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Sistema Tegumentar

Cuidados de enfermagem
destinados às lesões de pele

Professora Mariana S. Menegatti


E-mail: marianasmenegatti@gmail.com
As funções da pele

Regulação da perda de água do organismo;

Controle da temperatura corporal;

Primeira barreira de proteção contra agressões externas;

Possui terminações nervosas àsensibilidade;

Reservatório de tecido gorduroso e de Vitamina D.


Feridas
São lesões causadas no tecido em decorrência de trauma
mecânico, físico ou térmico ou que se desenvolva a partir de
uma condição patológica ou fisiológica.

Cirúrgicas

Traumáticas

Patológicas
Feridas Cirúrgicas
(Feridas Operatórias FO)
Limpas

Se a cirurgia for eletiva, fechada primariamente, não traumática,

não infectada, sem o achado de inflamação, não drenada, sem

qualquer falha da técnica asséptica, sem penetração nos tratos

respiratório, gastrointestinal, gênito-urinário ou cavidade orofaríngea

Classificação da Ferida Cirúrgica Segundo o Potencial de Contaminação Desenvolvida no Estudo do National


Research Council (NRC, 1964)
Limpas contaminadas/Potencialmente
contaminadas
Se a cirurgia ocorrer com penetração controlada dos tratos
respiratório, gastrointestinal ou gênito-urinário e sem contaminação
não-usual. Ainda, casos de apendicectomia (sem necrose ou
perfuração), se em cirurgias limpas houver penetração em orofaringe,
trato biliar ou vagina sem evidência de infecção ou ocorrerem
falhas menores na técnica asséptica, bem como a presença de
dreno.

Classificação da Ferida Cirúrgica Segundo o Potencial de Contaminação Desenvolvida no Estudo do National


Research Council (NRC, 1964)
Contaminadas

Quando apresentar feridas traumáticas, abertas, recentes (menos

de 6 horas), contaminação grosseira da ferida cirúrgica a partir do

trato gastrointestinal, penetração no trato gênito-urinário ou trato

biliar na presença de infecção e falha maior na técnica asséptica;

Classificação da Ferida Cirúrgica Segundo o Potencial de Contaminação Desenvolvida no Estudo do National


Research Council (NRC, 1964)
Infectadas

Quando também houver ferida traumática, aberta, antiga (mais de

6 horas), presença de tecidos desvitalizados, corpos estranhos,

contaminação fecal e presença de pus no sítio cirúrgico

Classificação da Ferida Cirúrgica Segundo o Potencial de Contaminação Desenvolvida no Estudo do National


Research Council (NRC, 1964)
Classificação das feridas/cirurgias quanto ao grau
de contaminação
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Limpa Procedimentos em tecidos sem sinais de
inflamação, estéreis.
Exemplo: vasos sanguíneos, trato
respiratório inferior.
Potencialmente contaminada Procedimentos em tecidos estéreis com
possível grau de contaminação ou
inflamação.
Exemplo: vias biliares, intestino delgado.
Contaminada Procedimentos em tecidos inflamados e
contaminados.
Exemplo: intestino grosso, feridas abertas.
Infectada Procedimentos que envolvem presença de
exsudato purulento, tecidos desvitalizados.
Exemplo: lesões resultantes de infecções.
Fases de cicatrização

1 a 4 dias

5 a 9 dias

10 dias
até 2 anos
Fases de cicatrização
Fechamento da ferida

1ª intenção

2ª intenção

3ª intenção
Primeira intenção

As bordas da lesão estão justapostas, não apresentam


infecção.

Aproximação das bordas – pontos cirúrgicos.


Segunda intenção
Ocorre quando as bordas estão afastadas pela perda
tecidual significativa. A lesão poderá ou não apresentar
processo infeccioso.
Fechamento por terceira intenção
A aproximação das bordas acontece depois de uma
preparação inicial do leito da ferida, principalmente se ela
apresentar indícios de infecção, que deve ser, inicialmente,
tratada para posterior sutura da lesão.
Deiscência de Sutura

Uma complicação pós-operatória que prejudica a cicatrização


das feridas e aumenta o tempo de internação e os custos hospitalares.
Pode ser definida como separação das margens de uma ferida fechada
depois de um procedimento cirúrgico, que ocorre geralmente até 10
dias após a cirurgia, embora possa ocorrer até o 30º dia.

GOMES;POVEDA;PUSCHEL, 2020
Deiscência de Sutura

Pode-se afirmar que as deiscências surgem em função de


fatores técnicos (escolha do fio, incisão e técnica de sutura), de
estresse mecânico (tosse, movimento abrupto ou vigoroso) e
de problemas relacionados ao processo natural de cura. Além
disto, as infecções de sítio cirúrgico tem forte influência no
aparecimento das deiscências.

GOMES;POVEDA;PUSCHEL, 2020
Deiscência de Sutura
Avaliação da Ferida Operatória
Exsudatos
• Seroso: aspecto líquido de amarelo claro a translucido, aquoso,
sem presença de grupos.
• Sanguinolento/hemático: vermelho vivo, com ou não presença de
coágulos.
• Serosanguinolento/serohemático: avermelhado a róseo, tendendo
seu aspecto para amarelado, aquoso.
• Purulento: De amarelo escuro a esverdeado, secreção expessa;
com possível presença de grumos e odor fétido
• Seropurulento: fluído de aspecto amarelado com presença de
grumos.
Exsudatos
Técnica de realização do curativo
Luva de
procedimento Gaze estéril Seringa 20ml e agulha 40x12

Tesoura
Kit pinças estéril Soro fisiológico

Micropore
Suturas

As suturas são definidas como um conjunto de manobras


realizadas pelo médico, com objetivo de unir os tecidos e
restituir a anatomia funcional por meio da disposição ordenada
de inúmeros nós cirúrgicos.
Suturas
Suturas
Técnica de remoção de suturas
A remoção das suturas é uma atribuição da equipe de enfermagem e
deve ser prescrita pelo médico do paciente.

Luva de Gaze estéril


procedimento

Kit pinças estéril Soro fisiológico


Possibilidades

Lâmina de bisturi
Agulha 40x12

Tesoura do Kit
pinças estéril
Referências
ARRUDA, Fabiano Calixto Fortes. Comparação de escores de gravidade para previsão
de mortalidade e tempo de internação em unidade de queimados. Rev Bras
Queimaduras, v. 16, n. 3, p. 142-9, 2017.
SANTOS, Ana Beatriz Vieira et al. A humanização no cuidado aos pacientes vítimas de
queimaduras. Revista de Enfermagem da FACIPLAC, v. 1, n. 1, 2018.
GATHAS, A. Z. et al. Atendimento do enfermeiro ao paciente queimado. Rev Eletrônica
Unisepe. Saúde em Foco, 2011.
GONÇALVES, Tathiane Souza Oliveira et al. Assistência de enfermagem com pacientes
queimados. Revista Brasileira de Queimaduras, v. 11, n. 1, p. 31-37, 2012.
Lam NN, Huong HTX, Tuan CA. Conhecimento do enfermeiro sobre gerenciamento de
emergência para queimaduras e lesões corporais. Ann Burns Fire Disasters . 2018; 31
(3): 246-250.
Obrigada!

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