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Cirurgia Segura

Enfª Priscila Cesconeto.


Setor:Centro Cirurgico.
Iniciou-se um surto de
progresso intelectual e
material e o português
Joaquim da Rocha Mazarem
é reconhecido como o
primeiro professor de Inúmeros progressos tecnológicos
cirurgia. proporcionaram o emprego de novos
o marco da criação da Escola avanços. Citamos a cirurgia dos
Sangrar e amputar eram os Anatômica, Cirúrgica e transplantes de órgãos, a
principais atos cirúrgicos aplicados Médica do Rio de Janeiro, microcirurgia, o emprego de próteses
por cirurgiões-barbeiros itinerantes, que inicialmente funcionou e endopróteses, a cirurgia
boticários, sangradores, no Hospital Real Militar e videoendoscópica e as técnicas de
curandeiros e feiticeiros Ultramar, imagem congregando a radiologia
invasiva.

6500 A.C 1101 A 1200 1601 A 1700 1808 1832 ATUAL

É realizada uma reforma que


Trepanação, este foi Cirurgiões ligados às escolas
transformou em faculdades, as
considerado o primeiro médicas. Nesta época foram
escolas de medicina da Bahia e
procedimento cirúrgico. alcançadas técnicas para
do Rio de Janeiro
atendimento das fissuras e
luxações, fístulas e cuidados
com as feridas.
QUAL A FINALIDADE DA CIRURGIA?

Terapêutico (curativo ou paliativo)

Diagnóstico.

Anos após o início da história da cirurgia, ela passou a ser utilizada para implantação de
dispositivos médicos, chegando até aos transplantes de tecidos ou órgãos.

No entanto, a principal definição da cirurgia é a alteração estrutural do o corpo humano por


incisão ou rompimento de tecidos. Essa prática da Medicina também serve como tratamento
diagnóstico ou terapêutico de condições ou doenças de diversos tipos.

Os principais equipamentos utilizados são lasers, ultrassom, bisturis e sondas. Após a cirurgia,
é esperado que pacientes se recuperem no momento do pós-operatório.
Quais são os tipos de cirurgia?

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Classificação por urgência Classificação por finalidade Classificação por porte

Eletivos Curativa Grande porte


De urgência Paliativa Médio porte
De emergência Diagnóstica Pequeno porte
Reparadora
Reconstrutora
PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA

O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado em todos os locais


dos estabelecimentos de saúde em que sejam realizados procedimentos, quer
terapêuticos, quer diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo humano
ou em introdução de equipamentos endoscópios, dentro ou fora de centro
cirúrgico, por qualquer profissional de saúde.
PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA
Há muitos fatores para que um procedimento cirúrgico seja realizado de
forma segura:
Profissionais capacitados,
Ambiente seguro,
Equipamentos e materiais adequados para a realização do procedimento,
Conformidade com a legislação vigente, entre outros.
Lista de Verificação de Cirurgia Segura como uma estratégia para reduzir
o risco de incidentes cirúrgicos.
Manual de Cirurgia Segura, desenvolvidos pela OMS.
CHEKLIST DE CIRURGIA SEGURA

Lista de Verificação: Demarcação de Condutor da Lista de Segurança Anestésica: Equipe cirúrgica:


Lateralidade: conjunto de ações realizadas
lista formal utilizada para Verificação: profissional equipe composta por
pelo anestesiologista, que
identificar, comparar e demarcação de local ou de saúde (médico ou visa à redução da cirurgiões,
verificar um grupo de locais a ser operados. profissional da insegurança anestésica por anestesiologistas,
itens/procedimentos . Esta demarcação é enfermagem), que esteja meio da inspeção formal do
profissionais de
particularmente equipamento anestésico, da
participando da cirurgia checagem dos medicamentos enfermagem, técnicos
importante em casos de
e seja o responsável por e do risco anestésico do e todos os profissionais
lateralidade (distinção paciente antes da realização
conduzir a aplicação da envolvidos na cirurgia.
entre direita e esquerda), de cada cirurgia. Este
estruturas múltiplas lista de verificação, de procedimento deve seguir as
(p.ex. dedos das mãos e acordo com diretrizes da orientações contidas no
dos pés, costelas) e instituição de saúde. Manual para Cirurgia Segura
da OMS, traduzido pela
níveis múltiplos (p.ex. Agência Nacional de
coluna vertebral) Vigilância Sanitária - ANVISA.
A Lista de Verificação divide a cirurgia em três
fases:
I - Antes da indução anestésica;

Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível, que sua identificação
tenha sido confirmada.

Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão corretos.

Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia.

Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação

Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu funcionamento.

Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de perda sanguínea do paciente,


dificuldades nas vias aéreas, histórico de reação alérgica e se a verificação completa de
segurança anestésica foi concluída.
A Lista de Verificação divide a cirurgia em três
fases:
II -Antes da incisão cirúrgica;

A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e função.

A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente correto, no sítio cirúrgico


correto.

A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos para a cirurgia,
usando as questões da Lista de Verificação como guia.

A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60 minutos da


incisão cirúrgica.

A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens necessários.


A Lista de Verificação divide a cirurgia em três
fases:
III -Antes do paciente sair da sala de cirurgia;

A conclusão da contagem de compressas e instrumentais.

A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida.

A revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou questões que


necessitem ser solucionadas.

A revisão do plano de cuidado e as providencias quanto à abordagem pósoperatória e da


recuperação pós-anestésica antes da remoção do paciente da sala de cirurgia.
Preparo Pré-Operatório do Cliente
O preparo pré-operatório do cliente hospitalizado consiste nos procedimentos a serem realizados em um período compreendido de 24 horas que antecedem o
procedimento cirúrgico.
Identificação do cliente;
Confirmar a identificação do cliente por meio da pulseira;
Placa à beira leito;
Confirmação verbal do cliente, se possível.

Realizar os cuidados pré-operatórios seguindo as determinações dos tipos de precauções:


padrão;
contato;
respiratório por aerossóis;
respiratório por gotículas e/ou reverso.

Orientar previamente ao cliente sobre a necessidade e o tempo de jejum prescrito.


Recomenda-se 8 horas de jejum para alimentos sólidos.
Monitorizar a glicemia capilar e observar sinais de hipoglicemia (sudorese, tremores, palidez, náuseas, etc.).
Inconformidades: Informar ao médico qualquer não conformidade quanto ao cumprimento do tempo de jejum, tanto para mais quanto para menos, e presença de
eventos indesejados.

Punção Venosa.
Manter pérvio o cateter intravascular periférico (18 -20 Fr) ou o cateter intravascular central.

Preparo gastrointestinal e vesical.


Prescrever o tipo de solução; o método de aplicação e o intervalo, quando for indicado.
Realizar o preparo intestinal, quando prescrito, “Lavagem intestinal retrógrada”.
Esvaziar as bolsas de colostomia e vesical, se for o caso, antes do encaminhamento ao Centro Cirúrgico.

Higiene corporal.
Tipo de degermante e ao horário do banho, de acordo com o tipo de cirurgia.
DIRETRIZES OPERACIONAIS E ASSISTENCIAIS PARA CIRURGIA SEGURA

Pré-operatório

I. Atendimento ambulatorial pré-operatório


II. Preparo pré-operatório do cliente
Ambulatórios e
Unidades de Internação

Intraoperatório
III. Recepção do cliente no Centro Cirúrgico
IV. Antes da indução anestésica e da incisão cirúrgica
V. Antes de o cliente sair da sala operatória
Centro Cirúrgico

Pós-operatório imediato

VI. Pós-operatório imediato

Sala de Recuperação
PósAnestésica (SRPA)
Dez objetivos essenciais para a segurança cirúrgica

Objetivo 1. A equipe operará o paciente certo e o sítio cirúrgico certo.


Objetivo 2. A equipe usará métodos conhecidos para impedir danos na administração de anestésicos, enquanto protege o paciente da
dor.
Objetivo 3. A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para perda de via aérea ou de função respiratória que ameacem a
vida.
Objetiva 4. A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para o risco de grandes perdas sanguíneas.
Objetivo 5. A equipe evitará a indução de reação adversa a drogas ou reação alérgica sabidamente de risco ao paciente.
Objetivo 6. A equipe usará de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção do sítio cirúrgico.
Objetivo 7. A equipe impedirá a retenção inadvertida de compressas ou instrumentos nas feridas cirúrgicas.
Objetivo 8. A equipe manterá seguros e identificará precisamente todos os espécimes cirúrgicos.
Objetivo 9. A equipe se comunicará efetivamente e trocará informações críticas para a condução segura da operação.
Objetivo 10. Os hospitais e os sistemas de saúde pública estabelecerão vigilância de rotina sobre a capacidade, volume e resultados
cirúrgicos.
REFERENCIAS
https://cbc.org.br/o-cbc/a-historia/a-evolucao-da-cirurgia/
file:///C:/Users/Agendamento/Downloads/PROTOCOLO%20CIRURGIA%20SEGURA%20(1).pdf

https://doi.org/10.1590/S0104-59701998000200005

https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/protocolos-
assistenciais/CirurgiaSegurav2final..docx.pdf

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_cirurgias_seguras_guia.pdf

https://segurancadopaciente.com.br/qualidade-assist/cirurgia-segura-10-pontos-que-devem-estar-no-checklist/

http://mapa.an.gov.br/index.php/dicionario-periodo-colonial/171-escola-anatomica-cirurgica-e-medica-do-rio-de-janeiro

http://antigo.anvisa.gov.br/documents/33852/271855/Nota+T%C3%A9cnica+GVIMS-GGTES+n%C2%BA+04-
2017/2bbdb035-4356-4512-841e-8ef5ddbdbc75?version=1.0
Registar a orientação e conduta no prontuário.

Enfª Priscila Cesconeto.


Setor:Centro Cirurgico.

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