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Universidade de Vila Velha

Graduação em Medicina Veterinária


Técnica Cirúrgica Veterinária

Profilaxia da infecção
cirúrgica
PROFESSOR RODRIGO VIANA SEPÚLVEDA

2016.1
Conteúdo
Introdução
Conceitos
Classificação
Terapia antimicrobiana profilática
Fontes de contaminação
Assepsia
Esterilização
Antissepsia
Desinfecção
Preparativos para cirurgia
Introdução
O organismo vive em equilíbrio com um número infinito de micro-organismos;

O equilíbrio é possível devido as barreiras de proteção;

A pele é uma importante barreira e a maior do organismo;

A cirurgia, por definição, rompe com essa barreira de proteção;

Invasão e colonização pelos micro-organismos antes em equilíbrio;

Desenvolvimento da infecção.
Conceitos
Infecção:
◦ Infecção é o crescimento e proliferação de micro-organismos em um
organismo superior ao qual causam danos.

Infecção cirúrgica (atualmente, infecção do sítio cirúrgico):


◦ Qualquer ferida cirúrgica que, no prazo de 30 dias após um procedimento
cirúrgico (ou até um ano, caso tenha-se usado próteses), elimine secreção
purulenta, com ou sem cultura positiva, deve ser considerada como infectada,
independente da cogitação quanto à origem endógena ou exógena dos micro-
organismos.
Conceitos
Infecção hospitalar:
◦ É qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e se manifesta
durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada
com a internação ou procedimentos hospitalares.
Conceitos
Para fixar o conceito:
◦ Cão, SRD, de 5 anos de idade, permaneceu internado por um período de 12 horas, na
ala comum da fluidoterapia, para quimioterapia contra TVT. Retornou em 10 dias,
com queixa de tosse e expectoração. O diagnóstico foi pneumonia.

( ) Infecção do sítio cirúrgico


( X ) Infecção hospitalar
Conceitos
Para fixar o conceito:
◦ Cão, SRD, de 2 anos de idade, permaneceu internado por um período de oito horas
para realização de orquiectomia eletiva. Retornou no 5º dia pós-operatório com a
ferida cirúrgica quente, com secreção purulenta esverdeada e deiscência de alguns
pontos.

( X ) Infecção do sítio cirúrgico


( ) Infecção hospitalar
Conceitos
Para fixar o conceito:
◦ Cadela, SRD, de 5 anos de idade, permaneceu internada por um período de quatro
dias, na terapia intensiva, após ser submetida a uma OSH devido a um quadro de
piometra. Retornou no sétimo dia pós-operatório com a ferida cirúrgica quente, com
secreção purulenta esverdeada e deiscência de alguns pontos.

( X ) Infecção do sítio cirúrgico


( ) Infecção hospitalar
Classificação
As cirurgias podem ser classificada de acordo com o potencial de contaminação:
◦ Cirurgia limpa;

◦ Cirurgia potencialmente contaminada;

◦ Cirurgia contaminada;

◦ Cirurgia infectada.
Classificação
Cirurgia limpa:
◦ Aquelas minimamente invasivas;

◦ Aquelas realizadas na ausência de processo infeccioso local, em tecidos não


contaminados ou de fácil descontaminação;

◦ Aquelas que não possuem drenos e não penetraram nos tratos respiratórios,
digestivo, genital e urinário.

◦ Exemplo: correção de hérnias não complicadas, esplenectomias não


complicadas.
Classificação
Cirurgia potencialmente contaminada:
◦ Aquelas realizadas em tecidos com flora bacteriana residente pouco
numerosa, mas de difícil descontaminação;

◦ Aquelas em que ocorre penetração no trato respiratório, digestivo, orofaringe,


genital ou urinário, porém sob condições controladas e sem contaminação
não fisiológica;

◦ Aqueles procedimentos em que houve pequena quebra da técnica asséptica


ou colocação de drenos.

◦ Exemplo: OSH, orquiectomia, traqueostomia.


Classificação
Cirurgia contaminada:
◦ Aquelas realizadas em tecidos ricos em flora bacteriana residente, de difícil
descontaminação;

◦ Aquelas em tenha ocorrido falhas grosseiras na técnica asséptica;

◦ Aquelas realizadas na presença de ferida traumática recente.

◦ Exemplo: colonostomia; cistotomia com urina infectada.


Classificação
Cirurgia infectada:
◦ Aquelas realizadas em qualquer tecido, desde que haja presença de secreção
purulenta local, tecidos desvitalizados, corpos estranhos ou contaminação
fecal.

◦ Aquelas realizadas na presença de feridas traumáticas ocorridas há mais de


seis horas;

◦ Os organismos causadores da infecção já estavam presentes no campo


operatório antes da intervenção.

◦ Exemplo: celiotomia com peritonite.


Terapia antimicrobiana profilática
Conceito:
◦ Uso de antimicrobianos para prevenção de infecção no sítio cirúrgico;

◦ É indicada:
◦ Quando há risco conhecido de complicações de caráter infeccioso;

◦ Quando as consequências de uma infecção forem graves.

◦ Não é indicada:
◦ Para acobertar falhas na técnica asséptica;

◦ Quando já se está fazendo uso de antimicrobianos terapêuticos.


Terapia antimicrobiana na cirurgia
Uso na cirurgia:
◦ Cirurgias limpas  não há necessidade de terapia antimicrobiana profilática, porém,
todos os preceitos de um cirurgia asséptica devem ser respeitados rigorosamente.

◦ Cirurgia potencialmente contaminada  recomendado a terapia antimicrobiana


profilática.

◦ Cirurgia contaminada  uso de antimicrobianos terapêuticos;

◦ Cirurgia infectada  uso de antimicrobianos terapêuticos.


Terapia antimicrobiana profilática
Características de um antimicrobiano para uso profilático:
◦ Amplo espectro;

◦ Preferência pela via intravenosa;

◦ Aplicado no máximo 30 minutos antes do início da operação;

◦ Não deve ser utilizado para qualquer outro fim.


Terapia antimicrobiana profilática
Para fixar o conceito:
◦ Cão, SRD, de 5 anos de idade, diagnóstico de hérnia inguinal não complicada.
Procedimento: herniorrafia inguinal.

( ) Antimicrobiano terapêutico
( ) Antimicrobiano profilático
( X ) Nenhum dos dois
Terapia antimicrobiana profilática
Para fixar o conceito:
◦ Cadela, SRD, de 8 anos de idade, diagnóstico de piometra. Procedimento:
ovariosalpingohisterectomia terapêutica.

( X ) Antimicrobiano terapêutico
( ) Antimicrobiano profilático
( ) Nenhum dos dois
Terapia antimicrobiana profilática
Para fixar o conceito:
◦ Felino, SRD, fêmea, de 6 anos de idade, saudável. Procedimento:
ovariosalpingohisterectomia eletiva.

( ) Antimicrobiano terapêutico
( X ) Antimicrobiano profilático
( ) Nenhum dos dois
Fontes de contaminação
Conceito:
◦ Mãos, vias respiratórias, pelos, dermatites, furúnculos, úlceras de pele,
negligência com vestuário.
Paciente:
◦ Pele, pelo, idade, doenças concomitantes, doença de base, etc.
Ambiente:
◦ Ar, móveis, focos, pisos, chão e paredes.
Material:
◦ Falta de limpeza e esterilização.
Assepsia
Conceito:
◦ É o processo pelo qual se consegue afastar os micro-organismos de
determinado local ou objeto. É um princípio básico da cirurgia.

◦ Divido em três partes:


◦ Esterilização;

◦ Antissepsia;

◦ Desinfecção.
Esterilização
Conceito:
◦ É a destruição total de todas as formas de vida (inclusive esporos);

◦ Só pode ser realizada em objetivos inanimados (avental, gorro, máscara,


luvas, panos de campo, panos de mesa, compressas, instrumental, fios de
sutura, etc);

◦ É conseguida através de agentes físicos e químicos;

◦ Cada método é variável na sua eficácia e possui vantagens e desvantagens.


Antissepsia
Conceito:
◦ É o bloqueio no crescimento bacteriano nos tecidos vivos (mãos do cirurgião,
auxiliar e instrumentador, pele do paciente);

◦ O bloqueio pode acontecer por impedimento da multiplicação ou por morte


do micro-organismo;

◦ Os antissépticos não podem destruir os tecidos nos quais são aplicados, dessa
maneira, não removem todos os micro-organismos destes tecidos.
Desinfecção
Conceito:
◦ É a destruição de todos os micro-organismos através de produtos químicos,
exceto aqueles esporulados;

◦ É o processo utilizado para eliminar as bactérias exógenas dos objetos e


instalações como móveis, paredes, pisos, baias, etc;

◦ Não é utilizada em tecido vivo.


Métodos de esterilização
Princípios gerais:
◦ O material antes de iniciar o ciclo de esterilização deve possuir o menor
número possível do micro-organismos;

◦ Todas as suas partes componentes precisam estar dispostas de forma a serem


facilmente acessíveis ao agente esterilizante;

◦ O empacotamento deve ser realizado de tal maneira que a esterilização seja


mantida até o uso dos instrumentos.
Métodos de esterilização
Princípios gerais:
◦ O material antes de iniciar o ciclo de esterilização deve possuir o menor
número possível do micro-organismos;

◦ Todas as suas partes componentes precisam estar dispostas de forma a serem


facilmente acessíveis ao agente esterilizante;

◦ O empacotamento deve ser realizado de tal maneira que a esterilização seja


mantida até o uso dos instrumentos.
Métodos de esterilização
Princípios gerais:
◦ O processo de esterilização depende de duas características:

◦ Poder esterilizante;
Grandezas inversamente
proporcionais
◦ Tempo de ação.

• Tempo de penetração
• Tempo de manutenção
• Tempo de segurança
Meios de esterilização
Físicos:
◦ Radiação
◦ Ultravioleta
◦ Gama

◦ Calor
◦ Vapor de água sob pressão
◦ Autoclave
◦ Calor seco
◦ Estufa
Meios de esterilização
Físicos:
◦ Radiação
◦ Ultravioleta:
◦ Lâmpadas especiais que emitem a radiação ultravioleta;
◦ Usada em superfícies principalmente contra bactérias ambientais.

◦ Gama:
◦ Gerada a partir do colbalto-60;
◦ Muita usada em descartáveis (fios, agulhas, seringas, cateteres).
Meios de esterilização
Físicos:
◦ Calor  é o método mais empregado.

◦ Vapor de água sob pressão:


◦ Autoclave:
◦ Melhor e mais aceito método de esterilização;
◦ A esterilização ocorre a 120ºC por 20 minutos;
◦ Pode ser aplicada a todo o material, exceto aqueles que possuem fio
(corte).
Meios de esterilização
Físicos:
◦ Calor

◦ Calor seco
◦ Estufa
◦ Pode ser utilizada em material que possui fio;
◦ Requer maior temperatura e maior tempo.
Meios de esterilização
Químicos:
◦ Mais recomendados para os instrumentais delicados e que aqueles que
perdem o fio;

◦ Podem deixar resíduo no material;

◦ Exigem equipamentos de proteção e espaços mais elaborados do que a


autoclave.
Meios de esterilização
Químicos:
◦ Formaldeído:
◦ Gás incolor;
◦ Cheiro característico e forte;
◦ Tóxico e cancerígeno.

◦ Produtos comerciais:
◦ Pastilhas de formol
◦ Requerer câmara especial;
◦ Esterilização em 36 horas.
Meios de esterilização
Químicos:
◦ Formaldeído:
◦ Gás incolor;
◦ Cheiro característico e forte;
◦ Tóxico e cancerígeno.

◦ Produtos comerciais:
◦ Pastilhas de formol
◦ Requerer câmara especial;
◦ Esterilização em 36 horas.
Métodos de antissepsia
Princípios gerais:
◦ Os antissépticos devem ser:
◦ Eficientes em baixas concentrações;

◦ Não devem irritar os tecidos;

◦ Não devem perder a sua potência ao longo do tempo.


Métodos de antissepsia
Características de um antisséptico
ideal:
◦ Estável por longo período de tempo ◦ Eficaz à temperatura ambiente

◦ Ação bactericida imediata


◦ Ativo em baixa concentração
◦ Ação bacteriostática
◦ Amplo espectro de ação
◦ Efeito residual prolongado
◦ Não manchar a pele e vestuário
◦ Ausência de toxidade para o homem

◦ Solúvel em água ◦ Baixo custo


Tipos de antissépticos
Agentes de superfície:
◦ São os sabões;

◦ São resultantes da ação de uma base forte com um ácido graxo fraco;

◦ Deprimem o metabolismo bacteriano, inibindo sistemas enzimáticos.


Tipos de antissépticos
Agentes de superfície:
◦ Geralmente, são sais de sódio ou de potássio e ácidos graxos de cadeia longa;

◦ Possuem atividade bactericida e bacteriostática especialmente contra


bactérias gram-positivas e bacilos álcool-ácidos resistentes, atuam pouco
sobre os gram-negativos;

◦ O sabão tem a capacidade de emulsificar gorduras e ajuda na remoção


mecânica das bactérias da pele.
Tipos de antissépticos
Agentes de superfície:
◦ Gluconato de clorexidine:
◦ É um dos principais agentes catiônicos utilizados como antisséptico;

◦ Amplo espectro;

◦ Mecanismo de ação: ruptura da parede celular e precipitação do conteúdo


celular;

◦ Atividade não é influenciada por matéria orgânica;

◦ Não alergênico e pouco tóxico.


Tipos de antissépticos
Agentes de superfície:
◦ Iodo:
◦ Antisséptico eficaz;

◦ É um dos mais potentes e rápidos bactericidas, é eficaz contra anaeróbios,


esporulados e fungos;

◦ É um pouco irritante, não deve ser aplicado em áreas muito extensas,


descora-se com facilidade;

◦ Não possui atividade residual.


Tipos de antissépticos
Agentes de superfície:
◦ Iodo:
◦ Causa reações de sensibilidade e dermatites;

◦ Tem sido substituído por combinações com polivinilpirrolidona (PVP);

◦ Iodo + polivinilpirrolidona = PVP-I.


Tipos de antissépticos
Agentes de superfície:
◦ PVP-I:
◦ Diminui o efeito lesivo do iodo, por formar um complexo estável, onde o
iodo livre é liberado progressiva e vagarosamente, evitando queimaduras,
irritações de pele, sensibilização e toxicidade;

◦ O PVP-I é efetivo contra bactérias gram-positivas, gram-negativas, fungos e


protozoários;

◦ Pode ter efeito alérgico;

◦ Prolonga a atividade do iodo por cerca de 4 horas.


Tipos de antissépticos
Agentes de superfície:
◦ PVP-I:
◦ Mecanismo de ação: penetra na parede celular microbiana e inibe a síntese
proteica;

◦ Requer o mínimo de dois minutos para ação.


Tipos de antissépticos
Agentes de superfície:
◦ Hexaclorofeno:
◦ Derivado fenólico halogenado;

◦ Principal espectro de ação são as bactérias gram-positivas e fungos;

◦ Não deve ser associado ao álcool;

◦ Início de ação lento.


Tipos de antissépticos
Agentes de superfície:
◦ Hexaclorofeno:
◦ Pode causar reações de hipersensibilidade;

◦ Permanece eficaz na presença de matéria orgânica;

◦ Mecanismo de ação: ruptura da parede celular e precipitação do conteúdo


intracelular.
Tipos de antissépticos
Agentes de superfície:
◦ Soluções a base de álcool:
◦ Também pode atuar como desinfetante;

◦ Necessita de diluição para melhor ação;

◦ Início de ação rápido;

◦ Possui amplo espectro.


Tipos de antissépticos
Agentes de superfície:
◦ Soluções a base de álcool:
◦ É barato;

◦ Não irritante para a pele;

◦ Mecanismo de ação: combinação de ações.


Métodos de desinfecção
Princípios gerais:
◦ Os desinfetantes são utilizados:
◦ Nas paredes;

◦ Mesas;

◦ Pisos;

◦ Baias.
Métodos de desinfecção
Princípios gerais:
◦ Os mecanismos de ação dos desinfetantes são:
◦ Coagulação de proteínas;

◦ Oxidação.
Tipos de desinfetantes
Aldeídos e derivados:
◦ Potentes germicidas;

◦ Tem efeito sobre esporos;

◦ São irritantes para a pele e mucosas;

◦ Exemplos: formaldeído e glutaraldeído.


Tipos de desinfetantes
Álcool:
◦ Utilizado como desinfetante tópico;

◦ Exemplos: álcool a 70%.


Tipos de desinfetantes
Amônia quaternária:
◦ Possui amplo espectro;

◦ Ação é afetada na presença de matéria orgânica;

◦ Apresenta baixa toxicidade e baixo custo;

◦ Exemplo: cloreto de alquil-dimetil-benzil-amônio.


Precauções para manter a esterilidade
Princípios gerais:
◦ Somente as superfícies estéreis devem tocar os artigos estéreis;

◦ Artigos não estéreis devem apenas entrar em contato com superfícies não
estéreis;

◦ A violação deste princípio resulta em contaminação com provável infecção.


Precauções para manter a esterilidade
Precauções adicionais:
◦ Os membros da equipe cirúrgica nunca devem encostar suas costas em uma
superfície estéril;

◦ Uma área não estéril não deve ser tocada ou encostada;

◦ Os instrumentos estéreis nunca devem ficar para fora da borda da mesa


cirúrgica.
Precauções para manter a esterilidade
Precauções adicionais:
◦ Os braços e as mãos devem permanecer acima da cintura e abaixo do ombro;

◦ A frente do avental cirúrgico entre a cintura e o ombro é uma área


considerada estéril;

◦ Quando receber instrumentos ou materiais, posicione-os para cima. Não os


arraste sobre as margens dos seus recipientes.
Precauções para manter a esterilidade
Precauções adicionais:
◦ Mantenha secas todas as superfícies estéreis. A umidade pode causar
contaminação de um campo estéril;

◦ Evite movimento excessivo durante a cirurgia (por exemplo, movimentação


dos braços ou trânsito para dentro e para fora da sala de cirurgia);

◦ Evite sacudir os aventais, toalhas, campos e outros materiais, deixe-os cair


abertos pela ação da gravidade. O ato de sacudir os materiais incrementa as
correntes de ar e a possibilidade de contaminação.
Precauções para manter a esterilidade
Precauções adicionais:
◦ Mantenha a conversação na sala operatória à um nível mínimo durante a
cirurgia. Tem sido denominado que a contaminação bacteriana da atmosfera
do centro cirúrgico aumenta proporcionalmente à quantidade de
conversação;

◦ Nunca cruze os braços, mantenha-os na frente do corpo e acima da cintura.


Preparativos para a cirurgia
Princípios gerais:
◦ Os membros da equipe cirúrgica são fontes potenciais de contaminação direta
ou indireta para o paciente;

◦ As normas sobre vestimentas e condutas no centro cirúrgico devem ser


estabelecidas e cumpridas;

◦ Os elementos como entram em contato direto ou indireto com a ferida


operatória devem obedecer aos vários princípios da cirurgia com técnica
asséptica, pois são fontes frequentes de contaminação.
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do animal:
◦ Contenção;

◦ Aplicação da medicação pré-anestésica;


Etapas realizadas
na sala de preparo
◦ Tricotomia da região a ser operada;

◦ Limpeza e desengorduramento da pele.


Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do animal:
◦ Indução anestésica;

◦ Manutenção anestésica;
Etapas realizadas
na sala de cirurgia
◦ Realização de bloqueios anestésicos locais;

◦ Contenção na posição adequada para o ato operatório.


Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Vestuário cirúrgico:
◦ Pijama cirúrgico  tecido que não solte fiapos e confortável; deve estar
sempre limpo e passado; deve ser de manga curta.

◦ Gorro  deve cobrir todo o cabelo e todos os pelos do rosto.

◦ Máscara  devem cobrir a boca e o nariz;

◦ Propé.
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Vestuário cirúrgico: Gorro
Máscara

Pijama cirúrgico

Propé
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Preparação cutânea:
◦ Consiste na escovação para obtenção da antissepsia das mãos e dos
antebraços;

◦ Objetivos:
◦ Retirada de sujidades e detritos;
◦ Redução significativa ou eliminação da população bacteriana transitória da
pele;
◦ Redução parcial da população bacteriana residente da pele;
◦ Impedimento temporário da multiplicação destes micro-organismos.
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Preparação cutânea:
◦ Unhas curtas, naturais (sem esmaltes) e saudáveis;

◦ Mãos e antebraços não podem estar com feridas;

◦ Todos os acessórios devem ser retirados.


Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Preparação cutânea:
◦ Lavagem com escova e sabão;

◦ Deve durar de 7 a 10 minutos;

◦ Realizar de 10 a 20 movimentos por área cutânea.


Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Preparação cutânea:
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Preparação cutânea:
◦ Início da escovação pelas pontas dos dedos;

◦ 10 a 20 movimentos.
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Preparação cutânea:
◦ Escovação das laterais dos dedos;

◦ 10 a 20 movimentos.
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Preparação cutânea:
◦ Escovação da lateral e palma da mão;

◦ 10 a 20 movimentos.
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Preparação cutânea:
◦ Escovação das faces do antebraço;

◦ 10 a 20 movimentos.
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Preparação cutânea:
◦ Enxágue da mão e antebraço;

◦ Água escorre sempre da mão para o antebraço;

◦ Retirar todo o sabão.


Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Preparação cutânea:
◦ Secagem das mãos e antebraços;

◦ Sempre primeiro a mão e depois o antebraço;

◦ Seca-se, com um lado da toalha, a mão e o antebraço (esquerdo ou direito);

◦ Vira-se a toalha; seca-se a mão e antebraço que ainda não estão secos.
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Preparação cutânea:
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Colocação do avental:
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Colocação do avental:
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Calçamento das luvas:
◦ Método aberto:
◦ O cirurgião calça a luva sozinho;

◦ As mão ficam expostas ao meio exterior;

◦ Método mais simples.


Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Calçamento das luvas:
◦ Método aberto:
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Calçamento das luvas:
◦ Método aberto:
Preparativos para a cirurgia
Sequência de preparo do cirurgião:
◦ Calçamento das luvas:
◦ Método aberto:

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