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Rudi Scaffa S.

Pontes | 7º Período | Medicina | FITS - PE


RESUMO – 7º PERÍODO

HABILIDADES CIRÚRGICAS I
ALUNO: RUDI SCAFFA S PONTES

- ANTEASSPSIA E PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA


- INSTRUMENTAÇÃO E MESA CIRÚRGICA
-

NOÇÕES BÁSICAS DE CIRURGIA ASSÉPTICA


A preparação para o ato operatório envolve cuidados com material cirúrgico, equipe cirúrgica, local da operação e
posicionamento do paciente e da equipe.

CONCEITOS
• O termo cirurgia significa operação manual
• Assepsia: é o termo utilizado para designar a ausência de matéria séptica, isto é, um estado livre de infecção. Este
é, portanto, o objetivo da equipe cirúrgica: realizar um ato operatório asséptico, devendo manter livres de germes o
doente, a equipe cirúrgica e o ambiente.
• Antissepsia: é termo utilizado para nomear o conjunto de procedimentos e práticas destinados a impedir a
colonização por micro-organismos patogênicos ou que visam à destruição desses micro-organismos, por determinado
período de tempo, em especial, mediante o uso de agentes químicos. Portanto, em outras palavras, a antissepsia é o meio
pelo qual se busca e se obtém a assepsia em tecidos orgânicos.
• Degermação: é a remoção de detritos, impurezas e bactérias que se encontram na superfície da pele, sendo
utilizado para esse procedimento sabões e detergentes neutros.
• Desinfecção: consiste no combate aos micro-organismos que se assentam sobre a superfície de objetos
inanimados, com o uso de agentes denominados desinfectantes ou desinfetantes.
• Esterilização: corresponde à completa destruição de todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos
bacterianos, que são altamente resistentes, empregando-se, para isto, métodos físicos e químicos mais avançados do que
os usados anteriormente.

ASSEPSIA
A assepsia trata-se de um método que impede, especialmente através de meios físicos e químicos, a entrada de
micro-organismos patogênicos no corpo humano. Consiste, então, na tentativa de eliminação de qualquer fator potencial
de infecção, impedindo a penetração de micro-organismos em local que não os contenha, um local estéril. Deve-se ressaltar
que não há possibilidade de se chegar à assepsia total na prática cirúrgica, isto é, à ausência total de germes. No entanto,
essa situação deve ser sempre perseguida, aproximando-se, ao máximo, desse estado ideal.
No que se trata à sala cirúrgica, a assepsia está representada pelo uso de vestimenta estéril pelos membros da
equipe cirúrgica (aventais e luvas assépticos), pela delimitação do campo operatório por coberturas estéreis e pelo uso de
instrumentos cirúrgicos submetidos ao processo de esterilização.

(1) Cuidados com o paciente


• Idade: extremos de idade (pacientes muito novos ou muito idosos) apresentam uma suscetibilidade a infecções
muito maior devido a uma carência ou imaturidade das respostas imunológicas. Deve-se ter, portanto, um cuidado muito
maior para com esses pacientes.
• Alterações metabólicas e de nutrição: problemas como diabetes ou obesidade refletem em uma incidência maior
de infecção em blocos cirúrgicos. Pacientes desnutridos, por apresentarem pouca reserva nutricional, não apresentam uma
resposta fisiológica normal e, portanto, são susceptíveis ao desenvolvimento de infecções.
• Duração da hospitalização: é preferível que o paciente permaneça o mínimo de tempo possível no hospital pois,
quanto mais tempo o paciente fica no ambiente hospitalar, maiores são as chances de ele desenvolver infecções.
• Tempo de cirurgia: quanto maior for o tempo operatório, maiores são as chances de infecção pelas cepas de
bactérias permanentes que resistem aos métodos antissépticos.
• Uso de drenos: o uso de qualquer aparelho de drenagem favorece o surgimento de infecção ao doente devido à
produção artificial de um meio de continuidade entre o meio externo e o meio interno do paciente.
• Tamanho da incisão: quanto maior a incisão, maior o tamanho da solução de continuidade e, portanto, maiores
são os riscos de infecção.
• Tricotomia: consiste na raspagem de pelos do paciente que deve ser feita próximo ao momento de se operar o
paciente com equipamentos ideais e, de preferência, esterilizados. Deve-se ter um cuidado especial para evitar, ao máximo,
traumatismos na pele que possam gerar alguma solução de continuidade que favoreça a proliferação de micro-organismos.

(2) Cuidados referentes à equipe cirúrgica


• Higiene pessoal e vestimenta cirúrgica (pijama cirúrgico, gorros e toucas, máscaras, aventais e luvas): todos que
trabalham no centro cirúrgico precisam praticar uma higiene pessoal rigorosa (banhos diários, uso de unhas curtas). Toda
pessoa que vai participar de qualquer atividade no centro cirúrgico deve utilizar roupas esterilizadas. Estas devem ser
facilmente reconhecidas por cores destacantes, como azul ou verde. Antes de entrar no centro cirúrgico, deve-se guardar
qualquer adorno, tais como brincos, anéis, pulseiras e relógio.
O vestuário para a parte não-crítica na cirurgia consta de calça e camisa (pijama cirúrgico), o tamanho desses trajes
deve ser adequado para proporcionar conforto e liberdade de movimentos. Após a troca de roupa procede-se à colocação
de gorro. Os gorros reduzem a contaminação do campo operatório por micro-organismos advindos do couro cabeludo e do
cabelo dos membros da equipe cirúrgica. As máscaras devem cobrir toda a boca e o nariz. O protetor de olhos (óculos
cirúrgicos) constitui uma outra proteção cujo uso deve ser estimulado para todos os membros da equipe cirúrgica.

O uso dessas roupas por mais de oito horas seguidas deve ser avaliado, haja vista que parece existir aumento na
contaminação diretamente associado ao tempo em que elas são usadas e expostas ao ambiente do centro cirúrgico.
• Lavagem das mãos: A lavagem das mãos (dos punhos e do antebraço) deve ser realizada, da forma mais completa
possível, antes da escovação. A lavagem deve ser realizada com a utilização de um sabão antimicrobiano, deixando em
contato com a pele das mãos por um período de dez segundos. A fricção e sua sequência variam muito de autor para autor.
Contanto que toda a mão seja contemplada com a lavagem e que a sequência não tenha recidiva (retorno de uma parte
recém-lavada para outra lavada antes), a sequência é aceita. O enxágue deve ser rigoroso para remoção dos resíduos de
sabão e a secagem deve ser feita com toalhas de papel. Contudo, a mão só será enxugada no próprio bloco, depois da
escovação, com o uso de compressas esterilizadas.
• Escovação cirúrgica e secagem com compressa: a escovação das mãos, antebraço e cotovelos de todos os
membros da equipe que vão entrar em contato com materiais estéreis constitui uma etapa preparatória e indispensável
para todos os atos cirúrgicos. Ela é realizada para a remoção de detritos, eliminação da microbiota transitória e redução da
microbiota residente (permanente), constituindo-se em uma medida de assepsia.
Nos lavabos dos centros cirúrgicos, são comumente encontradas embalagens individuais de uso único contendo
escova-esponja embebida em solução antisséptica com iodopovidina ou clorexidina, junto a uma espátula para a limpeza
das unhas (desinquinação). As torneiras de um lavabo cirúrgico devem ser acionadas por botões colocados no piso ou de
forma automática por meio de células fotoelétricas. O cirurgião não deve fazer uso das mãos para acionar a corrente de
água. A antiga prática do uso de torneiras manuseadas com o cotovelo, como ainda se encontra comumente, deve ser
desestimulada.
Ao se realizar a escovação, o roteiro básico a ser seguido é:
(1) lavagem completa das mãos e antebraços, utilizando-se de água e sabão antimicrobiano;
(2) abrir as embalagens das escovas que devem estar presentes no lavabo;
(3) espalhar a solução antisséptica que está embebida na esponja da escova ao longo de toda a área a ser
escovada, seguindo sempre movimentos contínuos, sem que se façam movimentos de vai-e-vem; deve-se iniciar nos dedos
e terminar no cotovelo.
(4) limpar as áreas subungueais (desinquinação) com a espátula ou com a própria escova;
(5) escovar as faces lateral e medial de cada dedo, comissuras interdigitais e, em seguida, o dorso e a palma da
mão, sempre com movimentos únicos e contínuos, partindo do distal para o proximal, evitando o vai-e-vem;
(6) escovar antebraço até a região acima do cotovelo com movimentos únicos e contínuos;
(7) enxaguar as mãos, antebraços e cotovelos, sempre nessa ordem; O cirurgião deverá adotar a posição de
ambos antebraços e mãos voltados para cima, a fim de evitar que a água escorra para áreas distais já escovada.
(8) aplicar, após a escovação, solução aquosa do mesmo antisséptico previamente utilizado;
(9) secagem com compressa estéril utilizando um lado da compressa para cada membro e um quadrante da
compressa para cada parte do membro (p. ex: Q1 – palma da mão; Q2 – Dorso da mão; Q3 – dorso do antebraço; Q4 –
Ventre do antebraço).
A escovação deve ter duração mínima de 5 minutos
• Colocação do avental (capote cirúrgico): Uma vez realizada a correta escovação cirúrgica, todos os membros da
equipe deverão colocar os aventais e as luvas cirúrgicas. A maior justificativa do uso do avental e luvas cirúrgicas é a criação
de uma barreira entre o campo operatório e os membros da equipe cirúrgica, sendo utilizados para proteger o paciente da
contaminação que os membros da equipe possam eventualmente levar ao campo operatório.
É necessário manter os antebraços acima do nível da cintura e abaixo dos ombros, tomando cuidado para não
esbarrar em nenhuma estrutura contaminada como portas, mesas ou mesmo pessoas presentes na sala de operações.
Quando contamos com a presença de um instrumentador (ou circulante), ao entrarmos na sala cirúrgica ele já deverá se
encontrar devidamente paramentado e nos auxiliará na colocação de vestimenta, passando-nos o avental aberto e na
posição correta para que o vistamos. Os laços que serão feitos no avental também são por conta do circulante.

Ao serem levados para esterilização, os aventais são dobrados de forma que sua parte externa e suas mangas
fiquem voltadas para dentro. Deste modo, pega-se o avental firmemente pela gola. Deve-se ter o cuidado para que
nenhuma parte do avental toque em partes não-esterilizadas da sala de cirurgia e do próprio capote (as únicas duas partes
consideradas contaminadas são a gola e os ombros, haja vista que o houve contato com a mão desnuda e que, embora
lavada, não está asséptica). Uma vez que o capote esteja totalmente aberto, introduzimos as mãos correspondentes. Como
ainda estamos sem luvas, não devemos fazer qualquer esforço para passar as mãos pelos punhos do avental devido à
possibilidade de a fricção desenvolvida (ainda que mínima) poder propiciar o assentamento bacteriano. Devemos solicitar a
ajuda do circulante da sala que, por traz, puxará o avental até os ombros, descobrindo as mãos do cirurgião, e amarrará as
suas tiras dorsais.
• Colocação das luvas: Terminada a colocação do avental, o próximo passo é a colocação das luvas cirúrgicas. De
forma padronizada, as luvas são dispostas em sua embalagem protetora (e esterilizada) com o punho virado para fora. Com
a mão esquerda, pegamos a parte interna exposta da luva direita (por sua dobra) e a introduzimos na mão direita. A seguir,
a mão direita, já parcialmente enluvada (antes de se posicionar a luva corretamente), pega a outra luva esquerda agora,
pela parte externa não exposta da luva) e a introduz na mão correspondente (a ordem inversa também pode ser realizada
de acordo com a preferência de cada um). Somente após esta etapa, com as mãos já parcialmente enluvadas, nos
preocupados em desenrolar os punhos de ambas as luvas tendo o cuidado de não tocar qualquer parte desnuda do
antebraço.

Da mesma forma que observamos muito cuidado ao ato de colocar as luvas, também na hora de retirada devem ser
tomadas algumas precauções, mas agora é o seu lado externo que não deve entrar em contato com qualquer parte
desnuda de nosso corpo, de forma a não propiciar contaminação por micro-organismos. Ao serem retiradas e desprezadas,
suas faces externas devem estar voltadas para dentro, de modo que o cirurgião não toque nenhuma parte de seu corpo
desnuda sobre a face externa (e já contaminada) da luva. Ao final da retirada, deve ser descartada em recipiente
apropriado.

ANTISSEPSIA
A antissepsia é o conjunto de procedimentos e práticas que visam impedir a colonização ou destruir por
determinado período de tempo os micro-organismos. Consiste, portanto, em empreender todos os esforços que
possibilitam o controle, total ou parcial, da proliferação de micro-organismos patogênicos, ao menos por um determinado
período de tempo. Constitui um método profilático, haja vista que resulta do emprego de agentes germicidas
(antissépticos) contra patógenos no tecido humano, diferentemente da desinfecção.
Assim, estamos praticando a antissepsia quando utilizamos agentes antissépticos mediante um processo mecânico
e químico conhecido como escovação cirúrgica. Também se refere à antissepsia o preparo da área a ser operada, com o
emprego de substâncias antissépticas.
• Antissépticos: As substâncias providas de ação letal ou inibitória da reprodução de micro-organismos são
designadas, genericamente, como antissépticos. Destinam-se à aplicação em pele e mucosas visando à redução do índice de
colonização microbiana e, por conseguinte, de infecção do campo operatório. Sistematicamente, devem dispor de algumas
propriedades essenciais: (1) ação bactericida (destruição dos micro-organismos patogênicos); (2) ação bacteriostática
(inibição da proliferação de micro-organismos); (3) persistências de ação durante várias horas (ação duradoura); (4)
ausência de causticidade; (5) baixo índice de reações de hipersensibilidade; (6) baixo custo. Entretanto, não se dispõe de
um antisséptico ideal que reúna todas essas condições de forma absoluta.
o Iodo: o composto de iodo mais conhecido e, até certo tempo, comumente utilizado no preparo da pele é o
álcool iodado a 0,5% ou 1% (como exemplo, o Mertiolate®). Age pela facilidade em penetrar na parede celular dos micro-
organismos, inibindo a sua síntese vital, oxidando e substituindo o conteúdo microbiano por iodo livre. Seu uso foi
drasticamente limitado por sua baixa potência e por causar queimaduras e irritação. Apresenta função bactericida, virucida,
microbactericida e fungicida. Contudo, pode causar dor se aplicado sobre uma solução de continuidade e queima em altas
concentrações.
o Iodóforos: são combinações estáveis de iodo ou triodeto adicionadas a um veículo carreador de alto peso
molecular como alguns polímeros neutros: polivinilpirolidona, polieterglicol, poliamidas, polissacarídeos, etc. Atuam
carreando moléculas de iodo que são liberadas gradativamente em baixas concentrações, mantendo o efeito germicida
próximo do iodo, mas reduzindo a sua toxicidade. Necessitam de cerca de dois minutos de contato para a liberação do iodo
livre, atingindo, assim, nível antisséptico adequado. Tem efeito residual de 2 a 6h e é inativado por matéria orgânica. A
presença de matéria orgânica inibe rapidamente a sua liberação. São encontrados em formulações degermantes (que
forma espuma), alcoólica e aquosa, em concentrações de 10% com 1% de iodo livre.
Em nosso meio, o agente solubilizando e carreado mais empregado é a polivinilpirrolidona (PVP). A solução
de clorexidina é utilizada para pacientes alérgicos ao iodo.
o Clorexidina (gluconato de clorexidina): age por destruição da parede celular e precipitação dos
componentes internos da célula microbiana. Apresenta longo espectro contra bactérias gram-positivas, boa atividade
contra gram-negativas, fungos e vírus, porém pequena ação contra micobactérias. Suas principais características são: (1)
apresenta atividade por até 6 ou 8 horas; (2) tem baixa toxicidade e irritabilidade, sendo segura, inclusive, para uso em
recém-natos; (3) constitui uma excelente alternativa para aqueles pacientes com sabida intolerância ao iodo.
o Álcool: age por desnaturação de proteínas e tem boa ação bactericida e micobactericida. Também possui
ação contra os principais fungos e vírus, incluindo vírus sincicial respiratório, vírus da hepatite B e HIV. É um dos mais
seguros antissépticos, reduzindo rapidamente a contagem microbiana na pele. Concentrações entre 60% e 90% são
adequadas, e 70% têm sido a concentração mais indicada, por causar menor ressecamento da pele. Além de ser inflamável,
apresenta desvantagens por não apresentar efeito residual
A descontaminação de tecidos vivos depende da coordenação de dois processos que geralmente são realizados de
forma sequenciada em atos cirúrgicos eletivos: degermação e antissepsia. A primeira consiste na remoção de detritos e
impurezas na pele, que pode ser feito com soluções degermantes (os sabões e detergentes removem mecanicamente parte
da flora microbiana transitória, mas não conseguem remover a flora residente); a segunda promova a destruição de micro-
organismos transitórios ou residentes da pele através da aplicação de um agente germicida. Existem soluções degermantes
e antissépticas de composição química baseada tanto na clorexidina como nas soluções iodóforas. Entretanto, o fato dessas
substâncias apresentarem cargas elétricas opostas, impede a mistura das mesmas, isto é: se o cirurgião optou por realizar a
degermação com solução contendo iodo, ele deverá realizar a antissepsia com solução que também apresente iodo,
evitando o uso de clorexidina. O contrário também é verdadeiro.

DESINFECÇÃO
Consiste na destruição dos micro-organismos presentes, em sua forma vegetativa, nas superfícies inanimadas. Por
esta razão, o desinfetante ideal seria aquele (1) com amplo espectro de ação antimicrobiana; (2) inativação rápida de micro-
organismos; (3) manutenção de ação duradoura; (4) não ser corrosivo; (5) tolerar variações de temperatura e pH; (6)
apresentar baixo custo.
Enquanto que a antissepsia trata-se de um método profilático que emprega agentes antissépticos contra patógenos
no tecido humano, a desinfecção trata-se do combate aos micro-organismos que se assentam sobre a superfície de objetos
inanimados, com uso de desinfetantes. Os principais agentes desinfetantes são:
• Álcool: utilizado por ter atividade germicida, menor custo e baixa toxicidade. Age pela desnaturação das
Proteínas. Não se recomenda sua utilização em artigos com componentes plásticos ou borracha.
• Formaldeído: utilizado como formalina aquosa a 10% ou alcoólica a 8%. Seu mecanismo de ação se dá pela
coagulação de proteínas. É bactericida, fungicida, virucida e tuberculicida, após 30 minutos, e esporicida após 18 horas. Sua
ação como desinfetante é tida como razoável e não possui nenhum efeito antisséptico.
• Glutaraldeído: é bactericida, tuberculicida e esporicida. Por ser tóxico para os tecidos, qualquer material nele
imerso deve ser enxaguado com água destilada antes do uso no paciente ou do manuseio pela equipe. Para que ele seja
eficaz como esterilizantes, o material deve ficar totalmente imerso em solução por 10 horas. Não é corrosivo para
instrumentais e tem ação rápida para desinfecção de alto nível. É utilizado para desinfecção de instrumentos anestésicos.

ESTERILIZAÇÃO
Consiste na completa destruição de todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos bacterianos, que são
altamente resistentes, empregando-se métodos físicos ou químicos.
A esterilização passa por etapas de processamento que garantem a sua eficácia. O primeiro passo ocorre
imediatamente após o uso na sala de operações, por meio da lavagem para a retirada de resíduos orgânicos, diminuindo a
sua carga microbiana. Esses materiais devem, então, serem armazenados em caixas metálicas perfuradas, bandejas ou
pacotes individualizados, e envolvidos em embalagens apropriadas. Diversos métodos para esterilização de materiais
cirúrgicos, por meios físicos ou químicos.
• Calor seco: método que emprega o calor como agente esterilizante, porém sem a presença de umidade, com ação
biocida ocorrendo por oxidação do protoplasma das células. Os parâmetros considerados são tempo e temperatura: 180ºC
por 30 minutos, 170ºC por 60 minutos ou ainda 160ºC por 2 horas. A estufa é utilizada para realizar esta esterilização,
sendo indicada para instrumentos como metais e vidrarias.
• Calor úmido: é o método de esterilização empregado pelas autoclaves, em que o calor úmido é empregado na
forma de vapor saturado em alta temperatura sob alta pressão. É o principal eleito nas unidades hospitalares. sua
temperatura equivale à do ponto de ebulição da água e se produz pela combinação de energia que aquece a água com
níveis de pressão maiores do que a pressão atmosférica, acelerando o aquecimento e propiciando o alcance de
temperaturas próprias para a esterilização (121-134ºC). Artigos termossensíveis não devem ser autoclavados, destes,
apenas borracha e tecidos. Os micro-organismos são destruídos pelo processo de desnaturação e coagulação do sistema
enzimático das proteínas dentro da célula bacteriana.
• Esterilização por meios químicos: a esterilização pelo óxido de etileno é utilizada para artigos termossensíveis.
Trata-se de um gás inflamável, explosivo e carcinogênico. Destrói bactérias, vírus, fungos e vários esporos. É utilizado para
materiais como endoscópios, objetos de plástico e borracha, frascos e ampolas de medicamentos, plásticos. Sua ação se faz
pela alquilação das cadeias proteicas microbianas, interferindo em sua multiplicação.

DISPOSIÇÃO DA EQUIPE CIRÚRGICA


A equipe cirúrgica é formada pelo conjunto de profissionais que participam da atividade do cirurgião no campo
operatório, englobando, portanto, o cirurgião, primeiro e segundo auxiliares e o instrumentador.

A disposição da equipe varia de acordo com a cirurgia a ser realizada, o segmento anatômico do corpo do paciente a ser
operado e a dominância manual do cirurgião (se destro ou canhoto).
De uma maneira geral, o primeiro auxiliar fica à frente do cirurgião tendo a seu lado o instrumentador. O segundo
auxiliar fica ao lado do cirurgião.

O cirurgião é o líder e o responsável pela intervenção cirúrgica. Coordena o trabalho de todos os integrantes da equipe
cirúrgica. Compete ao cirurgião a escolha da via de acesso, bem como todo o planejamento e as táticas cirúrgicas a serem
adotados.
• Primeiro auxiliar: deve colocar-se em posição contrária à do cirurgião, apresentar as estruturas para o cirurgião
poder melhor operar e organizar o instrumental de sua mesa. O auxiliar precisa ter pleno conhecimento dos tempos
operatórios para poder desempenhar suas funções sem interferir nas atribuições do cirurgião. Nas cirurgias mais
complexas, e em condições especiais, pode integrar a equipe cirúrgica um segundo auxiliar a quem compete afastar as
estruturas anatômicas e propiciar maior liberdade ao primeiro auxiliar nas manobras de hemostasia, bem como nas
ocasiões de síntese.
• Instrumentado: por sua vez, é o elemento que estabelece a interface entre a equipe e os circulantes de sala. Ele
monta a mesa de instrumentos, solicita os materiais de síntese e hemostasia, atuando com grande mobilidade tanto no
campo operatório quanto sobre a sua mesa de instrumentos. Eventualmente, a critério do cirurgião, pode atuar no campo
operatório, complementando a apresentação de algum instrumental ou auxiliando no afastamento de estruturas
anatômicas.
O instrumentador deve estar familiarizado com o ato cirúrgico e, em especial, com a sequência de ações próprias do
cirurgião.
INSTRUMENTAL CIRÚRGICO
Usamos o termo “instrumento” para denominar cada peça, em particular; e “instrumental” para o conjunto destas
peças.
O número de instrumentos cirúrgicos é incontável; ao longo dos tempos os cirurgiões vêm criando e modificando novos
elementos, que são incorporados aos já existentes. Quase sempre levam o nome de seus idealizadores, muitas vezes
diferindo apenas em detalhes muito pequenos.
É de fundamental importância para a boa prática cirúrgica o conhecimento da nomenclatura do instrumental cirúrgico
tanto pelo cirurgião quanto pelo auxiliar. Além disso, a montagem da mesa cirúrgica, com a eventual organização das peças,
é imprescindível.
• Fundamentos de todos os atos operatórios: diérese, hemostasia e síntese. Esses princípios da Técnica
Operatória englobam todos os procedimentos realizados desde a incisão cutânea e da parede, o ato operatório principal (a
finalidade da operação), até o fechamento da parede. Em algumas situações em que a operação determina a extirpação de
um órgão ou de um segmento tecidual, a esses fundamentos se acrescenta a exérese.
Obs: Algumas vezes apenas um tempo cirúrgico pode estar presente, como por exemplo, na abertura de um abscesso ou na
sutura de um corte ocasionado acidentalmente.
o Diérese: significa a separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a abordagem de um órgão ou
região (cavitária ou superfície), é o rompimento da continuidade dos tecidos.
• Pode ser classificada em:
- Mecânica (instrumentos cortantes)
- Física (recursos especiais)
• Mecânica pode ser:
- Punção: Drenar coleções de líquidos ou coletar fragmentos de tecidos, (agulhas, trocaters)
- Secção: Dividir ou cortar tecidos com uso de material cortante (bisturi, tesouras, lâminas) = Segmentação de
tecidos
- Divulsão: Afastamento dos tecidos nos planos anatômicos sem cortá-los (afastadores, tesouras com ponta romba)
- Curetagem — Raspagem da superfície do órgão (cureta)
- Dilatação: Processo para se aumentar o diâmetro de estruturas físicas anatômicas (dilatadores específicos)
- Descolamento: Separação dos tecidos de um espaço anatômico (pinças descoladoras, descoladores específicos).
• Física pode ser:
- Térmica: Realizada com uso do calor, cuja fonte é a energia elétrica (bisturi elétrico)
- Crioterapia: Resfriamento brusco e intenso da área a ser realizada a cirurgia (nitrogênio líquido)
- Laser: realiza-se por meio de um feixe de radiação, ondas luminosas de raios infravermelhos concentrados e de
alta potência. Há vários sistemas laser, mas, o mais utilizado na cirurgia é o laser de CO2, que pode ser facilmente absorvido
pela água existente no tecido humano.
o Hemostasia (hemo=sangue; stasis: deter): é o conjunto de mecanismos para o qual previne, detém ou
impede o sangramento. Pode ser feito por meio de:
- Pinçamento de vasos
- Ligadura de vasos
- Eletrocoagulação
- Compressão
- Medicamentosa: baseada nos exames laboratoriais
- Cirúrgica: interromper em caráter provisório o fluxo de sangue para a ferida cirúrgica para prevenir ou
diminuir a perda sanguínea (garrote pneumático, faixa de smarch).
Hemostasia temporária: Feita durante a intervenção cirúrgica para deter ou impedir temporariamente o fluxo
de sangue no local da cirurgia (compressão por instrumentais — pinças, aplicação de medicações, uso de hemostáticos)
Hemostasia definitiva: Obliteração do vaso sanguíneo em caráter permanente (sutura, bisturi —
eletrocoagulação, laqueadura, uso de hemostáticos)
o Cirurgia propriamente dita ou Exérese: é uma manobra cirúrgica utilizada para retirar uma parte ou a
totalidade de um orgão ou tecido visando à finalidade terapêutica, seja em caráter curativo, paliativo ou diagnóstico. É a
cirurgia propriamente dita, exige maiores cuidados da equipe multidisciplinar e deve ser executada sob orientação do
cirurgião responsável.
o Síntese cirúrgica (junção, união): é o procedimento utilizado para unir ou aproximar as bordas de uma lesão
com a finalidade de estabelecer a continuidade dos tecidos, facilitando as fases do processo de cicatrização, constituindo
assim, os tecidos. Podem ser realizados das seguintes formas:
- Cruenta: a união de tecidos é realizada por meio de instrumentos apropriados com agulhas de sutura e fios
cirúrgicos permanentes ou removíveis.
- Incruenta: consiste na aproximação dos tecidos (a união das bordas) com auxílio de gesso, adesivos
(esparadrapos) ou ataduras.
- Completa: Coaptação, aproximação, união dos tecidos é feita em toda a dimensão/extensão da incisão
cirúrgica.
- Incompleta: Aproximação dos tecidos não ocorre em toda à extensão da lesão, em consequência da
colocação de dreno em determinado local da incisão cirúrgica.
- Imediata: Coaptação ou união das bordas da incisão ocorre imediatamente após a segmentação
(separação) deles.
- Mediata: Consiste na união dos tecidos após algum tempo de incisão (algum tempo depois do rompimento
da continuidade ou contiguidade deles).

MONTAGEM E PINTURA DO CAMPO


• Pinça Cheron: também é utilizada para pintar o campo cirúrgico, assim como a pinça Pean.
• Pinça Backhaus: bastante útil e utilizada para a fixação dos campos cirúrgicos. Como a montagem dos campos
cirúrgicos precedem a própria diérese, este instrumento deve ser organizado junto aos instrumentos de diérese.

Instrumentos para montagem do campo e do sítio operatório: (A) Pinça Cheron; (B) Pinça Backhaus

INSTRUMENTOS PARA DIÉRESE


• Cabos de bisturi lâminas: Aos cabos de números 3 e 7, acoplam-se lâminas de números 10 e 15, e ao cabo de
número 4 se acoplam lâminas números 20 a 25.
• Tesoura Metzembaum: Podem ser retas (para cortar fios e suturas) ou curva (para cortar tecidos). As pontas se
apresentam arredondadas, com variações entre 14-26 cm.
• Tesoura Mayo-Stille: Geralmente, apresentam pontas rombas. Podem ser retas ou curvas.
• Tesoura Joseph: apresentam pontas agudas.
• Tesoura Baliu: é utilizada em cirurgias ginecológicas.
• Tesoura Dietrich: é utilizada em cirurgias vasculares e abdominais, principalmente, em coledocotomia.
• Tesouras de dissecção geral: As tesouras são instrumentos de diérese que separam os tecidos por esmagamento.

Material de diérese: (A) Cabo bisturi e lâminas; (B) Tesoura Metzembaum; (C) Tesoura Mayo-Stille; (D) Tesoura Joseph;
(E) Tesoura Baliu; (F) Tesoura Dietrich

INSTRUMENTOS PARA HEMOSTASIA


• Pinça Kelly: apresenta tipos curvos ou retos, com serrilhado transversal (ranhuras) em 2/3 da garra.
• Pinça Crile: similares às pinças de Kelly, contudo, apresentam serrilhado transversal ao longo de toda a sua garra.
• Pinça de Halsted (ou Mosquito): é uma pinça hemostática pequena, de ramos preensores delicados, prestam-se
muito bem para pinçamento de vasos de menor calibre, pela sua precisão. Pode ser curva ou reta.
• Pinça Mixter
Material para hemostasia (A) Pinça Kelly; (B) Pinça Crile; (C) Pinça mosquito; (D) Pinça Mixter

INSTRUMENTOS PARA PREENSÃO


• Pinça de preensão Babcock
• Pinça de tração de Kocher: de forma semelhante às de Crile, as pinças de Kocher têm a face interna da sua parte
preensora totalmente ranhuradas no sentido transversal. Diferem por possuírem "dente de rato" na sua
extremidade.
• Pinça de preensão Collin: pontas com formato de coração “pinça coração”, com 16 a 23 em de comprimento;
utilizadas para pinçamento de vísceras ocas.
• Pinça de preensão Foerster: retas ou curvas, para preensão de vísceras ocas. Suas garras são mais elipsoides
quando comparadas com as garras da pinça Collin.
• Pinça de preensão Allis: pinça com garras detalhadas em formato de mão que auxiliam no manuseio de vísceras
ocas e tecidos rígidos.
• Pinça de Duval triangular
• Pinça de Perry

Material para preensão (A) Pinça de Babcock; (B) Pinça de Kocher; (C) Pinça de Collin; (D) Pinça de Foerster; (E) Pinça
de Allis; (F) Pinça de Duval

INSTRUMENTOS AUXILIARES
AFASTADORES
• Afastadores de Farabeuf: afastadores de mão mais utilizados.
• Afastador de Gillies: afastadores delicados, com extremidade em gancho
• Afastador de Langenbeck
• Afastador de Volkmann: afastadores em forma de ancinho e extremidade em garra com um ou vários dentes
• Afastador de superfície Mayo-Adams
• Afastador de cavidade Gosset
• Afastador de cavidade Finochietto
Afastadores: (A) Afastadores de Farabeuf; (B) Afastador de Gillies; (C) Afastador de Langenbeck; (D) Afastador de
Volkmann; (E) Afastador de Mayo-Adams; (F) Afastador de Gosset; (G) Afastador de Finochietto

INSTRUMENTOS PARA SÍNTESE


• Porta-agulhas de Mayo-Hegar: é semelhante às pinças hemostáticas clássicas. Porém a sua parte preensora é mais
curta.
• Porta-agulhas de Mathieu.
• Pinça anatômica sem dente: servem para manipular tecidos delicados, vasos, nervos, paredes viscerais, etc. Seu uso
não está indicado para a preensão da pele, na síntese cutânea, haja vista que, desprovidas de dentes, a força aplicada pode
causar isquemia.
• Pinça anatômica dente de rato: são utilizadas para manipular tecidos com maior resistência (aponeurose, pele). Os
pequenos dentes são menos traumáticos do que aquelas com dentes maiores.
• Pinça de Adson: São pinças delicadas, com ou sem dentes em suas pontas
• Pinça de Perry: instrumento mais delicado, utilizado para preensão de estruturas minúsculas e sensíveis.
Material para síntese: (A) Porta-agulhas de Mayo-Hegar; (B) Porta-agulhas de Mathieu; (C) Pinça anatômica sem dente;
(D) Pinça anatômica dente de rato; (E) Pinça de Adson; (F) Pinça de Perry.

MONTAGEM DA MESA CIRÚRGICA


Os materiais que devem ser acondicionados na mesa cirúrgica, deverão estar organizados e dispostos de tal forma que
atendam aos tempos cirúrgicos e possíveis intercorrências.
Tradicionalmente, a chamada Mesa de Mayo pode ser grosseiramente organizada de forma que os instrumentos
cirúrgicos sejam divididos de acordo com os tempos cirúrgicos e sua utilização dos instrumentos na mesa deve seguir o
sentido horário, da seguinte forma:
(1) Preparo de campo operatório: Por serem utilizados antes mesmo da diérese, os instrumentos para montagem e
pintura do campo operatório devem ser colocados em primeiro plano nesta organização. São eles: Pinça Backhaus
(utilizada para fixar os panos do campo operatório); Pinça Cheron (para pintar o campo); Cuba redonda (para estocar a
solução anti-séptica utilizada na pintura do campo); Gazes.
(2) Instrumentos de diérese ou abertura: destinados à separação de tecidos ou planos para se atingirem os órgãos a
serem manipulados. Neste grupo, encontram-se tesouras, cabos de bisturis com lâminas, Tesoura de Metzembaum Reta e
Curva, Tesoura de Mayo Reta e Curva, serras e trépanos, dentre outros.
(3) Instrumentos de hemostasia: destinados à prevenção, detenção ou impedimento do sangramento. Este grupo é
representado pelas pinças hemostáticas como: Pinça de Halsted (ou Mosquito), Pinça de Kelly Reta e Curva, Pinça de Crile
Reta e Curva e Pinça de Rochester-Pean; compressas e cânulas.
(4) Afastadores: instrumentos de exposição que permitem a melhor visualização de estruturas superficiais e da
cavidade.
(5) Instrumentos auxiliares especiais: Pinça Mixter, Pinça de Babcock, Pinça Potts-Smith, Clamps Vasculares e
Intestinais, Pinça de Collin, Pinça Foerster, Pinça Duval-Collin, Pinça de Allis, Pinça de Lucae (ginecológica). Estes
instrumentos são considerados especiais por serem utilizadas em cirurgias específicas.
(6) Instrumentos de exérese: determinados pelo tipo de operação, sendo utilizados no ato cirúrgico propriamente dito.
(7) Instrumentos de síntese: destinados às suturas, junção e união de tecidos ou planos para o restabelecimento de sua
continuidade, facilitando o processo de cicatrização. São representados por porta agulhas e agulhas e pinças anatômicas.
Contudo, vale salientar que não existe nenhum sistema rígido quanto à arrumação, devendo-se seguir as rotinas
estabelecidas pela instituição, ou, simplesmente, ser o mais fácil e prático para a ação do instrumentador, desde que não
interfira na dinâmica do ato. De fato, cada cirurgião tem a sua maneira preferida para a organização da mesa.
Sugere-se, com isso, que ela deve conter, em cada tempo operatório, os instrumentos apropriados à sequência a ser
executada de acordo com cada procedimento, conferindo maior segurança ao seu manuseio.

PINÇAS ESPECIAIS
EXPOSIÇÃO EXÉRESE SÍNTESE
(específicas)
Afastadores de Farabeuf Pinça de Kocher Porta-agulhas de Mayo-Hegar
Afastador de Gillies Pinça de preensão Allis Porta-agulhas de Mathieu
Afastador de Langenbeck Pinça de Babcock Pinça anatômica sem dente
Afastador de Volkmann Pinça de preensão Collin Pinça anatômica com dente de rato
Válvula de Doyen Pinça de Durval triangular Pinça de Adson com dente e sem dente
Válvula suprapúbica Pinça de Foerster Pinça de Perry
Afastador Mayo-Adams Fios de sutura com agulhas
Afastador Gosset Grampos
Afastador Finochietto Grampeador cirúrgico
MONTAGEM E PINTURA DO
HEMOSTASIA DIÉRESE
CAMPO
Pinça Kelly ponta reta e curva Cabo de bisturi (nº 3 e 4) Pinça Pean
Pinça Crile ponta reta e curva Lâminas 10,11,12,13,14,20,21,22,23,24 Pinça Cheron
Pinça Mosquito ponta reta e curva Bisturi elétrico Pinça Backhaus
Pinça Mixter ponta reta e curva Tesoura Metzenbaum ponta reta e curva Gazes
Pinça de Bakey Tesoura Mayo-Stille ponta reta e curva Cuba redonda
Pinça Rochester-Pean Tesoura formato padrão
Eletrocautério Tesoura Joseph
Compressa Tesoura Baliu
Gazes Tesoura Dietrich
Cuba rim
Cânula cirúrgica
Cânula para aspiração

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