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Cirurgias
Nota: a jejunostomia é o procedimento cirúrgico onde se cria uma abertura entre a pele e o jejuno, de forma
à pessoa ser alimentada por sonda.
Para a realização de uma cirurgia é necessário meios auxiliares diagnósticos, ou seja, um exame cirúrgico,
exames de rotina (raio x toráxico, eletrocardiograma, hemograma (composição do sangue), bioquímica
(função cardíaca, hepática, pancreática, hormonal; potássio, sódio, magnésio, etc.), identificação sanguínea
e marcadores virais (determinar se o doente tem alguma doença infeciosa)).
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Cirurgia de ambulatório
Procedimentos cirúrgicos que podem ser realizados com recurso a qualquer tipo de anestesia e o doente
não permanece no hospital para além de 24h. No caso do doente não estar bem vai para o internamento.
Doente com classificação ASA I/II (sem risco (I) ou risco controlado (II));
Sem diabetes, insuficiência cardíaca e/ou renal;
Não necessitar de medicação injetável no pós-operatório;
Residir a menos de 60 min do hospital;
Ter um adulto que o acompanhe nas 1ªs 24h de pós-operatório (assume responsabilidade pelo
doente);
Ter meios de comunicação e transporte privado;
Ter habitação com saneamento básico;
Nota: ASA I – Sem patologia; ASA II –Patologia crónica controlada; ASAIII – Patologia crónica não controlável;
ASA IV – Não pode ser operado em ambulatório; ASA V – Não pode ser operado.
Permite realizar procedimentos cirúrgicos complexos nos diferentes espaços anatómicos sem necessidade
de exposição dos mesmos. Faz-se através de pequenos orifícios.
Os recursos necessários são materiais específicos a cada procedimento e equipas treinadas em técnicas
precisas.
Quase todas as cavidades corporais podem ser submetidas a esta técnica desde que o doente não tenha
comorbilidades descompensadas.
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A cirurgia de ambulatório e minimamente invasivas são cada vez mais cirurgias do futuro
Para retirar órgãos e tecidos é necessário que a pessoa esteja em morte cerebral, a qual tem que ser sempre
diagnosticada por 3 médicos: intensivista, neurologista, anestesista. Através da prova de apneia. Também é
utilizada a escala de Glasgow.
Condições físicas do dador - Acidente aviação, trabalho, patologias diversas, neurológicas, isquémicas, sem
ser infeciosas, com 65 anos ou menos desde que não tenha tuberculose, hepatite, sida, doença oncológic a
(exceto se doença oncológica for cerebral). Estas pessoas não se inscreveram no registo nacional de não
dadores (ou seja, se a pessoa não estiver inscrita no registo, são lhe retirados os órgãos caso correspondam
a estas características).
Tem de se ter sempre em conta os pressupostos éticos e deontológicos, e a idade do dador. A equipa
responsável pelo transplante não é obrigado a informar a família que foi transplantado um órgão do seu
familiar falecido, caso este seja maior de idade. Se for menor de idade a família tem que autorizar a
transplantação.
Os órgãos e tecidos colhidos e transplantados em Portugal são o rim, o fígado, o coração, o pâncreas e os
pulmões. O sangue, a medula e a pele não se colhe em cadáveres.
Os órgãos moles têm que ser lavados com soro a +4ºC para a conservação (isquemia fria – não esta
vascularizado).
Transplante renal
O rim pode estar 2 dias em isquemia fria; para o transporte o rim pode ser colocado numa mala térmica,
cheia de gelo dentro de um saco para evitar que o mesmo embata contra as paredes da mala, evitando a
criação de hematomas.
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Aos doentes que é necessário um transplante de rim, os seus próprios rins não são retirados,
acrescenta-se o novo rim na fossa ilíaca direita. Primeiro liga-se a veia e o ureter ao novo rim e por
último a artéria;
A cirurgia de transplantação é uma cirurgia rápida com duração de cerca de 1h.
Um dos sinais em que os rins não estão a funcionar de forma correta pode ser detetado através da realização
de um exame de bioquímica onde se analisam os valores da ureia, ácido úrico e creatinina e de alguns iões
como o potássio, o sódio, o cálcio ou o fósforo.
Os doentes que necessitam de transplante renal, continuam a urinar, mas água pois o rim não filtra.
Tipos de diálise:
Diálise peritoneal: A diálise peritoneal é uma alternativa à hemodiálise. Uma das suas principais
vantagens é a possibilidade de dispensar ambientes hospitalares ou clínicas de diálise. Os doentes
efetuam as suas trocas/”mudas” de diálise peritoneal no seu domicílio o que se torna mais fácil e
cómodo para o utente.
Hemodiálise: Processo com acesso vascularizado onde existe o bombeamento do sangue através de
um dialisador, para remover as toxinas do organismo. O sangue é limpo na máquina e devolvido ao
corpo. Todo processo dura cerca de 4 horas e deve ser feito em média 3 vezes por semana, em uma
clínica ou hospital especializados
O tratamento pós operatório pode demorar alguns dias. São realizados exames de bioquímica diariamente.
Complicações:
A rejeição hiperaguda, o tipo menos frequente, mas a mais grave, evidencia-se logo após o transplante,
entre poucos minutos a algumas horas, e sempre antes que passem dez dias. Esta forma de rejeição apenas
ocorre quando o recetor já se encontra sensibilizado aos antigénios do sistema HLA dos tecidos
transplantados devido a um contacto anterior. O fenómeno é mediado por anticorpos que, como já se
encontram presentes no organismo do recetor, reagem de imediato, perante determinadas circunstâncias,
contra o órgão transplantado, provocando a sua destruição.
A rejeição aguda ou imediata, é a mais frequente do que a anterior e, embora não tão intensa, igualmente
grave, evidencia-se no primeiro mês posterior ao transplante. Esta forma de rejeição ocorre quando o
sistema imunitário reconhece os antigénios estranhos e desenvolve uma resposta agressiva, mediada pe los
linfócitos T.
A rejeição crónica desenvolve-se um pouco mais tarde, no mínimo 3 meses após o transplante, embora
também se possa manifestar alguns anos mais tarde. Costuma ser provocada por uma complexa interação
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de fatores celulares e humorais face aos antigénios estranhos e, a longo prazo, pode determinar uma
insuficiência funcional do órgão transplantado.
Transplante de fígado
O fígado é colhido e colocado no próprio centro, tendo apenas 4 horas de viabilidade em isquemia fria (igual
ao pâncreas). Para dadores vivos são principalmente escolhidos pais ou irmãos.
Nota: Quando as causas são malformações ou fibrose hepática pode ser transplantado apenas 1 lóbulo do
fígado que se vai desenvolvendo ao longo do tempo; quando são paramiloidose ou intoxicação alimentar é
necessária a transplantação total do fígado.
Transplante cardíaco
O coração é colocado no sítio onde é colhido e só tem 6 horas de viabilidade em isquemia fria.
Procedimento:
Doente em circulação extracorpórea (colocado cateter de grande calibre na artéria aorta e outro na
pulmonar para que o sangue no invés de sair pela aorta para todas as partes do corpo e depois entrar na
pulmonar para entrar para os pulmões, passa a circular para todas as partes do corpo exceto o coração e os
pulmões durante o tempo que durar a cirurgia), enxerto de coração de cadáver.
Excerto ósseo
Normalmente jovens no fim da fase de crescimento ou, por vezes, durante. Maioritariamente ossos longos ,
fémur, tíbia, rádio e cúbito.
Os ossos vão ser limpos e colocados na arca congeladora a -18ºC e vão ser pedidos exames ósseos para
detetar doenças ósseas, sendo o resultado destes exames negativos, estes serão preparados.
Podem se encontrar em diversas formas: Desidratados; farinha de osso; separar parte cortical da parte
esponjosa; tal e qual como o osso é.
Está indicado a doentes vítimas de leucemia, de linfoma maligno e de disfunção medular. O candidato a
dador tem de ser saudável, ser maiores de 18 anos e ter 50kg ou mais.
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12. Uns dos grandes perigos é contrair infeções pois o doente está completamente desprovido de
sistema imunitário.
13. Após o condicionamento, no dia designado por " Dia Zero", são transfundidas entre 80 a 100 cc das
células estaminais, que foram colhidas no dador. Este processo é indolor e o doente permanece
acordado, como numa transfusão de sangue.
14. As células estaminais do dador entram em circulação e irão fixar-se na medula óssea onde se irão
multiplicar e dar origem a novas células sanguíneas. Este processo demora várias semanas (cerca de
2 semanas), durante as quais o doente tem de continuar internado pelo risco de infeções, podendo
necessitar de transfusões de sangue e de plaquetas.
15. Passado as 2 semanas, e se tudo estiver a evoluir de forma correta, o doente irá para o seu domicílio,
onde deve todas as devidas precauções.
• Deve evitar grandes aglomerados;
• Usar máscara;
• Comer comida cozinhada na hora;
• Não pode comer sobras, comida enlatada nem comida crua.
16. O doente fica neste “regime” até alcançar valores normais (população sanguínea saudável e normal),
o que por norma acontece passado 2/3 meses.
17. Passado esses 2/3 podemos considerar que a pessoa está curada.
18. É importante salientar que doente que foram sujeitos a transplante de medula não tomam
imunossupressores.
Excertos de pele
Podem realizar-se com pele de espessura total ou parcial consoante a situação clínica - queimaduras, úlcera
de pressão, etc..
Excerto de pele parcial – Tipo mais utilizado em procedimentos de fechamento de feridas que não
foram possíveis pela aproximação das bordas. Contém quantidades variáveis de derma, de forma que
preserva a derme na área doadora e permite a sua reepitelização. As regiões geralmente usadas são
cobertas por roupa, como nádegas, porção interna da coxa, abdómen e braço.
Excerto de pele total – Utilizado em pequenas lesões, principalmente em áreas como face e mãos. É
composto pela epiderme e derma na sua totalidade, por isso a sua realização é mais complexa que a
dos enxertos parciais. É raro e utilizado em feridas profundas como úlceras de pressão.
Maioritariamente recorre-se a autoenxerto retirado da área afastada de articulações (coxa, nádega, etc.).
Geralmente, é recolhido o pedaço de pele do dador que, na maioria dos casos, é o próprio indivíduo. O
enxerto de pele pode ser removido de uma área do corpo mais discreta, como o quadril ou a parte externa
da coxa, abdome, virilha ou antebraço, por exemplo. Este enxerto passa por uma malha e a pele é retirado
com um aparelho.
Depois disso, raspa-se o local da queimadura até ficar em sangue. É colocado o enxerto, que adquire o aspeto
de uma rede, ampliando sua superfície, permitindo que um pedaço menor de área doadora seja capaz de
preencher uma grande área recetora. Nas regiões incisadas/interstícios, a cicatrização irá ocorrer por
epitelização e, portanto, não irão apresentar pelos, gerando um aspeto rendilhado da pele.
O local do enxerto é coberto com um penso e durante 7 dias não se destapa o enxerto. Só passado os 7 dias,
no bloco, é que se pode proceder à abertura do penso.
Patologia Cardiovascular
As doenças cardiovasculares são fatais e incuráveis, porém preveníveis. São doenças crónicas que podem
ser controladas.
As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte nos países ditos desenvolvidos. As doenças mais
mortais são:
Algumas estratégias de prevenção passam por ter um regime alimentar adequado (pouca sal, gorduras,
comer sopa e fruta), não fumar nem beber bebidas alcoólicas, dormir um número de horas adequado a fa ixa
etária, tentar viver sem stress e não levar um estilo de vida sedentário.
Afeta as artérias que fornecem sangue ao coração. A passagem de sangue arterial através das artérias
coronárias estreita-se por formação de placas obstrutivas, colesterol, cálcio. É a principal causa de morte no
homem e na mulher.
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Esta doença começa com um ferimento/lesão no revestimento da parede arterial. Quando esta situação
ocorre, o organismo começa um processo de cicatrização que faz com que placas se formem onde as artérias
foram lesadas. Com o tempo, as placas podem estreitar, ou mesmo bloquear completamente algumas das
artérias coronárias. Este processo reduz o fluxo de sangue rico em O2 para o miocárdio (própria parede do
coração – camada mais interna). Um coágulo de sangue também se pode formar neste local, estreitando
ainda mais as artérias, piorando a dor no peito provocando um Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM).
Colesterol alto (gordura no sangue: HDL – bom colesterol, LDL – mau colesterol);
Diabetes;
Tabaco;
HTA;
Obesidade;
Stress;
Álcool em excesso;
Idade;
Histórico familiar de doença cardíaca;
Menopausa aumenta o risco nas mulheres;
A Doença Arterial Crónica reduz o fluxo sanguíneo, levando a que o coração receba menos O2, fazendo com
que o coração diminua ou altere a sua fisiologia, havendo dores leves a severas no peito – angina. A dor no
peito pode irradiar para os braços e maxilar. Além disto, esta patologia pode causar náuseas e vómitos, falta
de ar, sudorese, palpitações e tonturas. Habitualmente os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também
podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradual ao longo de vários minutos.
O diagnóstico faz-se por meio de um eletrocardiograma (se tiver há uma elevação da onda ST); um
teste/prova de esforço, onde se regista a atividade elétrica do coração com atividade física; e uma
angiografia coronária, para verificar se existe o bloqueio ou estreitamento de fluxo da artéria coronária.
Neste último é injetado um contraste especial nas artérias coronárias de maneira que possam ser
visualizadas através de uma imagem raio x, ajudando na decisão do melhor tratamento. Além destes
também são utilizados marcadores bioquímicos/enzimas para diagnosticar o EAM quanto aos níveis
sanguíneos dos biomarcadores com alta sensibilidade e especificidade, visto que estes são elevados em
doentes com sintomas de isquémia do miocárdio.
Tratamento
Farmacológico
Estativas ‘’tratam as placas’’, inibem a enzima HMG-CoA que é responsável pela regulação de
colesterol no fígado. Diminui colesterol LDL (mau) e aumenta HDL (bom). Efeito antitrombótico;
Nitratos provocam vasodilatação das artérias coronárias. Este tratamento farmacológico não cura,
previne (comprimido sublingual).
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Exercício e dieta
Cirúrgico
Angioplastia - Introdução de cateter na artéria radial ou artéria femoral até ao ponto de obstrução
onde abre o balão. Para outros casos o balão vai acompanhado com um stent coronário que é uma
malha metálica que permite a abertura da obstrução ficando lá. Este método é utilizado quando a
doença afeta apenas 1 ou 2 as artérias coronárias.
• Angioplastia com balão - Se não for muito grave, insere-se um cateter com um pequeno balão
insuflável e quando esse chega ao local da obstrução, enche e alarga a artéria permitindo
remover a placa de gordura que causou seu entupimento da artéria e a normalização do fluxo
sanguíneo;
• Angioplastia com stent coronário - É feita logo após a angioplastia com balão, em que o
cirurgião, coloca dentro do artéria um stent, isto é, uma pequena rede de metal ou polímero,
que funciona como um suporte para o vaso sanguíneo, ajudando a prevenir o estreitamento
da artéria novamente e mantendo-a sempre aberta para facilitar o fluxo sanguíneo. É
realizada quando estamos perante uma situação mais grave.
Cirurgia de revascularização coronária (CABG): veias recolhidas e implantadas.
• De coração aberto onde existe construção de pontes ou bypass entre a artéria aorta ou outra
grande artéria e as artérias coronárias obstruídas, após a lesão, ou seja, é a construção de um
novo sistema de irrigação do músculo cardíaco (miocárdio). Os vasos que podem ser
transplantados são a veia safena do membro inferior e a artéria mamaria, visto que são as
mais semelhantes.
A HTA caracteriza-se por uma pressão sanguínea excessiva na parede das artérias, acima dos valores
considerados normais, que ocorre de forma crónica. A TASistólica (máxima) representa o que sangue contrai
e irradia para o corpo todo → maior ou igual a 140 mmHg, e a TADiastólica (mínima) corresponde ao
relaxamento do coração para se voltar a encher de sangue → maior ou igual a 90 mmHg.
Nota: Pressão arterial é a força com que o sangue circula pelo interior das artérias no corpo.
Etiologia
Quando a HTA não tem causa aparente é chamada de hipertensão primária/essencial. Esta é a situação de
HTA mais frequente, representando aproximadamente 90-95% dos casos. Alguns fatores que favorecem o
aparecimento da mesma são: a idade, a raça, o sexo (mais homem que mulher), a hereditariedade, o stress,
o consumo de álcool e de sal, a obesidade, o sedentarismo, o tabaco, a alimentação inadequada, etc..
Por outro, lado a hipertensão secundaria, tem uma causa definida e pode ser tratada de forma mais
especifica e dirigida. As causas são doença renal; doença endócrina, isto é produção hormonal aumentada
pelas suprarrenais, formando, habitualmente, um tumor; e doença iatrogénica, causada por contracetivos
orais (qualquer mulher que toma a pilula tem a TA aumentada).
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A HTA pode causar:
A semiologia desta doença são tonturas, dores de cabeça, cefaleias, mau estar, visão desfocada, falta de ar,
dor no peito, aumento dos batimentos cardíacos, etc..
O diagnóstico é realizado através de medição dos valores de T.A., o esfigmomanómetro tem de estar
calibrado e validado, com a braçadeira adequada (para ser considerado valores ≥ 140/90 mmHg). Além das
classificações habituais, existem dois tipos de hipertensão relevantes para esta doença, a hipertensão de
Bata-Branca, onde o doente apenas tem hipertensão perto do médico, e a hipertensão mascarada, na qual
o utente apenas tem hipertensão fora do médico, no médico apresenta valores normais.
Quanto ao tratamento, são utilizados anti-hipertensivos, diuréticos (diminui o volume de fluido e por isso
diminui a TA) e os Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA´s) (impossibilita a transformação
de angiotensina I em II, impedindo a vasoconstrição, permitindo o fluxo de sangue sem causar demasiada
pressão). Estes podem ser administrados isoladamente em combinação.
É uma síndrome de disfunção ventricular, onde o coração não consegue bombear o sangue suficiente para
responder às necessidades do corpo, acumulando-se líquido nas pernas, pulmões, etc.. O sangue não
consegue fornecer ao organismo nutrientes e oxigénio suficientes para o seu bom funcionamento.
Etiologia – Doenças cardiovasculares como doença arterial coronária, hipertensão, valvuloplastias, diabetes,
miocardite (infeção no coração), cardiomiopatia (tamanho do coração aumentado). O colesterol elevado
(LDL), tabagismo, obesidade, sedentarismo, histórico familiar de DC ou mutações genéticas também são
causas desta patologia.
Os sinais e sintomas da doença são o edema dos membros inferiores quando à direita (retenção de sangue,
que pode conduzir a estase e consequente formação de trombos); a congestão nasal quando à esquerda
(edema do pulmão, causa dispneia); quando à direita e à esquerda provoca falta de ar, cansaço extremo,
confusão, tosse, diurese (produção abundante de urina), perda de memória, tosse com muco espumoso,
desmaios, perda de peso, etc..
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125ml) – volume sistólico final (+/- 55 ml) = +/- 70 ml, quando abaixo deste valor significa que há algum
problema).
O tratamento passa pela terapia de ressincronização cardíaca, através do pacemaker que envia pequenos
estímulos elétricos aos ventrículos; pelas mudanças no estilo de vida; pelos administração de IECA´s; e por
cirurgias cardíacas, nas quais se repara ou substitui a válvula (colocação de pacemaker) e, se insuficiência for
muito grave e não responder favoravelmente ao tratamento, faz-se transplantação de coração (último
recurso).
Pericardite (-ITE = inflamação/infeção)
Etiologia – É viral até 10% dos casos, duração 1-3 semanas; pode ser de causa desconhecida; pode ser de
causa bacteriana após casos de infeção pulmonar ou endocardite; ou pode ser devido a trauma, enfarte
agudo do miocárdio, radiação, insuficiência renal, tumores, drogas, doenças autoimunes, doença
inflamatória intestinal ( doença de crohn, colite ulceral).
A semiologia passa por dores intensas no peito na inspiração profunda, tosse ao deitar e febre. A do r pode
ser confundida com enfarte, embolia pulmonar e aneurisma da aorta.
O diagnóstico é feita a partir da auscultação, tendo em atenção os barulhos de fricção entre batimentos,
atrito pericárdicos e impacto de duas camadas inflamadas de pericárdio; de exames de sangue; de
radiografia tórax (ver tamanho do coração), de eletrocardiograma e de ecocardiograma.
Quanto ao tratamento, aquando de ser aguda e sem causa recomenda-se repouso e aspirina (anti-
inflamatório comum), todavia quando é de causa identificada são prescritos antibióticos dirigidos para estas
infeções.
Endocardite
É uma infeção/inflamação da camada interna do coração (endocárdio). Por normal é bacteriana. A bactéria
circula na corrente sanguínea e aloja-se nas válvulas cardíacas. Se não for tratada pode danificar ou mesmo
destruir as válvulas do coração e causar complicações potencialmente fatais.
Pode causar AVC, embolia pulmonar (coágulos misturados com aglomerados de bactérias) e enfarte renal.
Os sinais e sintomas mais comuns são febre, cansaço, falta de ar e perda de apetite.
O tratamento passa pela toma de antibióticos por via venosa, em meio hospitalar, e devem ser selecionados
em função dos resultados dos exames laboratoriais. A terapêutica dura 4 a 6 semanas e após estabilização
clínica, pode ser continuada em regime ambulatório. No caso de as válvulas cardíacas estarem muito lesadas
pode ser necessária a realização de cirurgia.
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Valvulopatias Cardíacas/Doenças das válvulas
A função das válvulas cardíacas é a regulação do fluxo sanguíneo entre as várias cavidades do coração e os
vasos principais. Como tal, elas são essenciais para um correto funcionamento de todo o sistema
cardiovascular.
O mau funcionamento das válvulas pode tem como causa a regurgitação (anormal encerramento valvular)
e a estenose (inadequada abertura das válvulas).
O diagnóstico é realizado por histórico clínico, auscultação, raio x, eletrocardiograma, ecocardiograma, TAC
ou ressonância magnética.
O tratamento passa pela valvuloplastia ou substituição valvular. Em situações menos graves, requer
observação periódica, em situações moderadas ou grave com sintomas ou disfunção cardíaca, pode ser
necessário valvuloplastia (reparação da válvula) ou substituição valvular. Em pacientes com válvula cardíaca
artificial são administrados diuréticos, antiarrítmicos e anticoagulantes para prevenir o tromboembolismo.
Patologias respiratórias
As doenças respiratórias são doenças que podem afetar estruturas do sistema respiratório como boca, nariz,
laringe, faringe, traqueia e pulmão.
Elas podem atingir pessoas de todas as idades e, na maioria das vezes, estão associadas ao estilo de vida e a
qualidade do ar, ou seja, à exposição do organismo a agentes poluentes, produtos quím icos, cigarro e até
infeções por vírus, fungos ou bactérias, por exemplo.
Pneumonia
Denomina-se broncopneumonia quando o foco infecioso e a resposta inflamatória estão localizados nos
brônquios e no pulmão circundante.
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Etiologia – Doença grave mais frequente nos adultos com mais de 60 anos.
Pneumonia bacteriana - Causada por bactérias. O agente mais comum é streptococcus pneumoniae
(agente da pneumonia pneumocócica). A pseudomona, pouco frequente, atinge pacientes
portadores de doenças pulmonares cronicas graves. As pneumonias em doentes imunodeprimidos
podem ser originadas por um tipo de agentes que não provocam doença em indivíduos saudáveis.
Pneumonia fúngica - Provocada por fungos. Ocorre essencialmente em doentes imunodeprimidos.
Cândida e pneumocistis jiroveci, mais comuns.
Pneumonia vírica - Provocada pelo vírus influenza A (gripe). Indivíduos infetados com o vírus da
varicela e da mononucleose (vírus Epstein-barr), podem desenvolver um quadro de pneumonia.
Pneumonia química - Por vezes, a inalação de gases tóxicos provenientes da libertação de dióxido de
azoto, pode provocar uma doença aguda que simula uma pneumonia bacteriana ou vírica aguda quer
na análise clínica, quer na radiografia do tórax. O mesmo se passa com os trabalhadores da indústria
têxtil (essencialmente em tinturarias), expostos a aerossóis de produtos químicos orgânicos
(concebidos para polimerizar em mistura).
Pneumonia de aspiração - A pneumonia por aspiração pode ocorrer após um episódio de aspiração
(ex. do conteúdo gástrico) ou de obstrução brônquica por um corpo estranho (ex. alcoolism o, refluxo
esofágico noturno, uma sessão prolongada na cadeira odontológica (cadeira do dentista), epilepsia).
A relação entre o desenvolvimento da pneumonia e as circunstâncias predisponentes pode não ser
percetível no momento. Por esta razão, deve questionar-se especificamente em relação a tais fatores
patogénicos possíveis. A pneumonia por aspiração pode progredir rapidamente para um processo
necrosante que é geralmente devido a um organismo anaeróbio.
Pneumonia atípica - existência de escassa expetoração e não se revela agente nos esfregaços de
expetoração ou culturas. A manifestação clínica da doença é geralmente subaguda e a imagem
radiológica que consiste de infiltrados irregular. A febre e leucocitose periférica são menos comuns
ou intensas do que em pneumonias bacterianas comuns.
Pneumonia comunitária, nosocomial - pneumonia adquirida na comunidade ou pneumonia
comunitária. Pode também contrair-se a doença quando se está internado no hospital com outro
problema, pneumonia hospitalar ou pneumonia nosocomial.
A semiologia consta de tosse conjugada com expetoração, febre, falta de ar, desconforto no peito ou dor do
tipo “pontada” e dor nas costas. Em idosos, a pneumonia pode surgir sem febre, sendo, nestes casos, uma
doença silenciosa.
O diagnóstico é feito através de sintomas que caracterizam esta patologia e com a realização de uma
radiografia ou RX de tórax.
• Pneumonia lobar - Trata-se de um tipo de pneumonia unilateral, afetando apenas o lobo superior do
pulmão direito (pulmão direito tem 3 lóbulos e pulmão esquerdo tem 2 lóbulos).
• Pneumonia bilateral - Afeta os dois pulmões e é popularmente, por vezes, referida como
"pneumonia dupla". É provocada por tuberculose.
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O prognóstico da pneumonia depende de vários fatores que vão desde o agente causador e mecanismos de
defesa do doente à rapidez de início de tratamento, idade e outras doenças.
A pneumonia da comunidade tem uma boa evolução, no entanto, por vezes, ocorre uma progressão
acelerada e pode levar rapidamente à sépsis (infeção generalizada). Pode matar se não for tratada a tempo,
ou se for tratada de forma incorreta.
Não existe qualquer remedio natural ou caseiro que tenha provado curar ou tratar a pneumonia.
Tratamento
Pneumonia ligeira
• Perfeitamente exequível de ser efetuado em casa. Passa por um antibiótico, logo que
possíveis conclusões após o diagnóstico.
• A sociedade portuguesa de pneumologia recomenda como 1ª opção um macrólido e como 2ª
opção a doxiciclina ou fluoroquinolona. Caso existam fatores modificadores, as opções
recaem na associação macrolido e amoxicilina/ clavunico ou fluroquinolona e como segunda
opção a associação amoxicilina/ clavulanico com a doxiciclina.
Pneumonia grave
• Pode ser necessário internamento, com análise à expetoração, sangue e eventualmente,
um teste de urina para auxiliar na descoberta da causa da infeção.
• Dever-se-á administrar antibióticos ao doente tão rapidamente quanto possível, após o
diagnóstico. Por norma, estes devem ser ministrados durante as primeiras 4 horas após
admissão.
O doente não deve ter alta caso nas últimas 24h tenha tido dois ou mais dos seguintes
sintomas:
▪ Febre;
▪ Batimento cardíaco rápido (taquicardia) ou elevada frequência respiratória;
▪ Baixa quantidade de oxigénio no sangue;
▪ Tensão arterial baixa (hipotensão);
▪ Confusão mental.
4 semanas - O seu peito deve ficar mais aliviado e vai produzir menos expetoração;
3 meses - A maioria dos sintomas terão desaparecido, podendo, todavia, ainda se sentir cansado.
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Nota: O doente deve informar no caso de os seus sintomas estão a piorar ou se não estão a apresentar
melhorias.
A DPOC é uma doença pulmonar comum, previsível e tratável que é caracterizada por persistência de
sintomas respiratórios associados a obstrução do fluxo de ar aos pulmões.
É causada pela exposição a longo prazo a gases irritantes ou partículas, mais frequentemente do fumo do
cigarro.
Em cerca de 1% dos doentes com DPOC, a doença resulta de uma doença genética que causa baixo s níveis
de uma proteína chamada alfa-1-antitripsina. A alfa-1-antitripsina (AAt) é produzida no fígado e secretada
na corrente sanguínea para ajudar a proteger os pulmões. Esta deficiência pode afetar o fígado, bem como
os pulmões. As lesões pulmonares podem ocorrer muito cedo (bebés e crianças), não só em adultos com
longa história tabágica.
Os sintomas incluem dificuldade respiratória, tosse, produção de muco (expetoração) e sibilos. Estes
geralmente não aparecem até que tenham ocorrido uma degradação pulmonar significativa e,
normalmente, pioram ao longo do tempo, particularmente se a exposição ao fumo persistir. O principal
sintoma é a tosse diária e a expetoração em pelo menos 3 meses por ano durante 2 anos consecutivos.
Dispneia (falta de ar), especialmente durante atividades físicas; Sibilância; opressão torácica (aperto
no peito); expetoração, devido ao excesso de muco nos pulmões; tosse crónica com expetoração que
pode ser transparente, branca, amarela ou esverdeada; extremidades dos dedos cianóticos
(coloração azulada); falta de energia/fadiga; perda de peso não intencional (em fases avançadas da
doença); e edemas (inchaço) nos tornozelos, pés ou pernas.
Os doentes com DPOC estão suscetíveis a episódios chamamos exacerbações, durante os quais há
agravamento dos sintomas que vão além da variação normal do dia-a-dia e persistem vários dias.
Asmáticos fumadores – A combinação de asma, uma doença inflamatória crónica das vias aéreas e tabagismo
aumenta exponencialmente o risco de DPOC.
Exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos – A exposição a longo prazo a vapores e vapores
químicos no local de trabalho pode irritar e inflamar os pulmões.
Exposição a fumos provenientes das lareiras – Nas zonas rurais, as pessoas expostas a fumo para cozinhar e
aquecer as casa mal ventiladas correm mais risco de desenvolver DPOC.
Idade – A DPOC desenvolve-se lentamente ao longo dos anos, sendo que a maioria das pessoas possuem
pelo menos 40 anos quando os sintomas se manifestam.
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Diagnóstico - Muitas pessoas com DPOC podem ser diagnosticadas até que a doença esteja muito avançada
e as intervenções clínicas sejam menos eficazes.
Provas funcionais respiratórias: Testes de função pulmonar que medem a quantidade de ar que pode
inalar e expirar, e se os pulmões estão a oxigenar o sangue convenientemente .
A espirometria é o teste de função pulmonar mais comum. Durante este exame, o doente sopra num
grande tubo conectando a uma pequena máquina chamada espirómetro. Esta máquina mede a
quantidade de ar que os pulmões podem conter e a rapidez com que o ar é expelido para fora dos
pulmões.
• A espirometria pode detetar a DPOC, mesmo antes de aparecerem os sintomas. Este
exame, também deve ser usado para acompanhar a progressão da doença e para
monitorizar o tratamento. A espirometria deve incluir a prova de broncodilatação. Outros
testes de função pulmonar incluem a medição de volumes pulmonares, capacidade de
difusão do monóxido de carbono e oximetria de pulso.
Raio x do tórax: Uma radiografia de tórax pode mostrar enfisema, uma das principais causas de
DPOC. Um raio-X também pode descartar outros problemas pulmonares ou insuficiência cardíaca.
Tomografia computadorizada torácica (TAC): A TAC dos pulmões pode ajudar a detetar enfisema e
ajudar a determinar se existem benefícios com a cirurgia para DPOC. Além disso, também pode ser
usada para detetar cancro do pulmão.
• Análise dos gases sanguíneos arteriais: Gasometria. Este tipo de sangue mede a capacidade
dos pulmões para absorver o oxigénio e remover o dióxido de carbono.
Testes laboratoriais (análises ao sangue): Não são utilizados para diagnosticar DPOC, mas podem
ser utilizados para determinar a causa dos sintomas ou excluir outras doenças. Por exemplo, testes
laboratoriais podem ser úteis na determinação de alteração genética de déficit de alfa-1-antitripsina.
Estes teste deve ser feito se o doente tem uma história familiar de DPOC ou desenvolver DPOC numa
idade jovem (<45 anos).
Um diagnóstico de DPOC não é o “fim do mundo”. A maioria das pessoas tem formas ligeiras da doença
para as quais é necessário pouco tratamento além da cessação tabágica. Mesmo para os estádios mais
avançados da doença, estão disponíveis terapêuticas eficazes que podem controlar os sintomas, reduzir o
risco de complicações e exacerbações e melhorar a capacidade de manter uma vida ativa.
Tratamento
O mais importante em qualquer plano de tratamento para DPOC é deixar de fumar, pois é a única maneira
de impedir a progressão desta doença. Mas, parar de fumar não é fácil. Esta tarefa pode parecer
particularmente assustadora e difícil nos doentes que já tentaram e não tiveram êxito. O seu médico
pneumologista tem ao dispor produtos de substituição de nicotina e outros medicamentos que podem
ajudar na cessação. Sempre que possível, o indivíduo deve evitar exposição ao fumo passivo.
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Broncodilatadores: Geralmente vêm num inalador (“bomba”) e tem o objetivo de relaxar os músculos das
vias aéreas. Isso pode ajudar a aliviar a tosse e falta de ar e tornar a respiração mais fácil. Dependendo da
gravidade da doença , pode ser necessário um broncodilatador de curta ação antes das atividades, o uso de
um broncodilatador de ações prolongada todos os dias ou ambos. Os broncodilatadores de curta duração
incluem salbutamol, terbutalina e brometo de ipratropio. Os broncodilataros de longa duração incluem
brometo de tiotrópio, salmeterol, formoterol, indacaterol, aclidínio e umeclidínio.
Corticosteróides inalados: Medicamentos corticosteróides inalados podem reduzir a inflamação das vias
aéreas e ajudar a evitar exacerbações. Os efeitos secundários podem incluir contusões, infeções orais e
rouquidão. Estes medicamentos são uteis para pessoas com exacerbações frequentes de DPOC. Fluticasona
e budesomida são exemplos de esteróides inalados. ´
Esteróides orais: Para as pessoas que têm uma exacerbação aguda moderada ou grave, as administrações
curtas (por exemplo, 5 dias) de corticosteróides orais impedem o agravamento da DPOC. No entanto, o uso
a longo prazo destes medicamentos pode ter efeitos secundários grave s, tais como: o aumento de peso,
diabetes, osteoporose, cataratas e um risco aumentado de infeção.
Teofilina: É um broncodilatador. Evita exacerbações. Os efeitos secundários podem incluir náuseas, cefaleias
(dor de cabeça), taquicardia (batimento cardíaco rápido) e tremor. Estes efeitos estão relacionados com a
dose, sendo recomendadas doses baixas.
Antibióticos: Infeções respiratórias, como bronquite aguda, pneumonia e gripo, podem agravar os sintomas
de DPOC. Os antibióticos ajudam a tratar as exacerbações agudas. No entanto, recentemente a azitromicina
provou prevenir exacerbações, mas não está claro se isso é devido ao seu efeito antibiótico ou suas
propriedades anti-inflamatórias. Tendo assim indicação em doentes selecionados.
Oxigenoterapia: Se não houver oxigénio suficiente no sangue, pode ser necessário oxigénio suplementar.
Existem vários dispositivos para fornecer oxigénio para os pulmões , incluindo unidades leves e portáteis que
podem ser utilizados no dia-a-dia. Algumas pessoas com DPOC usam oxigénio apenas durante as atividades
ou durante o sono. Outros usam oxigénio continuamente. A Oxigenoterapia pode melhorar a qualidade de
vida.
Programa de reabilitação pulmonar - Estes programas combinam geralmente a informação sobre a doença,
o treino de exercícios (fisioterapia), nutrição (alimentação) e o ensino. A reabilitação pulmonar provou
diminuir o número de internamento, aumentar a capacidade de realizar as atividades quotidianas e melhor
a qualidade de vida.
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Cirurgia
A cirurgia é uma opção para algumas formas de enfisema grave que não melhoram o suficiente com as
medidas descritas anteriormente. As opções cirúrgicas incluem:
Cirurgia de redução do volume pulmonar: Remoção de tecido pulmonar danificado dos pulmões
superiores – cria espaço extra na cavidade torácica para que o tecido pulmonar saudável possa
expandir e o diafragma seja mais eficiente.
Transplante pulmonar: Pode melhorar a capacidade respiratória e tornar o doente ativo. No entanto,
é uma operação que tem riscos significativos, tais como: a rejeição de órgão, e é necessário tomar ao
longo da vida medicamentos imunossupressores.
Bulectomia: Grandes espaços aéreos (bolhas) que se formam nos pulmões quando as paredes dos
alvéolos são destruídas. Estas bolhas, podem tornar-se muito grande e causar problemas
respiratórios. Remoção de bolhas dos pulmões para ajudar a melhorar o fluxo de ar.
Asma/Bronquite
A asma é uma doença crónica provocada por inflamação das vias aéreas. É caracterizada pela existência de
sintomas respiratórios, tais como: sibilância, falta de ar, aperto no peito e tosse, que variam ao longo do
tempo e de intensidade, associados a uma limitação do fluxo aéreo expiratório variável (medido através de
um exame que se chama espirometria).
A asma, também denominada de asma brônquica ou bronquite asmática, é das doenças respiratórias
crónicas mais comuns em todo o mundo e com maior aumento de incidência nos últimos trinta anos. Estima-
se que uma em cada vinte pessoas sofra de asma.
Etiologia/Causas - A asma é provocada por uma complexa relação entre fatores genéticos e ambientais, tais
como: infeções víricas, alérgenos que influenciam não só o seu aparecimento como a sua progressão.
Tipos de asma - A asma é uma doença heterogénea com diferentes processos subjacentes. Até à data, não
foi estabelecida uma relação forte entre as características patológicas específicas e os padrões clínicos
específicos com a resposta ao tratamento. São necessárias mais pesquisas para que a classificação fenotípica
na asma tenha utilidade clínica. Muitos tipos foram identificados, sendo os mais comuns:
Asma alérgica/Asma atópica: é o fenótipo de asma mais facilmente reconhecido, que muitas vezes
começa na infância – (asma infantil), e está associada a história do passado e/ou familiar de doenças
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atópicas, tal como o eczema, rinite alérgica ou alergia a alimentos ou medicamentos. Os doentes
com este tipo de asma geralmente respondem bem ao tratamento com corticosteróides inalados
(“bomba para asma”).
Asma não alérgica: Alguns adultos têm asma que não está associada a alergia. Os doentes com asma
não alérgica, muitas vezes, não respondem tão bem ao tratamento com corticosteroide inalado. Este
tipo de asma é também denominada asma intrínseca.
Asma de início tardio (adulto): Alguns adultos, especialmente mulheres, apresentam asma, pela
primeira vez na idade adulta. Na maioria dos casos, tende a ser não-alérgica, e muitas vezes
necessitam de doses mais elevadas de corticoides.
Asma com obstrução fixa: Alguns doentes com asma de longa data desenvolvem limitação fixa do
fluxo aéreo, devida à inflamação persistente e consequente “cicatrização” da parede das vias
respiratórias.
Asma ocupacional/Asma laboral: É adquirida no local de trabalho, podendo ser induzida ou (mais
frequentemente) agravada pela exposição a alérgenos ou outros agentes sensibilizadores no
trabalho. A rinite ocupacional pode preceder a asma um ano antes. Estima-se que 5-20% dos novos
casos de asma de início no adulto possa ser atribuído à exposição ocupacional. Deste modo, a asma
de início na idade adulta requer uma investigação sistemática da história profissional e expo sições,
incluindo hobbies. Os sintomas melhoram quando o doente está afastado do local de trabalho (fins
de semana ou férias). Isto é importante para confirmar o diagnóstico de asma ocupacional, pois pode
levar o doente a mudar a sua profissão, o que pode ter implicações legais e socioeconómicos.
Asma induzida pelo exercício físico: O exercício físico é um importante estímulo para desencadear
sintomas de asma e habitualmente a broncoconstrição e a sintomatologia pioram logo após terminar
o exercício (asma de esforço). Esta designação é aplicada apenas quando os sintomas de asma se
relacionam exclusivamente com o exercício físico. Daí que, o diagnóstico de asma em atletas deve
ser confirmado por testes de função pulmonar, geralmente com teste de provocação brônquica,
dado existirem certas doenças que podem imitar ou estarem associadas à asma de exercício, como
rinite, distúrbios da laringe (por exemplo, disfunção das cordas vocais), respiração disfuncional,
doenças cardíacas e o excesso de treino.
Semiologia - Existem sinais e sintomas respiratórios típicos de asma e quando presentes, aumentam a
probabilidade de estarmos na presença de um doente asmático, sendo esses: sibilos (“pieira”), falta de ar,
tosse, aperto no peito, etc..
Os sintomas, muitas vezes, pioram à noite ou no início da manhã, dai ser muitas vezes denominado asma
noturna; variam ao longo do tempo e de intensidade, são desencadeados por infeções víricas, exercício
físico, exposição a alérgenos, mudanças no clima e substâncias irritante s.
A asma em idosos é de mais difícil diagnóstico devido à má perceção de limitação de fluxo aéreo – existe
uma aceitação da dispneia como sendo “normal” na velhice, associada à redução da atividade física. A
presença de outras doenças também complica o diagnóstico, ou seja, os sintomas de pieira, falta de ar e
tosse que pioram no exercício ou à noite, podem ser causados por doenças cardiovasculares ou insuficiência
ventricular esquerda, que são comuns nesta faixa etária – denominada asma cardíaca. Neste grupo etário,
uma história clínica cuidadosa e um bom exame objetivo, compleme ntado com um RX do tórax e um
eletrocardiograma (ECG), irão auxiliar no diagnóstico. Nesta fase etária, a asma é muitas vezes confundida
com a DPOC.
A asma não é contagiosa, ou seja, não se “pega” ou não é transmitida de pessoa para pessoa. No entanto,
existe um forte componente genético familiar na transmissão de asma, isto é, a doença poderá ser
transmitida de país para filhos. Embora não se verifique em todos os tipos de asma, um início de sintomas
respiratórios na infância, uma história de rinite alérgica ou eczema, ou uma história familiar de asma ou
alergia, aumenta a probabilidade de os sintomas respiratórios serem devidos a asma.
A asma não tem cura, apesar da asma ser uma doença crónica e poder cursar sem sintomas durante longos
períodos. Um bom controlo da asma caracteriza-se pela presença mínima de sintomas durante o dia e à
noite, pouco de medicação de alívio (beta 2 agonista – salbutamol ou terbutalina), ausência de exacerbações,
ausência de limitações na atividade física e uma normal função pulmonar (espirometria), Este controlo total,
pode não ser conseguido nos casos de uma asma grave (asma severa) ou moderada.
O tratamento medicamentos com corticoides inalados em baixa dose (ICS) é altamente eficaz na redução
dos sintomas de asma, na prevenção de exacerbações, hospitalizações e mortes relacionadas com a doença.
Nos doentes com sintomas persistentes e/ou exacerbações ainda que se esteja a efetuar tratamento com
corticoides inalados, deve tentar-se a resolução de problemas comuns, como a técnica de inalação, a adesão
ao tratamento, a exposição a alergénios persistentes e comorbilidades.
O refluxo gastroesofágico pode desencadear agudizações de asma, sendo uma das causas de mau controlo
da doença. O mecanismo não está bem definido mais presume -se que a irritação da mucosa esofágica
condicione o broncospasmo.
No caso de existir um bom controlo da asma com recurso à medicação descrita anteriormente durante cerca
de 3 meses, pode tentar reduzir-se a dosagem dos medicamentos para tentar encontrar o mínimo
tratamento que controle os sintomas e as exacerbações.
É essencial um bom ensino no manuseamento dos inaladores (“bombas”) para que os medicamentos sejam
eficazes e identificar e tratar os fatores de risco modificáveis (por exemplo deixar de fumar).
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A maior parte dos inaladores podem ser utilizados com segurança na gestação, sendo importante alertar a
grávida para o facto da asma na gravidez correr o risco de agravar (aproximadamente um terço). O risco de
uma crise asmática imediatamente após o parto é elevado.
Nas asmas alérgicas em que o controlo do alergénio é difícil pode ponderar-se o recurso a imunoterapia
(vacina para as alergias).
Bronquite
A bronquite caracteriza-se por uma inflamação do revestimento dos brônquios. Os brônquios são uma
espécie de “tubos” que aquecem e humidificam o ar e o transportam até aos pulmões. Esta inflamação
brônquica provoca tosse com expetoração, por vezes, mucosa. Essencialmente, podemos identificar 2 tipos
de bronquite, a crónica e a aguda.
Bronquite aguda/traqueobronquite: É precedida por uma infeção respiratória alta (constipação) que
posteriormente se prolonga aos brônquios. A febre é um sintoma frequente no início da doença. Podemos
afirmar que, de forma geral, a bronquite aguda não é uma situação clínica perigosa, no entanto, se se
verificarem episódios repetidos de bronquite deve consultar um pneumologista.
Bronquite crónica: É uma doença mais grave e é provocada por uma irritação/inflamação da mucosa
brônquica de forma continuada. Esta doença é caracterizada por tosse com expetoração mucosa que dura
pelo menos três meses, com episódios recorrentes durante muitos anos. Mais tarde podem surgir os
restantes sintomas, a fadiga e a falta de ar. A irritação constante provocada pelo fumo do tabaco é a base
da fisiopatologia da bronquite crónica.
• Tosse;
• Fadiga;
• Dispneia (falta de ar) - inicialmente surge quando o doente efetua grandes esforços,
caminhada, subir escadas. A evolução da doença começa a interferir com as atividades diárias
e quando se realiza pequenos esforços como tomar banho;
• Desconforto torácico;
• Expetoração- habitualmente mucosa, branca, mas pode ser amarelada ou esverdeada em
situações de infeção. Raramente é raiada de sangue - expetoração hemoptoica. Com
bronquite crónica apresenta-se um aumento das glândulas mucosas dos brônquios
conduzindo a uma maior produção crónica de muco e consequentemente ao aparecimento
de tosse crónica com expetoração ‘’catarro do fumador’’.
Os sintomas na bronquite avançada são bastante claros e limitadores, como a hipoxia (baixa quantidade de
O2 no sangue), falta de ar em repouso, fraqueza muscular generalizada e desnutrição. Em último caso a
bronquite pode levar à morte.
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O diagnóstico é feito por meio da história clínica e exames objetivos e, em alguns casos, por exames
específicos auxiliares para excluir outras patologias e estadiar a gravidade da doença, como provas
funcionais respiratórias, onde o doente sopra para um espirómetro que mede a quantidade de ar nos
pulmões e a rapidez com que é feita a expiração; verifica se há sinais de DPOC ou asma; análise da
expetoração; e radiografia de tórax, se existe pneumonias ou outras doenças que justifiquem a tosse.
Tratamento medicamentoso
A bronquite aguda geralmente resulta de uma infeção vírica, de modo que os antibióticos não são eficazes.
No caso de haver suspeita de uma infeção bacteriana a sobrepor-se à infeção vírica inicial prescreve-se
antibióticos.
Os antitússicos e alguns xaropes para a tosse podem ser contraproducentes, pois não devemos suprimir a
tosse com expetoração, visto que esta ajuda a remover irritantes de pulmões e brônquios. Se a tosse impede
de conciliar o sono, podem ser administrados antitússicos para o doente poder descansar à noite.
Caso o doente possua uma patologia pulmonar/respiratória deve ter-se em atenção alguns fatores como:
Deixar de fumar;
Evitar inalação de substâncias irritantes;
Praticar exercício físico regularmente;
Evitar a exposição a ar frio;
Prevenir infeções respiratórias.
Os tratamentos naturais não possuem qualquer efeito no tratamento da bronquite propriamente dito.
Contudo, a ingestão de líquidos como chás tem efeitos benéficos na hidratação o que é bom para fluidificar
as secreções, facilitando que estas possam, mais facilmente, ser expelidas pelo organismo e desta forma
melhorar a sintomatologia.
Fibrose quística
A fibrose quística é uma doença genética associada a problemas pulmonares e nutricionais. Consiste numa
disfunção das glândulas exócrinas que produzem secreções anómalas – muco mais espesso. Esta patologia
pode afetar os pulmões, o aparelho digestivo, as glândulas sudoríparas e o aparelho geniturinário. A
qualidade de vida dos doentes que sofrem desta doença tem vindo a melhorar significativamente nos
últimos 20 anos, no entanto ainda não existe cura.
Sintomatologia - Este acumulo afeta a qualidade de vida dos indivíduos pela dificuldade respiratória;
sensação constante de falta de ar; frequentes infeções respiratórias; produção de fezes volumosas,
gordurosas e com mal cheiro ou prisão de ventre; sibilância (produção de um som agudo como um assobio)
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e dispneia (dificuldade em respirar acompanhada de uma sensação de mal-estar); sinusite; perda de peso;
problemas de fertilidade da pele; e suor com sabor salgado.
Os sintomas aparecem na infância e a doença é diagnosticada cedo, no entanto existem pessoas que não
apresentam sintomas, tendo estas um diagnóstico mais tardio.
Epidemiologia
É mais frequente na população caucasiana, embora esteja a crescer noutras etnias. Afeta 1 em cada 2.500
recém-nascidos.
É uma doença autossómica recessiva, só se manifestando na presença de dois genes recessivos, é difícil saber
quantas pessoas possuem o gene. Estima-se que cerca de 7 milhões de pessoas sejam portadoras da
anomalia genética da fibrose quística.
O diagnóstico é feito através da confirmação das mutações genéticas típicas, da presença do padrão clínico
característico e do teste de suor positivo. Nos doentes com fibrose quística, a concentração de cloro e sódio
tem de ser superior a 60 mEq/L. Nos positivos os valores mais habituais de cloro variam ente 90 e 110. Se
oscilarem entre 40 e 60 deve se repetir o exame. O teste do pezinho ajuda a detetar níveis aumentados de
uma enzima ( a tripsina) que levarão à realização de exames posteriores de confirmação da doença.
No tratamento deve ter-se em conta a idade e o grau de evolução da patologia. Este dirige -se à doença
pulmonar, pancreática e a deficiências nutricionais. São utilizados antibióticos e broncodilatadores. Em fase
avançada da doença, pode ter se de fazer um transplante pulmonar.
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Diabetes
Tipos de diabetes
Diabetes tipo 1 - Doença autoimune, produção de anticorpos contra as células beta do pâncreas. Representa
10% da doença a nível mundial. Ocorre geralmente na infância e na juventude. O tratamento consiste
essencialmente na administração de insulina.
Diabetes tipo 2 - Caracteriza-se pela resistência do organismo à insulina produzida, fazendo com que as
células não consigam captar a glicose circulante. Ocorre em adultos, obesos, sedentários e com história
familiar de diabetes.
Diabetes mellitus
Após a refeição, a glicose, frutose e galactose são absorvidas no intestino delgado e passam para a corrente
sanguínea aumentando a glicémia.
Glicémia é uma concentração de glicose no sangue. Sempre que aumenta a glicemia, o pâncreas liberta
insulina que faz a glicose circulante entrar nas células.
A insulina também estimula o armazenamento de glicose no fígado, contribuindo assim para o equilíbrio da
glicose no sangue.
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Diabetes gestacional
Diagnóstico da diabetes
Resultados:
Normal abaixo de 140 mg/dl;
Pré-diabetes entre 140 e 199 mg/dl;
Diabetes acima de 200 mg/dl.
Fatores de risco para pré-diabetes
Complicações da diabetes:
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Problemas vasculares → verificado nos dedos dos pés;
Diferença na coloração das mucosas pela ausência de circulação → leva à necrose → destruição dos
vasos.
Problemas renais (nefropatia diabética);
Pé diabético;
Insuficiência venosa
• Úlceras venosas – não cicatrizam, são extremamente supurativas, tendem a infetar causando
muito mau estar e odor desagradável. Tem aparência edemaciada, pele brilhante, esticada e
arroxeada, provocam dor crónica, parestesias e sensação de estar quente.
Nota: as pernas ficam edemaciadas porque as válvulas nas veias dilatam. Para resolver esse problema utiliza-
se a terapia compressiva, que consiste em apertar as pernas para o sangue venoso circular. Só se pode
intervir desta forma se não houver compromisso arterial (avaliado pelo índice de pressão tornozelo-braço
(IPTB) Pbraço/Ptornozelo, se >ou= a 0.7 e <ou= a 1.3 podemos fazer a terapia compressiva). Esta terapia é
feita por ligaduras elásticas, que podem ser de longa tração, curta tração ou enlásticas (as + eficientes). No
decorrer do tratamento o doente deve permanecer sempre com as ligaduras e manter a atividade. Após o
tratamento o doente tem de usar meias elásticas, prescritas pelo médico, para a vida.
Semiologia
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Patologia do Esófago
Tumores
As causas do aparecimento deste tumor passam pelo consumo de álcool e tabaco; existência de epitélio de
barrett ( quando esófago é sujeito à agressividade continua de formações de um novo epitélio ); genética;
consumo de bebidas extremamente quentes (>60ºC); e microbiota bucal.
O seu diagnóstico é realizado a partir de uma ED com biopsia; ecoendoscopia (mostra-se se há invasão da
parte muscular); transito esofágico ( doente ingere uma papa que adere às paredes do esófago, que quando
se faz um raio x se verifica que a sonda está bem colocada ); TAC e PET – CT; broncofibroscopia (mesmo que
endoscopia, mas à arvore respiratória).
Patologia do Estômago
Gastrite
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A etiologia pode ser infeciosa, quando por bactérias (helicobacter pylori, 60-70% da população portuguesa
está infetada com esta bactéria) ou vírus; erosiva, quando provem de AINE´s, álcool, tabaco, radiação, stress
reflexo biliar e/ou queimadura química; ou por doenças autoimunes (doença de Chron, anemia perniciosa,
etc).
A gastrite pode ser assintomática, ou apresentas sintomas como dispepsia (dor epigástrica, enfartamento,
pirose, saciedade precoce), náuseas e vómitos.
Está patologia pode conduzir a complicações, sendo exemplos a ulceração, a hemorragia, o pólipos e os
tumores.
O diagnóstico é realizado por endoscopia com biopsia, pesquisa de helicobacter pylori., citologia na biopsia
e no teste respiratório, e pesquisa de Ag (fezes) e Ac (sangue).
O tratamento, se causa infeciosa, é feito pela erradicação da bactéria. Deve evitar-se o consumo de
alimentos ácidos e produtos AINES e bebidas carbonatadas.
Úlcera Gástrica
Quanto à sintomatologia, pode ser assintomático, ou pode ter os seguintes sintomas, dispepsia (dificuldade
na digestão), náuseas, vómitos, dor epigástrica 2 a 3 horas após alimentação, anorexia, perda de peso,
eructação (arrotos) e flatulência (acumulação de gases no estomago e intestino).
O diagnóstico é feito por endoscopia digestiva alta (EDA) com citologia e biopsia.
Tumores
As causas são a dieta (nitratos/nitritos); o deficit de vegetais; as frutas; o álcool; o tabaco; as lesões pré -
malignas: metaplasia intestinal, gastrite crónica, adenomas; a infeção crónica por helicobacteri Pylori (1%);
e a história familiar.
Inicialmente a semiologia é 80% inespecífica, sendo comum sintomas como desconforto gástrico com
náuseas; enfartamento pós-prandial/saciedade precoce/anorexia; perda de peso; dor epigástrica; disfagia
(cárdio), vómitos (piloro); hemorragia (melenas) – anemia; astenia – falta de força; icterícia, hepatomegalia
(aumento do fígado), ascite; e massa epigástrica.
O diagnóstico é feito por EDA com citologia e biopsia; análises laboratoriais, onde se pesquisa sangue oculto,
marcadores tumorais e enzimas hepáticas; ecografia e ecoendoscopia; e TAC e PET – CT (avalia o
metabolismo das estruturas analisadas).
Patologia do Intestino
Doenças inflamatórias
Doença de Chron - Pode ocorrer em todo o trato gastro intestinal. É segmentar e transmural. Pode estar
presente em todo o tubo digestivo.
Colite ulcerosa – Apenas se estende à mucosa e submucosa, não apanhando a parte muscular do intestino.
Ataca o colo, começando no ânus e progredindo. Consiste em múltiplas e pequenas úlceras da mucosa e
submucosa. É uma lesão progressiva na direção reto – colon.
Os sinais e sintomas são dor abdominal, diarreia, perda de peso, retorragias e atraso no crescimento.
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As causas são idiopáticas, genéticas, multifatoriais (genética maus fatores ambientas (bactérias ou vírus e
alterações imunológicas) e pode estar associada a outras doenças autoimunes.
O diagnostico é realizado pela presença de clínica atípica; análises laboratoriais (sangue (hemograma, VS,
PCR, marcadores ASCA PANCA (adulto) e fezes (cultura, pesquisa de calproteina e lactoferrina quando são
crianças)); EDA e EDB com biopsia, videoenteroscopia de duplo balão; estudos baritados; ECO, TAC e
RM/videoenteroscopia.
Apendicite
Dor a nível abdominal difusa, tende a ir fossa ilíaca direita, febre (subfebril 38ºC) e inflamação do
peritoneu. Pode haver rotura do apêndice. Um complicação desta patologia é a distensão abdominal.
Sinal Rovsing - Palpação continua na parte direita que vai provocar dor, graças aos gases que vão comprimir
as vísceras.
A apendicite aguda é diagnosticada por avaliação clínica; analises laboratoriais; hemograma e sumaria,
ecografia, RX e TAC; e laparotomia. O tratamento é realizado por meio de uma cirurgia convencional ou
laparoscopia.
Tumores
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Os cancros do sigmoide e do reto são os que mais acontecem. O cancro colorretal é o com maior
incidência e mortalidade;
Os adenocarcinomas são tumores malignos formados no tecido secretor, por norma aparecem no
esófago, intestino e bexiga;
A genética aumenta a probabilidade de aparecimento de tumores no intestino;
Síndrome “Lynch” – Inúmeros pólipos no intestino que se formam em tumores malignos. Os fatores que
contribuem para esta patologia são uma dieta hipercalórica, a ingestão de carnes vermelhas e o défic de
fruta e verduras.
C arcinoma C olorretal
Os fatores de risco são a idade (90% maior probabilidade de idade superior a 50 anos), a existência de
adenomas, os fatores hereditários (síndrome de lynch e polipose familiar), dieta (hipercalórica, carnes
vermelhas, deficit de frutas), obesidade e sedentarismo.
Tumores no Cólon Ascendente - Individuo apresenta uma dor silenciosa. Ocorre o crescimento do
tumor por metastização ou compressão. O diagnóstico é, por norma, tardio. Tem como sinais e
sintomas o sangue oculto nas fezes e a hematoquezia
Tumores no Cólon Transverso - Tem como sintomatologia hematoquezia/hemorragia retal, ou seja,
a presença de sangue vermelho pelo ânus (fezes raiadas de sangue) e sangue oculto nas fezes.
Tumores no Descendente, Sigmóide e Reto – O utente tem como sintomatologia a dor abdominal
tipo cólica, quando doença avançada. Quando no sigmóide apresenta uma frequente sensação de
evacuação e quando no reto tem tenesmo (vontade intensa de evacuar, mas não consegue porque
não existem fezes) e retorragias.
O diagnóstico é feito pelo exame anal e toque retal; por EDB (enteroscopia duplo balão) – sigmoidoscopia e
colonoscopia; por analises laboratoriais de pesquisa de sangue oculto, teste imunoquímico das fezes e
marcadores tumorais CEA; e por imagiologia, pela realização de clister opaco (utente tem de ingerir uma
papa baritada, permitindo por RX ver o tamanho do intestino; no caso de estar mais curto é sinal de tumor,
visto que o tumor ocupa-o), TAC e PET – CT (identificar micrometastases e pequenas lesões).
Nota: Após 2 anos é feito o teste PSOF, que consta num teste de pesquisa de sangue oculto nas fazes. Se
teste positivo faz-se uma colonoscopia.
Quimioterapia, com a utilização de citostáticos agressivos, que destroem o tumor e células novas;
por remoção do tumor por cirurgia, ou seja, linfadenectomia, onde se removem os nódulos linfáticos
que estão na proximidade do cancro;
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Radioterapia na qual se utilização feixes de radiação local que incidem onde está/esteve o tumor
(apresenta efeitos secundários);
Cirurgia: por colectomia, isto é, remoção do cólon; por remoção do períneo, permanecendo apenas
o estoma, por abertura percutânea; por colostomia do cólon ascendente ou transverso, tendo como
efeito secundário fezes mais líquidas do que o normal;
Oclusão Intestinal
As causa podem ser mecânicas quando a oclusão tem como motivo aderências (tecidos fibrosados que
forçam uma certa posição do abdómen), cancro, hérnia abdominal, volvo, diverticulite (inflamação dos
divertículos com ou sem infeção); ou funcionais quando provem de problemas a nível íleo paralítico e
vascular (isquemia do mesentério).
Quanto à semiologia o indivíduo pode apresentar dor abdominal difusa com agravamento, náuseas e
vómitos, redução ou ausência de eliminação intestinal e RHA (ruídos hidroaéreos), hipertim panismo e
abdomendistendido, sinais de desidratação no 2º/3º dia, alterações hemodinâmicas e hidroeletrónicas .
O diagnóstico realiza-se por avaliação clínica; auscultação abdominal; ECO RX, TAC, angiografia, ecodoppler;
hemograma, ionograma e bioquímica; e laparotomia exploradora. Este último exame tem como
complicações a possibilidade de perfuração e a isquemia do peritoneu/abdómen agudo.
O tratamento depende da causa e do tipo de oclusão, sendo os possíveis tratamentos o SNG e estabilização
hemodinâmica e eletrolítica, o EDB e a cirurgia.
Peritonite
Esta patologia tem como causas a infeção do líquido peritoneal (dialise peritoneal, ascite); apendicite,
colescitite, pancreatite, diverticulite; perfuração de víscera – peritoneu; oclusão intestinal; hemorragia intra-
abdominal; e íleo paralítico.
Os sinais e sintomas são dor abdominal que agrava com a palpação e mobilidade, e melhora com a flexão
dos joelhos; distensão abdominal; anorexia, náuseas e vómitos; alteração do transito intestinal; febre,
queixas do doente e alteração.
O diagnóstico é realizado por meio de exames físicos (palpação), analises laboratoriais (RHA), RX e TAC.
O tratamento é feito pela determinação e controlo da causa, por antibiograma e por cirurgia que depende
da causa e da gravidade.
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Abdómen Agudo
Os sinais e sintomas são dor abdominal que pode ser progressiva, persistente ou severa que agrava com a
mobilidade; contraturas e distensões abdominais; náuseas e vómitos; baixo RHA e inibição do peristaltismos
intestinal (paresia ou íleo paralítico); febre alta; alterações hemodinâmicas e hidra eletrolíticas.
O diagnóstico é feito por meio de analises clínicas (anamnese), com observação, inspeção, percussão,
palpação e localização e classificação do tipo de dor; exames laboratoriais (hemograma com altos leucócitos,
alta amílase (pancreatite, oclusão, perfuração), ionograma e citologia peritoneal); exames imagiológicos (RX
do abdómen, TAC, ECO); laparotomia.
O tratamento depende da causa, é urgente porque leva à falência multiorgânica, e pode ser farmacológico
onde se controla a causa e estabiliza a hemodinâmica (risco choque hemorrágico, desequilíbrio
hidroeletrolítico, séptico); ou cirúrgico.
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Patologia Cerebral
Uma síndrome neurológica de instalação rápida, caracterizada por sintomas e sinais focais devido a
perda de função cerebral de causa vascular, com duração superior a 24h ou levando à morte
entretanto. A forma como o AVC afeta as pessoas depende do tipo de AVC que é, da região cerebral
acometida e da extensão da lesão (presença de circulação colateral).
O AVC é a principal causa de mortalidade e incapacidade em Portugal, apesar de se ter verificado uma
redução da incidência ao longo da década passada.
Os AVCs isquémicos têm como causas a aterosclerose em artérias de elevado calibre, que vai afe tar a
carótida extracraniana ou a artéria vertebral, é comumente atingir também as artérias intracranianas
principais o a artéria cerebral média, na qual, esta última, há tendência à formação de trombo, que
consequentemente emboliza locais mais distais e/ou obstruí o vaso; o cardioembolismo, que consiste na
formação de trombo no coração que emboliza para a circulação intracraniana, isto ocorre aquando de uma
fibrilação atrial (átrios não contraem de forma sincronizada); o AVC de pequenos vasos (lacunar) que tem
como causas a oclusão trombótica de pequenas artérias penetrantes afetadas pelo acumulo de lípidos, o
envelhecimento e a hipertensão; os AVCs de outras etiologias determinadas, provenientes, por exemplo, de
varias doenças dos vasos intracranianos e extracranianos (vasoespasmos, dissecção, vasculite, trombose
venosa) e do sistema hematológico (anemia falciforme, policitemia); e AVCs de etiologias indeterminadas,
com a causa desconhecida.
A etiologia dos AVCs hemorrágicos na sua grande generalidade são as alterações cerebrovasculares
hipertensivas. Estas podem dividir-se em hemorragias intracerebrais primárias, que, ocorrer por angiopatia
amiloide cerebral (AAC), hipertensão e hemorragia associada a anticoagulação; e hemorragias intracerebrais
secundárias, que decorrem de alguma malformação vascular identificável, que compromete a coagulação
ou leva à rutura vascular, de infarto cerebral/tumor cerebral (hemorragia do tecido doente), de abuso de
drogas simpaticomiméticos como cocaína e anfetaminas e de malformações arteriovenosas (MAVs)
cerebrais.
Os ataques isquémicos transitórios (AITs) têm uma duração dos sintomas até 24h, no entanto, como quando
os sintomas duram mais de 1h os indivíduos apresentam lesões visíveis por meio de exames imagiológicos,
no caso de haver lesão deve denominar-se AVCs isquémicos e não ATIs.
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Quanto é fisiopatologia os
AVCs isquémicos
• Provocam uma diminuição importante do fluxo sanguíneo numa determinada zona cerebral;
• Trombótico – É o mais comum. Ocorre a formação de um coágulo de sangue, que reduz o
lúmen do vaso e provoca a oclusão do mesmo;
• Embólico – Na doença cardiovascular há formação de coágulos, a aurícula esquerda liberta
circulação geral, conduzindo a que o mesmo se aloje num vaso craniano.
Condição vascular primária, aquando de aterosclerose, vasoespasmo, dissecação arterial, vasculite, etc.
Nestes caso ocorre uma redução da perfusão cerebral por estenose ou oclusão de uma artéria distal, por
êmbolo originado numa artéria proximal.
AVCs hemorrágicos
• Decorre da rutura de vasos sanguíneos a nível cerebral.
• Pode ser HSA, quando decorre no espaço subaracnoídeo/intraventricular. Decorre de uma
rutura superficial ou na proximidade do cérebro ou dos ventrículos (LCR). Provem de
aneurismas, malformações vasculares, etc. É um hematoma em expansão. Tem como causas
o cisalhamento de artérias vizinhas adicionais (lesão secundária), o efeito de massa, o
aumento da pressão intracraniana, a perfusão cerebral reduzida, a lesão isquémica
secundária e a herniação cerebral.
• Pode, também, ser FOCAL, quando é uma hemorragia intraparenquimatosa, consequente da
rutura de artérias no interior da substância cerebral. Decorre de hemorragias hipertensivas,
malformações vasculares, etc. Tem como causa a rutura vascular com sangramento no
parênquima cerebral (lesão mecânica primária no tecido cerebral).
Manifestações clínicas
Sistemas arteriais
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Sistema vertebro-basilar (circulação posterior)
Polígono Willis
É um circuito anastomótico;
Pertence à circulação anterior e posterior;
Artéria comunicante anterior (Com. Ant.) – Une 2 (ACA), porção distal carótidas internas (ACI) e inicio
cerebrais médias (ACM), 2 artérias comunicantes posteriores (Com. Post.), 2 artérias cerebrais
posteriores (ACP).
Síndromes
Circulação posterior
Dissecções arteriais
AVCs lacunares
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Diagnóstico de AVC – Objetivos da avaliação inicial
• Realização de um exame neurológico breve (escala de AVC do national institutes of health – NIHSS),
para avaliar a intensidade do deficit durante a evolução do AVCI e orientar para o uso de trombólico;
• TAC/RNM
História e exame físico – depois exames imagiológicos e decisão de realizar trombólise (AVC isquémico)
• AVC recente;
• Cirurgia recente;
• Trauma recente;
• Convulsão ou epilepsia;
• Fibrilação atrial;
• Infarto do miocárdio;
• Comorbilidades (hipertensão e diabetes);
• Uso de substâncias ilícitas no passado ou atualmente;
• Medicamentos anticoagulantes, insulina e anti-hipertensivos.
Exames de imagem
• TAC/RNM (pacientes podem beneficiar, pois pode ocorrer trombólise intravenosa no AVC
isquémico).
Outros exames
Fatores de risco
“Atributo de um grupo da população que apresenta maior incidência de uma doença ou agravamento à
saúde, em comparação com outros definidos pela ausência ou menor exposição a tal característica.”
Modificáveis – HTA, diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo, doença cardíaca, consumo de álcool,
obesidade, sedentarismo, etc.
Os objetivos do tratamento são restaurar o fluxo sanguíneo, suportar o metabolismo energético no tecido
isquémico, tratar complicações de edema relacionados ao AVC e prevenir complicações agudas comuns.
A abordagem inicial do AVC passa pelo transporte prioritário do sistema de emergência pré-hospitalar (112).
Aquando de trombólise intravenosa no AVC isquémico agudo utilizam-se a alteplase que é um ativador de
plasminogênio tecidual recombinante (r-tPA). Este fármaco promove a trombólise, pela recanalização e
reperfuração; deve normalizar-se os níveis de glicemia e a PA estar <185/110mmHg antes do início do
tratamento; a janela de oportunidade é de 4-5 horas após o início dos sintomas neurológicos.
Também pode ser administrado aspirina e terapia antiagregante plaquetária dupla em casos de AVC
isquémico agudo, quando é não cardioembólico de pequeno porte. Toma-se durante 21 dias (aspirina e
clopidogrel até 24h), sendo este eficaz para reduzir o AVC isquémico recorrente por até 90 dias desde o início
dos sintomas.
O tratamento também passa por intervenções endovasculares que incluem dispositivos mecânicos ed
remoção de coágulos, a trombectomia com stent autoexpansível e a trombólise intra-arterial.
A anticoagulação em pacientes com fibrilação atrial é recomendada, embora que o momento ideal para as
administrar não seja claro. Inicia-se esta medicação por via oral 4-14 dias (início dos sintomas de AVC). Em
pacientes com trombose venosa cerebral é a terapia de primeira linha e deve ser mantida por 3-6 meses.
Para o AVC hemorrágico fazem-se intervenções neurocirúrgicas. As hemorragias subaracnoídeas têm como
complicações o vasospasmo arterial (isquémia cerebral), a hidrocefalia, o hematoma intracerebral e a
hiponatremia. Em caso de aneurisma há a colocação de clip etálico no colo ou o preenchimento do saco
aneurisma com estiras metálicas (endovascular). As hemorragias intracerebrais podem provir de hematomas
do cerebelo onde se utiliza a evacuação do hematoma; de hematomas lobares volumosos, nos quais também
se procede a evacuação do hematoma; e hematomas (hidrocefalia sintomática), nas quais se realiza
derivação ventricular externa .
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Providenciar acessos venosos – fluidoterapia e medicação endovenosa;
Monitorização cardíaca – identificação fibrilação auricular/outras arritmias;
Manter TA adequada;
Manter normoglicemia;
Evitar hipertermia – febre aumenta a necessidade energética, agravando o deficit neurológico;
Outras medidas – evitar algaliação, testar disfagia (usar sonda nasogástrica para alimentação), e
mobilizar precocemente para prevenção tromboses venosa profunda.
Para a prevenção ou controlo desta patologia pode ser utilizada a prevenção primaria e/ou a prevenção
secundária.
Na prevenção primaria tem-se como objetivo estimular mudanças de estilo de vida pela aplicação de
programas, etc. Deve incentivar-se a atividade física, a prevenção da obesidade (dieta adequada), o
tratamento da hipertensão/hipercolesterolemia/diabetes, a cessação tabágica e do uso de drogas
ilícitas/consumo excessivo de álcool (adoção de estilos de vida saudáveis).
Quanto à prevenção secundária, esta varia consoante o tipo de AVC (isquémico VS hemorrágico) e serve
para prevenir a recorrência de um AVC.
Devemos estimular os clientes a continuarem a reabilitação nas unidade especializadas em AVC, tendo essa
reabilitação como foco as atividades de vida diárias, as habilidades motoras e de comunicação e o
funcionamento psicológico.
Fígado -Hepatopatia:
Litíase biliar;
Colecistite;
Pâncreas exócrino.
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Avaliação da função hepática e vias biliares
Albumina (3,4-5,4g/dl);
Bilirrubina:
• BB indireta/não conjugada (˂ 0,7mg/dl);
• BB direita/conjugada (˂ 0,2mg/dl);
• BBt (˂ 1mg/dl).
RNI/INR ≈ 1:
• Tempo de protrombina (9,6-12,4 s).
↑ Imunoglobulinas - IgA (Cirrose alcoólica) e IgG (Hep. Virais e Autoimune, colangite); IgM (Hep. virais) ;
Análise sérica
Imagiológicos
Ecografia;
Rx abdómen, TAC e/ou RM/CPRM;
Colangiografia oral e EV;
Colangiografia transhepática percutânea (CTP);
Endoscopia: colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) ;
Angiografia, Cintilografia;
Histológico
Biopsia;
• Complicações: hemorragia e infeção.
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HEPATOPATIA
Gravidade variável;
Inflam. c/ morte (apoptose/necrose) dos hepatócitos;
˃ autolimitadas;
Aguda ou crónica.
Evolução
Fisiopatologia
Etiologia
Álcool;
Infeciosa: Citomegalovirus [(VHC-34,6%, VHB-20,1%) e Epstein Barr], bactérias e parasitas;
Metabólica: Obesidade e dislipidemias;
Tóxica
• Farmacológica: paracetamol ( ≥7,5-10 g/dia), isoniazida, rifampicina, halotano, AINEs , drogas
ilícitas;
• Outros: Amanita phalloides.
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Vasculares: Hemorragia, trombose veia porta;
Autoimune: Secundária a doenças autoimunes;
> Viral e tóxica;
Podem evoluir para a cronicidade.
Semiologia – Máis assintomático. Se sintomático, utente apresenta Icterícia, mal-estar, anorexia, náuseas,
hipertermia, astenia, desconforto abdominal, colúria e ˂ 1% fulminante.
HEPATOPATIAS VIRAIS
Semiologia
Período de convalescença -Recuperação completa após algumas semanas. Fadiga pode persistir vários
meses.
Na fase assintomática o vírus encontra-se no hospedeiro a > de 6 meses sem presença de Ac.
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HEPATOPATIA AGUDA
Diagnóstico
Clínica;
Sanguíneas:
Imagiológicos: Ecografia.
O tratamento é feito pela identificação da causa, implantação de medida de suporte e evitar hepatóxicos
(dieta – hipolipédica, hiperproteica e hipergicídica e repouso), de terapêutica especifica por exemplo
antivirais/estimuladores imunológicos (sempre na hepatite C). EM caso de insuficiência hepática severa faz -
se transplante.
Alteração grave da função hepática por toxicidade e/ou colestase. Súbita e evolução curta.
Aparecimento de ictericia e encefalopatia nas primeiras 2 semanas.
Etiologia
Vascular (insuf. card., choque, isquémica), metabólica, sepses, infiltração tumoral e idiopática.
Semiologia – Icterícia, encefalopatia 70% (I e II) 20% (III e IV), hipoglicemia, acidose láctica, insuficiência renal
coagulopatia (hemorragia gastrointestinal), náusea/vómito/desconforto abdominal e hepatomegalia c/
dor→ diminuição(necrose).
Diagnóstico – Analises clínicas; serologia: marcadores virais, RNI, BB, transaminases (AST>ALT), FA, Gama
G, Enzimas pancreáticas; ecografia, ECG, TAC cerebral; e biopsia.
Tratamento – UCI
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Insuficiência hepática crónica/Cirrose hepática
Doença crónica, difusa, irreversível na dça avançada. É uma alteração parênquimatosa -> fibrose →
padrão nodular -> graus variáveis de insuficiência hepática crónica.
Etiologia - Alcoólica (40%), viral: pós-hepatites B e C (10%), idiopática (10–15%), biliar: (5–10%) e outras:
Esteatose, Hemocromatose, Dça Wilson, deficit α-1 antitripsina, hepatite lupóide, etc.
Semiologia - Icterícia progressiva; Astenia, náusea, anorexia e hálito hepático; Eritema palmar e
telangiectasias; Ginecomastia, atrofia testicular,↓ pilosidade; ↑ FA, Gama-GT e BB, AST>ALT, ↓Alb.;
Hipertensão portal: ascite e edema (hiponatremia), circulação colateral e varizes e esplenomegalia.
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Complicações - Alterações metabólicas (hipoglicémia); Coagulopatias (hemorragia); Hipertensão portal
(varizes, ascite); Desnutrição (hipovitaminoses,…); e Hepatocarcinoma.
Diagnóstico
Serológico: albumina, RNI, Ig (A, G, M),FA, Gama-GT, BB e transaminases, marcadores virais, ferritina
(hemocromatose), citologia do líquido ascítico.
Tratamento
Etiologia - > Infeciosa (VHC, VHB), Tóxica (alcóol, aflatoxina); Dça hereditária (Hemocromatose, Dça de
Wilson, Deficit alfa-1 antitripsina); Dça metabólica (Diabetes, Obesidade); e Tabagismo.
Diagnóstico - -fetoproteína (70-80%), provas hepáticas (↑FA); Ecografia, TAC, RM; e Biopsia.
Tratamento
Maligno secundário
Tumor + frequente do fígado. Lesões com necrose central e lesões brancas (excepto melanomas).
Diagnóstico - Provas da função hepática, Marc. tumorais (CEA, CA 19-9, AFP), TAC, Laparotomia.
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Tratamento - Quimioterapia, quimioembolização, etanol.
Litíase biliar/colelitíase
95 % das patologias biliares; + colelitíase (colilitíase); > assintomáticos; 80% colesterol e 20%
bilirrubato de cálcio.
Fatores de risco
Semiologia - Dor forte e súbita no QSD, pode irradiar para omoplata dta; Náuseas e/ou vómitos; Intolerância
lipídica; Dor 15m-24h - >24h + febre → colecistite aguda.
Tratamento
Farmacológico;
Litotrícia/litotripsia, laser (cálculos 0,5-2cm) -> Taxa de recidiva 20%;
Colecistectomia laparoscópica.
C olecistite aguda
> litiásica - 90% pela obstrução do ducto cístico. Cálculo→ obstrução → infeção (Escherichia Coli,
Klebisiela, Proteus e Streptococcus fecalis).
Semiologia - Cólica biliar severa c/ Murphy vesicular +; Vesícula palpável; Náusea e vómitos; Febre e
leucocitose; e Icterícia (20%).
Diagnóstico – Clínica, Hemograma, PCR, função hepática, enzimas pancreáticas; ECO, TAC, RM, associada
colangiagrafia, cintilografia, RX.
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Avaliação da função pancreática exógena
Pancreatite
Tumor maligno.
Pancreatite aguda
Processo inflamatório c/ edema e/ou necrose, com ↑Incidência em indivíduos com > 50 anos.
Fisiopatologia – Mais intersticial e edematosa (autolimitada) (Regride 1-2 semanas, s/falha orgânica);
Necrosante (pancreática e/ou peripancreática) (Semanas-meses. Sinais sistémicos de inflamação, c/falha
do(s) órgão(s)).
A etiologia é pouco esclarecida. Tem como causas: 40-70% Litíase biliar; 25-35% Alcoolismo; Hiperlipidemia
e obesidade; Tabagismo; Farmacológica (tiazidas, furosemida, isoniazida,…. ); Infeção: Pós CPRE, parotidite,
sarampo, parainfluenza; Idiopática; e Traumática.
O pior prognóstico é quando individuo tem idade maior ou igual a 60 anos e apresenta comorbilidades,
obesidade (IMC>30) e alcoolismo.
Semiologia - Dor QSE irradiação torax e dorso ( ingestão de gorduras e álcool); alteração das fezes
(pastosas, coloração, odor forte, brilhosas); náuseas e vómitos; febre, hipotensão, taquicardia, taquipneia,
leucocitose; Icterícia; e emagrecimento progressivo.
Diagnóstico
Clínica;
Laboratoriais:
• Enzimas: 5x N (amilasémia e Lipasemia) amilasúria ↑(↑ + tempo que a amilasémia);
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• Hemograma: Leucocitose, hematócrito ↑;
• Bioquímica: hipertrigliceridemia, função renal e hepática (litíase).
Imagiológicos TAC c/ contraste, RM e ECO.
Diagnóstico diferencial - Colecistite e colangite, oclusão intestinal alta e cancro do pâncreas (idades ˃
40anos).
Tratamento
Pausa alimentar até regressão de náuseas, vómitos e dor - Introdução lenta e progressiva
(hipolipídica);
Fluidoterapia, analgésicos, antibióticos;
Se litiásica (colistectomia).
Tumor maligno/adenocarcinoma
↑ incidência 2x+ últimos 25 anos, >50 anos, 90% adenocarcinomas ductal (cel. exócrinas), 70% na
cabeça.
Fatores de risco - História familiar (BRCA1, BRCA2), tabagismo (R 3x), dieta hiperproteica/lipídica e
obesidade, alcoolismo, diabetes e pancreatite crónica hereditária.
Semiologia – Assintomático até obstrução dos canais pancreáticos. Aquando da obstrução tem como sinais
e sintomas dor contínua e progressiva HD, icterícia progressiva, alterações digestivas (anorexia, saciedade
precoce, náusea, vómitos, esteatorrea, dejeções frequentes e volumosas) e emagrecimento.
Diagnóstico - ECO, TAC, RM, (CPRE tumores pequenos) e marcadores (CA 19-9 e CEA) e -fetoproteína.
Tratamento
Cirúrgico:
• 15-20% Pancreatectomia parcial (duodenopancreatectomia) ou distal e pancreatectomia
total + quimioterapia.
Terapêutica de substituição enzimática;
Paliativo (icterícia obstrutiva)
• Derivação cirúrgica (gastrojejunostomia e coledocojejunostomia);
• Colocação de endopróteses auto-expansíveis (CPRE);
• Quimioterapia
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Prognóstico – 10-25% sobrevida doentes operados.
Doenças Degenerativas
demências
Tipos de demência
Doença de Alzheimer – É o principal tipo de demência. É caracterizada pala degeneração progressiva dos
neurônios e comprometimentos das funções cognitivas. Os sintomas iniciais são dificuldade em encontrar
as palavras e de tomar decisões, falta de atenção e comprometimento da memória, concentração, atenção
e raciocínio.
Demência vascular – É o segundo tipo de demência mais frequente. O suprimento sanguíneo do cérebro é
prejudicado devido a problemas cerebrovasculares ou cardiovasculares, resultando em alterações cerebrais.
Epidemiologia
Em 2020 existiam 29 milhões de pessoas com demência ao nível global , tendo DA predominância.
Em Portugal à maior incidência de demências em mulheres (133 mil) do que homens (59.9 mil); em 2018
ocorreu uma descida no número de pessoas com DA e D. Vascular, estas doenças representavam apenas
1.8% dos casos, espera-se que em 2025 representem 2.29% e em 2050 3.82%.
Na Europa há uma maior prevalência em mulheres (6.65 milhões) do que em homens (3.13 milhões). 6% das
pessoas com mais de 65 anos e 30% dos indivíduos com mais de 90 anos apresentam demência. Estima-se
que a DA seja responsável por 35% a 50% das demências em pessoas idosas, dependendo de fatores
geográficos, culturais e raciais.
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Tribuna 2021/2022
O início precoce da DA, ou seja o seu aparecimento em pessoas com menos de 60 anos, tem causa
hereditária (padrão autossómico dominante), representa menos de 1% dos casos de DA.
Etiologia
Existem diversas teorias quanto à formação de placas senis e dos emaranhados neurofibrilares.
Amiloide atualmente é a explicação mais aceite – O cérebro dos clientes com alzheimer tem excesso
de peptídeos amiloides interneuronais (peptídeo b-amiloide), devido ao excesso de produção ou à
diminuição de clearance do beta-amiloide. A formação de oligômeros de amiloide densos
(depositados como placas difusas), causa um processo inflamatório (ativação de microglias, de
citocina e da cascata do complemento), e consequentemente à formação de placas neuríticas, o que
conduz a lesões sinápticas e morte das células.
Agregação anormal da proteínas tau associada a microtúbulos (estabiliza os microtúbulos na célula)
– Tau acumula-se nas massas intraneuronais, formando emaranhados neurofibrilares, e
consequentemente neurite distrófica (mutações destes gemes são responsáveis pela maioria de
casos de início precoce da DA). Traumatismo cranioencefálico, perda auditiva, aumento do colesterol
sérica, elevação da homocisteína sérica e uso de antiepiléticos são possíveis fatores de risco para o
desenvolvimento da DA.
Fisiopatologia
Exame macroscópico do cérebro das pessoas com doença do alzheimer revela redução do peso
cerebral (100-200g abaixo da média), sendo que com a gravidade da doença há uma redução cada
vez maior;
Exame microscópico mostra placas seis e emaranhados neurofibrilares, características
histopatológicas típicas observadas em estudos post mortem . As placas são constituídas pode B -
amiloides extracelulares e os emaranhados neurofibrilares são intracelulares e são compostos de
filamentos citoesqueléticos de Tau;
Ocorre uma atrofia cortical nos lobos temporais, frontal e parietais, no tálamo, no tronco encefálico,
nos hemisférios cerebrais e nos gânglios de base, apesar de estes 4 últimos parecerem normais em
termos de tamanho e peso;
Presença de alterações no hipotálamo, amígdalas, córtex e nucelo basal.
Há abundância de entrelaçamentos com igual proporcionalidade à gravidade da doença clínica e
declínio cognitivo;
As possíveis explicações são que a B- Amiloide induz lesões nível das células cerebrais, por deposição
de cálcio intracelular, produção de radicais de oxigénio e de oxido nítrico, processos inflamatórios.
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Tribuna 2021/2022
O diagnóstico é realizado clinicamente. O início da doença é insidioso e há uma progressão gradual de
sintomatologia. Os sinais clínicos são deficit cognitivo que pode ser identificado pelo próprio ou por
membros da família. Os fatores de risco podem ser não modificáveis (idade, presença de uma ou mais alelos
APOE e4, etc), modificáveis (diabetes, tabagismo, baixa escolaridade, raça negra/etnia, hipotensão, etc). É
realizada pela história (cliente/cuidador), acerca da sintomatologia, ou seja, perda de memoria recente,
disfagia nominal (dificuldade encontrar palavras/nomes), perda de memória episódica (não se lembram de
nomes visitantes recentes – podem apresentar confabulação/confusão e distorções acentuadas de
memória), dificuldade funções executivas ( dificuldade de raciocínio, abstração e julgamento; deficits na
função visuoespacial; realização de tarefas – planear atividades/organizar eventos/gestão dinheiro-
DESAFIO), deficits cognitivos (afasia – deficits de linguagem, apraxia – incapacidade de realizar tarefas,
agnosia – incapacidade de reconhecer (sentidos)), agravamento da condição (dificuldades de linguagem –
fala não fluente e transmissão de informações inadequada, alterações de personalidade e emocionais,
alterações comportamentais (agressividade, apatia, desinibição, paranoia, delirium, alucinações e
depressão); exame físico (fase avançado – vestuário descuidado/confusos/desorientados/ápticos – marcha
lenta/arrastada – postura inclinada; fase final – incapacidade de caminhar e falar, com complicações como
disfagia/risco de quedas/complicações da imobilidade); exames laboratoriais (hemograma completo,
bioquímica (eletrólitos, função hepática e renal/cálcio sérico, níveis de vitamina B12 e ácido fólico), teste
sorológico para sífilis (VDRL – pessoas de risco), teste do vírus HIV (pessoas de risco); exames de
neuroimagem (RNM (CE) – preferido (caracteriza alterações vasculares subcorticais e nível atrofia
Hipocampo), TC (CE) – alternativa, SPSCT/PET – para distinguir a DA de outros subtipos de demência).
Prevenção primária
Monitorização
Medicação diária;
Estado funcional;
Comorbilidades/sintomatologia recente;
Sobrecarga do cuidador (necessidade de descanso);
Necessidade de institucionalização (escolha da estrutura residencial).
Epidemiologia
Varia consoante a localização geográfica/metodologia dos estudos, surge entre os 50-80 anos, tendo um
pico na sétima década de vida e mais prevalência nos homens (3/2) . Os fatores ambientais e sociais em
interação com outras variáveis interferem no aparecimento na doença.
A nível global a prevalência tem vinda a aumentar em países mais desenvolvidos, sendo que em 1990
existiam 2,5 milhões de casos e em 2016 cerca d e6,1 milhões de pessoas diagnosticadas.
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clássica (início na meia-idade); Forma genética (início mais precoce e com história familiar positiva;
designados pela sigla PARK com numeração de 1 a 10, sendo que PARK 2 ´simboliza caracter recessivo).
Parkinsonismo secundário
Fisiopatologia
No parkinsonismo ocorre redução da atividade inibitória sobre a via indireta e direta, consequência da
disfunção da alça dopaminérgica nigro-estriatal.
O mecanismo de cascata, na via indireta, aumenta a atividade excitatória do núcleo subtalâmico sobre via
de saída do sistema (pálido interno/substância negra pars reticulata) e diminuição da atividade inibitória da
via direta (sobre o mesmo complexo). Tem como resultado a intensificação de atividades inibitórias desse
complexo sobre o tálamo e a redução da estimulação cortical exercida pelas projeções tálamocorticais →
diminuição da iniciativa motora → síndrome de parkinsoniana.
O diagnóstico é feito por uma história abrangente e exames clínicos. Nestes são referidos os sintomas
(bradicinesia, rigidez, tremor de repouso, instabilidade postural), é feito um exame neurológico completo
que inclui avaliação da lentidão ao executar movimentos (bradicinesia), paralisia ou imobilidade motora
(acinesia), rigidez (movimento passivo de uma articulação), tremor de repouso (observado passivamente),
marcha (postura encurvada e marcha arrastada), etc. O paciente pode também apresentar sintomas não
motores como sintomas neuropsiquiátricos (depressão, ansiedade), disfunção autonômica, distúrbios de
sono, obstipação, etc. Além do exame referido em cima é feito um SPECT/PET que possibilita a avaliação in
vivo da quantidade de células da substância negra (pré-clínica).
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O tratamento quanto doente sintomático pode ser farmacológico, não farmacológica e cirúrgico.
Farmacológico
Não farmacológico
Passa pela reabilitação e terapia ocupacional, onde se realiza treino da marcha, equilíbrio,
alongamento e exercícios de fortalecimento.
Cirúrgico
A prevenção/medidas de controlo não são conhecidas. Os pacientes assintomáticos não são submetidos a
triagem de rotina, passando, a doença, despercebida.
Distúrbios neurodegenerativo caracterizado por fraqueza muscular progressiva por perda d e células
motoras da medula espinhal, do tronco cerebral e do córtex motor, causando deficiência progressiva,
morte e insuficiência respiratória;
São doenças dos neurónios motores, com um grupo heterogéneo de distúrbios, que afetam
seletivamente os neurônios motores superiores (1º)/inferiores(2º) ou ambos .
• Neurônios motores superiores - motoneurónios cerebrais/bulbares. Causa diminuição da
força, espasticidade e hiperreflexia;
• Neurônios motores inferiores – medula espinhal ventral. Causa diminuição da força, do tônus,
dos reflexos, fasciculação e atrofia.
Epidemiologia
O início típico é entre os 55 e os 65 anos, embora se possa manifestar em qualquer idade. A esperança de
vida é de mais ou menos 2 a 5 anos após os primeiros sintomas da doença.
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Em Portugal a incidência é de 1 a 3 em 100000 habitantes por ano e a prevalência é 6 a 10 em 100000
habitantes por ano (dados de 2016). Há referencia de consumo de Riluzol – INFARMED.
A forma mais comum da Doença do Neurônio Motor (DNM) representa combinação dos achados do (NMS)
e do (NMI).
No diagnóstico o foco principal são os critérios clínicos, isto é, presença de sinais (NMS) e (MNI), progressão
da doença e ausência de outra explicação para as manifestações.
É feito uma história completa do utente, que inclui as predisposições genéticas/história familiar (ELA Familiar
– 5% a 10% - Teste Genético; ELA Esporádica – estante), se idade superior a 40 anos, se envolvimento
assimétrico dos membros (manifestação mais comum) e intervalo de tempo entre o início dos sintomas e a
progressão para o próximo segmento do SNC (variável). Um exame físico, no qual se verifica os sinais do
NMS – fraqueza, espasticidade, hiperreflexia/outras reflexos patológicos, etc.; e os sinais do NMI – fraqueza,
atrofia, fasciculações, etc.. Exames laboratoriais como hemograma completo/analises de rotina, analises
LCR, etc.. E exames de imagem. EMG – onde se vê a atrofia por desenervação e TAC/RMN – para exclusão
de outras patologias.
O tratamento farmacológico é feito por Riluzol que aumento ligeiramente a sobrevivência; com Baclofeno
que é uma relaxante muscular, ajudando na espasticidade; etc.
A prevenção secundária:
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• Risco de pneumonia por aspiração – disfagia – SNG;
• Disfagia progressiva – gastrotomia endoscópica percutânea (GEP).
Insuficiência respiratória (fase terminal) – traqueostomia c/ventilação assistida permanente;
• Decisão difícil – ponto vista ético – discutido em equipa com cliente e com família.
Monitorização;
• Risco neutropenia/hepatotoxicidade – medicamento.
Imunização.
• Vacinação contra pneumococos;
• Vacinação contra influenza
O nível de consciência está relacionado com o estado de vigília e tem como conteúdo as funções
cognitivas, a atenção e as respostas afetivas.
O nível de consciência é o nível em que a pessoa se reconhece a si mesmo e ao meio ambiente, através da
aplicação de estímulos. Este é mantido pela função dos hemisfério cerebrais e do sistema ativador reticular
ascendente (SARA).
Medidas preventivas – Reconhecer os sinais e sintomas da síncope que são: Tonturas, visão turva,
desconforto epigástrico, náuseas e vómitos, dificuldade respiratória, sudorese fria e pegajosa, pulso fino e
relaxamento muscular, provocando dificuldade para se manter em pé ou sentado.
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ISQUÉMIA CEREBRAL > 3 - 5 ⇒ DANO CEREBRAL !!
Tem como etiologia calor, fadiga, jejum, ansiedade, stress agudo, dor, aspiração, etc. Clinicamente o utente
demonstra mal estra, franqueza dos membros inferiores, suores, palidez, vertigens, visão turva, náuseas e
vómitos e bradicardia.
Se duração < 20 s tem recuperação completa, se > 20-30s o pulso radial fic fraco, há perdas urinárias e
movimentos anormais (mioclonias, discinesia, etc).
O prognóstico pode ser benigno, ou eventual recidiva se o doente se levanta rapidamente ou permanece de
pé nos 30s seguintes.
O tratamento é feito pela colocação do doente em decúbito dorsal, com elevação dos membros inferiores
e com anulamento de fatores desencadeantes.
Redução abrupta do débito cardíaco, hipoperfusão do SNC e perda de consciência entre s íncope e
camo.
Etiologia – Arritmias, angina de peito, enfarte agudo do miocárdio, embolia pulmonar -> Avaliar Freq.
Cardíaca e TA.
Clínica - Queda Súbita e Aparatosa, ausência de fator posicional e suspeitar de causa cardíaca se ocorre
durante ou após exercício.
Alteração Neurológica
Por compressão do Seio Carotídeo – Rara, mais frequente no sexo masculino e com compressão externa.
Por estenose da Artéria Subclávia - Hipoperfusão do tronco cerebral (perfusão retrógrada da artéria
vertebral).
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Por enxaqueca - Em 10% dos doentes. Geralmente após mudança súbita para a posição de pé.
Por crise epiléptica - Perturbação do nível de consciência de duração prolongada. Se > alguns min. ⇒ pensar
em estado epilético. As crises podem ser generalizadas ou parciais.
Clínica - Semelhante à Reacção Vagal, mas a recidiva é logo que o doente é colocado em ortostatismo.
Habitualmente ocorre imediatamente ao levantar e após período prolongado de imobilização na posição de
pé e/ou em decúbito.
Hipovolémico:
Hemorragia interna;
Hemorragia externa.
Anafilático;
Séptico.
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Tribuna 2021/2022
Alterações Metabólicas (Pesquisa do Estudante)
Etiologia
Hipoglicémia
Contexto - Antecedentes de Diabetes Mellitus (medicação com insulina ou hipoglicemiantes orais), ingestão
aumentada de álcool, desnutrição, exercício físico, jejum prolongado e recuperação completa após
administração de glicose
Clínica - Taquicardia, sudorese, estado confusional; tremores; fome; e lipotímia (rara/ síncope)
Diagnóstico é feito pela descoberta de hipoglicémia capilar e posterior pesquisar em todas as lipotímias.
Hiperglicémia
Coma
A Condição de Coma representa uma insuficiência cerebral, com falência dos mecanismos da manutenção
do nível de consciência.
A reação de alerta é dada por uma estrutura denominada Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA)
localizada no tronco cerebral. O SARA recebe informações de toda espécie do organismo e estimula o córtex
cerebral, mantendo a pessoa em vigília. A sua disfunção ou lesão leva desde uma sonolência até o coma.
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Tribuna 2021/2022
O coma representa apenas uma das alteração da consciência, que vão desde o nível de sonolência até a
morte encefálica.
Etiologia
Causas neurológicas
• Associadas a Síndroma Meníngeo;
• Com Sinais de Lateralização: (AVC; Contusão cerebral; Hematoma cerebral);
• Mais raramente (Tumor; Abcesso cerebral).
Causas não neurológicas
• TÓXICAS -Medicamentosas (opiáceos….), alcoólicas e monóxido de carbono;
• METABÓLICAS - Hipo e Hiperglicémia e hiperurémia ;
• OUTRAS - Hipóxia/ Anóxia cerebral.
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Patologia Desmielinizante
Doença que afeta principalmente as bainhas de mielina das fibras nervosas , com axónios com relativa
preservação. Infiltração de células inflamatórias perivascular e frequente padrão perivenoso da distribuição
da desmielinização. Frequentemente auto-imune.
É a doença neurológica crónica mais frequente que afeta sobretudo adultos jovens, caracterizando -
se por desmielinização, múltiplas áreas de inflamação e formação de cicatrizes gliais (escleroses) na
substância branca do sistema nervoso central. A incapacidade é progressiva.
Consiste em focos de destruição das fibras mielinizadas; destruição dos Oligodendrócitos e proliferação de
Astrócitos; placas de desmielinização cujo diâmetro varia de mm a cm; e disseminadas por toda a substância
branca.
Substância branca - Composta pelo conjunto das fibras mielinizadas -> Periferia da medula e central do
córtex.
Início frequente no final da adolescência ou início da idade adulta, sendo o pico de incidência entre os 20 os
40 anos. Episódios distintos e recorrentes de disfunção medular, do tronco cerebral, cerebelo, nervos ópticos
e cérebro.
Dados Epidemiológicos - Maior frequência no sexo feminino, na raça branca, no adulto jovem e em locais
onde o clima é temperado(maior incidência Europa do Norte, América do Norte, Canadá, Israel, Nova
Zelândia, Austrália e Rússia Oriental). Em Portugal, estima-se que 60 em cada 100 mil pessoas sofram da
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Tribuna 2021/2022
doença. Há uma maior incidência nos países nórdicos. A EM é a causa mais comum de incapacidade crónica
em adultos jovens.
Estudos epidemiológicos mostram que a EM é mais comum em brancos, apresentam uma baixa incidência
entre negros e orientais e populações aparentemente resistentes á doença como os esquimós, maoris da
Nova Zelândia, os lapões e os índios da América do Norte (Afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o
Mundo e em Portugal mais de 5 mil).
Etiologia
Desconhecida;
Auto-imune - Parece resultar de mecanismo imunológico direcionado contra antigénios mielínicos
Linfócitos T contra proteínas da mielin;
Fator Ambiental?
• Viral - Infeção viral pode promover entrada de células T e Acs no SNC (exposição ao vírus
Epstein–Barr (EBV));
• Tabaco - Vários estudos sugeriram uma associação entre tabagismo e EM, aumentando o risco
de EM em fumadores;
• Vitamina D - Os níveis séricos baixos de vitamina D foram associados a um aumento do risco
de EM.
Fator Genético ?
• Maior risco familiar (parentes de pessoas afetadas têm 8 X mais probabilidade de contrair a
doença);
• Forte associação entre a doença e o alelo HLA DR2 (antigénio de histocompatibilidade
humana) ou outros haplótipos (DR15*1501, DRB5*0101, DQA1*0102, DQB1*0602)
Estudos genéticos e de migração ou seja, de raças e estudos de gémeos sugere m que genes e o ambiente
ambos influenciam o desenvolvimento da EM.
Clínica
Alterações Sensitivas;
Alterações Motoras (monoplegia, hemi/tetraplégia, espasticidade, ataxia da marcha…);
Conduzem a:
Evolução - Pode haver intervalo de meses ou anos após o episódio inicial antes do aparecimento de outros
sintomas.
Diagnóstico
Evidência de pelo menos 2 regiões diferentes da substância branca afetadas em momentos diferentes e
disseminadas no tempo (dois ou mais episódios com duração superior a 24 horas, separados por um mês).
Tratamento
Imunoglobulinas;
Glicocorticoides;
Acompanhamento psicológico.
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Ensaios clínicos
Um tratamento novo para esclerose múltipla que alterou o sistema imunitário dos doentes teve sucesso
numa primeira fase de ensaios clínicos que abarcou nove pessoas, mostra um estudo publicado na revista
Science Translacional Medicine.
Uma equipa internacional com investigadores da Alemanha, Estados Unidos, Áustria alteraram o próprio
sistema imunitário para diminuir o ataque às camadas de mielina. Para isso, retiraram células do sistema
imunitário dos doentes, depois ligaram estas células a fragmentos de mielina e voltaram a injetar estas
células com milhões de fragmentos de mielina nos doentes. O objetivo deste método é obrigar o sistema
imunitário a reconhecer estes fragmentos e torná-lo tolerante à mielina.
Atualmente novas medidas terapêuticas têm sido utilizadas para o tratamento da EM, com o principal alvo
terapêutico a diminuição da atividade inflamatória e consequentemente do número de surtos, através de
um efeito imunomodulador ou em formas mais agressivas da doença, um efeito imunossupressor.
O Fingolimod (uso hospitalar) é uma das mais recente inovação terapêutica para os doentes de Esclerose
Múltipla (EM). O Fingolimod impede que os linfócitos-T autoreativos saiam dos gânglios linfáticos e entrem
na corrente sanguínea migrando para o SNC. Desta forma o número de linfócitos que penetra no SNC para
atacar as bainhas de mielina é reduzido.
No futuro, as pessoas com esclerose múltipla poderão acompanhar a progressão da doença po r meio de um
sistema feito com câmaras Kinect (A Microsoft e aNovartis).
Chamado de AssessMS, a ideia é que o sistema englobe também um software com machine learning que
forneça medições precisas para monitorar sintomas físicos das pessoas, permitindo que haja tratamentos
mais rápidos e assertivos. O protótipo possui uma câmara com sensor Kinect, que projeta o movimento em
uma tela. As pessoas são convidadas a fazer coisas como estender seus braços, ou tocar a ponta do nariz
com uma das mãos estendidas e repetir o processo, em seguida, com os olhos fechados. A câmara coleta os
dados sobre o movimento da pessoa e indica o grau de comprometimento dos movimentos ( mais útil para
pessoas com EM recorrente-remitente).
Prognóstico
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Tribuna 2021/2022
• Intervalo curto entre surtos;
• Sexo masculino.
Aos 10 anos após o início da doença 50% dos doentes com incapacidade leve a moderada;
O nível de incapacidade e progressão da EM é medido através de uma escala clínica denominada de
EDSS (Expanded Disability Status Score) (Kurtzke, 1983).
• A escala é ordinal, varia entre 0 (estádio neurológico normal) e 10(morte por EM) e descreve
20 níveis de incapacidade de acordo com 8 sistemas funcionais – piramidal; cerebelar; tronco
cerebral; sensitivo; intestinal e vesical; visual; mental; espasticidade).
Frequentemente associada a:
Existem casos cerebrais, cerebelares ou medulares. Os casos cerebrais podem provocar a morte em dias.
É uma condição rara, sendo o mais fulminante dos processos desmielinizantes pós-infeciosos.
Em horas ocorre convulsões, hemi/tetraplégia. Habitualmente dá-se a morte em 6 horas por: Vasculite,
infiltrado celular inflamatório perivenosa, e necrose.
Epilepsia
Crise epilética Epilepsia, sendo a primeira de resposta única (a uma agressão) e a segunda uma crises
recidivantes.
Crise focal Crise generalizada, a primeira está limitada a uma área do córtex (causa local que pode
generalizar) e a segunda envolve todo o Córtex.
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Tribuna 2021/2022
Epidemiologia
Portugal:
Gravidade
Sobrevida
Psicológica
Epilepsia loucura
Nota: John Hughlings Jackson (1873) é considerado o pai dos conceitos modernos de epilepsia.
Alguns conceitos
Convulsão – (termo leigo - o termo crise convulsiva reserva-se às crises epiléticas que se apresentam com
manifestações motoras e, atualmente, seu uso é desaconselhado).
Fase prodrómica - Precede algumas crises epiléticas, podendo durar horas ou alguns dias antes da crise real
e não deve ser confundida com a AURA.. Ocorre uma vaga alteração na reactividade ou resposta efectiva
(Sintomas prodrómicos incluem: cefaleia, irritabilidade, insónia, transtorno do humor -depressão e
agitação).
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Tribuna 2021/2022
AURA – Sensação que ocorre no início de uma crise epilética minutos ou segundos, retratando uma breve
experiência sensorial:
“Choro do epilético” - Choro que ocorre em algumas crises epiléticas, causado por espasmo torácico e
abdominal.
Fase Pós-Crise ( Estado PÓS- ICTAL) - Tempo imediatamente após a crise epilética, durante o qual a Pessoa
costuma experimentar alguma alteração na consciência, comportamento ou atividade.
Etiologia
Idiopáticas (primárias);
Sintomáticas (secundárias);
Criptogénicas (epilepsias sintomáticas mas a sua causa não é completamente identificável) .
Tipos de Crises
Crise epilética é definida como a ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas decorrentes de atividade
neuronal síncrona ou excessiva no cérebro.
Generalizadas
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Ausências (“Pequeno Mal”) (Bilaterais e simétricas)
• Surge na infância (raramente começa em adultos)
• Clínica: há uma suspensão breve da consciência (5-10 seg.) → Não vê (olhar vazio, fixo), não
entende, pára o que está a fazer e amnésia para a crise.
• Evolução: Cessam com o crescimento ou são substituídas por outros tipos de crise
Pequenas crises motoras (Acinéticas ou atónicas, mioclónicas, tónicas, clónicas….).
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Tribuna 2021/2022
Diagnóstico
Clínica
EEG
Estudos Electrofisiológicos
TAC e RMN (etiologia)
Tratamento
Cuidados a prestar
Proteção da Pessoa
Observação da crise
Hora de início
Duração
Descrição
Observação
Lesão ou ferimento de uma ou mais estruturas crânio-encefálicas, devido à ação de uma força que
altera subitamente o estado de repouso ou de movimento da caixa craniana e das estruturas nela
contidas.
Estudos realizados por Aback et al. (2007) mostraram que o desenvolvimento de programas de
prevenção e de legislação de segurança causam um impacto positivo na epidemiologia de lesões
cranioencefálicas.
Etiologia/Epidemiologia
Mecanismos de lesão
Direto
Estático
Dinâmico
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Critérios de classificação das lesões
Temporal
Primária
Secundária
Topográfica (anatomopatológico)
Focais
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Difusas
COURO CABELUDO
Contusões Simples
Contusões com Equimose
Lacerações do Couro Cabeludo
Feridas Inciso-contusas
Hematomas (Subgaleal/ Subperióstico)
OSSOS DO CRÂNIO
Fraturas
Lineares
Afundamento
Base do crâneo
CÉREBRO
Focais
Difusas
Concussão Cerebral
Hemorragia subaracnóideia
Lesão axonal difusa
Fraturas do Crânio
Fraturas Lineares → Força de impacto de baixa velocidade. Mec. de lesão Direto Estático.
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Fraturas com Afundamento
Mais graves.
Podem ocorrer de forma isolada ou por prolongamentos de #s da convexidade.
Mais frequentes: - Lâmina orbitária do frontal - Rochedo do temporal - Porção basilar do occipital
Rinorragias / Otorragias; Rinorraxis/ Otorraxis; Hematoma retroauricular; Equimose peri-orbital;
Equimose da mastóide (sinal de Battle); Amaurose unilateral.
Tríade de Cushing (Hipertensão progressiva; bradicardia; diminuição da frequência respiratória)
Focais
• Contusão Cerebral
• Hematomas: Epidural; Subdural agudo; Subdural crónico
• Hemorragia intracerebral
Difusas
• Concussão Cerebral
• Lesão Axonal Difusa
• Hemorragia subaracnóide
Dissecação Vascular Traumática
Concussão
Perda da Consciência e por vezes Alterações da Memória de curta duração, sem qualquer lesão orgânica
evidente macroscópica.
• Cefaleias
• Dificuldade de concentração
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Tribuna 2021/2022
• Alterações da memória
• Fadiga
• Náuseas
• Irritabilidade
• Ansiedade
Contusão
Golpe / Contragolpe
Hematoma Epidural
Clínica:
Anisocória
Hemiparésia / hemiplégia contralateral
Bradicardia
Intervalo de Lucidez (acidente → perda de consciência → consciência → nova perda de consciência)
RX: Traço de Fratura Temporal
TAC: Exame de Eleição
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Tribuna 2021/2022
CLÍNICA:
Hemiparésia/Hemiplegia contralateral
Anisocória
Alteração do estado de consciência - Coma Profundo
Factores de Risco:
Idade
Alcoolismo
Hipocoagulabilidade
80% história de TCE Ligeiro com aparecimento de alterações neurológicas 15 / 30 dias ou mais após o trauma
CLÍNICA: As manifestações clínicas são múltiplas e complexas, podendo simular outros processo patológicos.
Cefaleias intensas
Alterações comportamentais (irritabilidade; confusão mental; depressão; paranóia….)
Disfasia
Alterações motoras focais
Clínica:
Cefaleias intensas
Náuseas e vómitos
Rigidez da nuca
Alterações do nível de consciência/Coma
Hipertermia (Central)
Vasoespasmo
Crise Epilética
Etc.
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Tribuna 2021/2022
Hematoma Intracerebral
Sinais de ↑ da PIC
Deterioração neurológica
Cefaleias, náuseas e vómitos
Rápida/progressiva alteração do estado de consciência
Alterações das Pupilas
Hemiplegia contralateral
Localização
Área
Estado clínico do doente
Provoca - Geralmente COMA PROFUNDO desde o incidente (com Postura de decorticação ou descerebração)
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Tribuna 2021/2022
CLÍNICA:
Dor no pescoço
Cefaleia homolateral anterior
Hemiparésia
Massa pulsátil cervical
Feridas Penetrantes
Tipo de Lesão
Perfurante:
Baixa velocidade (faca) - pode provocar danos focais sem perda de consciência
Alta velocidade (tiro) - lesão causada pela bala e lesão causada pelas ondas de choque (transmitidas
através do cérebro)
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Tribuna 2021/2022
Avaliação inicial
Medidas de tratamento
Fase aguda
Vias Aéreas
Traumas Torácicos/ Abdominais/ Musculosqueléticos
Reposição da Volémia
Lesões Cerebrais Cirúrgicas – Drenagem
Redução do Edema Cerebral e da PIC
• Soluções Hiperosmolares (Manitol 20% e Solução Salina Hipertónica 3%)
• Diuréticos da ansa (Furosemida)
• Antiedematosos
• Hiperventilação
Analgesia
Eventual Antibioterapia
Contraindicado - Adm. soros glicosados e soluções salinas isotónicas (SF 0,9%) → aumento da PIC, área de
lesão cerebral
TCE Grave
Doente em Coma
Muitas vezes necessita de RCP
PROCEDIMENTOS
Assegurar permeabilidade das vias aéreas superiores, ventilação e sinais vitais (UCI)
Promover boa Oxigenação (SpO2 > 95%)
Exame Neurológico RX, TAC e RNM CE
Controlo da PIC
Vigiar Equilíbrio Hidroelectrólitico e Metabólico
Drenagem Cirúrgica de Hematoma com sinais de compressão
Se coma persistir, repetir TAC/RNM
Tratamento das Lesões Associadas
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Tribuna 2021/2022
Tratamento da HIC
Elevação da cabeça
Drenagem LCR
Sedação
Curarização (bloqueio neuromuscular)
Coma barbitúrico
Soluções Hiperosmolares (Manitol 20% e
solução salina hipertónica 3%)
Diuréticos (Furosemida)
Hiperventilação
Hipotermia
Craniectomia descompressiva
81 | P á g i n a
Tribuna 2021/2022
Lesões associadas a TCE grave
Metabólicas
Diabetes Insípido
Hiperosmolaridade do sangue
Hiponatrémia
Hipocaliémia
Alcalose Metabólica
Respiratória
Hipóxia
Infeção
Pneumonia de Aspiração
Sindroma Dificuldade Respiratória Adulto
Atelectasia
Embolia Pulmonar
Cardiovasculares
Osteoarticulares
Outras # (politraumatizado)
Embolia Gorda (# ossos longos)
Hematológicas
Alterações da coagulação
Tromboses Venosas
Gastrointestinais
Gastrite Erosiva
Sequelas
Transitórias/definitivas
Etiologia
Congénita - Fatores genéticos - Alterações cromossómicas - 75% da amputação na faixa etária do nascimento
aos dez anos.
Epidemiologia
Estudos internacionais demonstram uma grande variação da incidência de amputações entre diferentes
regiões e países.
Apesar das controvérsias, todas as pesquisas apontam para uma alta incidência mundial de amputações,
tendo-se observado um progressivo aumento nos últimos anos.
Incidência
Crianças - grandes deformidades nos membros inferiores. Ex. Inexistência congénita da Tíbia Þ
Adolescentes–OsteossarcomaseTraumasgraves - (sexomasculino)
Amputação de causa:
Vascular
- A mais frequente
- Maior incidência nos membros inferiores com doenças vasculares periféricas;
- No nosso país a etiologia vascular varia entre 70 – 80% da totalidade das amputações.
- Os fatores que levam ao desenvolvimento destes distúrbios são: Arteriosclerose; Formação
de trombo; Embolias; outros fatores
- Hipertensão arterial; Diabetes; Insuficiência Cardíaca; Tabagismo; Traumas mecânicos e
químicos; Obesidade.
Traumática
- Acidentes de viação e de trabalho; Queimaduras eléctricas, químicas e térmicas; Explosões;
Conflitos armados - representa 10 a 20% dos casos e são os responsáveis pela remoção, quase
sempre no local de ocorrência
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Neoplásica
- É cada vez mais frequente e o seu recurso tem como objetivo a excisão um tumor maligno
agressivo, de modo a prevenir a sua metastização.
Infecciosa
- Tem como objetivo prevenir problemas sistémicos graves e salvar a vida da pessoa, através
da remoção da parte que está gravemente infetada (Gangrena gasosa; fasceíte necrosante).
Níveis de amputação
Avaliação - É importante a avaliação articular do membro afetado, sobretudo das articulações proximais e o
estudo da vascularização de todo membro.
Cor, Temperatura, Distribuição pilosa, Pulso, Doppler, Cintigrafia, Termografia cutânea, Oximetria
transcutânea, Arteriografia
1. Coto estável: a presença de deformidades nas articulações proximais ao coto pode dificultar a
deambulação e a protetização;
2. Presença de um bom almofadamento;
3. Bom estado da pele: coto com boa sensibilidade, sem úlceras e enxertos cutâneos facilita a
reabilitação;
4. Ausência de neuromas terminais: para certos níveis a presença de neuromas impede o contato e/ou
descarga distal;
5. Boa circulação arterial e venosa, evitando isquemia e estase venosa;
6. Boa cicatrização: as suturas devem ser efetuadas em locais apropriados conforme o nível de
amputação. As cicatrizes não devem ser irregulares, hipertróficas ou apresentar aderências,
retrações, deiscências e supurações;
7. Ausência de edema significativo (Carvalho, 2003).
Membro inferior
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DESARTICULAÇÃO DA COXOFEMORAL - Desarticulação a nível da articulação da coxofemoral com a pelve
óssea intacta
Quanto mais BAIXO (10 a 12cm acima da articulação do joelho) for o nível de amputação, melhores
RESULTADOS FUNCIONAIS
PARCIAIS OU TOTAIS DOS DEDOS TARSO- METATÁRSICAS (LISFRANC) - A estes níveis é necessário apenas
sapato com o preenchimento do segmento em falta.
Ter em atenção:
a) evitar a remoção da cabeça do úmero, o que traz deformidade de ombro dificultando o apoio do
arreio.
b) cotos acima da inserção do peitoral têm pouco valor para o controle da prótese
c) o comprimento ideal para amputação acima do cotovelo é no terço médio com o inferior.
d) desarticulação do cotovelo dá mau coto para prótese por dificuldade na colocação das articulações
funcionais.
e) deixar sempre um coto na antebraço por menor que seja. O uso da prótese mioelétrica é o ideal para
estes casos.
f) o terço médio com o inferior é o nível ideal para amputação de antebraço.
g) a desarticulação do punho permite o uso de prótese simples com grande capacidade funcional.
h) as amputações através do carpo não são boas. i. salve o que for possível da mão
i) salve o que for possível da mão.
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Membro Superior
Desarticulação Transescapulotorácica
Desarticulação do ombro
Amputação transumeral (acima do cotovelo)
Desarticulação do cotovelo
Amputação transradial (amputação abaixo do cotovelo)
Desarticulação do punho (Desarticulação da mão)
Amputação transmetacarpica
Amputação de dedos
Ter em atenção:
Podemos dividi-la em 3 níveis, ou seja, em amputação transtibial do terço proximal, médio e distal.
Défices
Complicações
Precoces
HEMORRAGIA / HEMATOMA - É comum ocorrerem por lesão de veias ou artérias, podendo haver
necessidade de revisão cirúrgica.
INFEÇÃO
EDEMA
NECROSE CUTÂNEA
DEISCÊNCIA
Tardias
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ARTROSE
Etiologia\Epidemiologia
Fatores de risco
Obesidade
Traumatismos sobre as articulações
Sobrecarga articular resultante de atividades profissionais ou de lazer
Alterações anatómicas, entre outras
Tipos
ARTROSE PRIMÁRIA OU IDIOPÁTICA - sem etiologia conhecida que pode atingir mais de uma articulação e
é responsável por mais de 70% dos casos
Estas Alterações Metabólicas e Estruturais tornam a cartilagem mais macia e com menor capacidade de
resistir às forças de tensão e compressão, provocando: fissuras na cartilagem e alterações no osso
subcondral
Fisiopatologia
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Sinais e sintomas
DOR (Exacerbada pela Atividade; Alivia com o Repouso; Alterações da Mobilidade Articular)
RIGIDEZ ARTICULAR (Rigidez matinal, inferior a 30mn ou após repouso; Dificuldade de iniciar o
movimento)
DEFORMIDADE
LIMITAÇÃO DO MOVIMENTO
SINAIS INFLAMATÓRIOS (mínimos, mas com exacerbações)
CREPITAÇÃO
CLAUDICAÇÃO da MARCHA
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Diagnóstico
História Clínica
Exames radiológicos (o diagnóstico tem por base alterações radiográficas típicas)
Deteção Precoce
- A deteção precoce é limitada, isto é, nem sempre há associação entre a intensidade das
manifestações clínicas e a gravidade detetada nos exames radiológicos
Tratamento
OBJETIVOS: Alívio dos Sintomas (Dor), Educação da Pessoa, Reduzir a Incapacidade Funcional
Reabilitação
Tratamento Farmacológico (Analgésicos; Anti-inflamatórios não esteróides (AINS); Anti-artrósicos
sintomáticos de ação lenta (AASAL))
Tratamento Cirúrgico
Artroplastia Coxofemural
Objetivos
Tipos de próteses
Quanto ao nº de componentes
PRÓTESE TOTAL
• COMPONENTE ACETABULAR (peça côncava de
polietileno)
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•
COMPONENTE FEMORAL (cabeça e haste
femorais é uma peça metálica - aço ou ligas
crómio-cobalto)
PRÓTESE PARCIAL
• COMPONENTE FEMORAL
Quanto ao método de fixação
CIMENTADAS
NÃO CIMENTADAS OU BIOLÓGICAS (ISOELÁSTICAS)
HIBRÍDA
Complicações
Luxação da prótese
Tromboembolia
Infeção
Hemorragia
Fraturas peri-protéticas
Descolamento asséptico (Perda de aderência entre a prótese e a superfície óssea)
Raquialgias
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Doenças reumáticas periarticulares
Fibromialgia
Artropatias microcristalinas
Artrite reumatoide
Espondilartropatias
Doenças reumáticas sistémicas
Artrites idiopáticas juvenis
A Artrite Reumatóide é uma doença inflamatória crónica e origem autoimune das principais articulações
sinoviais, causando alterações das estruturas ósseas e da cartilagem, bem como manifestações extra –
articulares. Caracterizada por uma inflamação do tecido conjuntivo, com predomínio a nível sinovial –
sinovite reumatóide - que distende as estruturas capsuloligamentares e invade a articulação e as
estruturas tendinosas. Constitui-se o “pannus sinovial” que é responsável pela destruição da articulação e
a rutura dos tendões. (PNCDR, 2010)
Fisiopatologia
Na base da doença está uma Alteração do Sistema Imunitário que determina a auto agressão dos tecidos.
Um determinado nº de CÉLULAS T do S. Imunitário, estimulam outras células a produzir Citoquinas que
provocam agressão da cartilagem das articulações
Citoquinas TNF alfa (Factor de Necrose Tumoral) - pensa-se que terá um papel primordial na origem
desta doença
Epidemiologia\etiologia
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Não é Hereditária nem Contagiosa
Predisposição familiar
Pensa-se que no seu aparecimento poderão estar implicados diversos fatores desencadeantes:
vírus, Bactérias, Predisposição Genética (HLA-DR4 e DR-1)
Fatores de risco
• Sexo feminino
• Inicia-se, frequentemente, entre os 30 e os 50 anos, mas pode ocorrer na terceira idade
• Fatores Genéticos
• Afeta a capacidade produtiva do indivíduo, a sua vida familiar e social
Evolução da doença
1. Entrar em remissão – A Pessoa deixa de ter sintomas por vários meses ou mesmo anos. Na maioria
dos casos, entretanto, a doença retorna, e em cada recorrência assume uma forma mais crónica
(rara, aproxi. 5-10%)
2. A grande maioria das pessoas mantêm a sintomatologia ao longo do tempo
3. Uma pequena parte evolui para formas muito graves, provocando grande incapacidade (Quando a
doença evolui sem tratamento ou não responde aos medicamentos, ocorre destruição de
cartilagens, ossos, tendões e ligamentos circundantes, conduzindo à destruição das articulações,
com a consequente incapacidade permanente)
Prevenção
Manifestações clínicas
Tratamento
Objetivos: Aliviar os Sintomas, Prevenir e/ou Retardar a Destruição Articular, mantendo a sua função;
promover a Independência nas AVD e a Qualidade de Vida
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