Você está na página 1de 47

A CIRURGIA

ENF. CIDA ALVES


A CIRURGIA

 Também chamada "procedimento cirúrgico" é qualquer tipo


de procedimento no qual o cirurgião realiza uma intervenção
manual ou instrumental no corpo do paciente para
diagnosticar, tratar ou curar doenças ou traumatismo, ou para
melhorar a funcionalidade ou aparência de parte do corpo.
OBJETIVOS DA CIRURGIA

 Obter tecido para exames (biopsia);

 Estabelecer diagnósticos (laparotomia exploradora);

 Curar doenças (retirada de tumores, ulceras, miomas);

 Restaurar estruturas (cirurgias plástica).


HISTÓRIA DAS CIRURGIAS

A partir do sec. XIX a cirurgia tornou-se


especialidade médica aumentando com isso as
chances de sobrevida dos pacientes.
CONHECIMENTOS

 1889 – Instituiu o uso das luvas de borracha;

 1905 – Instituiu o uso das mascaras cirúrgicas.


CIRURGIA

 Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, lesão ou


deformidade externa e/ou interna com o objetivo de reparar,
corrigir ou aliviar um problema físico”
CLASSIFICAÇÕES CIRÚRGICAS

Quanto a finalidade;
Quanto a urgência cirúrgica;
Quanto ao porte;
Quanto ao tempo de duração;
Quanto ao potencial de contaminação.
QUANTO A FINALIDADE DO TRATAMENTO
CIRURGICO

Cirurgia Curativa:
Tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa da
doença, devolvendo a saúde ao paciente é
necessário às vezes a retirada parcial ou total de um
órgão.
Ex. Apendicectomia.
QUANTO A FINALIDADE DO TRATAMENTO
CIRURGICO

Cirurgia Paliativa:
Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma
alternativa para aliviar o mal, mas não cura a
doença.
Ex. Gastrostomia
QUANTO A FINALIDADE DO TRATAMENTO
CIRURGICO

Cirurgia Diagnóstica:
Realizada com o objetivo de ajudar no
esclarecimento da doença.
Ex. laparotomia exploradora
QUANTO A FINALIDADE DO TRATAMENTO
CIRURGICO

Cirurgia Reparadora:
Reconstitui artificialmente uma parte do corpo
lesada por enfermidade ou traumatismo.
Ex. enxerto de pele em queimados
QUANTO A FINALIDADE DO TRATAMENTO
CIRURGICO

Cirurgia Reconstrutora/Plástica:
Realizada com objetivos estéticos ou reparadores,
para fins de embelezamento.
Ex. Rinoplastia, mamoplastia, etc
QUANTO À URGÊNCIA CIRÚRGICA

Cirurgia eletiva:
Tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização
pode aguardar ocasião mais propícia, ou seja, pode
ser programado.
Ex. mamoplastia, gastrectomia.
QUANTO À URGÊNCIA CIRÚRGICA

Cirurgia de urgência:
Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e
deve ser realizado dentro de 24 a 48 horas.
Ex. Apendicectomia..
.
QUANTO À URGÊNCIA CIRÚRGICA

Cirurgia de emergência:
Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata
por se tratar de uma situação crítica.
Ex. Ferimento por arma de fogo em região
precordial, hematoma subdural.
QUANTO AO PORTE CIRURGICO

As cirurgias podem ainda ser classificadas quanto


ao porte cirúrgico ou risco cardiológico (pequeno,
médio ou grande porte), ou seja, a probabilidade de
perda de fluidos e sangue durante sua realização.
Grande porte: Com grande probabilidade de
perda de fluido e sangue. Por exemplo: cirurgias
de emergência, vasculares arteriais

Médio Porte: Com média probabilidade de


perda de fluido e sangue. Por exemplo:
cabeça e pescoço – ressecção de carcinoma,
ortopedia - prótese de quadril.

Pequeno porte: Com pequena probabilidade


Probabilidade de perda
de perda de fluido e sangue. Por exemplo:
de fluído e sangue plástica mamoplastia e endoscopia.
Para a sua realização.
QUANTO AO TEMPO DE DURAÇÃO AS CIRURGIAS

Porte I: com tempo de duração de até 2 horas.


exemplo: Rinoplastia;

Porte II: cirurgias que duram de 2 a 4 horas.


exemplo: colecistectomia, gastrectomia;
QUANTO AO TEMPO DE DURAÇÃO AS CIRURGIAS

Porte III: de 4 a 6 horas de duração.

exemplo: Craniotomia;

Porte IV: com tempo de duração acima de 6 horas.


exemplo: transplante de fígado, cirurgia cardíaca.
QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
DA CIRURGIA

Portaria MS 2.616 / 98 classifica as cirurgias por


potencial de contaminação da incisão cirúrgica;

A classificação das cirurgias deverá ser feita no final


do ato cirúrgico, pelo cirurgião, de acordo com as
seguintes indicações;
QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
DA CIRURGIA

 Cirurgia limpa:

 Eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não


traumática. Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório
local. Cirurgias em que não ocorreram penetrações nos tratos
digestivo, respiratório ou urinário. Exemplo: mamoplastia
QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
DA CIRURGIA

Cirurgia potencialmente contaminada:


Realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco
numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na
ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com
falhas técnicas discretas no transoperatório.
Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou
urinário sem contaminação significativa. Exemplo:
colecistectomia.
QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
DA CIRURGIA

 Cirurgia contaminada:
 Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente
traumatizados, colonizados por microbiota bacteriana
abundante, de descontaminação difícil ou impossível. tubo
digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se inclui nesta
categoria. Exemplo: hemicolectomia
QUANTO AO POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
DA CIRURGIA

 Cirurgia infectada:

 São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer


tecido ou órgão em presença de processo infeccioso
(supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e
feridas de origem suja. Por exemplo: cirurgias de reto e ânus
com secreção purulenta.
PÓS OPERATÓRIO

Pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos


sofrem alterações súbitas das funções metabólicas e
fisiológicas normais, que variam em intensidade, de
acordo com o tipo e, nos casos de trauma, também
com a gravidade das lesões.
Dor, jejum, perda sanguínea, redução da perfusão
tissular por lesão extensa e distúrbios funcionais de
órgãos vitais geram alterações orgânicas e humorais
que visam restabelecer a homeostasia.
PROCESSOS CIRURGICOS
Início desde o momento em
Pré-operatório que o paciente recebe a
indicação da operação e se
estende até a sua entrada no
centro cirúrgico.

Esse período se divide em duas


fases: pré-operatório mediato e pré-
operatório imediato..
PROCESSOS CIRURGICOS

Pré operatório Mediato: começa no momento da


indicação da operação e termina 24 horas antes do
seu início.

Geralmente, nesse período o paciente ainda não se


encontra internado
PROCESSOS CIRURGICOS

 Pré operatório Imediato: Esta fase compreende as 24 horas


que antecedem a operação. De um modo geral, o paciente é
admitido no hospital dentro desse período, com o objetivo de
ser devidamente preparado para o ato cirúrgico.

 Há casos em que o paciente interna-se com um dia de


antecedência, quando necessita de um tratamento para
habilitá-lo a ser operado. Em outros casos, no entanto, a
admissão se dá no mesmo dia da operação.
PROCESSOS CIRURGICOS
Intra-operatório Começa quando o paciente
é transferido para a mesa da
sala de cirurgia e termina na
Sala de recuperação pós-
anestésica.
ATENTAR PARA AS COMPLICAÇÕES

Náuseas e Vômitos;
Anafilaxia;
Hipóxia e outras complicações respiratórias;
Hipotermia.
PROCESSOS CIRURGICOS
Período que tem como objetivo observar
Pós operatório
e assistir a recuperação de um paciente
que acabou de sair de um processo
cirúrgico.

..
Esse período se divide em três
fases: pós operatório mediato, pós
operatório imediato e tardio.
PROCESSOS CIRURGICOS

Pós operatório mediato: Compreende as primeiras


12 ou 24 horas após o término da cirurgia. Sua real
duração depende do porte ou gravidade da cirurgia
e do estado em que se encontra o paciente ao seu
término.
PROCESSOS CIRURGICOS

Pós operatório mediato: Primeiras 72 horas após a


intervenção. O paciente encontra-se na fase
inflamatória de sua recuperação e deve ser avaliado
cuidadosamente para que os recursos ideais sejam
prescritos de acordo com os sinais que apresentar
PROCESSOS CIRURGICOS

Pós operatório tardio: É o tempo de cicatrização e


prevenção das complicações, este período pode
durar semanas ou meses após cirurgia.
CURIOSIDADE

Catabolismo é o estado do seu corpo que degenera


o tecido muscular.
Anabolismo é o estado em que seu corpo constrói
tecido muscular.
SALA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTESICA
SRPA

É a área que se destina à permanência do paciente


logo após o término do ato anestésico cirúrgico.
SALA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTESICA
SRPA

Critérios de alta da SRPA


 Estabilidade dos sinais vitais;
 Orientação do paciente no tempo e espaço;
 Ausência de sangramento ativo e retenção urinária;
 Ausência de náusea e vômito;
 Dor sob controle;
 Força muscular que favoreça respiração e movimentos de
membros.
CONTROLE NEURAL DA TEMPERATURA
CORPORAL

 A manutenção da temperatura corporal dentro de parâmetros


fisiológicos requer a participação do hipotálamo, que controla
a taxa de perda e produção de calor através de vários
mecanismos.
 Ele fornece informações sobre a temperatura corporal por
dois conjuntos de receptores de temperatura: os receptores
de frio e os de calor.
CONTROLE NEURAL DA TEMPERATURA
CORPORAL
ACESSO VENOSO CENTRAL

O acesso venoso central permite administração de o


medicamento diretamente na corrente sanguínea
diminuindo a necessidade de punção dos vasos
sanguíneos periféricos.
PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA

É um conjunto de ações que visam à administração


de fluídos de forma contínua, administração de
medicamento ou manutenção de uma via de acesso
venosa, através da introdução de um cateter num
vaso sanguíneo venoso periférico.
PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL E
NASOTRAQUEAL

 Intubação traqueal é “a introdução de um tubo na


luz da traqueia”.
Pode ser realizada por meio das narinas (via
nasotraqueal), da boca (via orotraqueal) ou por
abertura na parede da traqueia (transtraqueal).
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL E
NASOTRAQUEAL

Você também pode gostar