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PERÍODO BIZANTINO

330 a 1453 d.C


Origem
O termo Bizantino refere-se a Bizâncio, uma colônia grega fundada em 658 a.C. às margens do Bósforo,
estreito que liga o Mediterrâneo ao Mar Negro. A origem oficial do império, porém, só ocorreu séculos
mais tarde, em 330 d.C., quando o imperador romano Constantino fundou no local a cidade de
Constantinopla. A cidade serviria como uma capital oriental para o Império Romano.
Queda
O fim do Império Bizantino aconteceu
em 1453, com a derrubada de
Constantinopla pelos turco-otomanos.
Marcou também o encerramento da
Idade Média e o início da Era Moderna.
A Idade Média começou com a queda do Império Romano do Ocidente, no fim do
século V, e durou até o século XV. Durante a Idade Média, a Europa ocidental se
desenvolveu independentemente do chamado Império Romano do Oriente, ou
Bizantino.

O Império Bizantino, também conhecido como Império Romano do Oriente, durou


de 330 a 1453 d.C. A cidade de Constantinopla, localizada no atual território da
Turquia, era a capital administrativa e emergiu como uma "nova Roma" após as
conquistas dos povos germânicos que dissolveram o poderio do Império Romano
do Ocidente.

Esse foi o único império a oeste da China a sobreviver da Antiguidade até o início da
era Moderna. Situado exatamente entre a Europa e a Ásia, o Império Bizantino foi
palco de conflitos entre o cristianismo e o islamismo, e teve o seu fim nas mãos de
tropas muçulmanas, em 1453.
Tecidos
• Inicialmente importa sedas chinesas
• a partir do s. VI inicio da fabricação da seda no Ocidente (monopólio do estado)
• tecidos conhecidos por suas decorações
• motivos tecidos ou bordados nos punhos, decote, na borda inferior das túnicas e em
bandas verticais complementadas por medalhões
• a partir do s. VI a ornamentação segue a mesma
Cores
• Purpura
• Verde
• Azul
• Laranja
• Brocados com fio de ouro
Os tecidos mais ricos eram exclusivos da corte imperial
A circulação dos tecidos bizantinos se deu pela ação dos peregrinos, viajantes e dos
Cruzados

Quadrado de
tapeçaria
Bizâncio
Séculos V – VI d. C
O Sudário de Carlos
Magno
seda bizantina
policromada com um
padrão que mostra uma
quadriga
s. IX
Paris, Museu Nacional
da Idade Média
Fragmento de
seda
Bizâncio
Século XI d C
Trajes
Com o fim do Império Romano do Ocidente, o Império Romano do
Oriente (ou Império Bizantino) começou a se desenvolver
independentemente. Os bizantinos da classe alta vestiam túnicas bem
decoradas. Tais túnicas eram feitas de seda e fiapos de ouro, e
usavam pérolas e pedras preciosas como decorações. Pessoas de classes
mais baixas vestiam túnicas simples. Os imperadores e pessoas da corte
usavam também um tipo de manta sobre suas túnicas. Posteriormente, o
imperador e a imperatriz passaram a usar um longo tecido em volta dos seus
pescoços, como um cachecol, e nobres passaram a usar longas e firmes
meia-calças.
Imperador Justiniano com a Imperatriz Teodora do Império Romano do Oriente (Bizâncio) 500 dC.
Gravura publicada em Historic Costume in Pictures por Braun & Schneider, Dover Publications.

Ambas as figuras estão usando capas


semicirculares paludamentum que são
presas no ombro direito. Justiniano exibe
proeminentemente um tecido bordado de
forma retangular “patch” (tablion) na frente
de seu paludamentum.
Também podemos ver a bainha até o joelho
e a manga de sua dalmática (túnica externa).
Nas pernas ele usa meia-calça, que é uma
variação das roupas bifurcadas “bárbaras”
usadas pelas tribos germânicas da época.
Ele estaria vestindo uma túnica por baixo de
sua dalmática. Theodora está usando uma
gola larga (gorjal) que lembra as vistas nas
roupas egípcias. Roupas adicionais em seu
conjunto se assemelham às de seu marido.
Os estilos usados no Império Bizantino
influenciavam pesadamente
a moda na Europa Ocidental. Pessoas
da nobreza europeia passaram a usar
roupas cada vez mais complicadas e
complexas do que as usuais roupas
simples de algodão, pelos e couro.
Geralmente as pessoas faziam suas
roupas em casa, como sempre fora
feito. Mas à medida que as cidades
cresciam, pequenas lojas
especializadas na fabricação de roupas
surgiam. Muito das roupas, então,
passou a ser feitas por artesãos. À medida que os artesãos tornavam-se mais
habilidosos, a qualidade da roupa
crescia. Eles passaram a cortar,
ajustar e decorar as roupas que
fabricavam em jeitos cada vez mais
elaborados. Posteriormente, tais
roupas passaram a ser feitas
de seda, importada do Extremo
Oriente.
As roupas podiam ser feitas em
oficinas especializadas ou em casa
em operações familiares informais.
As oficinas imperiais não eram
capazes de suprir todas as
necessidades do governo e as
autoridades compravam roupas prontas no mercado livre de produtores
privados. As roupas eram feitas em muitos tipos de tecidos como lã, linho e
seda e combinações de fibras. O
consumo doméstico era o foco
principal dos fabricantes de roupas
em Constantinopla, exigindo dezenas
de milhares de roupas novas todos os
anos.
Os compradores atacadistas de
roupas prontas não apenas vendiam
aos consumidores em Constantinopla,
mas também as revendiam em feiras
e mercados locais, como a grande
feira de Tessalônica onde a maior
parte do comércio era de roupas. No
século XII, este comércio expandiu-se rapidamente e foi difundido por um
grande aumento do transporte marítimo entre os portos da Grécia e o Mar
Egeu. Esta foi uma das razões para a expansão dos tecelões de seda para
lugares como Tebas e Morea.
Corte do Imperador Justiniano com (à direita) o arcebispo Maximiano e (à esquerda) oficiais
da corte e Guardas Pretorianos; Basílica de San Vitale em Ravenna, Itália.
Mosaico de Teodora em Ravena
Século VI
Este imperador usa o pálio ou fórum evolução da toga.
O Museu Cultural Helênico-Americano
Mosaico da Igreja de Santa Sofia em
Constantinopla
Representando o Imperador Constantino IX e a
Imperatriz Zoe
Século XI d C.
Virgem com os imperadores.
Mosaico
Santa Sofia – Istambul
s. XI
Damas da corte de Theodora. Esta imagem é
um detalhe de um mosaico na Basílica de San
Vitale.
pálio/lorum em dourado com uma gola larga colocada em
cima. Acredita-se que a toga romana evoluiu para essa
vestimenta.

Ela tem uma palla com um desenho estrelado sobre o


braço esquerdo. Podemos ver apenas um pouco de sua
túnica espreitando por baixo da manga mais larga de sua
dalmática em seu braço direito. Ela usa sapatos
pontiagudos vermelhos. Sapatos vermelhos eram usados
apenas pela Imperatriz.
Manoel I Comnenos e Maria de Antióquia
Séc XII
A diferença fundamental entre o paludamentum e a paenula.
Os dois homens vestindo roupas litúrgicas
bizantinas. Ambos usam a túnica e a dalmática
decorada com clavi (2 listras) em ambos os casos.
O homem da esquerda também usa um
chausable (uma vestimenta circular semelhante a
um poncho sem capuz) e outra versão do
pálio/lorum (o tecido semelhante a um lenço
com a cruz e a franja penduradas no pescoço).

Esta versão do pallium/lorum, acredita também


ter evoluído da toga romana. Inicialmente era
bastante comprido e envolvia o corpo de forma
semelhante à toga romana. Mais tarde, ele
simplesmente pendurado no pescoço, como
retratado aqui. É possível ver a manga da túnica
estreita e a manga dalmática larga no braço
direito.

Traje bizantino: trajes litúrgicos (túnicas e dalmáticas). Mulher (à direita): palla fortemente
decorada, que permanece inalterada do Antigo Império Romano.
Este imperador usa o pálio ou fórum evolução da toga.
O Museu Cultural Helênico-Americano
Pálio/lorum no final de sua evolução. As três versões à direita são datadas dos séculos VI,
VII e XI, respectivamente.
kaftan de seda do Museu do Aga Khan em Istambul.
À direita os chapéus bizantinos chamados skiadions "shaders". Eles se tornaram moda no
século XI. Ao fundo, os bizantinos copiaram o turbante dos mamelucos do Egito.
Pendentes com moedas
bizantinas
s. V
Fibula
c. 430 d. C
MET
Peitoral com moeda, c.
539–550
ouro e nielo; altura 23.8
cm
MET
Moeda bizantina
s. 610-13
Anel de casamento
Bizancio
s. VII
Ouro
Colar com cruz
Ouro, perolas e pedras
Império Bizantino
Séculos VI/VII d C
Pulseira com um busto da Virgem no disco do
fecho, datada de cerca de 600 d C
Bracelete
Ouro e ametistas
Arte bizantina
Anel bizantino Opus interrasile
Ouro, pedras talhadas em cabochão
e perolas

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