usar calças pela primeira vez, as calças estilo cigarette eram usadas
especialmente por mulheres jovens. Já na Europa, é um grande momento para a alta costura,
com valorização do colo em decotes tomara que caia e blusas e vestidos com ombros à
mostra. Os óculos de gatinho viraram referência nesta época, tornando-se famosos nos rostos
de grandes ícones da moda: Audrey Hepburn e Grace Kelly.
Vale ressaltar que nesta época, a moda era extremamente ditatorial, você se vestia
para mostrar que fazia parte de determinado grupo social, determinada classe. Até essa
década, a moda vinha de cima para baixo, era a alta costura que ditava a moda e o
comportamento.
Década de 60
Foi um período marcado pela rebeldia e liberdade. Uma época caracterizada pela
contestação de valores culturais. Pode-se dizer que os anos 60 quebraram o formalismo e os
padrões de se vestir de décadas anteriores. Com as mulheres ocupando cada vez mais espaço
na sociedade, a moda dos anos 60 refletiu essa atitude. Nessa época, muitas peças utilizadas
apenas pelos homens até então passaram a ser unissex. Outra característica marcante da
época foram as roupas cheias de linhas regulares, formas geométricas e estampas. Como a
ideia era ousar e ser quem você quisesse, peças que trouxessem algum diferencial eram bem-
vistas. A contracultura dos jovens foi o elemento mais marcante deste período, no final dele, a
partir do Festival de Woodstock (1969) com sexo, drogas e rock´n Roll livres, foi introduzida
também a moda hippie.
Vamos analisar a moda até esse período como uma pirâmide, cuja parte mais alta
representa a alta costura, responsável por guiar, levar a moda para todas as outras camadas,
até chegar à massa, nas ruas. Porém, com a contracultura jovem muito forte, essa pirâmide
começa a desestabilizar, a recusa dos jovens americanos a participarem da guerra do Vietnã,
trouxe para esse grupo da sociedade grande holofotes e voz. Até então, não existia moda
específica para jovens, a moda era recurso para adultos apenas; o período da juventude era
algo totalmente desprezado do mundo da moda. A cultura jovem passa a existir nessa década,
quando ela aparece, pela primeira vez, como consumidora. Essa década presenciou uma forte
crise na Alta Costura. Havia a necessidade de mudança e logo ocorreu a expansão de produtos
nas grandes Maisons, incluindo perfumes, cosméticos e acessórios – que são, até hoje,
responsáveis pelo sustento das marcas.

Estampas de formas regulares e listras passaram a ser uma marca registrada desse
período, assim como a utilização de minissaias pela juventude rebelde. As saias de 30 cm de
comprimento eram usadas com camisetas justas e botas altas. O fato de as mulheres
revelarem pela primeira vez seus joelhos e coxas trazia a elas um ar de rebeldia e
emancipação. A calça Hot Pants também foi introduzida aqui e segue sendo utilizada até os
dias atuais. Os vestidos que tinham modelagens retas e geométricas, chamados modelos
trapézio (barra da saia mais aberta, mais ampla) e o vestido tubinho também se destacaram na
moda anos 60. A forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento.
Também houve a introdução da moda futurista, por causa da chegada do homem à lua, isso
também se refletiu no vestuário, com tecidos laminados e que faziam alusão ao futuro.
As roupas masculinas, na época, ficaram mais coladas ao corpo, o uso do jeans se
tornou mais e mais frequente, e as jaquetas passaram a fazer parte do look extravagante, que
estava em alta. Além disso, a barba já não era feita diariamente, e os cabelos dos homens
passaram do curto ao comprido, sempre em referência aos grandes artistas da música e do
cinema.
Os novos materiais (metal, plástico e acrílico) e as estampas geométricas e curvilíneas,
estiveram presentes em toda a década, na moda e nas artes.
#in
ter
na

Década de 70

Os anos 70 são uma continuação da contracultura dos anos 60, com a juventude Hippie
quebrando os padrões de comportamentos tradicionais. Herança do Festival de Woodstock
(1969), nos USA, que reuniu centenas de milhares de jovens para ouvirem os ícones da música
POP, a cultura Hippie domina a moda e o comportamento na década de 70.

A moda nessa época é jovem, marcada por estampas e trabalhos artesanais nas
roupas. Houve uma grande expansão na experimentação de materiais, além da exploração de
diversas cores, formas e texturas. As estampas multicoloridas, as franjas, as roupas com
inspiração indiana e a entrada da camurça no vestuário são a maior prova disso. A
excentricidade era item marcante dessas roupas. Além dos hippies, também foi época da
cultura psicodélica, o primeiro grupo usava roupas com muitos componentes artesanais, já o
segundo, abusava de cores mais ácidas e acessórios coloridos e com muito acrílico. Além
desses dois estilos, tivemos também o glam, abreviação de glamour, com brilho como
característica principal. O jeans passa a ser bastante utilizado, em especial pelo público
feminino, quando ele passa a ser uma realidade de moda. As calças boca de sino passaram a
estar em alta. Um visual diferente de tudo o que já havia sido visto, e sucesso absoluto no
vestuário de homens e mulheres. Os anos 70 eram conhecidos pelo seu amor ao exagero, e
isso se reflete nos acessórios da época. Óculos de sol oversized, maxi brincos, pulseiras largas e
chapéus extravagantes eram escolhas populares

Se a moda dos anos 1970 tivesse que ser resumida em um acessório, seria o lenço. Das
belezas com estampa paisley da era da paz, aos turbantes brilhantes da cena do Studio 54, a
década de 1970 foi dominada pelos lenços de cabeça. Envolvidos na cabeça e enfeitados com
broches raros e joias requintadas , os turbantes eram a última moda da época, em cores
ousadas e maquiagem esfumada nos olhos.

Essa década marcada na história como uma dos períodos mais revolucionárias de todos
os tempos. E na moda não foi diferente.

Você também pode gostar