Você está na página 1de 29

INTRODUÇÃO Á ENFERMAGEM

CIRÚGICA : CENTRO CIRÚRGICO

Enfermagem Cirúrgica
Prof: Sandy Milena

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel


1
INTRODUÇÃO: CONCEITOS
Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, lesão ou
deformidade externa e/ou interna com o objetivo de reparar,
corrigir ou aliviar um problema físico. É realizada na sala de
cirurgia do hospital, em ambulatório ou consultório, quando
o procedimento for considerado simples.
CIRURGIA
EMERGÊNCI
A
URGÊNCIA

ELETIVA

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 2


CENTRO CIRÚRGICO
É o conjunto de áreas e instalações agrupadas dentro de um hospital,
onde permite-se a realização de atividades cirúrgicas, as quais requer as
melhores condições de higiene e assepsia para que se garanta a
segurança do paciente e sua integralidade, e que haja conforto para
equipe médica e enfermagem.

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 3


CENTRO CIRÚRGICO

COMPOSTO:

CENTRO CIRÚRGICO(CC)
propriamente dito

UNIDADE DE
CENTRO
CIRÚRGICO

CENTRO DE MATERIAIS E SALA DE RECUPERAÇÃO


ESTERELIZAÇÃO (CME) PÓS-ANESTÉSICA

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel


4
CENTRO CIRÚRGICO PROPRIAMENTE DITO:
São: salas operatórias – SO, lavabos, vestuários, sala de depósito de
materiais, banheiros etc.

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 5


SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS – ANESTÉSICA (SRPA):

• Destina-se a
receber e prestar
assistência ao
paciente sob
ação anestésica.
• Deve ser
localizada
próximo ás Sos,
permitindo fácil
acesso ao
atendimento dos
cirurgiões,
anestesiologistas
e da
enfermagem.
Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 6
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO (CC):

Onde a circulação de pessoas é


Não crítica/ Não
livre, não exigindo cuidados
restrita
especiais e nem uso de uniforme
privativo

EXEMPLOS:
CORREDORES
EXTERNOS

VESTUÁRIOS

LOCAIS DE
TRANSFERENCIAS DE
MACA

7
Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO (CC):

Permite a circulação de pessoas e


SEMICRÍTICA / equipamentos, desde que não interfira no
SEMIRESTRITA controle e manutenção da assepsia
cirúrgica
EXEMPLOS
Roupa
privativa, gorro
e mascara são
SRPA necessários

Sala de equipamentos/materiais

Farmácia satélite

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 8


ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO (CC):

CRÍTICAS/
RESTRISTAS
Tem limites bem definidos para
circulação de pessoas e equipamentos;
EXEMPLOS - Máscaras são exigidas, além de roupa
privativa de CC, gorro etc.
- As técnicas de assepsias devem ser
rigorosamente cumpridas

SALAS CORREDOR
CIRÚRGICAS LAVADOS
INTERNO

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 9


EQUIPAMENTOS DE UMA SALA CIRÚRGICA

• Fixos: Foco central; Negatoscópio; Sistemas de canalização de


ar e gazes, Prateleiras.
• Móveis: Mesa cirúrgica e acessórios, Aparelhos de anestesia,
Mesas auxiliares para instrumental cirúrgico, Bisturi elétrico,
Aspirador de secreções, Aparelhos monitores dentre outros.

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 10


LAVABOS DO CENTRO CIRÚRGICO
Os lavabos são destinados a desgerminação de mãos e antebraços,
devem possuir profundidade que permita a realização do
procedimento sem o contato com as torneiras e as bordas, conter
torneiras com comando de dispensador que dispensem o contato das
mãos para o fechamento e conter dispensadores de sabão.

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 11


ENFERMAGEM CIRÚRGICA

DEFINIÇÃO: É a parte da Enfermagem que presta


assistência ao paciente cirúrgico nos períodos divididos em :
PRÉ-OPERATÓRIO, INTRA-OPERATÓRIO e PÓS-
OPERATÓRIO, com objetivo de prevenir complicações
físicas, emocionais ou aquelas que atrapalhe a recuperação
do paciente.

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 12


PRÉ - OPERATÓRIO
É todo cuidado dispensado ao paciente no momento em que se
começa a planejar a cirurgia. E termina com sua transferência para o
centro cirúrgico, no momento da administração da anestesia.
• OBJETIVOS: - Orientar o paciente quanto aos cuidados pré-
operatórios; - Promover condições para uma cirurgia segura; -
Reduzir complicações.
• PRÉ-ÓP: MEDIATO E IMEDIATO

EXEMPLOS: Realizar admissão do


paciente, realizar anamnese: verificar
antecedentes alérgicos, patológicos, uso
de fármacos etc. – Realizar tricotomia da
área operatória, tranquilizar o paciente,
identificação do paciente etc.

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 13


INTRA - OPERATÓRIO
Começa quando o paciente é
transferido para a mesa da sala de • Exemplos:
cirurgia e termina na sala de • Monitorizar o paciente e
recuperação pós-anestésica. mantê-lo aquecido.
• Auxiliar a equipe cirúrgica
a posicionar o paciente
na mesa cirúrgica.
• Auxiliar a anestesiologista
durante a indução
anestésica.
• Registar todo os cuidados
e procedimento cirúrgico
no prontuário do paciente.

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 14


PÓS-OPERATÓRIO
O pós-operatório inicia-se a partir da saída do cliente da sala de
operação e perdura até sua total recuperação. Subdivide-se em pós
operatório imediato (POI) onde é encaminhado para RPA e fica até a
liberação do anestesista e perpetua até às 24 horas posteriores à
cirurgia; mediato, após as 24 horas onde permanece na internação e
até 7 dias depois; e tardio, após 7 dias do recebimento da alta

CUIDADOS DA ENFERMAGEM: - identificar,


prevenir e tratar os problemas comuns aos
procedimentos anestésicos e cirúrgicos, tais
como dor, laringite pós- entubação traqueal,
náuseas, vômitos, retenção urinária, flebite
pós- punção venosa e outros, com a
finalidade de restabelecer o seu equilíbrio.

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 15


PÓS-OPERATÓRIO

• Anormalidades e complicações do pós-operatório: -


Alteração de sinais vitais (TEMP, PA, FC, SPO2).
• Alterações Neurológicas: - Dor, Sonolência, Soluço.
• Complicações Pulmonares: - Por aspiração de secreção ou
vômitos.
• Complicação Urinária: - Retenção Urinária.
• Complicações Gastrointestinais: Náuseas e Vômitos.
• Constipação Intestinal: Não evacuar
• Complicações Vasculares: - Devido á longa permanência
no leito pode provocar TROMBOSE VENOSA OU
ARTERIAL OU EMBOLIA PULMONAR.
• Complicações na ferida operatória: - Hemorragia
• Infecção da ferida cirúrgica
Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 16
PÓS-OPERATÓRIO

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 17


CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME):

• Destina-se ao preparo e esterilização do material e equipamentos


usados no cc e nas unidades do hospital
- Podendo ser centralizada quando presta serviço a todo hospital
ou descentralizada, apenas vinculada ao cc.

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 18


CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME):
A Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) de 15 de março de 2012, conhecida como RDC nº 15,
dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos
para saúde e dá outras providências. Este Regulamento tem como objetivo
de garantir a segurança do paciente e dos profissionais envolvidos.
• São adotadas as seguintes definições na RDC n° 15:
- Barreira técnica: conjunto de medidas comportamentais
dos profissionais de saúde visando a prevenção de
contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente
limpo, na ausência de barreiras físicas.
• Controle de qualidade do processamento dos produtos
para saúde:- avaliação sistemática e documentada da
estrutura e do processo de trabalho e avaliação dos
resultados de todas as etapas do processamento de
produtos para saúde.
19
Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel
CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME):
• Processamento de produto para saúde: conjunto de ações
relacionadas a pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem,
avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo,
desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para
as unidades consumidoras.
Atividades desenvolvidas: ✓ Recepção,
conferência, limpeza e desinfecção de
materiais ✓ Inspeção e montagem de materiais
incluindo os produtos para a saúde de
assistência ventilatória e instrumentais
cirúrgicos ✓ Esterilização de materiais e
roupas em autoclave de vapor sob pressão ✓
Armazenagem e distribuição de materiais e
roupas estéreis

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 20


CONCEITOS UTILIZADOS NA CME
• Descontaminação: processo de redução dos microrganismos de produtos
para a saúde, objetos e superfícies;
• Limpeza: remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas, redução da carga
microbiana presente nos produtos para saúde, utilizando água, detergentes,
produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação mecânica (manual ou
automatizada), atuando em superfícies internas (lúmen) e externas, de
forma a tornar o produto seguro para manuseio e preparado para
desinfecção ou esterilização;
• Desinfecção: processo de destruição de microrganismos na forma
vegetativa presentes em produtos para a saúde, por meios físicos ou
químicos;
• Esterilização: é o processo pelo qual os microrganismos são eliminados
sendo impossibilitados de se reproduzirem, resultando no que é chamado
de morte microbiana. Convencionalmente, um produto para saúde é
considerado estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos
microrganismos que o contaminavam seja menor que 1.000.000 (10-6 ).

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 21


CONCEITOS UTILIZADOS NA CME
Produtos para saúde (PPS) passíveis de processamento: São os
materiais ou produtos para saúde fabricado a partir de matérias prima e
conformação estrutural, que permitem repetidos processos de limpeza,
preparo e desinfecção ou esterilização, até que percam a sua eficácia e
funcionalidade Rastreabilidade: capacidade de traçar o histórico do
processamento do produto para saúde e da sua utilização por meio de
informações previamente registradas.

22
Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel
CONCEITOS UTILIZADOS NA CME

PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA


SAÚDE (PPS):

ARÉA DE RECEBIMENTO ARÉA DE PREPARO E ARÉA DE DESTRIBUIÇÃO


DE MATERIAL MONTAGEM DAS E DESMONTAGEM DAS
CONTAMINADO CARGAS DE AUTOCLAVE CARGAS DE AUTOCLAVE
(EXPURGO) (ARÉA LIMPA) (ARÉA LIMPA)

O FLUXO DEVE SER SEMPRE UNIDIRECIONAL E


SEPARADO POR BRREIRAS FÍSICAS

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 23


CRITÉRIOS MÍNIMOS RECOMENDADOS PARA O PPS:
PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE
• PPS CRÍTICOS: Um produto para
saúde crítico é aquele que penetra
em tecidos estéreis ou sistema
vascular e precisa estar esterilizado
porque qualquer contaminação
pode resultar em transmissão de
doença (por exemplo: instrumental
cirúrgico).
• PPS SEMICRÍTICOS: entram em contato com
membranas mucosas íntegras ou pele não intacta. O
risco potencial de transmissão de infecção é
intermediário, porque as membranas apresentam uma
certa resistência a infecções causadas por esporos.
Estes produtos para a saúde devem, no mínimo,
receber desinfecção de alto nível. Exemplo: inalador,
nebulizador, umidificador.
24
Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel
CRITÉRIOS MÍNIMOS RECOMENDADOS PARA O PPS:
PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE
PPS NÃO CRÍTICOS: estes entram em contato com pele intacta ou não
entram em contato direto com o paciente. O risco potencial de transmissão de
infecções é baixo. Se estes produtos estiverem contaminados com matéria
orgânica devem no mínimo, receber desinfecção de baixo nível como exemplo
o termômetro axilar, oxímetro de pulso e mesa auxiliar.

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 25


CRITÉRIOS MÍNIMOS RECOMENDADOS PARA O PPS:
PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE

Detergente enzimático: Os detergentes


enzimáticos são elaborados à base de
enzimas que atuam sobre a matéria orgânica,
possuem em sua composição tensoativos
que auxiliam na remoção de gorduras, por
meio da redução da tensão superficial,
dispersão e suspensão da sujeira.

O mecanismo ocorre pela ação das enzimas sobre a


matéria orgânica, decompondo o sangue e os fluídos
corporais aderidos aos materiais, facilitando sua
remoção e promovendo a limpeza.

Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 26


Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 27
Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 28
Técnico em Enfermagem – Colégio São Miguel 29

Você também pode gostar