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TÉCNICA OPERATÓRIA 1

Exemplos: histerectomia abdominal, cirurgia eletiva do


EQUIPE CIRÚRGICA E CIRURGIA: intestino delgado, das vias biliares sem estase ou
obstrução biliar, gástrica e duodenal, feridas traumáticas
 Equipe Cirúrgica: equipe multidisciplinar que
limpas (até 10hrs após o trauma), cirurgias cardíacas
trabalha de forma integrada, dinâmica e interativa
prolongadas com circulação extracorpórea.
para prestar assistência sistematizada e global ao
paciente enquanto no ambiente cirúrgico.
Essa prevenção à infecções como uso de antibióticos é
 Cirurgia: tudo o que envolve a intervenção chamada de Antibióticoprofilaxia. Pode ser feito apenas
cirúrgica uma dose ou até 48hrs de uso.
 Operação: técnica propriamente dita
3. Contaminadas:
CLASSIFICAÇÃO DAS OP ERAÇÕES:  Em tecidos recentemente traumatizados e abertos,
colonizados por microbiota (bactérias) abundante,
 Potencial de contaminação
cuja descontaminação é difícil ou impossível
 Finalidade
 Falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração
 Urgência local
 Porte  Na presença de inflamação aguda na incisão e
 Risco cicatrização de segunda intenção
 Grande contaminação a partir do tubo digestivo
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃ O:  Obstrução biliar ou urinária  significa contaminação
anterior à área obstruída
A classificação quanto ao potencial de contaminação
de uma cirurgia é importante, principalmente, para o
Exemplos: cirurgia de cólon sem preparo prévio,
uso ou não de antibióticos.
debridamento de queimaduras, vias biliares obstruídas,
1. Limpas: fraturas expostas, feridas traumáticas com
Na maioria absoluta, NÃO usamos antibióticos; mas, em atendimento após 10hrs do trauma
casos específicos como cirurgias longas, uso de órteses
ou próteses... é prescrito o uso de antibióticos. 4. Infectadas:
 realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de Todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer
descontaminação (como a pele) tecido ou órgão em presença de processo infeccioso
 na ausência de processo infeccioso e inflamatório com supuração local e/ou tecido necrótico.
local ou falhas técnicas grosseiras  Onde houver pus
 cirurgias eletivas com cicatrização de primeira  Fezes
intenção e sem drenagem aberta  Obstrução de vias urinárias e biliares
 cirurgias SEM penetração dos tratos digestivo,  Perfuração de vísceras
respiratório ou urinário

Exemplos: cir. Cardíaca, herniorrafias, neurocirurgia, FINALIDADE:


parodidectomia, tireoidectomia, mastoplastia,
mastectomia...  Diagnóstica: colheita de material para estudo
anatomopatológico, avaliação a fresco...
2. Potencialmente Contaminadas:  Ablativa: retirada de um órgão
 Realizadas em tecidos colonizados por flora  Paliativa: alivio de alguma condição, sem
microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil caráter curativo
descontaminação (nariz, boca, uretra, vagina...)  Restauração: correção para recuperação da
 Na ausência de processo infeccioso e inflamatório função
 Com falhas discretas no transoperatório  Transplante
 Drenagem aberta  Cosmética ou Estética
 Penetração nos tratos digestivos, respiratório ou
urinário sem contaminação significativa

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TÉCNICA OPERATÓRIA 2

PORTE: 1. Decúbito Dorsal ou Supinada: cirurgias das


regiões anteriores do corpo
Leva-se em consideração:
1. Duração
2. Quantidade de fluidos ou sangue perdidos

Apesar das “referências” abaixo, é importante ter


em mente que essas duas variáveis não são
diretamente relacionadas. Ou seja, uma cirurgia de
30 min pode ser de médio ou grande porte devido à
grande perda de sangue ou fluidos (traumas, por
exemplo). 2. Posição de Trendelemburg: posição de
céfalodeclive -cabeça em nível mais baixo que
 Pequeno porte: <1h, pequena perda
demais regiões do corpo). Promove maior fluxo
 Médio porte: 1 a 2h, média perda
sanguíneo para as regiões mais superiores do
 Grande porte: >2h, grande perda
corpo.

RISCO:
Relacionado à repercursão hemodinâmica,
respiratória, fisiológica das cirurgias, podendo ser:

 Minimamente invasivo 3. Decúbito Ventral ou Prona: cirurgias das regiões


 Moderadamente invasivo dorsais.
 Altamente invasivo

RISCO E MORTALIDADE –ASA:


Classificação da Sociedade Americana de
Anestesiologia para estratificar o risco cirúrgico dos
pacientes.

 ASA I: sem distúrbios fisiológicos, bioquímicos ou


4. Posição de Trendelemburg Reversa ou
psiquiátricos  pcte tipicamente eletivo, jovem e
Próclive: posição de cáfaloaclive que promove
hígido
maior fluxo sanguíneo paras as regiões inferiores
 ASA II: distúrbio fisiológico leve que não afeta a
do corpo.
atividade normal
 ASA III: distúrbio fisiológico importante que afeta
atividade normal ou impacta na anestesia e/ou
cirurgia
 Pcte não é candidato a cirurgias eletivas
 ASA IV: distúrbios severos com grande impacto e
potencialmente letal
 ASA V: moribundo  cirurgia apenas em caso 5. Decúbito Lateral: para cirurgias com
absoluta necessidade abordagens pelas laterais do corpo, como a de
 ASA VI: doador de órgão vias urinárias superiores.

POSIÇÕES OPERATÓRIAS:

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6. Posição de Fowler ou Sentada: muito usada em  Conduzir a cirurgia, desde sua abertura
cirurgias da parte superior do tórax (como até seu fechamento
mamoplastias).  Certificar-se quanto à disponibilidade e
Diferentemente da figura abaixo, o “encosto” não fica tão disposição do material necessário
elevado assim.*  Exigir as melhores condições para a
cirurgia
 Criar um campo operatório suficiente
para abordar as estruturas com
segurança

1º AUXILIAR:
 Responsável pelo pré-operatório imediato: sondagem,
dissecção de veias...
 Providencia a chegada do prontuário e dos exames
7. Posição de Litotomia ou Ginecológica: cirurgias radiológicos
de vias urinárias baixas, ginecológicas e de próstata.  Ordena o posicionamento correto do pcte para a
operação
 Colabora com o instrumentador na montagem das
mesas
 Confere todos os equipamentos e materiais necessários
à operação
 Faz a antissepsia da pele do pcte
 Coloca os campos cirúrgicos para delimitar a região
operatória
 Colabora nos pedidos de material à Circulante de Sala
 Organiza o instrumental
 Expõe os tecidos da melhor maneira possível para
facilitar as manobras do cirurgião
CAMPOS OPERATÓRIOS:  Substitui o cirurgião se necessário
 Tecidos grossos de origem vegetal ou sintética  Colabora com a hemostasia
 Estéril  Matem o campo cirúrgico limpo
 Retangular ou quadrado de dimensões a  No pós-operatório:
depender da operação  restante do corpo o Realiza os curativos
coberto para minimizar o risco de “contaminação” o Preenche a descrição da cirurgia
 Campos oculares = cirurgias de região operatória o Preenche a prescrição pós-operatória
muito pequena = o Permanece junto ao paciente após acordar da
anestesia

EQUIPE CIRÚRGICA:
2º AUXILIAR:
1. Cirurgião
 Quando necessário auxiliar o 1º Assistente:
2. 1º Auxiliar
o Na abertura de campo e exposição de vísceras
3. 2º Auxiliar
o Enxugar o campo
4. Instrumentador
o Segurar afastadores
5. Anestesista o Apresentar pinças
o Cortar os fios
CIRURGIÃO:
Responsável por: INSTRUMENTADOR:
 Pré-operatório completo  Cuida da mesa de instrumentais bem como sua
 Quase tudo o que acontece no interior da sala de assepsia, preparação e ordem
cirurgia  Supre as funções do assistente quando necessário
 Pelo paciente, cirurgia e resultado

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TÉCNICA OPERATÓRIA 4

 Recebe e entrega os instrumentos utilizados


 Conhece os instrumentos por seus nomes
 Coloca os instrumentos sempre na mesma ordem
sobre as mesas auxiliares
 Solicita a devolução dos instrumentos e faz o
controle de gases e compressas
 Auxilia o 1º assistente na confecção dos curativos
 Mantém a limpeza dos instrumentos

ANESTESISTA:
 Decide o tipo de anestesia que será feita
juntamente ao cirurgião
 É quem autoriza o cirurgião a iniciar a operação
 Proporciona as condições ideias para realização da
intervenção
 Exerce uma medicina peri-operatória
o Monitoramento clínico do paciente – controle
de PA, Saturação, fluidos, respiração....
 Mantém o controle do paciente como um todo

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