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13/10/2010

UNIDADE DE RECUPERAÇÃO UNIDADE DE RECUPERAÇÃO PÓS


ANESTÉSICA - URPA ANESTÉSICA - URPA

 INTRODUÇÃO

 EQUIPE DE TRABALHO

 PLANTA FISICA

 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS NA URPA

Enfº Jonas Pedro Barbosa


Marilia - SP  FLUXO DE PACIENTES

OBJETIVOS
 Descrever as características da planta física da
Sala de Recuperação Anestésica (SRA);
 Conceituar SRA;
 Descrever os critérios de alta da SRA e a Escala
de Adrete e Kroulik;
 Apresentar impresso de SRA;
 Apresentar os principais indicadores de
qualidade em SRA;
 Discutir os dados sobre indicadores de qualidade
em SRA.
 Sistematização de Enfermagem em SRA

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Conhecendo a Sala de recuperação Conhecendo a Sala de


anestésica recuperação anestésica

 HISTÓRICO  1942 a 1944 – utilizou-se pela


 1801 – primeiro relato de existência primeira vez o termo Sala de
de uma sala de recuperação Recuperação Anestésica com
anestésica delineamento dos objetivos
 1863 – Florence Nightingale (previa  1977 – Brasil criou-se Portaria para
a necessidade de agrupar pacientes criação da Sala de Recuperação
para o cuidado pós-operatório
Anestésica (portaria 400)
 1920 – EUA e Europa
 1993 – obrigatoriedade no
Brasil(Resolução CFM nº 1363/93

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Conhecendo a Sala de Conhecendo a Sala de


recuperação anestésica recuperação anestésica
CONCEITO:
Diante deste quadro é necessário
A Sala de Recuperação Anestésica (SRA) é uma área que a equipe de enfermagem saiba
destinada a pacientes submetidos ao procedimento
anestésico-cirúrgico, cujo objetivo é dispensar
como atuar nos momentos de risco
imediatamente aos doentes cuidados intensivos até aos quais o paciente está exposto e
que as possibilidades de desenvolvimento de
complicações relacionadas ao sistema
para tanto utiliza a avaliação
cardiorespiratório, neurológico e osteomuscular constante do estado geral do
estejam ausentes. Dados estatísticos apontam que
aproximadamente um terço das complicações paciente em recuperação.
relacionadas à anestesia desenvolvem-se em SRA.

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LOCALIZAÇÃO PLANTA FÍSICA

 Deve estar localizada o mais Observar forma, tamanho de


próximo possível do Centro portas, piso paredes, iluminação,
Cirúrgico, facilitando o transporte ambiente calmo, temperatura,
do paciente, atendimento do sistema de comunicação, instalação
cirurgião e anestesiologista, bem elétrica e , equipamentos.
como o retorno rápido do paciente
para a sala de cirurgia se for
necessário

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ÁREA DA SALA DE NÚMERO DE LEITOS DE


RECUPERAÇAO ANESTÉSICA RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA

 É determinada por aspectos como:  Número de salas de operação + 2


 número de salas de operação; leitos
 tipo e duração dos procedimentos
cirúrgicos;  No mínimo deve ter dois leitos
 critérios de avaliação de admissão
e alta.

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Sala de Recuperação Anestésica Sala de Recuperação Anestésica

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Sala de Recuperação Anestésica Sala de Recuperação Anestésica

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RECURSOS HUMANOS PARA SALA RECURSOS HUMANOS PARA SALA


DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA

Segundo dados da Sociedade Brasileira de EQUIPE CRITÉRIO PERÍODO N° DE


Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Centro de SERVIDORES
Materiais e Recuperação Anestésica ENFERMEIRO 1/6 LEITOS 24 HS 04
(SOBECC), a proporção mínima
recomendada em relação ao número de
recursos humanos para SRA que atende TÉC. ENF. 1/2 LEITOS 24 HS 04
pacientes sem a dependência de
respiradores é de um enfermeiro para cada AUX. ENF. 1/6 LEITOS 24 HS 04
oito leitos, sendo o número de técnicos de
enfermagem o mesmo acima.

SOBECC – Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro


Cirúrgicos, Recuperação Anestésica, e Central de Material e
Esterilização. Disponível em: <> Acesso em: 25 out. 2008.
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EQUIPAMENTOS NA URPA FINALIDADES DA SRA

Régua em todos os box com saída de o Oferecer melhores condições de assistência médica
oxigênio, ar comprimido, à vácuo, ponto e de enfermagem no pós operatório e pós –
de telefone e tomadas com voltagem anestésico imediato.
110 e 220 W. o Reduzir a mortalidade pós-anestésica e pós-
operatório,
Monitor de beira leito com módulos de
o Facilitar o trabalho de rotina nas unidades de
pressão invasiva e pressão venosa internação, que se desobrigam com a presença de
central. um recém-operado em condições precárias,
Respirador artificial no caso de receber o Proporcionar maior segurança aos clientes e
clientes entubados e carro de parada familiares,
cardiorespiratória. o Diminuir os possíveis acidentes pós-operatórios e
pós- anestésicos imediatos.

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ADMISSÃO DO PACIENTE NA SALA ADMISSÃO DO PACIENTE NA SALA


DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA

O encaminhamento do cliente a A Sociedade Americana de


encaminhamento do cliente a SRA Anestesiologia (ASA) definiu em
deve ser realizado pelo auxiliar ou 2002 algumas recomendações para
técnico (circulante de sala) junto manuseio dos clientes no período
com o anestesiologista, esse é um
momento que requer muita pós-operatório.A rotina deverá
atenção, pois o cliente está incluir a monitorização das funções
inconsciente, entorpecido, com respiratórias, cardiovascular,
diminuição dos reflexos por conta neurológica, dor.
da ação das drogas anestésicas.

ADMISSÃO DO PACIENTE NA SALA ADMISSÃO DO PACIENTE NA SALA


DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA

Da monitorização da função A monitorização da função cardiovascular


respiratória deverá fazer parte a deverá ser avaliada por meio da medição
da pressão arterial e freqüência
determinação periódica da via
cardíaca.O estado de hidratação, a
aérea, a freqüência respiratória e a temperatura, o débito urinário, a
saturação de oxigênio. capacidade de micção e a avaliação do
estado dos drenos/hemorragia deverão
ficar reservado para clientes, cujos
antecedentes patológicos ou tipo de
cirurgia efetuada assim o recomendar.

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SISTEMATIZAÇÃO DA
ADMISSÃO DO PACIENTE NA SALA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA EM SRA

 Informar na passagem de plantão:  Receber e identificar o paciente (Check


 Diagnóstico; List )
 Técnica anestésica;  Verificar Saturação de O2 e
 Cirurgia realizada; permeabilidade de vias aéreas
 Agentes anestésicos e analgésicos;  Verificar SSVV a cada 15 minutos na
primeira hora; de 30 em 30 minutos na
 Posição cirúrgica; segunda hora e depois de 1 em 1 hora;
 Intercorrências;  Manter a cabeça lateralizada em posição
 Presença de drenos, sondas e cateteres; levemente inferior ao corpo;
 Estado geral do paciente ao deixar a SO;  Restringir o paciente se for necessário;
 Recomendações especiais sobre o POI.  Manter o paciente aquecido (calor
radiante, manta térmica);

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SISTEMATIZAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
EM SRA EM SRA
Controlar perfusão venosa e gotejamento de
 Verificar nível de consciência drogas (Sulfato de Magnésio, Noradrenalina,
(Acordado, Sonolento, Torporoso e Dopamina, etc., em BIC);
Observar sinais e sintomas de choque;
Inconsciente) e reflexos; Administrar medicamentos conforme prescrição;
avaliar condições de curativo e trocar se
 Observar conexão de drenos e necessário;
sondas, controle do Verificar coloração da pele;
Checar impressos do paciente (prescrição médica
funcionamento, tipo, aspecto e pós-operatório; solicitação de antimicrobianos;
quantidade de drenagem; pedido de Raio X; descrição cirúrgica e outros;

 Controle hídrico;

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SISTEMATIZAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
EM SRA EM SRA

Registrar todos os procedimentos Com a evolução das técnicas cirúrgicas e


realizados, intercorrências e anestésicas, as SRA estão em constante
recomendações; evolução no que diz respeito aos
Preencher escala de Aldrete e Kroulik ; equipamentos cada vez mais sofisticados,
garantindo assim maior segurança na
Avaliar o paciente para solicitação de fase de transição da metabolização dos
alta intra-hospitalar; anestésicos até a volta da anestesia.A
Passar plantão para enfermeiro da equipe de enfermagem deve estar
unidade de internação; treinada para atender o cliente com
Observar e orientar preenchimento segurança e saber utilizar os
correto do relatório de permanência do equipamentos nesse momento
paciente na SRA. impportante.

Complicações na sala de recuperação Complicações na sala de recuperação


anestésica anestésica

No período pós-operatório o paciente fica


 Descrever as principais 
vulnerável a diversas complicações,
complicações pulmonares e especialmente as de origem respiratória,
circulatória e gastrointestinal. O conhecimento
cardiovasculares decorrentes do das principais complicações é fundamental, pois
podem ocorrer alterações hemodinâmicas e
ato anestésico-cirúrgico, assim metabólicas importantes, agravadas, às vezes,
como as ações de enfermagem por condições patológicas prévias.
 A incidência de complicações no POI está
segundo o ABCDE do trauma; geralmente associada às condições clínicas no
pré-operatório, à extensão e ao tipo de cirurgia,
às intercorrências cirúrgicas ou anestésicas e à
eficácia das medidas terapêuticas adotadas.

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Complicações respiratórias Complicações Respiratórias


 A utilização de agentes narcóticos bloqueia a  Pacientes idosos podem apresentar complicações
atividade ciliar brônquica e provoca depressão pulmonares mais frequentemente do que os mais
respiratória central, favorecendo a retenção de jovens, uma vez que alguns distúrbios
secreções e a diminuição do reflexo da tosse. respiratórios são mais comuns neste grupo de
Algumas drogas como o curare (Quelicin) e a pacientes: DPOC, asma, atelectasia, pneumonia.
morfina, são indutores de broncoespasmo e não  Em cirurgias torácicas e do abdômen
devem ser administrados em asmáticos. superior, os cuidados de monitorização e
 As complicações respiratórias estão entre as observação do volume expiratório devem ser
mais frequentes na SRA e são causadas por redobrados.
outros fatores além da utilização de narcóticos e  A respiração profunda (fisioterapia) na SRA
relaxantes musculares, tais como, imobilidade deve ser preconizada, assim como, elevação da
prolongada e broncoaspiração. cabeceira e deambulação precoce (na enfermaria)

AÇÕES DE ENFERMAGEM
Complicações respiratórias

 OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS  Garantir o ABCD primário


SUPERIORES CAUSADO POR:
A- Manter vias aéreas pérvias
 Queda da língua (mandíbula relaxada);
 Laringoespasmo (resultante da estimulação da
laringe na reversão da anestesia);
 Edema de laringe (trauma, intubação)
 Corpo estranho (secreção, vômito, sangue,
muco);
 Pressão externa sobre a traqueia (resultante
de hematoma, comuns em cirurgias cabeça e Chin Lift Jaw Thrust
pescoço, curativo compressivo);

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AÇÕES DE ENFERMAGEM Complicações respiratórias

 Colocar o paciente em decúbito  HIPOVENTILAÇÃO


 A hipoventilação está presente quando a
lateral; ventilação alveolar é anormalmente baixa,
 Aspirar secreções de cavidade oral tanto em relação à absorção de oxigênio como
a produção de gás carbônico. A hipoventilação
se necessário; determina aumento da pressão parcial de CO2
(PaCO2) e hipoxemia arterial. Principais
 Colocar em posição de causas:
Trendelenburg se necessário;  Depressão dos centros respiratórios;
 Drogas anestésicas;
 Administrar Oxigênio úmido por  Acúmulo de secreção;
máscara simples ou de Venturi;  Paralisia muscular residual;
 Alcalose metabólica;
 Registrar as ações desenvolvidas  Hipotermia;

HIPOVENTILAÇÃO HIPOVENTILAÇÃO

 BRONCOESPASMO
Manter a PaCO2 (pressão alveolar – capnografia)
entre 25-30TORR  São contrações da musculatura
brônquica e leva a um quadro de sibilos
Alteração da PaCO2 pode produzir vasoconstrição e tosse, cujos sinais e sintomas mais
cerebral e reduzir o fluxo sanguíneo cerebral comuns são a dispnéia e ¨chiados¨.
(FSC), podendo acarretar hipóxia

Hiperventilação breve – retira CO2 em excesso


do sangue gera vasoconstrição central.

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COMPLICAÇÕES
RESPIRATÓRIAS AÇÕES DE ENFERMAGEM
 B – RESPIRAÇÃO
 HIPOXEMIA
 A hipoxemia é o reduzido fluxo de  Administrar oxigênio úmido através de máscara
simples, Venturi ou alto fluxo;
oxigênio no sangue arterial, capilar ou  Orientar respiração profunda;
venoso, ou ainda a redução da  Ventilar com KT5 se necessário;
saturação da hemoglobina. É uma das  Manter oxímetro de pulso instalado;
 Aspirar secreção orotraqueal se necessário;
complicações de maior gravidade que  Elevar o decúbito;
pode ocorrer em anestesia e no POI.  Monitorar SSVV;
 Colher exames laboratoriais - gasometria;
 Administrar medicamentos conforme prescrição;
 Preparar material de intubação;
 Registrar ações desenvolvidas.

EXAMES LABORATORIAIS GASOMETRIA ARTERIAL

7,35 a  PaO2 => exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre


 GASOMETRIA pH os alvéolos e os capilares pulmonares, e depende
ARTERIAL 7,45 diretamente da pressão parcial de oxigênio no alvéolo e da
capacidade de difusão pulmonar desse gás.
 Coleta de amostra 80 a
PO2 PaCO2 => A pressão parcial de CO2 do sangue arterial
de sangue da 100mmHg 
exprime a eficácia da ventilação alveolar, sendo
praticamente a mesma do CO2 alveolar, dada a grande
artéria radial, mas 35 a difusibilidade deste gás.
PCO2
também poderá 45mmHg 
 Se a PaCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está
ser coletada pela BE -2a+2 hiperventilando (elimina + CO2), e se o pH estiver maior
que 7,45, ele está em Alcalose Respiratória
artéria braquial ou 22 a
femoral. HCO3  Se a PaCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente está
28mEq L hipoventilando (retém CO2), e se o pH estiver menor que
7,35, ele está em Acidose Respiratória
Sat O2 > 95%

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GASOMETRIA ARTERIAL Complicações cardiovasculares


 HCO3- => As alterações na concentração  A instabilidade do sistema cardiovascular é uma
de bicarbonato no plasma podem complicação bastante freqüente no POI.
desencadear desequilíbrios ácido-básicos Problemas comuns incluem a hipotensão, a
por distúrbios metabólicos. hipertensão, arritmias (bradicardia, taquicardia),
disritmias, parada cardíaca e hipovolêmia.
 Em idosos deve sempre ser investigado a história
 Se o HCO3- estiver maior que 28 mEq/L de infarto, angina pectoris por meio de exames
com desvio do pH > 7,45, o paciente está tais como, ECG, Ecocardiograma, ergometria,
em Alcalose Metabólica. avaliação cardiológica (Risco cirúrgico). Em casos
de risco cirúrgico alto, a indicação de UTI no POI
 Se o HCO3- estiver menor que 22 mEq/L é sempre recomendada.
com desvio do pH < 7,35, o paciente está
em Acidose Metabólica.

Complicações cardiovasculares Complicações cardiovasculares


 HIPOTENSÃO  HIPERTENSÃO
 É a redução dos valores da pressão arterial, tanto  Geralmente definida como uma pressão arterial maior
da sistólica quanto da diastólica ou de ambas, ou que 20% do nível basal do paciente ou do pré-
operatório. Ela ocorre mais frequentemente em
seja, uma pressão 20% menor do que os pacientes com história de hipertensão. Em alguns
parâmetros pré-operatórios. Pode ser causada por: pacientes, antecedentes de hipertensão é o único fato
 Drogas anestésicas (halotano, barbitúricos) que que se correlaciona com a hipertensão no POI. Mas
levam à depressão do miocárdio também pode ser causada por:
hipotensão;  Dor;
 Retenção urinária;
 Anestésicos locais (bloqueio regional), drogas
 Excitação pós-anestésica;
vasodilatadoras (nipride, opiáceos); que levam à  Excesso de líquido infundido no intra-operatório;
queda da resistência vascular periférica  Hipotermia;
hipotensão;  Tremores.
 Sepse, sepse grave ou choque séptico;  A observação destes fatores poderá evitar o uso
desnecessário de anti-hipertensivo
 Hemorragia .

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Ações de enfermagem AÇÕES DE ENFERMAGEM


 C - Circulação
 - Evitar/ comunicar:
 Hipotensão arterial ( PAM< 70-90 mmHg) Ou verificação através de catéter
evitar hipóxia cerebral conectado á arteriotomia
Radial, ou braquial 1ª opção
 Hipertensão arterial ( PAM>125 mmHg ou PAS >
200 mmHg) vasoconstricção, aumento
Pedial 2ª opção
da PIC e hemorragia
Manter permeabilidade do catéter
 Ideal manter PAM entre 70-90mmHg – de PAM com fluxo contínuo de
controle rigoroso solução heparenizada 0,2 ui /ml;
ou utilizar sistema de flush para
lavagem do catéter com SF0,9%

AÇÕES DE ENFERMAGEM Complicações Cardiovasculares


 Verificar a PA a cada 2 minutos até a  A frequência cardíaca máxima em resposta ao
estabilização da mesma; estresse pode estar diminuída nos pacientes
 Manter acessos venosos; idosos. Nos idosos, pode haver diminuição da
atividade do nodo sinoatrial e do tecido de
 Administrar medicação conforme condução. Por esses motivos, as arritmias são
prescrito; mais comuns neste grupo de pacientes.
 Manter PAM acima de 60mmHg e menor  A complacência dos ventrículos e do leito vascular
que 110mHg; pode estar diminuída, o que pode diminuir o
 Administrar O2 através de máscara volume diastólico final e a pré-carga nos
facial, Venturi ou alto fluxo; pacientes idosos. Sendo portanto, mais vulnerável
à depleção e à sobrecarga de volume. Não usar
 Aquecer o paciente (hipertensão); em exceesso diuréticos e a reposição volêmica
 Registrar as ações desenvolvidas. deve ser criteriosa.

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Complicações cardiovasculares Complicações cardiovasculares

 ARRITMIAS CARDÍACAS  ARRITMIAS CARDÍACAS


 As arritmias cardíacas resultam dos 3  TAQUICARDIA SINUSAL
seguintes mecanismos:
 Frequência cardíaca acima de 100bpm. A
 Distúrbios do automatismo: estes podem onda P, o complexo QRS e a onda T estão
envolver aceleração ou desaceleração de normais, porém sua velocidade é excessiva. É
estruturas automáticas, como nó sinusal e o nó uma resposta fisiológica à necessidade de um
atrioventricular;
débito cardíaco aumentado. Acarreta aumento
 Distúrbios da condução: a condução pode ser do trabalho cardíaco e do consumo de O2 pelo
tanto muito como muito lenta (como no miocárdio com risco de isquemia e infarto.
bloqueio atrioventricular);
 Sempre tratar a causa da Taquicardia Sinusal
 Distúrbios do automatismo e da condução:
extra-sístole com bloqueio AV

ECG NORMAL ECG NORMAL

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Complicações cardiovasculares Complicações Cardiovasculares

 TAQUICARDIA SINUSAL  ARRITMIAS CARDÍACAS


 CAUSAS TAQUICARDIA SUPRA VENTRICULAR
 Dor; A taquicardia supraventricular pode
 Ansiedade; ser tanto uniforme como multifocal,
 Complicações respiratórias; incluem as seguintes taquicardias:
 Hipo ou hipervolêmia;  Taquicardia paroxística supraventricular;
 Infecção;
 Taquicardia atrial não paroxística;
 uso de drogas (Atropina, Efedrina,
Adrenalina, Quetamina)
 Taquicardia atrial multifical
 Estresse;  Taquicardia juncional;
 Hipotensão;  Flutter atrial;
 Hipertermia  Fibrilação atrial.

TAQUICARDIA
SUPRAVENTRICULAR Complicações cardiovasculares

 TAQUICARDIA VENTRICULAR
 É definida como 3 ou mais batimentos
sucessivos de origem ventricular, com
frequência cardíaca maior do que
100bpm. Os complexos QRS são mais
largos do que o normal. As
consequências hemodinâmicas da TV
dependem muito da presença ou
ausência de disfunção miocárdica.

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Complicações cardiovasculares Complicações cardiovasculares


 ARRITMIAS CARDÍACAS
 TAQUICARDIA SUPRA  BRADICARDIA SINUSAL
VENTRICULAR E VENTRICULAR  É definida como uma frequência cardíaca inferior
a 60bpm. Todos os complexos QRS são normais.
O espaço PR é normal.
 CAUSAS
 CAUSAS  Ação prolongada de drogas (opiáceos,
 Hipóxia; neostigmina);
 Bloqueio simpático alto após anestesia raqui ou
 Distúrbio eletrolítico; peridural (T3, T4);
 Acidose;  Dor;
 Aumento da PIC;
 coronariopatia.  Hipotermia;
 Acidose e doenças de base (hipotireoidismo)

COMPLICAÇÕES COMPLICAÇÕES
CARDIOVASCULARES CARDIOVASCULARES
 ARRITMIAS CARDÍACAS  DISRITMIAS
DISRITMIAS
CAUSAS:
São anormalidades na velocidade,  Hipóxia;
regularidade ou na sequência da
ativação cardíaca.  Desequilíbrio hidroeletrolítico ou ácido-básico;
TIPOS:  Hipopotassemia;
 Contrações atriais prematuras (onda P  Sobredose digitálica;
prematura e complexo QRS normal);
 Contrações ventriculares prematuras (não há  Hipotermia;
onda P antes do complexo QRS, sendo este  Dor
anormalmente largo, ou amplo;
 Fibrilação atrial (onda P ausente, Complexo  Doenças de base.
QRS ocorrem irregularmente).

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Avaliação das condições do


AÇÕES DE ENFERMAGEM paciente e critérios de alta da SRA

 Monitorar a função cardíaca e fazer  Índice de Aldrete e Kroulik avalia:


eletrocardiograma se necessário;
 Administrar drogas prescritas;  Consciência
 Aquecer o paciente;  Atividade
 Monitorar SSVV;  Respiração
 Administrar O2 úmido (2-5litros por min) por
máscara simples, Venturi ou alto fluxo;  Circulação
 Providenciar material para marcapasso se  Saturação
necessário (bradicardia); Escore de cada dimensão varia de 0 a 2 e o
 Providenciar material para cardioversão elétrica escore total de 0 a 10
se necessário (TSV e TV);
Pacientes com escore entre 8 e 10 podem
 Anotar ações desenvolvidas. receber alta da SRA

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INDICE DE ALDRETE E KROULIK

Consciência: acordado (2), responde a


estimulo (1), não responde (0)

Via aérea: tosse, choro(2), mantida (1), não


mantida(0)

Movimento: intencional(2), não intencional


(1), ausente (0)

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Escala de RANSEY Escala de RANSEY


NÍVEL CLINICO GRAU DE NÍVEL CLINICO GRAU DE
Para a avaliação de clientes sedados SEDAÇÃO SEDAÇÃO
ATINGIDO ATINGIDO
sob efeitos da anestesia, ANSIOSO, DORMINDO COM
1 4 RESPOSTA
encaminhados a SRA podemos fazer AGITADO OU
INQUIETO MINIMA A
ESTIMULO TATIL
uso da escala de Ransey que avalia OU AUDITIVO

COOPERATIVO, SEM RESPOSTA A


o grau de sedação com uma 2 ACEITANDO 5 ESTIMULO TÁTIL
OU AUDITIVO,
VENTILAÇÃO,
pontuação de 1 a 6 referente ao ORIENTADO E
POREM COM
RESPOSTA À DOR
TRANQÜILO
nível clinico do cliente. DORMINDO SEM RESPOSTA A
3 COM RESPOSTA 6 ESTIMULO
DOLOROSO
DISCRETA A
ESTIMULO
TÁTIL OU
AUDITIVO

Avaliação das condições do Avaliação das condições do


paciente e critérios de alta da SRA paciente e critérios de alta da SRA

 TEMPO DE PERMANÊNCIA NA SRA

A permanência na SRA depende do


estado do paciente e de sua necessidade
em receber maior cuidado e tratamento.
Geralmente ele permanece até que os
SSVV se normalizem. Alguns hospitais
limitam o tempo em até duas horas.
Entretanto, somente o estado do paciente
deve determinar a sua remoção da SRA.

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INDICADORES DE QUALIDADE EM INDICADORES DE QUALIDADE EM


SRA SRA
INDICADORES ASSISTENCIAIS OU DE SEGURANÇA Indicador por problemas relacionados aos
medicamentos
Indicador de manutenção da normotermia

Hipotermia caracterizada por temperatura corpórea O percentual de erro de administração de


inferior a 36ºC (incidência em torno de 60% em SRA) medicações só é feito na SRA, devido ao grande
número de administração de medicamentos.

P= No. Pacientes com hipotermia acima de 1 hora x P= No. De notificações de erro de medicação x
100
No. Pacientes admitidos na SRA 100
No. Pacientes admitidos na SRA

P= Prevalência de pacientes com hipotermia


P= Prevalência de erro de medicação

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INDICADORES DE QUALIDADE EM INDICADORES DE QUALIDADE


SRA SRA
Indicador de dor  OUTROS INDICADORES
A dor pós-operatória é um sintoma de etiologia bem
definida: o ato cirúrgico e deve ser abordada por  INDICADORES DE ESTRUTURA
uma equipe multidisciplinar.
 Presença do enfermeiro durante todo o
P= No. De notificações de pacientes com dor x 100 período de funcionamento da SRA;
No. Pacientes admitidos na SRA
 Percentual de horas de treinamento;
 Percentual de absenteísmo;
P= Prevalência de paciente com dor na SRA

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INDICADORES DE QUALIDADE EM INDICADORES DE QUALIDADE NA


SRA SRA

 Disponibilidade de equipamentos;  OUTROS INDICADORES


 Percentual de enfermeiros especialistas; INDICADORES DE PROCESSO
 Percentual de participação de enfermeiro  Número de pacientes atendidos por dia e
em eventos científicos; por mês;
 Disponibilidade de serviços.  Percentual de cirurgias suspensas na
SRA;
 Tempo médio de permanência na SRA.

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INDICADORES DE QUALIDADE NA
SRA CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Percentual de permanência na SRA acima
de 3 horas. Não se pode prever como será o futuro, acredita –se
que as salas de recuperação pós-anestésica e os
 Percentual de atendimentos na SRA por enfermeiros continuarão desempenhando um papel
especialidade; fundamental para o sucesso da recuperação de
pacientes submetidos a procedimentos anestésicos-
 Percentual de anestesia geral e regional. cirúrgicos. Para tanto é necessário que os
enfermeiros estejam preparados, de forma técnica e
cientifica, para prestar uma assistência eficaz e
segura e para acompanhar as constantes mudanças
tecnológicas, econômicas e culturais do campo em
que atuam.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FERREIRA, M.F.; SLVA, A.F.; IWAMOTO, V.E. Indicadores em Centro Cirúrgico. In: LEÃO,
E.R.; SILVA, C.P.R.; ALVARENGA, D.C.; MENDONÇA, S.H.F. Qualidade em saúde e
indicadores como ferramenta de gestão. São Caetano do Sul, SP: Yendis Ed. 2008.

POSSARI, J.F. Assistência de enfermagem na Recuperação Pós-Anestésica (RPA). São


Paulo: Iátria Ed. 2003.

RODRIGUES, L.A.; CHOUIN, C.L.M. Complicações cirúrgicas. Prevenção e tratamento. Rio


de Janeiro: Guanabara-Koogan. 2006.

AMERICAN HEART ASSOCIATION. Suporte de Vida Avançado em Cardiologia. 1999.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO, CENTRAL DE


MATERIAIS E SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA (SOBECC). Recomendações
Práticas. 2009.

William, M,et al, ENFERMAGEM EM CENTRO CIRURGICO Atualidades e perspectivas no


ambiente cirurgico. São Paulo, Martinari. Ed. 2008

Email: enfjonas@hotmail.com
81 OBRIGADO!

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