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HISTÓRIA
DA MODA
Do século IV ao ano 2016. De Chanel a Galliano. Como
a moda se transformou ao longo do tempo e quais
foram os principais agentes destas mudanças? Na aula
de hoje vamos mergulhar na história para entender
tudo que está por trás das peças que vestimos hoje.
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SÉCULOS IV E V
Para substituir os pesados trajes de penas
chamados de Kaunake, no início deste
período era usada apenas uma túnica
simples. Mas os gregos introduziram o
uso do drapeado (vestimenta com pregas
ou ondulações) e da toga, uma espécie
de manto. Já com os egípcios, surgiram os
vestidos colantes, que moldavam o corpo
até a altura do joelho. Entre os homens,
a roupa usual era basicamente uma
túnica branca, com cintos moldando os
quadris e, por cima, um manto preso aos
ombros com drapeados em linho ou lã:
a típica vestimenta egípcia que estamos
acostumados a ver em filmes. SÉCULO XV
Foi o momento da extravagância! No
período do Renascimento, a sociedade
se tornou mais questionadora e, por
consequência, mais curiosa. Isso gerou
SÉCULOS VI ATÉ X impactos culturais que também refletiram
O marco desta época foi a queda do Império no vestuário. As saias tornaram-se mais
Romano. Na moda, o reflexo foi o uso de compridas e com longas caudas. Os
bordados, pedrarias, brilho e muita cor nas chapéus, com armaduras de linha e latão,
túnicas e togas. viraram fantasias.
SÉCULO XIX
Com o avanço da industrialização, o mercado têxtil ganhou força.
Também é nesta época que a máquina de costura realmente se torna
eficiente e popular. Por isso, foi um século de muitas mudanças na moda
entre uma década e outra. Usou-se muito vestido de cintura alta, cashmere
indiano e algodão americano. Gorros e chapéus também ficaram em
destaque. Golas altas no estilo regência, sobrecasacas, babados e brilho.
Em seguida, mangas bufantes, decotes baixos, silhuetas em forma de
sino. A crinolina e o espartilho que surgiram no século anterior
chegaram ao apogeu. Ah, foi a época da introdução do sutiã!
E no vestuário masculino, camisas brancas, coletes, culotes
(espécie de “calção” mais justo), calças e botas.
SÉCULO XX
Explosão de progressos: as mulheres conquistam o direito de votar,
e as estilistas mulheres também passam a ganhar mais destaque.
Apesar da cintura bem marcada, neste século o corpete já não
era tão justo. As blusas ficaram mais soltas, as saias em formato
de sino. Mas a moda mudou em ritmo acelerado. A mulherada se
libertou: saias pesadas ficaram leves e encurtaram até chegar ao
formato “mini” e a maquiagem ficou mais forte. Os óculos “gatinho”,
os saltos altíssimos e os lenços surgem com a era do Rock and
Roll. No caso dos homens, as roupas também são simplificadas,
com o uso do terno e, com o passar dos anos, o homem também
ganha mais liberdade e adota peças mais descontraídas. O estilo
hippie surge com força total nessa época, com calças boca de sino,
desfiadas, sapatos plataforma, cabelos longos para os homens. O
jeans é muito usado em todas as ocasiões, assim como a nova fibra
- o raiom. Em resumo, o cinema, a música e até a posição política
passam a influenciar muito o modo de vestir e as pessoas ganham
mais autonomia para adotar um estilo próprio.
SÉCULO XXI
As mudanças acontecem a todo o momento e a tecnologia muda
as relações e as formas de consumo. É quando as compras pela
internet explodem e a moda passa a ser muito mais relacionada ao
estilo: as pessoas se vestem de acordo com as tendências, mas se
encaixando em grupos, como foi o caso dos “emos”, “geek”, “indies”...
A busca pela estética perfeita também passa a influenciar as roupas,
que ficam mais sensuais, evidenciando mais as formas do corpo.
A moda também revive períodos “nostálgicos” com releituras de
peças do passado e valorização de técnicas artesanais.
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PEÇAS-CHAVE
marcante peça, o “Tailleur Bar”, um casaquinho de seda
bege acinturado, com ombros naturais e ampla saia
preta plissada na altura dos tornozelos, chegou até a
vestir uma boneca Barbie, em 1997.
COCO CHANEL
(1883 – 1971 – FRANÇA)
Se você tem no seu guarda roupa um pretinho
básico, saiba que as influências de Coco Chanel estão
nele. Se hoje você tem a liberdade de usar tecidos e
cortes que antes eram considerados exclusivamente
masculinos, saiba que deve isso à estilista francesa
que revolucionou a década de 20 e todas as outras
décadas, por consequência. Gabrielle Bonheur Chanel
foi capaz de dar a “independência” que as mulheres
tanto precisavam: roupas mais confortáveis e, ao
mesmo tempo, muito elegantes. Clássica e atemporal,
ela conseguiu fazer seu estilo atravessar gerações. A
combinação de saia e blazer, os vestidos mais soltos, os
acessórios como bolsas e o tradicional colar de pérolas,
e até um perfume ganharam sua marca registrada. Sem
contar que até hoje vamos ao salão e pedimos um corte
de cabelo “chanel”, não é? Ela mesma resumiu tudo isso
numa frase: “A moda passa, o estilo permanece”.
VALENTINO GARAVANI
(1932 – ITÁLIA)
O estilista italiano desde pequeno foi um adorador da
arte e da arquitetura e se destacava como desenhista.
Estudou numa escola de alta costura de Paris e quando
se lançou no mundo da moda, encantou celebridades
com seu estilo luxuoso, soberano e elegante. Em 1968,
lançou a coleção “Valentino White” quando a logomarca
em formato de “V” apareceu pela primeira vez e ficou
conhecida mundialmente. Nos anos 70, a linha de
“pronto-a-vestir” para homem e mulher, resultou numa
genial estratégia comercial: abre lojas em Milão, Nova
Iorque, Tóquio e Roma. Uma tonalidade de vermelho,
que misturou carmim, roxo e vermelho cádmio,
também se tornou marca registrada do estilista, que se
aposentou em 2008.
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