Você está na página 1de 35

Disciplina: Enfermagem patológica médico-cirúrgica (E.P.M.

C)
Classe: 11ª
Fascículo# 1.
Unidade I: INTRODUÇÃO

1.1 - Conceito de enfermagem médico-cirúrgica.

A enfermagem médico-cirúrgica é uma das especialidades de enfermagem


que tem como objecto o cuidado ao indivíduo submetido a um tratamento
cirúrgico.

1.1.2-Objectivo geral da disciplina.

O objectivo geral desta cadeira consiste em dotar conhecimento ao futuro


técnico de enfermagem para oferecer aos pacientes cuidados de
enfermagem individualizado, tendo condições de relacionar a teoria e a
prática para poder oferecer uma assistência de enfermagem com qualidade.

1.1.3 - Objectivos específicos

No final de cadeira o aluno será capaz de:

o Citar e diferenciar os tempos que caracterizam a cirurgia;


o Classificar e diferenciar as cirurgias;
o Conceituar os cuidados de enfermagem e exemplificá-los;
o Definir a admissão do paciente e conhecer os seus objectivos;
o Diferenciar a unidade de internamento da unidade do paciente;
o Mencionar os materiais necessários na admissão do paciente;
o Avaliar os sinais vitais, seus objectivos, seus valores normais e
classificá-los;
o Conhecer as distintas vias de administração de medicamentos;
o Definir o centro cirúrgico, mencionar os profissionais que fazem parte
da equipa cirúrgica, mencionar as diferentes áreas que compõe o
centro cirúrgico e identificar os equipamentos;
o Brindar cuidados de enfermagem ao paciente no pré-operatório,
trans-operatório e pós-operatório.

1.2 – Noções básicas

1.2.1 – Cirurgia

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
1
A cirurgia é a parte do processo terapêutico em que o cirurgião realiza uma
intervenção manual ou instrumental no corpo do paciente com o objectivo
de diagnosticar, tratar ou curar uma determinada enfermidade.

1.2.2 – Tempos que caracterizam a cirurgia.

Os tempos cirúrgicos, de modo geral, são procedimentos consecutivos


realizados desde o início até o término da cirurgia. As intervenções
cirúrgicas são realizadas em quatro (4) tempos básicos, de acordo com a
etapa do procedimento a ser realizado pelo cirurgião, a saber:

1) Dierese: É a divisão, corte ou separação dos planos anatómicos ou


tecidos que possibilita abordagem de um órgão ou acesso a região a ser
operada.

2) Hemostasia: É um conjunto de manobras manuais e instrumentais


ralizadas para prevenir, controlar ou impedir temporariamente o fluxo do
sangue no local da cirúrgica, por meio de pinçamento dos vasos e
compressão manual.

3)Exérese: É uma manobra cirúrgica utilizada para retirar ou extrair uma


parte ou a totalidade de um órgão ou tecido, visando a finalidade
terapêutica.

4) Síntese: É o procedimento utilizado para unir ou aproximar as bordas de


uma ferida com a finalidade de estabelecer a continuidade dos tecidos
facilitando as fases do processo de cicatrização.

1.2.3 – Classificação das cirurgias.

As cirurgias podem ser classificadas:

A) Quanto à finaliade do tratamento;


B) Quanto à urgência;
C) Quanto ao porte ou risco
D) Quanto a duração.

1.2.3.1- Quanto à finalidade do tratamento.

Quanto à finalidade do tratamento, a cirurgia pode ser:

o Curativa;
o Paliativa;
o Diagnóstica;
o Reparadora;
Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de
Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
2
o Reconstrutora, Cosmética ou Plástica.

1.2.3.1.1-Cirurgia curativa

A cirurgia curativa é aquela que tem por objectivo extirpar ou corrigir a


causa da doença, na qual é necessário a retirada parcial ou total de um
órgão.

Exemplo: Apendicectomia; retirada de tumor.

1.2.3.1.2- Cirurgia paliativa

É aquela que é realizada quando não há possibilidade de cura por meio de


uma intervenção cirúrgica com a finalidade de ajudar o paciente a ter
melhor qualidade de vida ou aliviar sintomas que causam desconforto , dor
ou incapacidade.

Exemplo: Gastrostomia.

1.2.3.1.3- Cirurgia diagnóstica

É aquela que envolve uma ou mais incisões para colectar imagens ou


material biológico que apoia o diagnóstico.

Exemplo: Biopsia; Laparatomia exploratória, etc.

1.2.3.1.4- Cirurgia reparadora

É aquela que consiste na reconstituição artificial de uma parte do corpo


lesada por enfermidade ou traumatismo.

Exemplo: O enxerto de pele em queimados.

1.2.3.1.5- Cirurgia reconstrutora ou plástica

É aquela realizada com objectivos estéticos ou reparadores, para fins de


embelezamento.

Exemplo: Mamoplastia.

1.2.3.2-Quanto à urgência

1. Cirurgia de emergência: São aquelas em que o paciente requer atenção


imediata, pois ameaçam a vida.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
3
Exemplo: Ferimento por arma de fogo em região precordial, queimadura de
longa extensão, peritonite, Fractura do crâneo, etc.

2. Cirurgia de urgência: São aquelas que requerem uma atenção mediata, o


distúrbio pode ameaçar o problema entre 24 á 30 horas.

Exemplo: Apendicectomia; cálculos renais.

3. Cirurgia necessária: São aquelas em que o paciente deverá ser operado,


é planeada por semanas ou meses.

Exemplo: Hiperplasia da próstata sem obstrução vesical.

4. Cirurgia electiva: São aquelas em que o paciente deverá ser operado,


mas no caso que não ocorra, não representa catástrofe.

Exemplo: Hérnia simples

5. Cirurgia opcional: São aquelas em que a decisão deverá vir do paciente, é


uma preferência pessoal.

Exemplo: Mamoplastia.

1.2.3.3- Quanto ao porte ou risco

Nesta classificação, o ponto central é a probabilidade de perda de sangue e


outros fluídos indispensáveis para o bom funcionamento do organismo.
Existem três (3) cirurgias que compõe essa classificação.

1) Cirurgias de grande porte: São aquelas que apresentam grande


probabilidade de perda de sangue e outros fluídos.

Exemplo: Cirurgias vasculares.

2) Cirurgias de médio porte: São aquelas com média probabilidade de


perca de sangue e outros fluídos.

Exemplo: Recepção de carcinoma espinocelular.

3) Cirurgias de pequeno porte: São aquelas com pequena probabilidade de


perca de sangue e outros fluídos.

Exemplo: Endoscopia, mamoplastia, etc.

1.2.3.4- Quanto à duração

Quanto à duração, as cirurgias podem ser classificadas em:

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
4
1) Porte I: Com tempo de duração de até duas (2) horas.

Exemplo: Rinoplastia.

2) Porte II: São aquelas que duram 2 a 4 horas.

Exemplo: Colecistectomia, gastrectomia.

3) Porte III: São aquelas que duram 4 a 6 horas de tempo.

Exemplo: Craniotomia.

4) Porte IV: São aquelas que duram acima de 6 horas.

Exemplo: Transplante do fígado.

1.3 - Cuidados de Enfermagem

Os cuidados de enfermagem referem-se a todas as atenções e ações que os


enfermeiros e auxiliares de enfermagem dedicam aos pacientes. Cada
paciente requer um nível particular de assistência, no entanto, podemos
dizer que, em geral, os cuidados de enfermagem são focados no
monitoramento da saúde e na assistência a todos os pacientes.

Os cuidados de enfermagem abrange diversos tipos de ações ,entre eles:

o Avaliação dos sinais vitais;


o Administração de medicamentos;
o Cateterização vesical;
o Alternância de decúbito para prevenção de úlceras por pressão;
o Abordagem venosa periférica;
o Realizar sondagem nasogástrica;
o Realizar o curativo de uma ferida;
o Controlo diário do peso do paciente;
o Colocação de uma sonda vesical, etc.

1.4 - Questões legais na prática de enfermagem

Falando especificamente da profissão da Enfermagem, a partir de um


levantamento da legislação vigente na área, têm-se apurado as implicações
legais e éticas que incidem sobre os profissionais. O Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem está organizado por assunto e inclui
princípios, direitos, responsabilidades, deveres e proibições pertinentes à
conduta ética dos profissionais da área. Tornou-se necessária então uma
análise mais elaborada do que vem a ser a profissão de enfermagem, em seu

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
5
caráter ético, moral e valorativo, que expressa suas próprias relações no
contexto social de normas e princípios a serem seguidos. São interesses que
vão constituir a relação de trabalho em prol da população.

1.5 - Relação entre Enfermeiro e paciente

Quando se fala em pessoas doentes e que precisam de acompanhamento


médico, seja no hospital ou em outra unidade sanitária, a relação entre
técnico de enfermagem e o paciente é de suma importância para uma
recuperação mais rápida e tranqüila, portanto esta relação sendo positiva
traz grandes benefícios para a recuperação do doente.

Por enfrentarem o árduo desafio de estarem impossibilitados de realizar


seus afazeres, os pacientes precisam bastante de um cuidado humano. Vale
ainda ressaltar a importância do técnico de enfermagem também para os
familiares do paciente, pois ele passa a ser um grande aliado de apoio
humanizado e profissional.

Ao exercer essa profissão, a pessoa precisa saber manter a calma quando,


por exemplo, o paciente está em desespero ou ansioso pela sua recuperação.
No caso de sofrimento, dar uma palavra de acalento pode ser bastante
significativo e contribuir diretamente para o restabelecimento da sua saúde.

Saber compreender, gostar de cuidar de pessoas e ser atencioso são algumas


características que possibilitam uma relação favorável e o bem-estar dos
pacientes, levando-os a cumprir o tratamento designado pelo médico.

Além disso, o técnico de enfermagem deve ter um bom relacionamento não


somente com os pacientes, mas também com seus familiares. Por outro lado,
o familiar também passa a ser um elo entre o técnico de enfermagem e o
paciente. Por meio de orientações dadas pelos profissionais da saúde, os
familiares sentem-se mais tranquilos, influenciando positivamente o
paciente na sua recuperação plena.

Fascículo# 2.

Unidade II: ADMISSÃO DO PACIENTE.

Admissão: É a entrada e permanência do paciente na unidade hospital, por


um determinado período de tempo que pode ser igual ou maior a 24 horas.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
6
O doente deve ser acolhido com amabilidade e simpatia, para que se sinta a
vontade como se estivesse em sua casa. Após a recepção do doente nos
serviços (cirurgia por exemplo) fá-lo o sentir que é esperado e que todos
estão ao seu dispor, se o pessoal estiver com mais afazeres, o chefe do
serviço ou outro deve preconizar um mecanismo de modo a que o doente
não se sinta abandonado. O enfermeiro que fica a tratar do doente, deve
fazer tudo quanto estiver ao seu alcance para lhe dar coragem na aquele
momento tão difícil em deixar a sua casa e os seus familiares. O enfermeiro
torna-se responsável física e moral pelo doente que lhe é confiado.

A primeira impressão recebida é fundamental ao paciente e seus familiares,


inspirando-lhes confiança no hospital e na equipe que o atenderá. Se
recebido atenciosamente, proporcionará sensação de segurança e bem estar,
e deste primeiro contato depende em grande parte a colaboração do
paciente ao tratamento.

A equipe de enfermagem tem um papel de extrema relevância para o


paciente, pois é responsável por acompanhar o paciente durante as
primeiras 24 horas e não só, também cabe ao enfermeiro realizar a anotação
de enfermagem na admissão do paciente.

Anotações de enfermagem

As anotações de enfermagem são todos os registros das informações


realizadas pelo profissional de enfermagem, sobre todas as ocorrências e
todos os cuidados prestados ao paciente. Pode-se afirmar que é um
instrumento valorativo de grande significado na assistência de enfermagem
e na sua continuidade, tornando-se pois, indispensável na aplicação do
processo de enfermagem, pois está presente em todas as fases do processo.

As anotações de enfermagem são o meio utilizado pela enfermagem para


informar sobre a assistência prestada e, como consequência, uma fonte
disponível para avaliação da eficiência e eficácia dessa assistência. Assim,
demandam clareza em relação a sua forma e conteúdo, a fim de garantir a
compreensão e a legibilidade da informação. Assim, as anotações de
enfermagem são fundamentais para o desenvolvimento da sistematização da
assistência de enfermagem, pois é fonte de informações essenciais para
assegurar a continuidade da assistência. Contribui, ainda, para a
identificação das alterações do estado e das condições do paciente,
favorecendo a detecção de novos problemas, a avaliação dos cuidados
prescritos e, por fim, possibilitando a comparação das respostas do paciente
aos cuidados prestados.
Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de
Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
7
Como técnico de enfermagem, é sua atribuição anotar todas as
intercorrências, detalhes e alterações possíveis do paciente em que ocorreu
durante a sua admissão ou o seu plantão. É ali que ficará documentada no
processo do mesmo, para que possa ser pesquisada futuramente.

Importância das anotações de enfermagem

As anotações de enfermagem são importantes por vários motivos:

o Revelam como o paciente está evoluindo em seu tratamento;


o Fornecem informações para outros profissionais de saúde que
também trata do paciente;
o Constituem um modo de comunicação eficiente entre os membros da
equipe de saúde que cuidam do paciente.

Objectivo da admissão

o Optimizar admissão do paciente sistematizando o atendimento;


o Facilitar a adaptação do paciente ao ambiente hospitalar;
o Proporcionar conforto e segurança;
o Submeter o paciente a um tratamento clínico ou cirúrgico.

Elaboração do processo do doente

A elaboração do processo do doente é feita no banco de urgência depois de


uma investigação profunda pelo médico assistente. O processo do
internamento do doente cumpre os seguintes princípios: recolha de dados
do doente, nomeadamente: nome, filhação, idade, residência, sexo, peso,
naturalidade, número de telefone, ocupação dos pais, assim como o grau
parentesco do acompanhante, em caso de emergência. O doente depois de
ser recebido com amabilidade e simpatia, recolhendo os dados necessários,
é lhe dado o tempo, para que informe ao seu médico ou enfermeiro que o
recebe, tudo quanto sente sobre o seu estado de saúde.

Cuidados na admissão

Os cuidados a prestar logo na admissão do doente, são:

o Observação;
o Controle de sinais vitais;
o Controle de sinais e sintomas que apresenta o paciente.

Material necessário na admissão do paciente

o Tabuleiro limpo e desinfectado


Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de
Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
8
o Um ou dois pares de luvas descartáveis
o Coluna com termómetro
o Esfigmomanómetro
o Estetoscópio clínico bi-auricular
o Relógio com ponteiro de segundo
o Processo do doente (virgem)
o Arrastadeira SOS
o Urinol SOS
o Livro de registo
o Lapiseira,lápis,borracha
o Medicamentos para o tratamento inicial
o Bloco de nota
o Balança SOS
o Biombo SOS
o Aparadeira para sujos
o Gráfico de sinais vitais
o Taça com bolas de algodão seco

Unidade hospitalar

O hospital é um estabelecimento de saúde, de diferentes níveis de


diferenciação, constituído por meios tecnológicos que não existem nos
centros de saúde, cujo objectivo principal é a prestação de cuidados de
saúde.

A sua actividade é o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação, que pode ser


desenvolvida em regime de internamento ou ambulatório. Compete-lhe,
igualmente, promover a investigação e o ensino com vista, a resolver
problemas de saúde. A sua actuação deve ser efectivada de forma conjunta e
articulada com outras instituições. O hospital dispõe de vários serviços, tais
como:

o Banco de urgência da medicina;


o Medicina geral;
o Banco de urgência pediátrica;
o Internamento pediátrico;
o Banco de urgência de ortopedia e cirurgia;
o Serviço de ortopedia;
o Serviço de cirurgia,
o Maternidade,

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
9
o Bloco operatório;
o Serviço de consultas externas de pediatria;
o Serviço de consultas externas de adultos;
o Laboratório de análises clínicas;
o Serviço de imagiologia;
o Serviços de especialidades médicas (otorrinolaringologia,
oftalmologia, estomatologia, cardiologia, dermatologia, etc. ); etc.

Quanto ao porte, o hospital subdivide-se da seguinte forma:

o Hospital de pequeno porte: É aquele que possui a capacidade menor


ou igual de 50 leitos.
o Hospital de médio porte: É aquele que possui a capacidade de 51 a
150 leitos.
o Hospital de grande porte: É aquele que possui a capacidade de 151 a
500 leitos.
o Hospital de porte especial ou extra: É aquele que possui uma
capacidade superior a 500 leitos.

Procedimentos de enfermagem

1. Receber o paciente cordialmente;

2. Acompanhar o paciente ao leito, auxiliando-o a deitar e dando-lhe todo o


conforto possível;

3. Apresentá-lo aos demais colegas do turno e pacientes da sua sala de


internamento;

4. Orientar o paciente em relação ao horário das refeições; nome do médico


em serviço e da enfermeira chefe;

5. Explicar o regulamento do hospital quanto ao horário de repouso e


horário de visita;

6. Os pertences do paciente devem ser entregues à família no acto da


admissão, se não for possível, colocá-los em um saco, identificando-os com
um impresso próprio e encaminhar para a sala de pertences;

7. Preparar o paciente em relação aos exames a que será submetido, a fim de


obter sua cooperação;

8. Fornecer roupa do hospital, se a rotina da enfermagem não permitir o uso


da própria roupa;

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
10
9. Verificar temperatura, pressão arterial, pulso, respiração e proceder ao
exame físico geral;

10. Anotar no relatório de enfermagem a admissão;

11. Anotar no Relatório geral a admissão.

12. Registrar o paciente no livro das entradas

Unidade de internamento

É o local ou espaço físico destinado a acomodação do paciente internado e


que engloba facilidades adequadas a prestação de cuidados necessários com
finalidade de:

o Proporcionar ao paciente um ambiente propício a sua rápida


recuperação;
o Oferecer a enfermagem condições que favorecem um bom
desempenho de suas funções.

Na unidade de internamento o paciente é recebido por um profissional da


unidade e encaminhado na enfermaria. Deve ser recebido com gentileza e
cordialidade para aliviar suas apreensões e ansiedades. Geralmente, o
paciente está preocupado com a sua saúde.

Unidade do paciente

A unidade do paciente é o lugar onde se encontra o paciente, juntamente


com todos os seus pertences para uso pessoal.

Objetivo:

o Proporcionar ao paciente higiene e bem-estar, além de proporcionar


um ambiente agradável.

Precauções:

o A unidade do paciente deve estar livre de poeira e sujeira, que pode


causar contaminação e desconforto ao paciente, assim como ruídos e
odores fétidos devem ser evitados.
o A história clínica ou o processo do paciente não deve ser colocado
sobre a mesa ou a cama do paciente, pois este passa por muitas mãos
e pode contaminar os alimentos e, por conseguinte infestar o paciente.

Equipe:

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
11
o Cama com seu colchão.
o Almofada e resguardo de borracha.
o Cadeira e repousa-pés.
o Mesa de bandeja.
o Recipiente para eliminação de excrementos (urinol e arrastadeira).
o Lençóis, pijamas e toalhas.
o Utensílios de uso pessoal ou individual (escova de dentes, pasta de
dentes, sabonete, pente de cabelo, chinelos, talheres e outros).

Fascículo #3.

Unidade III: Monitorização dos sinais vitais

Os sinais vitais são indicadores do funcionamento normal ou anormal do


corpo humano. Sendo as verificações mais frequentes realizadas pelo
profissional de saúde baseadas na temperatura, pulso, respiração, e tensão
arterial. São denominados sinais vitais porque identificam a vida e a eles
estão relacionados.

Objectivos

o Colher dados sobre o estado do paciente.


o Contribuem para determinar o diagnóstico, tratamento e cura do
paciente.
o Permitem ao Enfermeiro planear e implementar as prescrições
o Permitem ao Enfermeiro avaliar a resposta e o sucesso das
intervenções terapêuticas realizadas.
o Alertam o técnico de saúde na recuperação ou no agravamento do
estado do paciente.

Classificação

o Temperatura.
o Pulso ou freqüência cardíaca.
o Respiração ou freqüência respiratória.
o Tensão arterial.

Precauções

o Verificar as condições higiênicas e o estado do material antes de


medir os sinais vitais.
o Não medir os sinais vitais depois de exercício físico e emoções fortes.

1 - Temperatura
Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de
Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
12
De uma forma geral define-se como grau de calor ou frio de uma substancia,
ou seja, de um corpo.

A temperatura corporal é o grau de calor do organismo mantido em


conseqüência de determinadas reações bioquímicas que nele ocorrem, ou
seja, grau de calor do organismo mantido em conseqüência do
funcionamento dos seus órgãos internos, razão pela qual a temperatura do
corpo humano seja permanente durante toda vida.

A unidade de medida da temperatura é o grau centígrado ou grau Celsius


(°C). E o aparelho clínico que serve para avaliar a temperatura corporal
chama-se termômetro clínico. Existem dois (2) principais tipos de
termômetros disponíveis para avaliação da temperatura corporal, que são:

o Termômetro de mercúrio em vidro


o Termômetro electrónico ou digital.

A temperatura normal do corpo humano varia entre 36 a 37,4°C

Factores que influenciam na alteração da temperatura corporal

o Exercício físico: qualquer forma de exercício físico intenso e


prolongado aumenta a atividade muscular o que leva ao aumento da
temperatura de 0,5 a 2°C ou mais.
o Ingestão de alimentos, sobretudo os de alto valor calórico (as
proteínas e as gorduras) aumenta a temperatura corporal.
o Emoções fortes: como resposta do sistema nervoso central, estimula a
atividade glandular e ocasiona um aumento da temperatura.
o Actividade endócrina durante o ciclo menstrual provoca uma descida
brusca da temperatura que ascende lentamente depois da ovulação
até alcançar o seu nível máximo antes do seguinte período menstrual.
o A exposição a altas temperaturas pode elevar a temperatura do corpo
mediante radiações
o Clima: a temperatura ambiental pode aumentar ou diminuir a
temperatura corporal.

Locais para avaliação da temperatura

Temos a considerar dois tipos de temperatura corporal por avaliar

1) Temperatura externa ou periférica: É aquela que se avalia na


superfície corporal, isto é, na axila, na virilha, na flexura do cotovelo e
na região poplítea.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
13
2) Temperatura interna ou das cavidades naturais: É aquela que se
avalia nos orifícios naturais, podendo ser na boca, no recto e na
vagina.

N.B: A axila é o local mais comum e seguro para medir a temperatura


corporal.

Leitura da temperatura

o A leitura da temperatura no termômetro de mercúrio é feita


segurando o mesmo com as pontas dos dedos em sentido horizontal
ao nível dos olhos.
o Não se deve tocar no bulbo (ampola) do termômetro, os dedos do
profissional podem entrar em contacto com as secreções corporais do
paciente, o que levaria a alteração da temperatura.
o O termômetro deve ser rotacionado vagarosamente até que se
visualize a coluna prateada de mercúrio. A linha calibrada no final
dessa coluna será da temperatura.

Precauções na medição da temperatura

o Não expor o paciente a temperaturas extremas antes de medir a


mesma.
o Secar a região sem esfregar, pois esta ação gera calor.
o Verificar que o termômetro marque menos de 36°C.
o Situar o termômetro na região selecionada de modo que o bulbo fica
coberto de tecido corporal.
o Cuidar de não colocar o termômetro em regiões lesionadas.
o Limpar o termômetro com movimento de rotação com uma bola de
algodão sem tocar o bulbo antes de fazer a leitura.

Contra indicações da temperatura

o Não se deve avaliar a temperatura na axila, na virilha e na flexura do


cotovelo quando nelas exista uma infecção.
o Não avaliar a temperatura na boca a doentes inconscientes, com
infecção na boca ou após a ingestão de alimento ou bebida quente ou
excessivamente frio ou a um doente que acabou de fumar, em
lactentes, em pacientes psiquiátricos e ainda em pacientes
desorientados ou que apresentam crises convulsivas.
o Não avaliar temperatura no recto a doentes com fístulas anais,
diarréia e hemorróidas e em pacientes que padecem de infarto do

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
14
miocárdio, pois a manipulação anal pode estimular o nervo vago e
ocasionar bradicardia e outros transtornos.

Variações e terminologias

o Hipotermia: É uma temperatura abaixo dos valores considerados


normais, isto é, inferior ou igual a 35,9°C
o Apirexia ou afebril: Denominação dada ao valor normal da
temperatura corporal e que ronda entre 36 a 37,4°C
o Temperatura sub-febril: É uma temperatura que ronda 37,5°C
o Febre: É uma temperatura que ronda entre 37,6 a 38,9°C
o Hipertermia: Temperatura acima do normal e que ronda entre 39 a
40°C
o Hiperpirexia: Temperatura acima dos valores considerados normais
e que ronda entre 41 a 42°C.

Febre

A febre é a elevação da temperatura corporal acima dos valores


considerados normais com um aumento da freqüência cardíaca e
respiratória causada por alterações do centro termorregulador ou por
substancias que interferem no organismo podendo ocorrer por motivos
infecciosos, lesões dos tecidos, processos inflamatórios, etc.

A febre é apenas uma elevação da temperatura, não especifica o problema,


pois é manifestação da maioria das patologias e pode estar acompanhado de
outros sinais e sintomas, tais como: astenia física, anorexia, cefaléia,
taquicardia, taquipneia, oligúria, calafrio, náuseas, vômitos, delírio ou
confusão mental e até convulsões.

A febre nem sempre apresenta as mesmas características, pois pode


manifestar-se de diferentes formas tais como: contínua, remitente,
intermitente e recorrente ou ondulante.

1 – Febre contínua: É aquela que permanece muitos dias, isto é, mais de dez
dias acima dos valores normais com oscilações de 0,4 até 1°C, de predomínio
vespertino e que não desce ao normal. Esta se observa em diversos
processos infecciosos tais como: septicemia, tuberculose, pneumonia
fibrinosa, etc.

2 – Febre remitente: Neste tipo de febre nota-se presença de hipertemia


diária com oscilações superior a 1°C, é persistente com piora a noite,

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
15
geralmente é característica da febre por abcesso, ferida infectadas e outras
infecções causadas por bactérias piogénicas.

3 – Febre intermitente: É aquela em que nota-se subida e permanência da


temperatura durante um ou mais dias seguido de alguns dias de apirexia
quando se administra um antipirético ou mesmo sem nenhuma intervenção
medicamentosa, a febre sofre algumas interrupções por períodos de
temperatura normal, seguido de hipertemia . Característica de febre por
malária e febre tifóide.

4 – Febre recorrente ou ondulante: É aquela em que nota-se período de


apirexia que dura dias, seguido de elevações bruscas e variáveis da
temperatura. Observa-se aos pacientes portadores de neoplasias malignas
(cancro) e brucelose.

Material necessário

Tabuleiro lavado e desinfectado com:

o Um ou dois pares de luvas descartáveis s.o.s


o Coluna que contém termômetro
o Taça com bolas de algodão seco
o Relógio com ponteiro de segundo
o Gráfico de sinais vitais
o Processo do paciente
o Bloco de notas
o Esferográfica, lápis com borracha
o Aparadeira para sujos.

2-Frequência respiratória

É o número de ciclos respiratórios ( inspiração e expiração )que o organismo


realiza involuntariamente por minuto, na qual se observa a expansibilidade
e a retração da parede torácica e abdominal.

Mecanismos de respiração:

Para que se cumpra o processo respiratório é necessário o funcionamento


de uma série de mecanismos, tais como:

o Difusão
o Transporte
o Regulação
o Utilização
Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de
Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
16
Difusão: a difusão é o movimento dos gases de um lugar a outro, através da
membrana pulmonar e o dióxido de carbono proveniente do sangue passa
para os alvéolos.

Transporte: É quando o oxigênio e o dióxido de carbono são transportados


no sangue em formas diferentes, até ao seu destino final, isto é, o oxigênio
até chegar aos tecidos e o dióxido de carbono dos tecidos para os alvéolos.

Regulação: A regulação nervosa adequada garante que o ar entra e sai dos


pulmões automaticamente.

Utilização: A utilização que os tecidos farão de oxigênio recebido é


importante para que se desenvolva normalmente o metabolismo celular e
que se produza a energia necessária para a manutenção da função
respiratória e outras funções importantes do organismo humano.

A respiração é um processo que consiste na entrada de ar carregado de


oxigênio nos pulmões e a saída do ar carregado de dióxido de carbono e
vapor de água. Este processo só é possível graças a dois movimentos que
são:

o Inspiração: É a entrada de ar carregado de oxigênio nos pulmões, no


qual nota-se a descida do diafragma e a contração dos músculos
intercostais ocasionando um aumento da caixa torácica e diminuição
da pressão no seu interior, permitindo a entrada de ar.
o Expiração: É a saída de ar carregado de dióxido de carbono e vapor
de água, no qual nota-se uma subida do diafragma e relaxamento dos
músculos intercostais ocasionando uma diminuição da caixa torácica
e um aumento da pressão no seu interior, forçando assim a saída do
ar.

Esses dois movimentos (inspiração e expiração) formam o que se denomina


“ciclo respiratório” que é a unidade principal para a medição da frequência
respiratória.

A respiração é o mecanismo que o organismo utiliza para realização das


trocas gasosas entre a atmosfera e o sangue e entre o sangue e as células.
Acontece durante a pequena circulação, quando o sangue venoso do
ventrículo direito atravessa a válvula pulmonar entra na artéria pulmonar
em direção aos pulmões, que através dos seus alvéolos se processa o
fenômeno de “hematose pulmonar”.

Factores que influenciam na variação da respiração:


Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de
Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
17
o Exercício físico: O exercício físico aumenta a freqüência e a
amplitude respiratória.
o Idade: Com o crescimento da infância para idade adulta, a capacidade
dos pulmões aumenta e a freqüência respiratória diminui
gradativamente. Nos idosos ocorre uma diminuição da elasticidade
pulmonar e da amplitude respiratória ocasionando um aumento da
freqüência respiratória.
o Género: O sexo masculino apresenta maior capacidade pulmonar do
que o feminino.
o Estresse ou emoção: Um paciente ansioso ou amedrontado
apresenta aumento da freqüência e amplitude respiratória,
resultando em hiperventilação.
o Sono
o Canto, etc.

Variações:

A frequência respiratória varia quanto à frequência e a amplitude

1 – Quanto à frequência:

o Taquipneia ou polipneia: Aumento da frequência respiratória, isto é,


quando o valor situa-se acima do normal.
o Bradipneia: Diminuição da frequência respiratória, isto é, quando o
valor situa-se abaixo do normal.

2 – Quanto à amplitude:

o Respiração profunda (lenta e pesada): Quando o volume de ar que


entra nos pulmões é maior do que o normal ou o necessário.
o Respiração superficial (acelerada e leve): Quando o volume de ar
que entra nos pulmões é menor do que o normal.

Valores de referência para respiração

o Recém-nascido: 40 a 60 CR/minuto
o Bebes: 30 a 50 CR/minuto
o Crianças: 20 a 30 CR/minuto
o Homem: 16 a 20 CR/minuto
o Mulher: 16 a 18 CR/minuto

Eupnéia: É a denominação dada ao padrão respiratório normal.

Alterações patológicas da respiração:


Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de
Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
18
o Dispnéia: É toda dificuldade respiratória que pode manifestar-se
tanto no aumento como na diminuição da freqüência respiratória.
o Ortopnéia: Situação em que o paciente só consegue respirar
normalmente quando estiver sentado ou de pé, razão pela qual é
denominada por dispnéia de posição.
o Apnéia: É uma paragem respiratória mais ou menos prolongada
seguida de uma respiração forçada e que não pode exceder 4 minutos.
o Respiração de Cheyne-Stokes: A respiração de Cheyne-Stokes,
também conhecida como respiração periódica ou cíclica é um padrão
respiratório em ciclos que aumenta e diminui a profundidade com
períodos de apneia.
o Respiração de Kussmaul: É um padrão respiratório profundo e
trabalhoso seguida de apneia e expiração suspirante, associado com
acidose metabólica grave, particularmente com cetoacidose diabética,
mas também com a insuficiência renal.
o Respiração de Biot: É um padrão respiratório anormal caracterizado
por grupos de rápidas e curtas inspirações seguidas por períodos
regulares ou irregulares de apneia.

Precauções na medição da frequência respiratória:

o Não dizer ao paciente que lhe vai ser medido a respiração;


o Não permite que o paciente fale durante a medição.

Material necessário

Tabuleiro lavado e desinfectado com:

o Um ou dois pares de luvas descartáveis s.o.s;


o Relógio com ponteiro de segundo;
o Gráfico de sinais vitais;
o Processo do paciente;
o Bloco de notas;
o Esferográfica, lápis com borracha;
o Aparadeira para sujos s.o.s

3. Pulso (frequência cardíaca)

A pulsação é a dilatação da parede da artéria ao receber o fluxo de sangue


bombeado pelo coração em cada contração do ventrículo esquerdo. Em
outras palavras, o pulso é a sensação que temos ao comprimir uma artéria
contra um plano resistente.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
19
Frequência cardíaca é o número de batimentos que acontecem durante um
minuto, tendo como valores de referência:

o Adultos: 60 a 80 P ou btm/min
o Recém-nascido: 140 a 160 P ou btm/min
o Crianças: 80 a 100 P ou btm/min
o Bebês: 100 a 140 P ou btm/min

Variações.

O pulso apresenta variações quanto à frequência, ao ritmo e amplitude ou


volume.

1 - Quanto à frequência.

A frequência: é o número de batimentos por minuto. O pulso pode ser:

a) Taquicárdico ou taquicardia: quando o pulso apresenta valores


acima das chifras normais ou simplesmente digamos aumento da
frequência do pulso.
b) Bradicárdico ou bradicardia: diminuição da frequência do pulso ou
quando o pulso apresenta valores acima do normal.

2 – quanto ao ritmo ou volume

O ritmo é a regularidade ou cadência com que sucedem as contrações. O


pulso pode ser:

a) Rítmico: Quando os intervalos de tempo entre os batimentos são


iguais e constantes durante todo o período da sua avaliação.
b) Arrítmico: Quando os intervalos de tempo entre os batimentos são
desiguais.

3 – Amplitude (volume): É a sensação do volume do pulso que depende de


quantidade de sangue que sentimos nas artérias. O pulso pode ser:

a) Cheio/ forte: Quando se exerce uma pressão moderada sobre a


artéria e há certa dificuldade de obliterar a artéria.
b) Pequeno/fino/filiforme/débil/fraco: Difícil de sentir por pressão
digital. Indica redução da força ou volume do pulso periférico.

Precauções

o Palpe a artéria sobre um plano resistente para que lhe permita


perceber as contrações ou batimentos.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
20
o Não faça demasiada pressão ao realizar a palpação.
o O pulso deve ser medido antes da administração de qualquer
substancia medicamentosa para não alterá-lo.
o O paciente deve estar em repouso físico, mental, sentado, mas de
preferência deitado.

Locais de avaliação do pulso:

O local principal é na artéria radial, mas pode se tomar o umeral, no


temporal, femoral, poplítea, tibial, pediosa, etc. Sendo a artéria carótida o
lugar de último recurso para avaliação da frequência cardíaca, visto ser ai
onde passa as últimas porções de sangue reservadas para irrigação dos
capilares cerebrais.

Material necessário

Tabuleiro lavado e desinfectado com:

o Um ou dois pares de luvas descartáveis s.o.s;


o Relógio com ponteiro de segundo;
o Gráfico de sinais vitais;
o Processo do paciente;
o Bloco de notas;
o Esferográfica, lápis com borracha;

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
21
o Aparadeira para sujos s.o.s

4. Tensão arterial.

A tensão arterial é a pressão exercida pela passagem de sangue nas paredes


das artérias. Esta pressão depende de duas forças ou de dois movimentos,
sendo:

1) Pressão sistólica ou tensão arterial máxima corresponde à contração


do ventrículo esquerdo.
2) Pressão diastólica ou tensão arterial mínima corresponde ao
relaxamento do músculo cardíaco, também conhecida como repouso
ventricular.

A pressão arterial relaciona-se com o débito cardíaco, da resistência


vascular periférica, do volume sanguíneo e da viscosidade sanguínea da
artéria.

Débito cardíaco: É o volume de sangue bombeado pelo coração (volume


sistólico) durante um minuto (freqüência cardíaca).

DC = FC x VS

A unidade padrão na medição da tensão arterial é o “milímetro de


mercúrio (mmHg)”, registrado sob forma de uma fração cujo valor sistólico
no numerador e o diastólico no denominador. Exemplo: 120/80 mmHg.

O aparelho usado para avaliação da tensão arterial é denominado


“Esfigmomanômetro ou tensiômetro com estetoscópio bi-auricular”.

Existem esfigmomanômetro aneróide, a mercúrio e electrónico.

Factores que influenciam a variação da tensão arterial.

Os factores que condicionam ou favorecem a variação da tensão arterial,


serão delineados consoante a situação, sendo hipotensão ou hipertensão
arterial, embora em alguns casos possam ser comuns.

Variações

A tensão arterial apresenta as seguintes variações:

1 – Hipotensão arterial: É a queda dos valores da pressão arterial, isto é,


valores encontrados abaixo dos normais estabelecidos. Sendo pressão
sistólica abaixo de 100 e a diastólica abaixo de 60 mmHg. Esta situação é

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
22
caracterizada pela diminuição de líquidos no aparelho circulatório ou da
falência do músculo cardíaco em bombear o sangue.

Factores que influenciam:


o Dilatação das artérias
o Pouca força do ventrículo
o Pouca quantidade de líquidos no aparelho circulatório
1–Hipertensão arterial:

É a elevação dos valores da pressão arterial, isto é, quando os valores se


encontram acima daqueles normalmente estabelecidos, sendo sístole igual
ou acima de 140 mmHg ou diástole igual ou acima de 90 mmHg.

N.B: Tendo em conta os factores que influenciam a doença, o diagnóstico da


hipertensão arterial não se pode definir com uma única medição da pressão
artéria, mas sim é definido depois de duas ou mais medições e que
apresentam valores elevados, principalmente os diastólicos.

A hipertensão arterial é considerada doença de fórum hereditária, pois as


pessoas com história de hipertensão arterial na família estão em risco
significativo de desenvolver a doença.

Factores de risco da doença:

Obesidade, hereditariedade, consumo exagerado de sal, consumo exagerado


de álcool, sedentarismo, fumo, estresse, diabetes, sono, idade e tantos
outros.

Tratamento

Não falaremos do tratamento da tensão arterial sem antes vermos a sua


classificação, em adultos considerando os seguintes parâmetros:

Trataremos de uma tensão arterial normal quando os valores sistólicos


estiverem abaixo de 130 mmHg e os diastólicos abaixo de 85 mmHg. Quando
os valores tensionais se situarem entre os 130 a 139 para a sístole e 85 a 89
para diástole é considerado por valor normal limítrofe. A hipertensão
arterial, vai se classificar em quatro (4) estágios sendo:

1) Estágio I ou leve: Quando os valores tensionais figuram-se entre 140


a 159 mmHg para o sístole e entre 90 a 99 mmHg para o diástole.
2) Estágio II ou moderada: Quando os valores tensionais apresentam-
se entre 160 a 179 mmHg para o sístole e 100 a 109 mmHg para o
diástole.
Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de
Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
23
3) Estágio III ou grave: Com valores sistólicos figurados entre 180 a
210 mmHg para o sístole e 110 a 120 mmHg para o diástole.
4) Estágio IV ou Emergência hipertensiva ou ainda muito grave:
Quando os valores tensionais encontram-se superiores ou iguais a
210 mmHg para o sístole e 120 mmHg para o diástole( encaminhar o
paciente para uma instituição hospitalar ).

Material necessário

Tabuleiro lavado e desinfectado com:

o Um ou dois pares de luvas descartáveis s.o.s;


o Aparelho completo de T.A;
o Gráfico de sinais vitais;
o Processo do paciente;
o Bloco de notas;
o Esferográfica, lápis com borracha;
o Aparadeira para sujos s.o.s

Medicamentos utilizados na hipertensão arterial:

Bases farmacológicas do tratamento da Hipertensão Arterial incluem:

o Diuréticos.
o Relaxantes da fibra Lisa vascular.
o Bloqueadores dos canais do cálcio.
o Inibidores da atividade simpática.
o Inibidores da enzima conversora da angiotensina (I.E.C.A).

 Diuréticos: São fármacos que actuam no rim, aumentando o volume e


o grau do fluxo urinário e que também promovem a eliminação dos
electrólitos como o sódio e o potássio sendo usados no tratamento da
H.T. A

o Tiazídicos. Ex: Hidroclorotiazida


o Alça. Ex: Furosemida
o Poupador de potássio. Ex:Espironolactona

 Relaxantes da fibra Lisa vascular (Vasodilatadores): São fármacos


que agem sobre o músculo liso arteriolar para provocar o
relaxamento e a redução da resistência vascular periférica.

Exemplo: Hidralazina, Nitropusiato de sódio, Minoxidil.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
24
 Bloqueadores dos canais do cálcio: Estes medicamentos bloqueiam
os canais do cálcio produzindo vasodilatação e diminuição da
resistência periférica.

Exemplo: Verapamilo, Nifedipina, Diltiazem

 Inibidores da atividade simpática:Estes medicamentos inibem as


funções do sistema nervoso autônomo simpático, isto ocorre a três
níveis:

o A nível central: Metildopa.


o A nível da terminação pós-ganglionar simpática: Reserpina.
o A nível dos receptores beta: Atenolol, Propanolol, Tertatolol,
Metoprolol.

 Inibidores da enzima de conversão de angiotensina (IECA):

Exemplo: Captopril, Enalapril, Fosinopril, Ramipril.

Fascículo #4.

Unidade IV: Administração dos medicamentos.

Medicamentos: são substâncias quimicamente preparadas para serem


administradas no organismo humano, com finalidade de atenuar ou aliviar,
prevenir e curar certas enfermidades.

A administração dos medicamentos, é da inteira responsabilidade do


Enfermeiro e é uma das suas atribuições, não só um certo grau de
conhecimentos, mas também é uma noção da responsabilidade e
honestidade no seu trabalho.

Ao dar os medicamentos, o Enfermeiro faz com que o paciente tome-os,


explicando os efeitos secundários dos mesmos, explicar ao doente qualquer
alteração que possa aparecer, após o uso de certas substâncias
medicamentosas que pode deixar o paciente preocupado, por exemplo;
quando o paciente faz tratamento a base do sulfato ferroso, altera a
aparência das fezes, elas escurecem, por esta razão, o Enfermeiro deve
necessariamente esclarecer o paciente ou seu acompanhante.

Ao preparar os medicamentos, deve ser sempre cauteloso, concentrado e


prudente de modo a evitar os erros que possam causar prejuízos ao
paciente, e caso aconteça, deve ser honesto em confessar seu erro de modo
que, se é possível seja remediado.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
25
Sempre que surgir alguma dúvida, é essencial que se busque auxílio dos
demais profissionais de enfermagem envolvidos no atendimento, para
efectuar o processo de forma segura.
Ter o máximo cuidado com a dose, pois quando ultrapassa torna um
autêntico veneno, ao invés de tratamento.

Princípios gerais dos medicamentos

1 – Saber se existe por parte do paciente uma história de reacções adversas


ao fármaco que pretendemos administrar;

2 – Conhecer os efeitos secundários dos medicamentos que estamos a usar,


os perigos os efeitos colaterais, para poder explicar ao paciente a fim de
estar preparado para o efeito;

3 - Não administrar medicamentos não receitados;

4 – Ler bem o rótulo do medicamento que pretendemos aplicar, até três (3)
vezes;

5 – Ler bem o nome do medicamento do frasco, as suas vias de


administração e quantidade (regra dos cinco certos);

6 – Controlar a data de fabricação e de caducidade;

7 - Utilizar técnicas de assepsia na preparação dos medicamentos para


diminuir o risco de injectar microorganismo no tecido ou no sangue do
paciente;

8 – Preparar o medicamento imediatamente antes da sua aplicação, visto


que alguns fármacos não se podem conservar mais tempo depois de ser
preparado;

9 – Não administrar medicamento preparado por outra pessoa ou na sua


ausência;

10 – Confirmar a dose do fármaco a administrar e aspirá-lo na seringa;

11 – Não misturar dois (2) tipos de medicamentos na mesma seringa se não


souberes perfeitamente a sua compatibilidade;

12 – Observar bem as regras de assepsia e desinfecção para proteger o


doente de infecções;

13 – Nas injecções I.V, calçar sempre luvas.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
26
Vias de administração de medicamentos.

Para que o profissional de enfermagem desempenha bem a sua função, é


essencial conhecer todas as vias de administração dos medicamentos e de
que forma elas agem no organismo.

Os medicamentos são administrados por várias vias, isto é, dependendo da


sua apresentação, acção, estado ou gravidade do paciente, assim como os
efeitos que pretendemos.
Como já referimos, existem várias vias de administração dos medicamentos,
mas essas vias foram agrupadas apenas em duas (2) grandes vias que são:
via entérica e via parentérica

1. ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS POR VIA ENTÉRICA OU


ENTERAL.

Conceito: A via entérica é uma via que engloba todos os medicamentos


absorvidos no tubo digestivo, seja qual for a sua via de entrada, na boca ou
no ânus. Esta via inclui:

o Administração oral ou bucal;


o Administração sublingual e vestibular;
o Administração rectal.

Administração oral ou bucal: É a forma mais fisiológica de introduzir


substâncias medicamentosas no organismo, se administra pela boca e
implica a sua deglutição. A maior parte dos fármacos se absorvem no
intestino delgado, alguns podem absorver-se no estômago e em poucos
casos que a absorção é escassa ou nula.

Vantagens:

o É uma técnica simples, cômoda, não dolorosa, segura e econômica. É


cômoda porque é um método simples de administração. É econômica
porque os medicamentos orais normalmente têm menos custos em
relação aos outros preparados. É segura porque a administração não
requere romper uma barreira de proteção natural a pele pelo que
facilita as infecções como acontece com as injecções.

o Em caso de sobredosagem, a parte de medicamento que permanece


no estômago pode se eliminar mediante a lavagem gástrica.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
27
Desvantagens:

o Não se pode usar em caso de urgência ou quando se requere um efeito


rápido, porque o efeito do medicamento nesta via não parece rápido.
o Deve se especificar a relação com os mantimentos, pois estes podem
aumentar ou diminuir a absorção de muitos medicamentos.
o Não se pode usar em doentes que apresentam vómito, alteração da
consciência, disfagia e náusea.

Indicações da via oral:

o Efeitos locais à nível da mucosa do trato digestivo.


o Efeitos gerais através da absorção do medicamento pelo trato
digestivo e que logo passa para corrente sanguínea, quando não se
deseja obter um efeito mais rápido.

Contra indicações da via oral:

o Intolerância do paciente aos medicamentos administrados por esta


via.
o Pacientes inconscientes ou que tenham a via oral suspensa.
o Pacientes com queimadura ou com intervenção cirúrgica da boca.
o Pacientes com vómito.

Objectivos:

o Obter efeitos gerais e locais.


o Administrar medicamentos que não se pode administrar por outras
vias.

Precauções:

o Certificar-se de que o paciente está em condições de tomar


medicamento e permanecer ao seu lado até que ele ingere o
comprimido, pois as vezes encontra-se em confuso ou desorientado e
é necessário revisar-lhe a boca para verificar a ingestão do
medicamento.
o Não dar medicamento não rotulado ou sem etiqueta.
o Não devolve no frasco o medicamento vertido por excesso, em caso de
xarope.
o Quando se utiliza a região sublingual e o fármaco produz irritação,
sensação de formigueiro, este pode se colocar na região vestibular.
o Na região sublingual e vestibular, o fármaco se administra sem dar
líquido ao mesmo tempo e indique o paciente que mantenha o

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
28
fármaco no sítio até que se dissolve completamente para assegurar a
sua absorção.
o Verte os medicamentos líquidos pelo lado oposto da etiqueta para
evitar que esta se mancha.
o Administre os fármacos com abundante líquido para facilitar sua
diluição e absorção caso se deseja um efeito geral.

Administração sublingual e vestibular: Consiste em colocar o


medicamento por debaixo da língua donde deve permanecer o maior tempo
possível sem oferecer líquido nem deglutir o fármaco para obter o efeito
desejado. Propicia uma rápida absorção de pequenas doses de alguns
fármacos, devido a vasta vascularização sanguínea e a pouca espessura da
mucosa sub-lingual, permitindo a absorção direita na corrente sanguínea.

Administração rectal: é a introdução de medicamentos na mucosa rectal.


Esta via é indicada em pacientes em estado de coma, incosciente, com
vómito e náuseas.

2. ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS POR VIA PARENTÉRICA


OU PARENTERAL.

Conceito: a via parentérica é uma via que engloba todos os medicamentos


administrados no organismo humano ou animal, com ajuda ou por meio de
uma seringa e agulha, isto é, todos os medicamentos que penetram por meio
de injecções e também outros que podem ser aplicados sobre a pele e nas
mucosas.

A via parentérica subdivide-se em várias vias, sendo as mais utilizadas ou as


mais comuns são quatro (4):

1) Via intradérmica (I.D)


2) Via subcutânea (S.C)
3) Via intramuscular (I.M)
4) Via intravenosa (I.V)

A via parentérica agrupa todos os medicamentos administrados por inalação


(gazes e vapor), todos os medicamentos aplicados diretamente sobre a pele
e mucosas, por exemplo; em caso de pomadas e ungüentos, via cutânea e
aqueles que são administrados através de ouvidos, fossas nasais, olhos e
vagina.

Vantagens:

o A absorção dos medicamentos é mais rápida que a via entérica, oral


ou tópica;

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
29
o A administração de medicamentos que não se absorve noutras vias;
o Segurança de que o doente tomou os medicamentos;
o Permite que o medicamento se tome na sua dose exacta;
o A administração dos medicamentos não depende do estado de
consciência do paciente.

Desvantagens:

o Rompe-se uma barreira de proteção natural a pele pelo que facilita as


infecções;
o Nas injecções intramuscular, há risco de perfuração do nervo ciático;
o Os erros nesta via são muito graves e fatais.

1- Administração de medicamentos por via intradérmica

Conceito: A administração dos medicamentos por via intradérmica é a


introdução de uma quantidade de droga entre a pele e o tecido celular
subcutâneo. É uma via pouco utilizada, de absorção mais lenta que a
subcutânea.

Objectivos:
o Permitir a absorção lenta de soluções através dos vasos capilares;
o Administrar vacinas como no caso de BCG, prova da tuberculina (teste
de mantoux) e administração de provas de sensibilidade cutânea para
o diagnóstico das enfermidades alérgicas.

Zonas de administração:

o Face anterior do antebraço;


o Inserção inferior do músculo deltóide;
o Região subescapular

Precauções:

o Não injecte em zonas com excesso de pêlo, acne, dermatites ou tecido


subcutâneo insuficiente.
o Não utilize antisépticos corantes porque pode mascarar a reacção
cutânea.
o Em prova de Mantoux ou tuberculina realize somente a desinfecção
mecânica.
o Não massagear para não acelerar a absorção.
o Cuide que o bísel da agulha fique para cima, fazendo uma pápula na
pele, cuja presença indica que se administrou correctamente.
o Não aspirar, por pouca vascularização.
o Introduza a agulha em um ângulo de 15 graus

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
30
Material necessário:

o Tabuleiro limpo e desinfectado.


o Seringa auto-bloqueante (especiais de 0,05).
o Seringa de 2 ou 5 ml e agulhas n° 20 ou 21 para diluição.
o Agulha hipodérmica n° 26 de 1 cm de longitude e estéril.
o Taça com bolas de algodão embebido em água tratada.
o Substância a administrar.
o Taca com bolas de algodão seco.
o Cartão da criança.
o Bloco de notas, lapiseira, lápis e borracha.
o Aparadeira para sujo

2- Administração de medicamentos por via subcutânea ou


hipodérmica.

Conceito: A administração dos medicamentos por via subcutânea ou


hipodérmica é a introdução de uma pequena quantidade de droga no tecido
celular subcutâneo ou na hipoderme mediante uma seringa e agulha. É uma
via de absorção mais lenta do que a intramuscular.

Objectivos:

o Esta via é usada para administração de vacinas contra sarampo,


contra tétano e contra febre amarela e também utiliza-se para
administração de Insulina, Heparina, etc.
o Obter uma absorção lenta de certos medicamentos mediante o tecido
celular subcutâneo ou também se administra quando não se deseja a
acção do medicamento anteriormente administrado.

Zonas de administração:

o Face externa do braço.


o Face externa da coxa.
o Região glútea.
o Região subescapular.
o Região periumbilical.
o Flancos.

Precauções:

o Realize uma prega cutânea de 2,5 cm tomando firmemente uma


porção que rodeia o sítio seleccionado.
o Introduza a agulha em um ângulo de 45 graus.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
31
o Aspire antes de injectar, pois o tecido subcutâneo é vascularizado.
o Quando este tipo de injecção se administra regularmente convém
alternando a zona.
o Em caso de administração de insulina, antes de aplicá-la em
suspensão faça girar com suavidade e inverte o frasco, para assegurar
uma distribuição uniforme das partículas. Não agite o frasco, pois
pode produzir espuma ou borbulhas que alteram a potência ou a
dosificação.
o Cuide que o bísel da agulha fique para cima

Material necessário:

o Tabuleiro limpo e desinfectado.


o Seringa auto-bloqueante ou outra.
o Seringa de 5 ml para diluição.
o Agulha hipodérmica n° 24 ou 25 de 2,5 cm de longitude e estéril.
o Taça com bolas de algodão embebido em água tratada ou
desinfectante.
o Taça com bolas de algodão seco.
o Substância a administrar.
o Cartão ou processo do doente.
o Bloco de notas, lapiseira, lápis e borracha.
o Aparadeira para sujos.

3 – Administração de medicamentos por via intramuscular.

Conceito: A administração dos medicamentos por via intramuscular é a


introdução de uma quantidade de medicamento relativamente maior no
tecido muscular, mas que não exceda os seis (6) mililitros.

Objectivos:

o Obter uma acção mais rápida do que a via subcutânea.


o Permite a administração de certas vacinas, tais como: vacina
pneumococo, contra tétano, vacina pentavalente, contra hepatite B e
outras;
o Permite a administração de substâncias irritantes e de difícil
absorção.
o Permite administrar substâncias oleosas, que noutras vias não
podem ser administrados.

Zonas de administração:

o Região glútea (local principal).

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
32
o Terço médio da face externa da coxa.
o Face externa do braço, no músculo deltóide.

N.B: Essas duas últimas regiões são utilizadas para pequenas quantidades
(até 3 ml).

Precauções:

o Não se deve aplicar injecção desse tipo em uma região inflamada,


edematosa ou irritada ou ainda em zonas com lunares, marcas de
nascimento, tecido cicatrizal ou outras lesões.
o Aspirar antes de introduzir o medicamento.
o Introduzir a agulha em um ângulo de 90 graus em relação com a pele.
o Alternar o sítio de injecção quando esta é de localização frequente.
o As injecções intramusculares exigem técnicas de assepsia e antisepsia
para proteger a integridade do tecido muscular.

Material necessário:

o Tabuleiro limpo e desinfectado com campo asséptico que contém:


o Duas pinças.
o Seringa que deve ser de maior calibre em relação a quantidade a
administrar.
o 2 agulhas de n° 20, 21 e 19 de 5 a 7 cm em adultos e agulhas de n° 23
e 25 em criança.
o Cartão ou processo com indicação médica.
o Taça com bolas de algodão embebido em desinfectante.
o Taça com bolas de algodão seco.
o Substância a administrar.
o Bloco de notas, lapiseira, lápis e borracha.
o Aparadeira para sujos.

Incidentes da injecção intramuscular:

o Dor forte que às vezes pode provocar paralisia passageira ou


definitiva, por atingir o nervo ciático.
o Abcesso local por falta de assepsia.
o Hemorragia, por agulha atingir um vaso sanguíneo.

4– Administração dos medicamentos por via intravenosa.

Conceito: A administração dos medicamentos por via intravenosa ou


endovenosa é a introdução de medicamentos ou outras soluções
directamente na corrente sanguínea através da veia.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
33
Objectivos:

o Acção rápida e resultado imediato.


o Permite a introdução de substâncias irritantes e intolerantes por
outras vias, tais como, IM e SC.
o Permite a administração de grandes quantidades de fluidos (
transfusão de sangue e derivados, soros, etc.) para manter o
equilíbrio hidroelectrolítico.
o Alimentar o doente.

Zonas de administração:

Toda veia superficial e de maior calibre pode servir para essa injecção, mas
as principais veias de destaque são:

o Veia cefálica.
o Veia basílica.
o Veia radial.
o Veias medianas (basílica e cefálica).
o Veias do arco dorsal do pé e veia jugular em crianças.

Precações:

o Extremar as normas de assepsia e antisepsia.


o Administrar os medicamentos lentamente, excepto em caso de
indicação médica se realize em forma rápida.
o Diluir o medicamento em não menos de 10 ml de água destilada ou
solução salina em caso que o requere.
o Observar o paciente durante e depois de aplicação da injecção.
o Certificar-se de que a veia está bem canalizada antes de injectar o
medicamento.
o Puncionar a veia do paciente com o bísel da agulha colocada para
cima formando um ângulo de 15 graus.
o Aspire e caso venha sangue solte o garrote e peça para o paciente
abrir a mão.

Material necessário:

o Tabuleiro com, campo asséptico que contém:


o Duas pinças.
o Tesoura.
o Seringa que deve ser de maior calibre em relação a quantidade a
administrar.
o 2 agulhas de n° 21 e 23 de 2 a 3 cm.
o Cateteres n° 16, 18, 20 para adultos e n° 22 e 24 para crianças.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
34
o Compressas estéreis.
o Luvas descartáveis
o Processo do paciente com indicação médica.
o Garrote de borracha.
o Taça com bolas de algodão embebido em desinfectante.
o Taça com bolas de algodão seco.
o Desinfectante iodopovidona.
o Substância a administrar.
o Adesivo, ligadura e tala
o Suporte para soro
o Sistema de soro
o Bloco de notas, lapiseira, lápis e borracha.
o Aparadeira para sujo.

Material de apoio de E.P.M.C para os estudantes da 11ª classe do curso de


Enfermagem geral. Elaborado pelo Professor “Kiankaki Miguel”
35

Você também pode gostar