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CENTRO CIRÚRGICO: É uma unidade assistencial de uma instituição hospitalar cuja finalidade é
a realização de procedimentos cirúrgicos, com suporte adequado para atender as possíveis
intercorrências clínicas.
COMO O USUÁRIO TORNA-SE CIRÚRGICO: Torna-se cirúrgico após avaliação médica de sua
história clínica, seus exames, seu diagnóstico inicial e das condutas já realizadas.
Stress;
Aumento do risco de infecção; 91
Quanto à gravidade
Quanto à urgência
Quanto à finalidade
Quanto ao grau de contaminação
OBSERVAÇÃO: Muitas vezes, uma mesma cirurgia pode ser classificada em mais de uma
categoria.
QUANTO À GRAVIDADE
QUANTO À URGÊNCIA
ELETIVA Sua realização pode aguardar ocasião mais propícia, mas há necessidade que 91
ocorra. Exemplo: plásticas em geral; herniorrafia; cistos superficiais.
Sua realização é necessária, podendo aguardar de 24 a 48 horas.
URGÊNCIA Exemplo: extirpação de neoplasia maligna; colecistectomia; hemorroidectomia.
EMERGÊNCIA Sua realização deve ser imediata com a finalidade de salvar a vida do usuário.
Exemplo: apendicite perfurada; amputação traumática; hemorragia interna.
QUANTO À FINALIDADE
AS FASES CIRÚRGICAS
FASE PRÉ-OPERATÓRIA
Inicia-se no momento em que houve a decisão por parte médica, para realizar a cirurgia até a
transferência do cliente para a sala de cirurgia (ou sala de operação: S.O.).
O bem-estar do usuário deve constituir o principal objetivo dos profissionais que assistem o
usuário cirúrgico, pois, no período pré-operatório, estes podem apresentar um alto nível de
estresse, bem como desenvolver sentimentos que podem atuar negativamente em seu estado
emocional, tornando-os vulneráveis e dependentes.
Observa-se que, muitas vezes, o estado de estresse independe do grau de complexidade da
cirurgia, assim como tem relação com a desinformação no que diz respeito aos procedimentos da
cirurgia, à anestesia e aos cuidados a serem realizados.
Na atenção ao usuário pré-cirúrgico, a equipe de enfermagem é responsável pelo seu preparo,
estabelecendo e desenvolvendo diversas ações de cuidados de enfermagem, de acordo com a 91
especificidade da cirurgia.
Esses cuidados, por sua vez, são executados de acordo com conhecimentos especializados, para
atender às necessidades advindas do tratamento cirúrgico. Estes cuidados incluem, ainda,
orientação, preparo físico e emocional, avaliação e encaminhamento ao centro cirúrgico com a
finalidade de diminuir o risco cirúrgico, promover a recuperação e evitar complicações no pós-
operatório, uma vez que estas geralmente estão associadas a um preparo pré-operatório
inadequado.
O cuidado prestado ao usuário durante o período pré-operatório deve ser planejado de acordo
com a individualidade de cada um, baseado em evidências científicas e determinado pelo estado
de saúde do deste, tipo de cirurgia, rotina implantada na instituição, tempo disponível entre a
internação e a cirurgia e necessidades particulares apresentadas.
PRÉ-OPERATÓRIO MEDIATO
Consiste na assistência pré-operatória prestada ao usuário com cirurgias programadas.
É identificada pelo período que compreende desde a internação do cliente até 24 horas
antes da cirurgia.
PREPARO PSICOESPIRITUAL:
Explicar ao usuário todo o procedimento que envolve a cirurgia, desde os exames
antecedentes, como os procedimentos propriamente ditos, como, por exemplo, as lavagens 91
intestinais, tricotomia, sondagens ou algum medicamento específico.
Diminuir a preocupação com a anestesia e o anestésico a ser feito. Tentar esclarecer
suas dúvidas quanto a eles.
Diminuir a preocupação e o medo quanto à dor e à morte.
Explicar como será sua ida ao Centro Cirúrgico (C.C.) e como é lá dentro, tentando
tranquiliza-lo.
Manter o ambiente calmo e tranquilo.
Explicar como será seu retorno do Centro Cirúrgico e as primeiras sensações que
podem ocorrer.
Atender também às necessidades dos familiares ali presentes, esclarecendo suas
dúvidas.
PREPARO FÍSICO
Realizar exame físico na admissão do usuário, observando e anotando “pontos” que
podem desencadear negativamente na cirurgia, como, por exemplo: idade, hipertensão, ausência
de um membro ou acuidade (como cegueira),...
Providenciar o preparo de exames complementares.
Função Respiratória: Manter sua respiração boa, orientar para evitar o fumo algumas
semanas antes do procedimento, orientar a realizar exercícios respiratórios.
As Funções Cardiovascular, Hepática, Renal, Endócrina e Imunológica devem ser também
avaliadas, para não termos complicações como, por exemplo: ser comunicado anteriormente à
equipe médica problemas alérgicos ou com o fígado, uma vez que este tem função direta nos
anestésicos.
Atenção aos idosos, pois suas funções cardíacas são menores, bem como a hepática é
deprimida e a gastrintestinal é reduzida. Os idosos são, em geral, considerados pacientes de
maior risco cirúrgico.
PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO
Consiste na assistência pré-operatória prestada ao usuário imediatamente antes da cirurgia no
ato propriamente dito e encerra ate as primeiras 24 hs.
FASE INTRA-OPERATÓRIA
Inicia-se quando o usuário é recebido no Centro Cirúrgico (C.C.), na sala de cirurgia, até sua
entrada na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (S.R.P.A.).
Área Verde
Acesso (corredor de acesso, vestiários, copa externa e secretarias).
Acesso restrito ao pessoal autorizado e devidamente identificado.
Área Amarela
Suprimento (sala de pré-operatório, sala de recuperação, área de acesso às salas de
cirurgia, lavabos e salas de guarda de material).
Acesso restrito ao pessoal envolvido no programa cirúrgico.
É obrigatória a lavagem básica das mãos ao entrar nessa área.
Usar vestimentas próprias da área: calça e blusa. Usar propés ou sapatos limpos reservados
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para o uso no setor.
Manter fechadas as portas das salas de pré-operatório e de recuperação (portas de acesso ao
corredor externo).
Área Vermelha
Núcleo Limpo (sala de cirurgia).
Acesso restrito à equipe cirúrgica, envolvida diretamente no procedimento cirúrgico. É
recomendado o menor número de pessoas na sala de cirurgia.
O uso correto da máscara (cobrindo boca e nariz) e do gorro (cobrindo todo o cabelo) é
obrigatório para todos (inclusive para a equipe de anestesia e circulante), ao entrar na sala
cirúrgica, a partir do momento em que o instrumental está exposto e durante todo o
procedimento cirúrgico.
É indicada paramentação completa para a equipe cirúrgica: avental (capote) cirúrgico, luvas
cirúrgicas, óculos protetores, máscara cirúrgica, gorro e propés. Havendo contaminação dos
propés, a equipe cirúrgica ao sair da sala deve trocá-los.
O material e o equipamento presentes na sala devem ser apenas os necessários para o ato
cirúrgico em curso.
As portas da sala de cirurgia devem permanecer fechadas durante o ato cirúrgico.
SALA DE ESPERA 91
Destinada aos familiares ou acompanhantes do usuário, enquanto aguardam o término da
cirurgia e alta da sala de recuperação pós-anestésica (SRPA).
Deve ser provido de poltronas e sanitário.
SALA DE CIRURGIA
É a área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e endoscópicas.
Preconizam-se duas salas para cada 50 leitos não especificados ou para cada 15 leitos
cirúrgicos
ÁREA FÍSICA
Varia de acordo com a especialidade a que é destinada.
A mais funcional é a retangular.
Pode ser circular ou quadrada.
PAREDES
Devem ter os cantos arredondados em todas as junções.
Fácil limpeza.
Revestidas de material resistente e com superfície lisa e lavável.
Deve favorecer a diminuição de ruídos externos.
A cor deve ser neutra, suave e repousante.
PISO
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É obrigatório que seja de material condutivo, por causa da associação de substâncias
anestésicas inflamáveis com oxigênio ou óxido nitroso, ou seja, deve ser bom condutor de
eletricidade.
O piso deve ser também de material resistente ao uso de água e soluções desinfetantes,
de superfícies lisas e de fácil limpeza.
PORTAS
Devem ser amplas para facilitar a passagem de macas e equipamentos cirúrgicos.
Devem ser corrediças para evitar movimentação de ar.
Devem ser revestidas de material lavável e de cor neutra.
Devem, ainda, possuir proteção, a fim de prevenir danos por possíveis esbarrões de
macas.
Precisam, também, ser providas de visor facilitando visualizar o interior da sala sem a
necessidade de abri-las durante o ato cirúrgico.
JANELAS: Devem estar localizadas de modo a permitir a entrada de luz natural em todo o
ambiente, ser do tipo basculante, provida de vidro fosco e telada para evitar a entrada de insetos.
A ILUMINAÇÃO PODE SER NATURAL OU ARTIFICIAL
Quando artificial, o ar condicionado deve prover a renovação do ar ambiente sem
produzir correntezas, remover as impurezas e gases de ar e proporcionar temperatura e
umidade adequadas ao ambiente; isso contribui para a diminuição dos riscos de
infecção da ferida operatória, considerando a renovação do ar, onde podem estar
suspensas bactérias e outras partículas, além dos gases e vapores.
Não se pode esquecer de limpar o filtro de ar semanalmente.
ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL: É feita por intermédio da luz geral de teto, com lâmpada
fluorescente e luz direta.
OS FOCOS
Permitem a luminosidade ideal em todo o campo operatório.
Garantem a ausência de sombra e a alta naturalidade na cor dos tecidos.
Os tipos de focos são: fixo ou central, auxiliar e frontal.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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As tomadas devem estar localizadas a 1,5 m do piso,
Devendo possuir sistema de aterramento para prevenir choque e queimaduras no
cliente e equipe.
SALA PARA GUARDA DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS DESCARTÁVEIS: É o local
reservado para armazenar medicamentos diversos, soros, soluções desinfetantes e materiais
descartáveis, como seringas, agulhas, luvas, fios de sutura e outros.
BISTUTI BIPOLAR:
Também possui unidade geradora mas de maior potência que o monopolar.
A caneta serve apenas para coagulação e dispensa o uso da placa, pois a corrente passa
somente entre as duas pontas da pinça.
É indicado para tecidos sensíveis, áreas pequenas, localizadas, preservando, da
coagulação, os tecidos vizinhos
LIMPEZA: Para limpar utilize um pano úmido (água e sabão) em todas as partes externas do
aparelho. Para desinfecção utilize pano úmido com hipoclorito de sódio diluído em água a 0,5%.
O frasco coletor deve ser desinfectado com água e sabão neutro
ROUPAS LIMPAS: calça, jaleco, gorro, máscara, lençol da mesa cirúrgica e macas, propés,
lençol móvel e para cobrir o cliente.
ROUPAS ASSÉPTICAS: avental, Opas (proteção e isolamento das costas), compressas, campos
cirúrgicos e campo que reveste a mesa com o instrumental.
ROUPAS CONTAMINADAS: Todas aquelas que entraram em contato direto junto ao campo
operatório e não devemos manuseá-las sem proteção.
Não devemos passar de uma sala para outra com as mesmas roupas, principalmente se
estiverem molhadas com sangue ou secreções.
Devemos retirá-las ainda na sala cirúrgica com técnica correta e desprezá-las no hamper com os
demais campos e compressas.
Após acondicionamento, fecha-se o saco e encaminha-o ao expurgo que, posteriormente, será
encaminhado a lavanderia em carro fechado.
Alguns hospitais utilizam sacos plásticos duplos de 100-200 litros, identificados como
“contaminado em S.O.” para não haver engano no destino dos mesmos.
GORROS E MÁSCARAS
Ao entrar no lavabo o gorro e a máscara já devem ter sido previamente colocados.
O gorro deverá cobrir completamente o cabelo.
Já a máscara deve ser usada, impreterivelmente, por todos na sala de operação.
A máscara cobrirá boca e nariz devendo ser ajustada para prevenir escape de gotículas salivares.
Deve estar junto à face de modo a melhor filtrar o ar eliminado, retendo boa parte de
microrganismos das vias aéreas, podendo ser constituída de diversos materiais sendo que as
impermeáveis são desaconselhadas, pois não filtram o
ar, sendo preferidas as máscaras com dupla gaze de algodão ou de polipropileno ou poliéster.
PROPÉS
Podem ser de tecido ou descartável.
Seu uso não interfere na incidência de infecção de sítio cirúrgico, porém sua utilização reforça 91
a atenção quanto à entrada em área restrita.
A principal razão para o uso dos propés é a sanitização.
LAP
Abreviação do termo laparotomia (incisão cirúrgica abdominal) e designa o mínimo de roupa
necessário para qualquer tipo de cirurgia.
Também conhecido como pacote por estar envolto por um campo de algodão duplo, dobrado
com técnica correta, para que possa ser aberto sem risco de contaminação de seu conteúdo.
Algumas instituições acrescentam compressas para que sirvam para secagem das mãos (da
equipe pré-escovada).
CONTEÚDO DE UM LAP
01 avental para o instrumentador
01 saco para bandeja (mesa de Mayo)
01 campo pequeno que cubra o saco
02 ou 03 aventais para a equipe complementar
04 campos médios
03 campos grandes
EQUIPE CIRÚRGICA
CIRURGIÃO: Integral responsabilidade pelo ato operatório. Chefe do conjunto. Deverá conduzir a
intervenção cirúrgica desde a abertura até o fechamento. Será o mantenedor da ordem, disciplina
e harmonia.
Art. 1º. – O Instrumentador Cirúrgico defenderá com todas as suas forças e em todas as
circunstâncias o direito fundamental da vida humana.
Art. 2º. – O Instrumentador Cirúrgico dedicará atenção especial ao doente, prescindindo de raça,
nacionalidade e religião.
Art. 4º. – O Instrumentador Cirúrgico, ciente de que o desempenho de sua função requer
formação aprimorada, procurará ampliar e atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e do
desenvolvimento da própria profissão.
Art. 5º. – O Instrumentador Cirúrgico executará com rigor e presteza as orientações do cirurgião,
com vistas ao pleno sucesso do ato cirúrgico.
Art. 6º. – O Instrumentador Cirúrgico, evitará abandonar o paciente em meio ao ato operatório
sem causa justa e sem garantia de solução de continuidade de sua atividade.
Art. 7º. – O Instrumentador Cirúrgico negará sua participação em pesquisas que violem os
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direitos inalienáveis da pessoa humana.
Art. 8º. – O Instrumentador Cirúrgico procurará manter relações cordiais, espírito de colaboração
e integração com todos os membros da equipe cirúrgica.
Art. 9º. – O Instrumentador Cirúrgico guardará segredo sobre fatos que tenha conhecimento no
exercício de sua profissão.
Art. 10º. – O Instrumentador Cirúrgico fará valer seu direito, à remuneração compatível com o
trabalho realizado e com dignidade da profissão.
EXÉRESE: frente ao órgão mau funcionante, seu funcionamento deverá ser alterado ou
simplesmente extirpado.
SÍNTESE: união dos tecidos, fechamento de cavidades, restituindo a normalidade (conserto dos
danos causados ao organismo).
COMO VEM SENDO REALIZADA E A FINALIDADE: Na maioria das vezes, 2 horas antes do
ato cirúrgico com a finalidade de expor menor tempo a área a ser seccionada evitando com isso o
risco de infecção.
OBSERVAÇÂO: Caso tenha no local o “KIT TRICOTOMIA”, substituir parte do material acima
citado por este.
Deve seguir padronização e protocolos de acordo com as normas e rotinas de cada instituição,
levando em consideração a sistematização de enfermagem (SAE).
Algumas áreas de tricotomia foram alteradas, devendo-se levar em consideração os protocolos
locais para tal finalidade.
CIRURGIAS NO OMBRO E BRAÇO (MMSS): faça a raspagem iniciando pelo antebraço, axila,
até a região cervical e tórax medial.
CIRURGIAS NA MÃO, ANTEBRAÇO OU COTOVELO (MMSS): inicie com a higiene das mãos,
corte as unhas, limpe-as e retire restos de esmalte. Faça a raspagem iniciando pela mão até a
axila.
CIRURGIAS NO JOELHO OU TERÇO INFERIOR DA PERNA (MMII): Inicie com a higiene dos
pés, corte as unhas, limpe-as e retire restos de esmalte. Faça a raspagem iniciando pela cicatriz
umbilical até os artelhos. Inclua as regiões pubiana e perineal.
CIRURGIA NO QUADRIL: Inicie com a higiene dos pés, corte as unhas, limpe-as e retire restos
de esmalte. Faça a raspagem da linha medial dos mamilos até artelhos, incluindo toda região
pubiana e perineal.
CIRURGIAS NO TORNOZELO OU PÉ (MMII): Após higiene dos pés faça a raspagem dos
artelhos até a parte mediana da coxa. 91
CIRURGIAS ABDOMINAIS (INFERIOR): Faça a raspagem desde a cicatriz umbilical até região
mediana da coxa incluindo as regiões pubiana e perineal.
Destreza
Força e habilidade para posicionar o corpo, com movimentos precisos, sincronizados e
delicados
POSIÇÃO DECÚBITO DORSAL/SUPINA: posição inicial para qualquer tipo de cirurgia. Deitado
de costas, pernas estendidas, braços estendidos e apoiados em talas. Posição de melhor
tolerância para usuário anestesiado. É utilizada em cirurgias abdominais, supra e infra-umbilicais,
torácicas e vasculares, entre outras. Dentre todas as posições é a mais utilizada e a que traz
menor numero de complicações respiratórias intra e pós operatórias.
POSIÇÃO DECÚBITO VENTRAL: deitada de abdômen para baixo, com os braços estendidos
para frente, apoiado em talas. É usada em cirurgias de posição dorsal, lombar, sacrococcígea e
occipital. Nesta ultima é necessário a colocação de um suporte (acolchoado, gelatinoso) para
fixação da fronte.
POSIÇÃO LATERAL OU SIMS: decúbito lateral esquerdo ou direito, com a perna que está do
lado de cima flexionada, afastada e apoiada na superfície de repouso. É utilizada em cirurgias de
toracotomia, lobotomia ou cirurgias na loja renal.
POSIÇÃO TRENDELEMBURG: decúbito dorsal, com o corpo inclinado para trás, com as pernas
estendidas e os braços estendidos e apoiados em talas. É indicada para manter as alças
intestinais na parte superior da cavidade abdominal, em casos de vômitos e durante a cirurgia
para evitar a aspiração para os brônquios, quando de queda da pressão arterial, visando
aumentar a oxigenação cerebral
ESTERILIZAÇÃO
ALCOOL IODADO 2%: Antissepsia de mãos e antebraços, preparo da pele para cirurgia,
antissepsia da pele para curativo, biópsia, punção e aplicação de injeções.
AGUA OXIGENADA 10 VOLUMES: Limpeza e desinfecção de feridas, remoção de matéria
orgânica, hemostático e inibe os microrganismos anaeróbicos, mas não age em esporos.
CLASSIFICAÇÃO DA ASSEPSIA
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ASSEPSIA CIRÚRGICA: Consiste no emprego de técnicas com o objetivo de não propagar
microrganismos em local ou objeto estéril.
Para tanto devemos:
Não falar, tossir ou espirrar sobre material estéril.
Não considerar estéreis pacotes úmidos, sem data e abertos anteriormente.
Abrir pacotes estéreis com técnica.
Guardar os materiais em armários próprios, limpos, longe de poeira e insetos.
MEDIDAS INDIVIDUAIS:
Cada indivíduo deverá utilizar técnicas com a finalidade de se auto proteger e evitar
ser o disseminador de microrganismos.
As principais são: lavar as mãos com frequência ao cuidar dos doentes, chegar da
rua, assuar o nariz, antes das refeições e após eliminações. Cobrir a boca ao tossir
ou espirrar e não utilizar objetos de uso individual usados por outras pessoas.
MEDIDAS COLETIVAS:
Empregam-se métodos visando atender à comunidade.
Ex: saneamento básico, eliminação de insetos e roedores, higiene ambiental, exame
medico periódico e uso de papel toalha para as mãos.
DIVERSAS MEDIDAS HOSPITALARES UTILIZADAS COMO PRÁTICAS ESPECIAIS PARA
EVITAR CONTAMINAÇÃO
MEDIDAS ESPECÍFICAS:
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
A) MÉTODOS FÍSICOS:
Calor úmido
Calor seco
B) MÉTODOS QUÍMICOS:
Glutaraldeído
Pastilhas de formalina
Acido peracético
C) MÉTODOS FÍSICO-QUÍMICOS:
Esterilizadora a óxido de etileno : ETO (C2H4O)
Plasma de peróxido de hidrogênio
CALOR ÚMIDO: AUTOCLAVE: Método mais seguro e mais utilizado. Sua eficiência depende da
penetração do vapor saturado sob pressão, a uma determinada temperatura e durante certo
tempo.
MATERIAIS DE SUPERFÍCIE: Borrachas, Vidros, Aço inoxidável,... O vapor circula sem penetrar
na superfície dos materiais.
MATERIAIS DE DENSIDADE: Roupas (porque são espessas, com fibras). Faz-se necessário a
penetração de vapor saturado em todas as camadas.
GLUTARALDEÍDO
Mais utilizado.
Esteriliza em aproximadamente 10 horas.
Desinfeta em 20 minutos.
Ter o cuidado de anotar a data e horário em que o artigo foi imerso, bem como o tempo
de permanência.
Não misturar materiais diferentes.
Utilizar recipiente plástico ou vidro com tampa.
Somente imergir artigos previamente limpos, evitando bolhas de ar.
Fechar o recipiente.
Somente acrescentar novos artigos quando os já existentes expirarem o tempo.
Utilizar pinça esterilizada para retirar os artigos.
Enxaguar os artigos com água estéril, conforme técnica asséptica.
Sempre utilizar luvas e máscara.
PASTILHAS DE FORMALINA
Derivada do gás formaldeído.
Utilizado, embora não reconhecida pelo Ministério da Saúde como método eficaz de
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esterilização e desinfecção.
Utilizados em caixas plásticas ou metal.
Leva, em média, 11 horas (sem aquecimento forçado): furadeiras, serras, pontas de
cautério, materiais de endoscopia e dialisadores (associado ao ácido peracético).
Quando aquecido a 60ºC o é de tempo de 4 horas
ÁCIDO PERACÉTICO
Utilizado em máquinas como dialisadores e perfusão.
Esteriliza em 30 minutos.
Indicada apenas para aqueles materiais que não podem sofrer a ação do calor, mas
suportam o meio líquido.
Quando não se dispõe da esterilização pelo óxido de etileno
CONTATO:
Para que o germicida exerça sua função é imprescindível que tenha contato com os
microrganismos.
Este contato é dificultado por gorduras e matéria orgânica, como sangue e pus.
Por isso há necessidade de limpar adequadamente o material e expor todas as
superfícies a ação do produto.
Se o artigo for oco é preciso ter cuidado para que o produto preencha todo ele.
CONCENTRAÇÃO:
Cada substância germicida tem seu maior poder de ação numa concentração específica.
É imprescindível a secagem do material antes de imergi-lo na solução química para que
esta não fique diluída, reduzindo o seu poder de ação.
TEMPO DE EXPOSIÇÂO:
Não são instantâneos.
Para obtermos uma ação germicida contra microrganismos na forma vegetativa o tempo
de exposição é de 30 minutos. 91
MÉTODOS FÍSICO-QUIMICOS
TESTE FÍSICO: Consiste em colocar um termômetro especial no interior de um dos pacotes para
registrar a temperatura máxima atingida.
TESTE QUÍMICO: Realizado através de tubos de vidro com substâncias químicas ou através de
fitas de papel introduzidas no interior de um dos pacotes, o mais volumoso a ser esterilizado.
A mudança de cor no líquido ou na fita indica que o interior do pacote está sendo atingido pela
temperatura desejada, durante o período adequado.
As fitas teste para lacrar pacotes não oferecem segurança quanto a seu conteúdo.
TESTE BIOLÓGICO: Utiliza cultura de esporos de germes não patogênicos colocados no interior
dos pacotes, em tubos.
Após o processo analisam-se os germes, se foram destruídos.
OBSERVAÇÃO: Os testes precisam ser realizados na primeira carga do dia, após uma
manutenção preventiva ou corretiva dos aparelhos.
TIPOS DE EMBALAGENS
TECIDO DE ALGODÃO
Eficaz como barreira microbiana em até 65 reprocessamentos.
Alterações das características físicas dos tecidos havendo diminuição da gramatura,
quebra da efetividade da barreira microbiana.
Economia x custos indiretos.
Vulnerabilidade à contaminação- principal desvantagem, citando um nível de barreira que
pode variar de nulo a baixo, aproximadamente de 30%.
Difícil controle do número de reprocessamentos.
Têxteis reutilizáveis devem ser lavados antes do uso.
Estes não devem ter furos, remendos ou cerzidos.
VANTAGENS:
Excelente barreira antimicrobiana.
Compatível com todos os processos gasosos de esterilização.
É uma estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou manta de fibras ou
filamentos, orientados direcionalmente ou ao acaso.
A composição da fibra pode ser de celulose, algodão, poliéster, polipropileno, nylon ou
combinação destas fibras.
Excelente barreira microbiana e também contra líquidos.
É resistente e compatível com todos os processos gasosos de esterilização.
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Como desvantagem, alguns clientes referem-se à ausência total de memória o que torna a
manobra de confecção dos pacotes mais trabalhosa.
Custo- benefício.
PAPÉIS
Destinado a ser usado uma única vez.
Não é indicado o uso de papéis comuns e de baixa qualidade como o papel manilha,
toalha, Kraft e outros com superfícies e massas irregulares contendo amido, corantes e
pouco resistentes.
Especificações técnicas:
Poros de 0,22 u de diâmetro.
Resistência à tração e perfuração.
Possuir no máximo 3 mm3/m2 de sujeira.
PH entre 6 e 7.
Quantidade máxima de amido de 1,5%.
Absorção de água nas duas faces de no máximo 30g/m 2.
Umidade máxima de 7%.
Porcentagem de cloreto inferior a 0,05%.
A etiqueta de identificação deve conter as seguintes informações: tipo de papel, gramatura,
diâmetro, formato e massa da bobina, número de ordem de fabricação ou lote.
PAPEL KRAFT
Este papel é fabricado visando outros objetivos que não a esterilização e não foi
devidamente avaliado com a finalidade de invólucro para artigos hospitalares.
Seu uso tende a ser substituído, em razão da irregularidade e inconstância na sua
gramatura, o que o torna frágil quanto à resistência física e vulnerável como barreira
microbiana após a esterilização.
PRAZO DE VALIDADE: O prazo de validade dos artigos varia de acordo com alguns fatores,
como:
Tipo de invólucro
O tipo e a configuração do artigo (facilitam o rompimento da embalagem)
O número de vezes que o pacote foi manipulado
Selagem adequada
Tipo de armazenamento (prateleiras abertas ou fechadas)
Umidade
PROCEDIMENTO ANESTÉSICO
OS TIPOS DE ANESTESIA 91
ANESTESIA REGIONAL: aquela em que o anestésico local é utilizado para bloqueio reversível
da condução nervosa dos nervos periféricos, plexos (conjunto de nervos) ou do nervo eixo.
PODE SER:
ANESTESIA PERIDURAL: a agulha penetra no espaço peridural (ou epidural) onde o anestésico
penetra banhando as raízes nervosas. Não há perfuração da duramater, nem perda licórica.
Quando a droga é administrada nota-se uma resistência. Local: qualquer espaço (torácico, lombar
ou cervical).
Todo usuário que irá se submeter a uma anestesia deve ser avaliado previamente. A American
Society of Anaesthesiologists (ASA) propôs em 1987 as normas de cuidados anestésicos com o
objetivo de normatizar a avaliação. A abordagem deve incluir: a revisão do prontuário, entrevista
com o usuário, exame físico, exames de laboratório, anestesias prévias, medicações em uso e/ou
consultas com especialistas. Testes adicionais devem ser solicitados considerando-se; o custo
benefício, possíveis danos causados por testes invasivos e armadilhas devido a resultados falso
negativos ou falso positivos. Como norma a quantidade de testes adicionais deve ser guiada por;
idade, estado físico, comorbidades e porte do procedimento.
Sabemos que a morte é quatro vezes mais comum no primeiro dia de pós-operatório que a
mortalidade, com risco ajustado para uma população não cirúrgica, em qualquer idade. Mais de
metade dessas mortes resulta diretamente de injuria cardíaca. O usuário que sobrevive a um
infarto do miocárdio pós operatório tem duas vezes mais chance de vir a falecer nos próximos
dois anos que o usuário cirúrgico não complicado. Sendo assim é natural que a investigação pré-
operatória esteja focada na avaliação cardiológica.
O princípio básico da avaliação pré-operatória é saber se as informações sobre extensão e
estabilidade da doença alteram o manuseio e levem a uma melhor evolução. Os testes
cardiológicos visão demonstrar e medir a extensão da doença coronariana e da função
ventricular.
Apesar da atual ênfase a esses testes, até hoje existe pequena evidência que demonstre os
benefícios de um padrão de investigação.
AGENTE CUIDADOS
ENFLURANE/ETHRANE: Verificar atentamente os sinais vitais Proporcionar
Líquido volátil de ação lenta, causando segurança
relaxamento muscular e pode causar arritmia.
HALOTHANE/FLUOTHANE: Verificar sinais vitais
Líquido volátil de ação rápida, mas com baixo Manter cliente aquecido na S.R.P.A.
relaxamento muscular. Estar atento, pois causa tremores.
Proporcionar segurança
ISOFLURANE/FORANE Verificar Sinais vitais
Líquido volátil, de rápida indução e Atenção especial à respiração, pois pode ocorrer
recuperação, causando efeito de relaxamento depressão respiratória.
muscular satisfatório.
ÓXIDO NITROSO Pode causar hipóxia: atenção redobrada à
Trata-se de um gás, de ação fraca, usado em respiração e coloração da pele.
conjunto com o oxigênio e outros agentes. Verificar sinais vitais
AGENTE CUIDADOS
ANALGÉSICOS NARCÓTICOS E NÃO Atenção especial à respiração
NARCÓTICOS (derivado de batirofenona, citrato de Manter próximo Naloxane para reverter o
fentanila, morfina e meperidina). efeito, caso seja necessário.
São usados em associação com outros anestésicos Estar atento aos sinais vitais
para que ocorra analgesia eficiente
Pode causar depressão respiratória
BARBITÚRICOS DE CURTA AÇÃO Atenção aos Sinais vitais
(Metoexital, Tiopental Sódico) Proporcionar segurança
É administrado no início da cirurgia, causando indução
rápida e suave.
Pode ocorrer espasmo de laringe, diminuição da
respiração e hipotensão.
KETAMINA Atenção ao nível de consciência
Utilizado para procedimentos rápidos Proteger o cliente, no sentido de agitação
Causa analgesia e perda parcial de consciência psicomotora. 91
Não provoca o sono Pode causar perturbação, atenção quando
acordar.
Verificar sinais vitais
AGENTE CUIDADOS
CLORETO DE TUBOCURARINA Verificar sinais vitais
Pico de ação entre 30 e 60 min. Verificar sinais de irritação na pele
Causa hipotensão
Maior resistência das vias aéreas
GALAMINA Verificar sinais vitais
Duração menor, baixa potência. Atenção aos sinais de desconforto
Causa taquicardia
BROMETO DE PANCURÔNIO Verificar sinais vitais
Mais potente Proporcionar segurança
Causa bom relaxamento muscular Atenção ao despertar
TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
PREFIXOS UTILIZADOS
SUFIXO DEFINIÇÃO
ECTOMIA Remoção de um órgão, parte dele ou de tecido
TOMIA Abertura de um órgão ou tecido
OSTOMIA Abertura cirúrgica de um novo orifício em determinado órgão ou tecido
PEXIA Fixação de um órgão ou tecido
PLASTIA Reconstrução plástica de um órgão ou tecido
RAFIA Sutura de um órgão ou tecido
SCOPIA Olhar para dentro de um órgão ou tecido
CENTESE Punção de um órgão ou tecido para a drenagem e coleta de líquidos
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Corresponde à troca das vestes rotineiras por vestimentas adequadas (pijama cirúrgico, gorro,
máscaras e propés), antes do ato cirúrgico, seguida da utilização de luvas de borracha para
proteção de mãos e punhos e avental cirúrgico, sendo estes acessórios previamente esterilizados
PROCESSO 1:
1. Remoção de adornos
2. Revisão da colocação do gorro, máscara, óculos e vestimentas
3. Abre-se a torneira, regulando a temperatura da água
4. Molhar mãos e antebraços com água corrente em abundância
5. Colocar o anti-séptico a ser utilizado na mão e friccionar mãos e antebraços, produzindo
espuma
6. Pegar a escova considerando-se as metades direita e esquerda, reservadas para a mão
direita e esquerda respectivamente
7. Inicia-se a escovação pelas unhas e após todos os lados dos dígitos incluindo os espaços
interdigitais
8. Friccionar a palma e após o dorso da mão
9. Friccionar cada lado do antebraço até o cotovelo
10. Enxaguar mãos e antebraços com água em abundância mantendo-os em posição
vertical e acima da cintura
11. Fechar a torneira com o cotovelo
12. O tempo de escovação deve variar de 7 a 10 minutos . a redução da flora bacteriana é de
50% após 6 minutos de escovação
13. Secar com compressa esterilizada utilizando cada face para cada uma das mãos e um
cuidado necessário é dobrar a compressa após enxugar um dos cotovelos, isolando essa
face considerada contaminada para que a outra face enxugue a outra mão e outro
antebraço 91
14. Desprezar a compressa no hamper
PROCESSO 2:
http://www.revistacirurgiabmf.com/2011/v11.n2/6.pdf
COMO DEVE SER A COLOCAÇÃO DO AVENTAL CIRÚRGICO
A colocação do avental deve ser feita de maneira cuidadosa a fim de evitar a contaminação do
mesmo
Este deve ser segurado com ambas as mãos, as quais serão introduzidas simultaneamente
através das respectivas mangas
A porção posterior do avental é, então, tracionada 91
INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Nasceu no século XX.
Período de maior crescimento nas cirurgias. Conseqüentemente do papel do instrumentador
cirúrgico.
Com o advento tecnológico e as novas técnicas cirúrgicas criadas durante os anos de evolução
da técnica cirúrgica.
Um número de instrumentos foi idealizado e utilizado pelos diversos cirurgiões durante a história
da cirurgia.
Com o passar do tempo vários desses instrumentos foram sendo dispensados ou substituídos por
outros mais práticos e viáveis a um determinado procedimento.
91
O INSTRUMENTAL CIRÚRGICO PODE SER CLASSIFICADO E DIVIDIDO:
COMO DEVE SER MONTADA A MESA: Dependendo da posição do cirurgião perante o usuário
91
OBSERVAÇÃO: A mesa, caso o cirurgião esteja do lado esquerdo do paciente, deverá ser
posicionada do lado direito do usuário, ou seja, em cirurgias realizadas no andar inframesocólico
em que o cirurgião deve se posicionar ao lado esquerdo do usuário, a mesa deve ser arrumada
da direita para a esquerda
Uma posição comum encontrada em alguns centros cirúrgicos é a mesa do instrumentador sob o
usuário, eliminando-se assim a figura da instrumentadora
A mesa poderá também estar posicionada em 90º à mesa cirúrgica ou na extremidade inferior
desta, ou então do lado do cirurgião também eliminando o instrumentador.
91
ÁREA 1: coloca-se o bisturi com a lâmina para baixo a esquerda. Certas operações requerem
tipos especiais de bisturis.
ÁREA 2: são colocadas as tesouras curvas delicadas (“Metzenbaum”) e forte (“Mayo”) com as
pontas viradas para a instrumentadora e curvatura para baixo, contra a mesa.
ÁREA 3: são colocadas as pinças hemostáticas tipo “Kelly) do mesmo modo que as tesouras.
De preferência curavas e no mínimo de seis a oito. Como o sentido de tomada é da direita para a
esquerda por questão de economia de espaço acham-se sobrepostas, estando a da direita
superiormente colocada em relação às outras e assim sucessivamente.
ÁREA 4: também denominada de área de uso versátil; colocam-se instrumentos do tipo “Mixter”
(2 a 4), “Moynihan” (2 a 4), e outros do tipo hemostático, de acordo com a cirurgia.
No caso, já segurando agulhas montadas. Note-se que a ponta da agulha aponta para cima a fim
de não furar o plano da mesa e não se contaminar.
ÁREA 8: colocam-se pinças de preensão de tipo “Babcock” (4), “Allis” (4) e “Duval” (2 a 4), ou
91
outros instrumentos complementares do mesmo tipo, ditados pelas necessidades da intervenção
cirúrgica em causa.
ÁREA 11: serão colocadas compressas dobradas, que seguram fios pré-cortados como seda ou
algodão, e sobre ela ou outros tipos de fios e agulhas.
UMA SEGUNDA MESA QUE TAMBÉM PODERÁ SER MONTADA É A MESA DO ASSISTENTE
Esta é dividida em seis partes sendo montada da esquerda para a direita ou da direita para a
esquerda dependendo da posição do cirurgião no campo cirúrgico.
ÁREA 2: pinças, em regra, uma com “dente de rato” e outra sem dente.
ÁREA 4: algumas pinças auxiliares, como no caso de pinças intestinais de coprostase (2 a 4), de
preferência curvas, e as espátulas tipo sapata e valvas maleáveis. É uma área de emprego
versátil, pois receberá instrumentos complementares de uso do assistente, de acordo com o tipo
de cirurgia.
ÁREA 5: também de colocação versátil, pois receberá recipientes para soro ou desinfetantes,
seringas, aspirador, ponta do bisturi elétrico e outros instrumentos de uso restrito a determinados
tempos da intervenção cirúrgica.
Nesta mesa os cabos dos instrumentos são voltados para o auxiliar, pois estes instrumentos são
91
para uso próprio.
SÍNTESE: tempo da intervenção em que o cirurgião reconstitui os tecidos lesados. È feito através
de suturas em que se utilizam agulhas e fios.
AGULHAS
PODEM SER:
SEMI-RETAS: curvatura menos acentuada e em regra são do tipo cortante. Usadas para suturas
de superfície, geralmente a pele, montadas em porta-agulhas.
MEIO-CÍRCULO: utilizadas na profundidade dos tecidos. Sua curvatura mais acentuada permite
uma rotação mais fácil do porta-agulhas.
PODEM APRESENTAR-SE:
CILINDRICAS: cuja secção é circular. Por penetrarem os tecidos por divulsão, são atraumáticas.
Usadas em suturas delicadas, como tubo digestivo, vasos sanguineos,...
PRÉ-MONTADAS: ligadas ao fio que sai de sua base como um prolongamento do metal (pré-
montadas) que por apresentarem calibre uniforme entre agulha e fio, são atrumáticas por
excelência.
SEM FIO: em que apresentam um orifício especial onde aquele será colocado. Ao penetrar os
tecidos, este fio, dobrado em dois, é no conjunto muito mais calibroso que a agulha e, tendo que
atravessar o orifício mais estreito feito por ela, torna-se traumatizante
As formas, cilíndrica e cortante das agulhas, são referidas por um pequeno círculo e triângulo,
respectivamente.
FIOS CIRÚRGICOS
São construídos com fibras naturais, como o algodão e seda, ou com fibras sintéticas, como nylon
e mersilene. 91
Para efeitos práticos, não são “destruídos” pelo organismo, aí permanecendo para toda a vida.
CALIBRE DO FIO
As características do conjunto fio-agulha são referidas em seus invólucros, isto é, tipo de fio,
calibre, comprimento, tamanho e tipo de agulha, ... O tamanho da agulha, no desenho do
invólucro, corresponde ao seu tamanho real.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Manter o cliente em jejum.
Manter a sonda em drenagem por 24 horas.
Iniciar dieta gradativamente no 1º dia Pós-Operatório de acordo com conduta médica ou
nutricional.
Deixar o cliente em posição Fowler quando administrar dieta.
Injetar a dieta lentamente, para evitar a entrada de ar, preferencialmente em bombas de
infusão.
Injetar água após a administração da dieta, evitando obstrução e deixando-a limpa.
Realizar curativo diário.
Observar e anotar aceitação e possíveis intercorrências em impresso próprio.
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COLOSTOMIA: Consiste em uma abertura na parede abdominal para saída de parte do cólon.
Pode ser:
TEMPORÁRIA: quando se aguarda uma cicatrização de parte do cólon após a cirurgia.
PERMANENTE: quando há lesão definitiva do cólon.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Deixar o usuário à vontade, pois ele perde seu controle voluntário, podendo eliminar gases
ou fezes a qualquer momento.
Orienta-lo ao máximo quanto ao procedimento realizado.
Oferecer dieta rica em calorias e pobre em resíduos.
Observar sinais de complicações locais.
Realizar troca da bolsa sempre que necessário ou quando sua capacidade atingir 1/3 de
seu volume.
Esvaziar a bolsa com maior frequência, procedendo à limpeza e higiene local da bolsa.
Proteger a pele ao redor, de acordo com padronização local.
Observar estado e condições das fezes.
OBSERVAÇÃO:
Existem vários tipos de bolsas de colostomia no mercado.
Certificar-se sobre o tipo de bolsa que o usuário vai usar, e acompanhar as
orientações dadas, a fim de esclarecer alguma dúvida que venha surgir
posteriormente.
COLECISTECTOMIA: Consiste na remoção da vesícula biliar por alguma afecção, tal como
cálculo ou inflamação.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Cuidados com a higienização, banho e curativo diário.
Manter Sonda Nasogástrica (SNG) aberta e aspirar frequentemente, evitando distensão
abdominal. A sonda deve permanecer por 48 horas (caso o cliente esteja com a mesma).
Manter hidratação venosa conforme prescrição médica (c.p.m.).
91
Realizar troca de curativo, anotando as condições.
Oferecer dieta e anotar aceitação; a dieta deve ser hipogordurosa.
LOCALIZAÇÃO:
INGUINAL: acontece na parede inguinal posterior.
UMBILICAL: acontece por falha do fechamento do orifício umbilical.
INCISIONAL: quando em cirurgias ocorrem falhas no fechamento por completo dos tecidos.
FEMURAL: aparece localizada abaixo da virilha.
CLASSIFICAÇÂO:
REDUTÍVEL: quando a protrusão pode ser recolocada no lugar, sem complicações.
IRREDUTÍVEL: quando não pode ser recolocada no lugar.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Estimular a deambulação somente no 1º dia Pós-Operatório (P.O.).
Oferecer dieta de acordo com a vontade do cliente, portanto livre, porém rica em fibras,
para facilitar a evacuação.
Observar diurese, anotar aspecto e quantidade.
Observar edema escrotal ou edema local
Orientar quanto às atividades de levantamento de peso, esforço, grandes caminhadas,
para que suspenda por até 7 dias.
Fazer uso de cinta pós-operatória, para dar mais segurança e conforto.
PROSTATECTOMIA: Consiste na retirada da próstata, total ou parcial, decorrente de hiperplasia.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Ficar atento à irrigação contínua, não permitindo formação de coágulos e
consequentemente obstrução da sonda.
Observar aspecto da diurese e atenção especial a sangramento. 91
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Observar e anotar aspecto da diurese, bem como sua quantidade.
Cuidados com a sonda vesical, não deixar obstruir.
Observar e anotar sinais de sangramento.
Observar e anotar evacuações.
Proporcionar conforto, orientando que se faça repouso relativo no leito e na posição que
lhe for mais cômoda.
Orientar a fazer banhos de assento após a retirada da sonda, com antisséptico.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Observar e anotar aspecto da diurese, bem como sua quantidade.
Cuidados com a sonda vesical, não deixar obstruir.
Observar e anotar sinais de sangramento.
Observar e anotar evacuações.
Proporcionar conforto, orientando que se faça repouso relativo no leito e na posição que
lhe for mais cômoda.
Orientar a fazer banhos de assento após a retirada da sonda, com antisséptico.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Orientar o cliente a dormir do lado oposto à cirurgia.
Orientar a não esfregar ou coçar o olho.
Não permanecer com a cabeça fletida para baixo.
Observar sinais de complicação, como dor e/ou agitação.
Observar queixa de náusea ou vômito, pois pode aumentar a pressão intraocular.
Repouso relativo, não forçar deambulação.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Orientar o cliente que permaneça em decúbito lateral.
Manter próximo ao usuário compressas e/ou gazes para limpeza da boca.
Observar sangramento, vômito e dor.
Oferecer dieta líquida e fria.
Repouso relativo, evitando esforços.
HEMORROIDECTOMIA: Consiste na retirada de veias dilatadas na região anal.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Deixar o usuário em posição cômoda para o mesmo.
Oferecer dieta rica em fibras, e anotar aceitação.
Trocar curativo, e se necessário (SN) manter oclusivo por mais tempo. Só retirar o 91
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Manter o usuário em posição semifowler.
Manter apoio para a cabeça.
Fazer curativo diário, anotando seu aspecto e condições.
Observar sinais de insuficiência respiratória, auxiliar com O 2 quando necessário.
Deixar material para traqueostomia preparado e de fácil acesso.
Observar e anotar intercorrências.
A Laparoscopia é um procedimento mais antigo no qual não se usa câmeras, e o médico olha
diretamente com um dos olhos a imagem transmitida pela ótica laparoscópica (que é bem
reduzida), sendo então utilizada somente com finalidade diagnóstica.
A Videolaparoscopia é um procedimento mais recente, foi desenvolvida na Alemanha na década
de 80.
91
Estas imagens podem aparecer ampliadas em até 20 vezes, dependendo da aproximação da
ótica ou do zoom.
Hoje em dia, a Videolaparoscopia vem sendo utilizada principalmente com finalidade terapêutica,
pois com ela podemos realizar cirurgias diversas, seja de pequeno porte ou até mesmo de alta
complexidade.
Realiza-se pequenas incisões (0,5 e 1 cm) ou até mini incisões (0,2 e 0,3 cm) na pele por onde
serão introduzidos os trocartes.
Uma fonte de luz é conectada à ótica. Portanto, a ótica laparoscópica, além de captar imagens e
enviá-las à microcâmera, tem a função de iluminar a cavidade abdominal, pois suas fibras óticas
transmitem a luminosidade proveniente da fonte de luz externa.
A imagem recebida pela microcâmera é processada para poder ser reproduzida em um monitor
ou uma TV.
Assim, para se ter uma boa visualização das vísceras abdominais vários fatores são importantes,
dentre eles citamos:
ERRO: CIRURGIA A LASER: É comum nos dias atuais dizer cirurgia laparoscópica, videocirurgia
ou cirurgia por vídeo como sinônimos de cirurgia videolaparoscópica.
VANTAGENS
Menor risco de formação de hérnia incisional, já que com pequenas incisões há um menor dano à
parede abdominal.
CIRURGIAS GINECOLÓGICAS
A. Doenças do Útero (miomas, adenomiose) podem ser ser tratadas com miomectomias ou
91
até mesmo histerectomia (retirada do útero);
B. Doenças das Trompas (obstrução, hidrosalpinge, gravidez tubária, etc);
C. Doenças do Ovário (cistos e tumores);
D. Endometriose.
CIRURGIAS UROLÓGICAS
Videolaparoscopia Diagnóstica é utilizada nos casos onde o diagnóstico etiológico não está
esclarecido como certos casos de dor abdominal, peritonites (infecções), tumores, hemoperitôneo
ou quando existe dúvidas se um ferimento por arma branca ou de fogo penetrou ou não na
cavidade abdominal.
No casos de tumores ou outras doenças como cirrose, pode-se realizar biópsias se for o caso.
Hemoperitôneo é a presença de sangue dentro da cavidade abdominal que pode ter causas
diversas como rotura de cisto de ovário, gravidez tubária, endometriose e trauma abdominal
(rotura de fígado, rotura de baço, lesão vascular).
Muitas vezes o hemoperitôneo pode ser tratado sem cirurgia, principalmente no trauma
abdominal, e desta forma, a videolaparoscopia poderia evitar uma cirurgia não terapêutica.
Durante este exame, caso seja constatado a necessidade de uma cirurgia, o cirurgião decidiria se
esta seria pelo método convencional (laparotômico) ou prosseguiria pela laparoscopia,
dependendo da complexidade do caso, da sua experiência, do material disponível e das
condições do paciente durante o procedimento.
LESÃO VASCULAR: Estudo realizado no hospital Jean Verier em Bondy na França publicado
em 1996 no Surgical Laparoscopy & Endoscopy analisou lesões sérias de punção em 103.852
cirurgias (386.784 trocateres). Estudo retrospectivo, foi realizado por questionário com 135
equipes na França de 1988 a 1994.
A Incidência neste estudo foi de 0,5 por 1000 e a Incidência de conversão de 85%.No estudo 91
houveram seis óbitos por lesão vascular ( 17% de mortalidade): 01 lesão de aorta, 02 de veia
cava inferior e 03 de veia ilíaca
Neste estudo, o risco de acidente de punção foi de 3,2 por 1000 por cirurgia e de 0,8 por 1000 por
punção.
A mortalidade foi de 7 casos por punção (0,07 por 1000).
Os autores concluem que os fatores de risco relevantes demonstrados pelo estudo são a
experiência do cirurgião que é muito importante nas lesões vasculares, relativamente importante
nas lesões viscerais e pouco importante nas hemorragias nos locais de punção.
Em relação ao trocater, a colocação do primeiro trocater foi responsável por 83% das lesões
vasculares, 75% das lesões viscerais e 50% das hemorragias locais de punção.
Não parece haver relação dos acidentes com o fato do trocater ser descartável ou permanente.
A hemorragia local de punção é mais freqüente com trocater tipo piramidal cortante do que com
de ponta cônica.
O trocater com mecanismo de segurança não previne acidentes graves (2 óbitos).
Assim, 90% dos acidentes graves ocorrem na primeira punção. Os trocateres com sistema de
segurança (retrátil) parecem não influenciarem positivamente.
Os autores sugerem como atitude básica na prevenção de lesões de punção a realização de
punção aberta (sob visão direta) de forma sistemática.
COMPLICAÇÕES EXTRA-ABDOMINAIS
Infecção trato-urinário.
- Infecção respiratória.
- Trombose venosa profunda.
- Lesões por mal posicionamento do paciente na mesa cirúrgica
COMPLICAÇÕES DA ELETRO-CIRURGIA
- Falha de isolamento.
- Contato capacitivo.
- Contato direto. 91
- Sondagem naso-gástrica.
91
“As complicações em Cirurgia Videolaparoscópica são causadas por resultado direto de técnica
operatória deficiente ou relacionadas a não identificação anatômica”. Eddie Joe Reddick, MD,
FACS (Nashville, Tennessee).
Assim, a boa técnica operatória e o conhecimento anatômico adequado são fundamentais.
- Antibioticoprofilaxia.
- Prevenção da trombose venosa profunda.
O cirurgião deve conhecer as complicações e saber como tratá-las. Deve manter alto índice de
suspeição de complicação e corrigir imediatamente por via laparoscópica ou laparotômica a
complicação.
A complicação faz parte do “teatro cirúrgico”, e acompanha a prática cirúrgica.
Conversão não é complicação. Reoperação é que é complicação. A conversão faz parte do
contexto cirúrgico, reoperação não !
Evidentemente que o cirurgião não deve converter por pouca coisa, mas não deve deixar de
converter quando avalie necessário, para que não precise reoperar depois.
O recado final é que a, definitivamente a
FASE PÓS-OPERATÓRIA:
Inicia-se com o recebimento do usuário na S.R.P.A. até a avaliação de acompanhamento no
hospital.
91
PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO: Definido como os dias consecutivos ao da cirurgia até a alta do
usuário para sua residência, ou local de origem.
Os cuidados devem ser seguidos de acordo com o planejamento traçado pela equipe médica e de
enfermagem e com a cirurgia realizada.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
PLANEJAMENTO:
A sala de SRPA é a área que se destina à permanência do usuário logo após o término do
ato anestésico e cirúrgico.
Neste local o usuário fica sob os cuidados das equipes de enfermagem e médica,
especialmente do anestesiologista.
Nesta sala o tempo de permanência do usuário varia, em media de 1 a 6 horas.
LOCALIZAÇÃO:
A SRPA deve estar instalada dentro do CC ou nas suas proximidades.
Favorece o transporte fácil do usuário anestesiado para este local, assim como o seu
rápido retorno à sala de operação, na necessidade de uma reintervenção cirúrgica.
Esta localização possibilita também o livre acesso dos componentes da equipe médica.
ESTRUTURA FÍSICA:
A área física da SRPA, em metros quadrados, varia de acordo com as especificações do
ministério da saúde,
O MS estabelece que para “uma sala com dois leitos é necessário, no mínimo, 8,5 m 2 por
leito, com distância entre estes e a parede, exceto cabeceira, de 1,0m; 6,5 m 2, quando
houver mais de dois leitos”.
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS DA S.R.P.A.
Paredes e pisos devem ser revestidos de material lavável.
Portas largas, para permitirem a passagem de camas, macas e aparelhos.
Temperatura ambiental e ventilação devem ser iguais às da sala cirúrgica, com o objetivo
de proporcionar conforto e segurança ao usuário.
91
Iluminação deve favorecer a avaliação precisa da coloração da pele do usuário.
Para a artificial, o uso de lâmpadas fluorescentes é mais econômico, ao se considerar que
necessitam permanecer acesas por longos períodos. É imprescindível que a iluminação
desta sala esteja inclusa no sistema de luz de emergência.
Deve-se planejar ainda uma área para o posto de enfermagem e serviços, no tamanho de
6 m2 para uma SRPA de até 12 leitos; se esta área for utilizada também como secretaria e
para prescrição médica, deve ser acrescida de mais 2,0 m 2.
O posto de enfermagem deve ser provido de armários para a guarda de roupas e balcões
com gavetas para armazenar os medicamentos e materiais estéreis. Deve ter também pias
com água quente e fria.
Deve existir ainda uma mesa ou balcão provido de telefone, sistema de comunicação
interna, impressos próprios de uso na referida unidade e cadeiras ou bancos.
Prevê-se ainda uma área de utilidades destinadas à guarda do hamper e outros materiais
como comadre e papagaio.
Este local deve ser provido de uma pia profunda.
A) Assegure que a via respiratória está permeável e que respirações são livres e fáceis.
C) Verifique e anote pressão arterial, temperatura, pulso e frequência respiratória (sinais vitais).
D) Problemas mais importantes observados: hipoventilação, obstrução das vias aéreas, aspiração
e atelectasia.
E) Tórax deve movimentar-se livremente como um todo e a expansão deve ser igual dos dois
lados.
A) coração
B) sangue
B) Cianose periférica, edema, distensão das veias do pescoço e respiração curta devem ser
observados.
C) Observar todos os locais operados identificando perda sanguínea e a quantidade dessa perda.
Pode dever-se a várias causas: febre, dor, ansiedade, hipotensão, desidratação, super-
hidratação, hipoxemia ou qualquer combinação desses fatores.
O QUE OBSERVAR COM RELAÇÃO A DOR: Varia de acordo com o grau de alteração do nível
de consciência, medo e ansiedade. Deve ser diferenciada de outras dores, ser específica do pós-
operatório.
B) Por resposta normal do organismo ao trauma (cirurgia) e retenção renal de água e sódio.
C) Adulto normal, privado da ingesta oral, requer de 2000 a 2200 ml de água por dia para manter
débito urinário e perda insensível
91
1) Manter linha intravenosa, verificar se este acesso venoso esta na veia e se não há
extravasamento.
A) A quantidade de urina necessária para o sistema renal normal excretar os produtos não
aproveitáveis do metabolismo diário é de aproximadamente 600 ml.
C) Verificar quantidade eliminada, densidade, coloração e odor (assim como das sondas, tubos e
drenagens que o usuário apresentar).
D) Deve ser avaliada também a perda por vias anormais: vômitos, sondas nasogástricas, tubos
em T, drenagem de fístulas, ferimentos, perda sanguínea e edema de ferimentos cirúrgicos.
PROCEDIMENTOS DE ROTINA REALIZADOS PELA ENFERMAGEM NA SRPA
oxigenioterapia
monitorização clínica
91
observar padrão respiratório
observar sangramentos
dificuldade respiratória
dor
vômito
sede
retenção urinária
O QUE SE INCLUI A ESTES CUIDADOS: Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para
receber o usuário internado.
Enquanto estiver semi-consciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada para o
lado.
Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou sondas.
Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas cianosados,
hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações
respiratórias e circulatórias.
DOR: é um dos primeiros sintomas a surgir no pós-operatório. O técnico neste caso deve
administrar o medicamento analgésico, comunicar o fato a enfermeira e fazer anotação sobre a
dor e sobre as providencias tomadas.
VÔMITOS: pode haver nas primeiras 24 horas, o técnico deve colocar o usuário com a cabeça
voltada para o lado e avisar a enfermeira, administrando o medicamento se houver na prescrição.
Fazer anotação.
SEDE: para evitar o ressecamento da boca, deve-se umedece-la com água e lubrificar os lábios
com vaselina.
As mais comuns são: pneumonia e embolia pulmonar. Para prevenir o aparecimento dessas
complicações o técnico deve:
Estimular deambulação.
COMPLICAÇÕES URINÁRIAS MAIS COMUNS
Infecções urinárias
Retenção urinária
Anúria
91
COMO AGIR NOS CASOS DE COMPLICAÇÕES URINÁRIAS
Pode ocorrer obstrução intestinal, por isso o número e aspecto da evacuação devem ser sempre
anotados.
HEMATOMA: ocorre por haver uma hemorragia oculta na ferida. Quando é grande, pode interferir
no processo de cicatrização.
INFECÇÃO: ocorre devido a diversos fatores, inclusive devido a curativo mal feito.
ROTURA OU DEISCÊNCIA: É uma abertura que ocorre na ferida operatória, devido à infecção
ou grande distensão abdominal.
EVISCERAÇÃO: saída das vísceras, pela incisão cirúrgica, após uma deiscência de sutura.
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
RETIRADA DE PONTOS: Feita geralmente no sétimo dia após a cirurgia ou nos dias posteriores.
Pinça anatômica
Tesoura e/ou Bisturi
Gazes
Soro Fisiológico
Esparadrapo ou micropore
Anotar na papeleta
BIBLIOGRAFIAS
FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida; LEITE, Joséte Luzia; MACHADO, Wiliam César Alves:
CENTRO CIRÚRGICO: Atuação, Intervenção e cuidados de Enfermagem, Ed. Yedis, SP, 2008
91
LOMBA, Marcos: RESGATE SAÚDE: Clínica Médica, Ginecologia, Obstetrícia e Instrumentação
Cirúrgica, Vol. 4, págs.: 116-143, 3ª edição, PE, Grupo Universo, 2007
ROSA, Maria Tereza Leguthe: MANUAL de Instrumentação Cirúrgica, 1ª edição, Rideel, SP,
2004
FONTES
Não será aceito cópia, plágio da internet. Não será aceito trabalhos iguais
TRABALHO – PARTE 1B
TERMINOLOGIA DEFINIÇÃO
APENDICECTOMIA
CISTECTOMIA
COLECISTECTOMIA
COLECTOMIA
EMBOLECTOMIA
ARTROMIA
BRONCOTOMIA
CARDIOTOMIA
COLEDOCOTOMIA
DUODENOTOMIA 91
TORACOTOMIA
COLOSTOMIA
ENTEROSTOMIA
GASTROSTOMIA
ILEOSTOMIA
JEJUNOSTOMIA
NEFROSTOMIA
HISTEROPEXIA
NEFROPEXIA
ORQUIOPEXIA
PILOROPLASTIA
RINOPLASTIA
SALPINGOPLASTIA
COLPORRAFIA
PERINEORRAFIA
TENORRAFIA
COLPOSCOPIA
LAPAROSCOPIA
RETOSSIGMOIDOSCOPIA
TRABALHO – PARTE 1C
LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS
2. Você pertence a Central de Materiais. Chegaram, para seu setor, os seguintes materiais
(limpos):
02 sacos de compressas cirúrgicas 50x45
01 saco de compressas cirúrgicas 25x25
05 sacos de gazes
02 caixas básicas com furos (material de metal)
03 borrachas de aspiração (látex/silicone)
05 ponteiras de bisturi elétrico (metal / conexão para cautério)
03 cabos de bisturi (metal)
03 cubas redondas (metal)
02 frascos de vaselina líquida
01 caixa de vaselina em pasta
03 afastadores (metal)
3. Conforme o material citado defina o tipo de envólucro a ser utilizado e o tipo de processo de
esterilização a ser submetido o mesmo:
BIBLIOGRAFIAS
FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida; LEITE, Joséte Luzia; MACHADO, Wiliam César Alves:
CENTRO CIRÚRGICO: Atuação, Intervenção e cuidados de Enfermagem, Ed. Yedis, SP, 2008
ROSA, Maria Tereza Leguthe: MANUAL de Instrumentação Cirúrgica, 1ª edição, Rideel, SP,
2004
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