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CLASSIFICAÇÃO

CIRÚRGICA

Enfª Rita Brasil


“Cirurgia ou operação é o tratamento de
doença, lesão ou deformidade externa e/ou
interna com o objetivo de reparar, corrigir ou
aliviar um problema físico”

As cirurgias, podem ser classificadas de diferentes


maneiras, dependendo dos critérios utilizados. É
importante que a enfermagem entenda os diferentes tipos
de cirurgias por várias razões, incluindo:

Pre-operatório (Preparação do paciente)


Preparo da equipe e sala operatória
Transoperatório
Pós-operatório
Diagnóstica ou exploratória
Finalidades das cirurgias para se visualizar as partes internas e/ou realizar biópsias
(laparotomia exploradora).

Curativa:
correção de alterações orgânicas (retirada da amígdala inflamada);
reparadora, quando da reparação de múltiplos ferimentos (enxerto de pele)

Reconstrutora ou cosmética:
reconstituição (plástica para modelar o nariz, por exemplo)

Paliativa:
corrigir algum problema, aliviando os sintomas da enfermidade, não havendo cura
(abertura de orifício artificial para a saída de fezes sem ressecção do tumor intestinal,
por exemplo)..
CLASSIFICADA DE ACORDO COM O MOMENTO
A SER REALIZADA:

Eletivas Urgência Emergência


• São programadas • Devem ser • Devem ser
e realizadas a realizadas num realizadas
qualquer
momento, sem período imediatamente
riscos para o máximo de 24 • Ex: apendicite
paciente. horas supurada,
• Ex: postectomia, • Ex: nódulos de ferimentos por
perineoplastia, mama com arma de fogo,
amigdalectomia,
etc suspeita de etc.
malignidade ou
já biopsiadas,
trauma facial.
Indicações para diferentes tipos de cirurgias
Cirurgias Cardíacas Procedimentos Ortopédicos
As cirurgias cardíacas são indicadas para Os procedimentos ortopédicos são
pacientes com doenças coronárias, indicados para tratar lesões
doenças valvares ou anomalias musculoesqueléticas, como fraturas ósseas,
congênitas. Esses procedimentos visam deslocamentos articulares e lesões nos
corrigir ou aliviar as condições cardíacas, tecidos moles. O objetivo é restaurar a
restaurando a função normal do coração função e a estabilidade das articulações,
e garantindo a circulação sanguínea músculos e ossos afetados, permitindo ao
adequada. paciente recuperar a mobilidade e qualidade
de vida.

Cirurgias Ginecológicas
Cirurgias Neurológicas
As cirurgias ginecológicas são indicadas
As cirurgias neurológicas são indicadas para
para tratar condições do sistema
tratar doenças e lesões do sistema nervoso
reprodutivo feminino, como miomas,
central e periférico. Isso inclui tumores
endometriose, câncer de ovário e outras
cerebrais, aneurismas, lesões na medula
patologias. Esses procedimentos podem
espinhal e outras condições neurológicas
ser realizados para preservar a fertilidade,
que podem causar sintomas graves ou
aliviar dor crônica ou tratar condições que
comprometer a função neurológica do
afetam a saúde reprodutiva da mulher.
paciente.
DE ACORDO COM A TÉCNICA
UTILIZADA:

 Cirurgias abertas: realizadas com uma incisão grande na pele e


nos tecidos subjacentes.
 Cirurgias minimamente invasivas: realizadas com técnicas que
minimizam o tamanho da incisão e o dano aos tecidos
circundantes, como a cirurgia laparoscópica.
 Cirurgias robóticas: realizadas com a ajuda de um sistema
robótico, controlado por um cirurgião.
 Cirurgias de transmissão de energia: realizadas com o uso de
instrumentos que transmitem energia, como ultrassom ou laser.
 Cirurgias manuais: realizadas com o uso de instrumentos
manuais, como tesouras cirúrgicas ou pinças.
DE ACORDO COM O RISCO
CARDIOLÓGICO:
Essas cirurgias demoraram horas, tem maior perca de sangue e fluidos
corporais. O paciente pode precisar de um cuidado intensivo após a
cirurgia.
 Cirurgias de grande porte: cirurgias que requerem hospitalização
prolongada e cuidados intensivos pós-operatórios (abdominais e
torácicos, no crânio e na coluna, as ortopédicas, as vasculares e o
transplante de órgãos).
 Cirurgias de médio porte: cirurgias que geralmente não requerem
hospitalização prolongada ou cuidados intensivos pós-operatórios
(histerectomia, prostatectomia).
 Cirurgias de pequeno porte: cirurgias ambulatoriais, que permitem
que o paciente retorne para casa no mesmo dia (retirada de pintas,
cistos, lipomas, unha encravada, drenagem de abscessos, sutura de
ferimentos, biópsia de lesões).
DE ACORDO COM A DURAÇÃO

 Porte I: com tempo de duração de até 2 horas. Por ex.:


rinoplastia.
 Porte II: cirurgias que duram de 2 a 4 horas. Por ex.:
colecistectomia, gastrectomia.
 Porte III: de 4 a 6 horas de duração. Por ex.: craniotomia.
 Porte IV: com tempo de duração acima de 6 horas. Por ex.:
transplante de fígado.
DE ACORDO COM A IDADE DO
PACIENTE:
 Cirurgias pediátricas: realizadas em bebês, crianças e
adolescentes.
 Cirurgias geriátricas: realizadas em idosos.

De acordo com o número de


cirurgiões envolvidos:
 Cirurgias unipessoais: realizadas por um único cirurgião.
 Cirurgias em equipe: realizadas por uma equipe de
cirurgiões, como a cirurgia cardíaca em que um cirurgião
cardíaco e um cirurgião vascular trabalham juntos.
A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
CONHECER OS TIPOS DE CIRURGIAS
1. Preparação do paciente: Cada tipo de cirurgia, tem requisitos específicos
de preparação do paciente, que devem ser seguidos para garantir a
segurança e o sucesso da cirurgia.
2. Preparo da equipe e da sala de operação: Antes que uma cirurgia seja
realizada, é preciso ter uma equipe completa e profissionais específicos.
Assim como a sala e materiais específicos conforme o tipo de cirurgia.
3. Monitoramento pós-operatório: Cada tipo de cirurgia, apresenta riscos
específicos de complicações pós-operatórias. Conhecerr os riscos favorece
o monitoramento e a identificação rápida de qualquer problema que
possa surgir.
4. Cuidados pós-operatórios: Cada tipo de cirurgia, também requer
cuidados pós-operatórios específicos, incluindo medicação, mudanças de
curativos e monitoramento de sinais vitais.
5. Comunicação com a equipe cirúrgica: A comunicação efetiva com a
equipe cirúrgica garante que os cuidados pós-operatórios sejam
coordenados e tratar rapidamente os problemas identificados.
Níveis de contaminação em cirurgias

1 Nível 1: Cirurgias Limpas


Este é o nível de menor risco de contaminação. Cirurgias neste nível envolvem a
manipulação de tecidos estéreis e sem contato com microorganismos do corpo.
Exemplos incluem cirurgias oculares, neurológicas e oftalmológicas, onde o trato
respiratório não é aberto e não há inflamação.

2 Nível 2: Cirurgias Potencialmente Contaminadas


Este nível envolve a presença de inflamação e cirurgias com inserção de
dispositivos estranhos, como a drenagem de abscessos e reparos de feridas
traumáticas recentes. Embora haja a possibilidade de contaminação, medidas
rigorosas de esterilização e higiene são adotadas para minimizar os riscos.

3 Nível 3: Cirurgias Contaminadas


Este nível apresenta um alto risco de contaminação devido à exposição a
microorganismos. Cirurgias de emergência envolvendo vísceras perfuradas,
feridas traumáticas com mais de 4 horas de atraso entre o trauma e a cirurgia, ou
procedimentos associados a inflamações agudas devido à ação microbiana estão
incluídas neste nível.
Classificação das cirurgias limpas
• Cirurgias com risco mínimo de infecção: Essas cirurgias envolvem
procedimentos em tecidos não inflamados e não colonizados, como
cirurgias oftalmológicas, cirurgias de ouvido, nariz e garganta, entre
outras.

• Protocolos rigorosos de esterilização: Todo o material utilizado


nessas cirurgias deve passar por processos de esterilização estritos e
monitorados para garantir a máxima segurança para o paciente.

• Importância da prevenção: Mesmo consideradas cirurgias limpas, é


crucial manter protocolos rígidos de higiene e prevenção de infecções
para garantir resultados bem-sucedidos e a segurança dos pacientes.
Classificação das cirurgias
potencialmente contaminadas
• Características das cirurgias potencialmente contaminadas: Este
tipo de cirurgia envolve intervenções em que há uma alta probabilidade
de contaminação por micro-organismos, como procedimentos
envolvendo abcessos não drenados, trauma penetrante e cirurgias em
áreas com alta carga bacteriana, como trato biliar. A manipulação de
tecidos inflamados ou infectados também pode classificar uma cirurgia
como potencialmente contaminada.

• Exemplos de procedimentos: Cirurgias de desbridamento de feridas


traumáticas, drenagem de abscesso e procedimentos em sítios com
inflamação aguda são exemplos comuns de cirurgias potencialmente
contaminadas.

• Protocolos de segurança: Devido ao risco aumentado de


contaminação, são necessários protocolos rigorosos de assepsia e uso
judicioso de antibióticos profiláticos para minimizar o risco de infecção
pós-operatória.
Classificação das cirurgias contaminadas
• Contaminação durante o procedimento: Nas cirurgias
classificadas como contaminadas, há a presença de
infecção ou tecidos lesionados, aumentando
significativamente o risco de contaminação durante o
procedimento.
• Equipe de saúde: Nesse tipo de cirurgia, é essencial a
atuação de uma equipe de saúde altamente capacitada
para lidar com possíveis complicações causadas pela
contaminação.
• Medidas de prevenção rigorosas: Devido ao alto
potencial de contaminação, medidas rigorosas de
prevenção e controle de infecções devem ser aplicadas
antes, durante e após a cirurgia contaminada.
Medidas de prevenção e controle de
infecções
Adotar e seguir rigorosamente estas medidas de prevenção e controle
de infecções é essencial para garantir a segurança dos pacientes, profissionais
de saúde e comunidade em geral, reduzindo o risco de infecções associadas à
assistência à saúde.

• Higienização das mãos: A lavagem regular das mãos com água e sabão é uma das
medidas mais eficazes para prevenir infecções. É importante friccionar bem as mãos,
passando sabão nas palmas, nas costas, entre os dedos e sob as unhas.

• Uso adequado de EPI: O uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como
luvas, máscaras, aventais e óculos de proteção, é fundamental para a segurança do
profissional de saúde e do paciente.

• Higienização de ambientes e equipamentos: Manter ambientes e equipamentos cirúrgicos


limpos e higienizados é essencial para prevenir a propagação de infecções hospitalares.

• Protocolos de prevenção específicos: Para cirurgias de alto risco, como as potencialmente


contaminadas e contaminadas, protocolos específicos de prevenção de infecções devem ser
seguidos à risca.

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