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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

PERIOPERATÓRIA – SAEP
CARACTERIZAÇÃO DO PACIENTE CLASSIFICAÇÃO CIRÚRGICA POTENCIAL
CIRÚRGICO DE CONTAMINAÇÃO
Os cuidados de enfermagem ao paciente variam de
acordo com o tipo da cirurgia e de paciente para → Cirurgias limpas
paciente, atendendo suas necessidades básicas e suas
reações psíquicas e físicas manifestadas durante este São aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis
período. de descontaminação, na ausência de processo
infeccioso e inflamatório ou falhas técnicas grosseiras,
CLASSIFICAÇÃO CIRÚGICA cirúrgicas eletivas e traumáticas com cicatrização de
primeira intenção e sem drenagem.
→ Potencial contaminação:
Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos
Limpa;
digestivo, respiratório ou urinário.
Potencialmente contaminada;
Contaminada; • Artoplastia do quadril
Infectada. • Cirurgia cardíaca
→ Tempo de resolução: • Herniorrafia de todos os tipos;
Emergente: Tratamento cirúrgico que requer • Neurocirurgia
atenção imediata por se tratar de uma situação • Procedimentos cirúrgicos ortopédicos;
crítica. Por exemplo: Ferimento por arma de fogo Anastomose, esplenorenal;
em região pré-cordial, hematoma subdural; • Mastoplastia;
Urgente: Tratamento cirúrgico que requer pronta • Mastectomia parcial e radical.
atenção e deve ser realizado dentro de 24 a 48 horas.
Por exemplo: apendicectomia, brida intestinal;
→ Cirurgias potencialmente contaminadas
Eletiva: a realização pode aguardar ocasião
propícia, ou seja, pode ser programada. Por São aquelas realizadas em tecidos colonizados por
exemplo: mamoplastia, gastrectomia. flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de
→ Objetivo: difícil descontaminação, na ausência de processo
Curativa: objetivo é extirpar ou corrigir a causa da infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas
doença, devolvendo a saúde ao paciente. Ex. discretas no transoperatório.
Apendicectomia; Cirurgias limpas com drenagem, se enquadram nesta
Paliativa: Tem a finalidade de atenuar ou buscar categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo,
uma alternativa para aliviar o mal, mas não cura a respiratório ou urinário sem contaminação
doença. Ex. Gastrostomia; significativa.
Preventiva.
• Histerectomia;
→ Natureza de intervenção:
• Cirurgia do abdominal intestino delgado (eletiva);
Reconstrutiva ou reparadora: Reconstitui
artificialmente uma parte do corpo lesada por • Cirurgia das vias biliares;
enfermidade ou traumatismo. Ex. enxerto de pele • Cirurgia gástrica e duodenal;
em queimados; • Feridas traumáticas limpas – ação cirúrgica até 10h
Extirpativa ou ablativa: remoção de órgãos ou após;
tecidos doentes; • Traumatismo;
Diagnóstica: Realizada com o objetivo de ajudar no • Colecistectomia;
esclarecimento da doença. Ex. laparotomia • Cirurgias cardíacas prolongadas com circulação
exploradora. extracorpórea.
→ Risco → Cirurgia contaminada
Baixa complexibilidade: ambulatorial;
São aquelas realizadas em tecidos traumatizados
Média complexibilidade: internação mínima de
recentemente e abertos, colonizados por flora bacteriana
12h;
abundante, cuja descontaminação seja difícil ou
Alta complexibilidade: internação mínima de 24h
impossível, bem como todas aquelas em que tenham
com cuidados intensivos.
ocorrida falhas técnicas grosseiras, na ausência de
supuração (formação de pus por mecanismos irritativos
e sem a intervenção de microrganismos) local.
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Presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização Períodos operatórios
de segunda intenção, grande contaminação a partir do
tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária. Pré – operatório

• Cirurgia de cólon;
• Desbridamento de queimaduras; Perioperatório
• Cirurgia intranasal; Intra ou transoperatório
• Cirurgia bucal e dental;
• Fraturas e expostas com atendimento após 10h;
• Cirurgia de orofaringe; Pós-operatório
• Cirurgia gástrica em pacientes com câncer, úlcera
gástrica; Pré–operatório
• Cirurgia duodenal por obstrução duodenal.
A assistência pré-operatória tem como objetivo
proporcionar uma recuperação pós-operatória mais
→ Cirurgia infectada
rápida, reduzir complicações, diminuir o custo
São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em hospitalar e o período de hospitalização.
qualquer tecido ou órgão, em presença de processo
infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos • Hidratação;
estranhos e feridas de origem suja. • Dieta – iniciar jejum.
• Verificar SSVV, notificar ao médico responsável se
• Cirurgia do reto e ânus; ocorreram sinais ou sintomas de anormalidade ou
• Cirurgia abdominal em com pus e conteúdo de alterações do SSVV.
cólon; • Encaminhas ao banho para promover higiene geral
• Nefrectomia com presença infecção; e troca de roupa;
• Presença de vísceras perfuradas. • Realizar tricotomia (remoção de pelo);
• Remover próteses e ortoses;
CLASSIFICAÇÃO DO RISCO CIRÚRGICO –
• Preparo psicológico.
ASA
Transoperatório

• Preparo do paciente: tricotomia, posicionamento,


degermação.
• Auxílio anestésico
• Monitorização: PNI, CG, oximetria
• Controles: SNG, SVD e curativo.
Pós-operatório

• Nível de consciência;
• Controlar e anotar SSVV, bem como gotejamento
de soro, sangue e derivados;
• Cuidados com a ferida operatória, verificar
anormalidade no curativo, como: secreção e
presença de sangramento;
• Aquecê-lo, se necessário;
• Executar prescrição médica;
• Balanço hídrico;
• Promover movimentação ativa, passiva e
deambulação.
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Escala de Aldrete e Kroulik
A escala de Aldrete e Kroulik é utilizada para avaliar a
recuperação pós-anestésica de pacientes submetidos a
anestesia.

Escala de Ramsay
A Escala de Ramsay é composta por 1 critério clínico, e
pode ser utilizada em pacientes hospitalizados, para
definir seu nível de sedação.

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