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ENFERMAGEM CIRÚRGICA

Enf. Enock Barroso dos Santos


Mestre Em Enfermagem-UFAM
Esp. Em Vigilância em Saúde e Epidemiologia Aplicada à Saúde Coletiva-UEA
2 A EVOLUÇÃO DA CIRURGIA

Sangrar e amputar eram os


principais atos cirúrgicos
aplicados por cirurgiões-
barbeiros itinerantes, muito
conhecidos na França e no
restante da Europa durante
os séculos XII e XIII. Esses
artífices estavam longe do
ensino médico, das
necessidades e eram
independentes.
3 A EVOLUÇÃO DA CIRURGIA

No século XVII ainda


existiam em grande número
e ocupavam a prática
cirúrgica. Naquele século já
eram conhecidos os
cirurgiões ligados às escolas
médicas. Nesta época foram
alcançadas técnicas para
atendimento das fissuras e
luxações, fístulas e
cuidados com as feridas.
4 A EVOLUÇÃO DA CIRURGIA
No início do século XVIII
encontramos no Brasil
poucos relatos sobre o
ensino da cirurgia e da
própria técnica cirúrgica. A
transferência do vice-
reinado, em 1763, trouxe
um programa que se
refletiria também no ensino
da cirurgia.
5 A EVOLUÇÃO DA CIRURGIA
Em 1790 é nomeado
Cirurgião Mor da
Misericórdia Antônio José
Pinto, que ali ministrou o I
Curso Regular de
Operações, Clínicas e
Técnicas Cirúrgicas.
6 A EVOLUÇÃO DA CIRURGIA
Com a chegada da família
real, em 1808, iniciou-se um
surto de progresso
intelectual e material e o
português Joaquim da Rocha
Mazarm é reconhecido
como o primeiro professor
de cirurgia. Em 1832 é
realizada uma reforma que
transformou em faculdades,
as escolas de medicina da
Bahia e do Rio de Janeiro.
7 A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA
Da segunda metade do século
XX ao início do século XXI
inúmeros progressos
tecnológicos proporcionaram o
emprego de novos avanços.
Citamos a cirurgia dos
transplantes de órgãos, a
microcirurgia, o emprego de
próteses e endopróteses, a
cirurgia videoendoscópica e as
técnicas de imagem
congregando a radiologia
invasiva.
1. O CENTRO CIRÚRGICO

8
MISSÃO, VISÃO E VALORES DO CENTRO

9
CIRÚRGICO
MISSÃO, VISÃO E VALORES
10 DO CENTRO CIRÚRGICO
A missão dos Centros Cirúrgicos
é realizar assistência
perioperatória e tratamento
MISSÃO

intensivo pós-anestésico com


base nos padrões de segurança
e qualidade em saúde, visando
o atendimento de qualidade ao
paciente;
MISSÃO, VISÃO E VALORES
11 DO CENTRO CIRÚRGICO
a capacitação dos residentes,
pesquisadores e alunos bem
como o bem-estar e satisfação
MISSÃO

dos funcionários da unidade.


MISSÃO, VISÃO E VALORES
12 DO CENTRO CIRÚRGICO
Ser uma área de assistência
cirúrgica de excelência,
valorizando a integralidade do
cuidado, a humanização, a
VISÃO

modernização e a integração.
MISSÃO, VISÃO E VALORES
13 DO CENTRO CIRÚRGICO
EFICÁCIA - capacidade de
produzir melhorias na saúde e
no bem-estar.
VALORES

EFETIVIDADE - melhoria na
saúde, alcançada ou alcançável
nas condições usuais da prática
cotidiana.
MISSÃO, VISÃO E VALORES
14 DO CENTRO CIRÚRGICO
EFICIÊNCIA - é a medida do
custo com o qual uma dada
melhoria na saúde é alcançada.
VALORES

Se duas estratégias de cuidado


são igualmente eficazes e
efetivas, a mais eficiente é a de
menor custo.
MISSÃO, VISÃO E VALORES
15 DO CENTRO CIRÚRGICO
OTIMIZAÇÃO - torna-se
relevante à medida que os
efeitos do cuidado da saúde
VALORES

não são avaliados em forma


absoluta, mas relativamente
aos custos.
MISSÃO, VISÃO E VALORES
16 DO CENTRO CIRÚRGICO
OTIMIZAÇÃO - Numa curva
ideal, o processo de adicionar
benefícios pode ser tão
VALORES

desproporcional aos custos


acrescidos, que tais "adições"
úteis perdem a razão de ser.
MISSÃO, VISÃO E VALORES
17 DO CENTRO CIRÚRGICO
ACEITABILIDADE - sinônimo de
adaptação do cuidado aos
desejos, expectativas e valores
VALORES

dos pacientes e de suas


famílias.
MISSÃO, VISÃO E VALORES
18 DO CENTRO CIRÚRGICO
LEGITIMIDADE - aceitabilidade
do cuidado da forma em que é
visto pela comunidade ou
VALORES

sociedade em geral.
MISSÃO, VISÃO E VALORES
19 DO CENTRO CIRÚRGICO
EQUIDADE - princípio pelo qual
se determina o que é justo ou
razoável na distribuição do
VALORES

cuidado e de seus benefícios


entre os membros de uma
população.
MISSÃO, VISÃO E VALORES
20 DO CENTRO CIRÚRGICO
HUMANIZAÇÃO - ambiência e
relações interpessoais.
VALORES
MISSÃO, VISÃO E VALORES
21 DO CENTRO CIRÚRGICO
COMPROMETIMENTO - atitude
proativa, compromisso com
melhorias nos processos de
VALORES

trabalho que visem garantir a


assistência cirúrgica segura e de
qualidade.
MISSÃO, VISÃO E VALORES
22 DO CENTRO CIRÚRGICO
▹ Produzir assistência
cirúrgica de excelência;
OBJETIVOS

▹ Formar profissionais para a


assistência em saúde, com
ênfase em cuidados
cirúrgicos em conformidade
com as legislações vigentes;
MISSÃO, VISÃO E VALORES
23 DO CENTRO CIRÚRGICO
▹ Trabalhar em conformidade
com metas internacionais,
OBJETIVOS

nacionais e institucionais
para a área de assistência
em saúde cirúrgica;
▹ Atuar de maneira
multiprofissional de modo a
garantir a qualidade dos
processos de trabalho nos
centros cirúrgicos
2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

24
25
EXEMPLO DE ESTRUTURA
26
EXEMPLO DE ESTRUTURA
27
EXEMPLO DE ESTRUTURA
28
EXEMPLO DE ESTRUTURA
29
EXEMPLO DE ESTRUTURA
30
EXEMPLO DE ESTRUTURA
31
EXEMPLO DE ESTRUTURA
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO

O centro cirúrgico é dividido


em áreas específicas, para o
controle asséptico de forma a
eliminar possíveis
contaminações.
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO

Áreas irrestritas Áreas


semirrestritas Áreas restritas
ou não restrita

zona de proteção zona limpa Zona estéril


ÁREAS IRRESTRITAS OU NÃO
RESTRITA

São aquelas cuja circulação


de pessoas é livre, de modo
que não exigem cuidados
especiais nem uso de
uniforme privativo.
Por exemplo: elevadores,
corredores externos que
levam ao centro cirúrgico,
vestiários, local de
transferência de macas
Áreas irrestritas

VESTIÁRIOS
Locais exclusivos com lavatórios,
chuveiros e vasos sanitários,
divididos em masculino e feminino,
destinados à troca de toda a
vestimenta pessoal pelo uniforme
privativo
ROUPA PRIVATIVA
VESTIMENTA CIRÚRGICA
Gorros
Máscara

Capote
cirúrgico

Propés
PARAMENTAÇÃO
Áreas irrestritas ou semirrestritas

CONFORTO PROFISSIONAIS

Destinado à equipe cirúrgica e à


equipe de enfermagem (juntas ou
separadas) no período de descanso
ou espera pela liberação de SO,
acoplada a uma copa com lanches e
bebidas destinadas aos profissionais
já vestidos com roupa privativa, cuja
circulação pelas dependências do
hospital ou fora dele está restrita.
Áreas irrestritas

SALA DE ESPERA

Destinada a familiares e/ou


acompanhantes, quando em
espera por informações sobre o
andamento do procedimento e
pela devolutiva médica após o
término da cirurgia.
ÁREAS SEMIRRESTRITAS

Permitem a circulação de
pessoal e de equipamentos, de
modo que não interfira no
controle e na manutenção da
assepsia cirúrgica.
ÁREAS SEMIRRESTRITAS

Nesses locais, é necessário o


uso de uniforme privativo e de
propés ou calçados
adequados.
Por exemplo: secretaria, copa,
salas de conforto e de guarda
de equipamentos.
RECEPÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE PACIENTES

Trata-se de uma área física que


permite a transferência do paciente
vindo da unidade de internação,
pronto-socorro ou UTI para o CC ou
vice-versa.

Áreas semirrestritas
SECRETÁRIA E ÁREA DE PRESCRIÇÃO MÉDICA

Destinada à comunicação dentro e fora do CC, inclusive com os


familiares; possui mesas e computadores para facilitar a
elaboração de relatórios e pedidos.

ÁREA DE ENFERMAGEM
Destinada à comunicação rápida e eficiente entre enfermeiros e
seus colaboradores em SO e com outros setores de apoio,
avaliação do mapa cirúrgico e passagem de plantão entre turnos.

Áreas semirrestritas
Áreas semirestrit

FARMÁCIA
Concentra os insumos descartáveis
utilizados nos procedimentos
anestésico-cirúrgicos, os quais
geralmente são montados em forma de
kits, preparados segundo o mapa
cirúrgico, de modo a facilitar a cobrança
dos materiais.

Áreas semirrestritas
Sala administrativa;
Corredores;
sala de procedimentos pré-anestésicos;
Sala de guarda e preparo de anestésicos;
Sala de utilidades e expurgo;
OUTRAS ÁREAS Sala de guarda de equipamentos;
Sala de depósito de cilindros de gases;
Salas de apoio às cirurgias especializadas;
Laboratório para revelação de radiografias;
Área de laboratório e anatomia patológica;
Depósito de material de limpeza (DML).

Áreas semirrestritas
ÁREAS RESTRITAS
São as que têm limites
definidos para a circulação de
pessoal e de equipamentos,
onde se deve empregar
rotinas próprias para
controlar e manter a assepsia
local.
ÁREAS RESTRITAS
Além do uniforme privativo, é
necessário o uso de máscaras
que cubram a boca e o nariz.
Por exemplo: salas cirúrgicas,
antessalas, lavabos e
corredores internos.
LAVABOS
Devem se situar o mais próximo
possível às SO e ser exclusivos para
a lavagem das mãos e eliminação de
germes de mãos e antebraços, com
pia de profundidade suficiente para
permitir a realização do
procedimento sem contato com as
torneiras e as bordas.

Áreas restritas
LAVABOS
Os lavabos devem conter torneiras e
dispensadores de sabão líquido com
comando que dispensem o contato
com as mãos. O ideal é a presença
de, no mínimo, duas torneiras para
cada SO.

Áreas restritas
LAVABOS
Na maioria dos CC, os lavabos se
situam no corredor interno e, por
isso, este corredor também é
classificado como área restrita.

Áreas restritas
ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS
ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS
ALGUNS CONCEITOS
IMPORTANTES
ASSEPSIA ANTISSEPSIA
É o processo com o qual você Consiste na utilização de
consegue afastar os micro- produtos denominados
organismos de um antissépticos sobre a pele ou
determinado ambiente, mucosas com objetivo de
objeto ou campo operatório. reduzir ou remover micro-
Exemplo: Uso de gorro, organismos em sua
óculos de proteção, capote, superfície. Exemplo: Lavar as
luvas, propés, roupa privativa. mãos.
ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS
Áreas restritas
SALAS DE OPERAÇÕES (SO)
Locais destinados à realização do procedimento anestésico-
cirúrgico propriamente dito; têm dimensões variadas, dependendo
das especialidades às quais se destinam.
SALAS DE OPERAÇÕES
PEQUENO PORTE
Deve ter, no mínimo, 20 m2 de tamanho, com
dimensão mínima de 3,45 m; é destinada a
cirurgias de pequeno porte, como oftálmicas,
otorrinolaringológicas e endoscópicas.

GRANDE PORTE
MÉDIO PORTE
Deve ter pelo menos 36 m2, com
Deve ter pelo menos 25 m2, com dimensão mínima de 5 m; é destinada às
dimensão mínima de 4,65 m; é cirurgias de grande porte ou àquelas nas
destinada à realização de cirurgias quais se devem utilizar muitos
gerais, ginecológicas, do sistema equipamentos, como ortopédicas,
digestório, respiratório, infantis e neurológicas, cardiológicas,
outras. laparoscópicas, robóticas e transplantes.
EQUIPAMENTOS DE UMA
SALA DE OPERAÇÃO

1 – equipamentos fixos

2 – equipamentos móveis
EQUIPAMENTOS FIXOS: São aqueles que são
adaptados à estrutura da sala de operação

• Foco central;
• Negatoscópio;
• Sistema de canalização de ar e gases;
Equipamentos fixos

FOCO CENTRAL
Equipamentos fixos

NEGATOSCÓPIO
Equipamentos fixos

SISTEMA DE CANALIZAÇÃO DE AR E GASES


EQUIPAMENTOS MÓVEIS: São aqueles que
podem ser deslocados ou acrescidos à sala de
operação de acordo com a necessidade

• Mesa cirúrgica e acessórios; • Balde inoxidável com rodízio;


• Aparelho de anestesia; • Suportes: de braço;
• Mesas auxiliares; • Hamper;
• Bisturi elétrico; • Escada de dois degraus;
• Aspirador de secreções; • Aparelhos monitores;
• Foco auxiliar; • Carro ou mesa para material estéreis.
• Banco giratório;
Equipamentos MÓVEIS

MESA CIRÚRGICA
Equipamentos MÓVEIS
APARELHO DE ANESTESIA
Equipamentos MÓVEIS
BISTURI ELÉTRICO
Equipamentos MÓVEIS

ESCADA DE DOIS DEGRAUS APARELHOS MONITORES


Equipamentos MÓVEIS

MESA PARA MATERIAL ESTÉREIS MESA DE MAYO


Equipamentos MÓVEIS

ASPIRADOR DE SECREÇÕES

FOCO AUXILIAR

SUPORTE DE SORO FIXO


Equipamentos MÓVEIS

BANCO GIRATÓRIO
BALDE INOXIDÁVEL COM RODÍZIO
Equipamentos MÓVEIS

SUPORTE DE BRAÇO HAMPER


Foco central

Aparelho de anestesia
Monitor
Aspirador

Bisturi elétrico

Mesa cirúrgica
Suporte de braço
3. CLASSIFICAÇÃO E
ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

75
CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA POR POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO

Grau de contaminação da operação:


As cirurgias são classificadas em:
(1) limpas;
(2) potencialmente contaminadas;
(3) contaminadas; e
(4) infectadas.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA POR POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO

01. CIRURGIAS LIMPAS: Eletiva,


fechamento por primeira intenção, sem
qualquer sinal ou sintoma de inflamação,
sem penetração nos tratos respiratórios,
gastrointestinal, geniturinário ou
orofaringe, sem qualquer falha na
técnica asséptica e sem drenos. Ex. (a
herniorrafia e safenectomia)

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA POR POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO

02. CIRURGIAS POTENCIALMENTE


CONTAMINADAS: Abertura do trato
respiratório, gastrointestinal ou
geniturinário sob condições controladas,
sem sinais de processo inflamatório.
Penetração de orofaringe ou vagina.
Pequena quebra de técnica. Ex.
(gastrectomia).

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA POR POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO

03. CIRURGIAS CONTAMINADAS:


Incisão na presença de inflamação não
purulenta aguda, quebra grosseira da
técnica asséptica, trauma penetrante há
menos de quatro horas, feridas abertas
cronicamente. Contaminação do trato
gastrointestinal. Penetração no trato
biliar ou geniturinário na presença de
bile ou urina infectada. Ex.
(colecistectomia com inflamação aguda).

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA POR POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO

04. CIRURGIAS INFECTADAS: Quando


há presença de secreção purulenta,
perfuração de víscera, trauma
penetrante há mais de quatro horas,
ferida traumática com tecido
desvitalizado, corpo estranho ou
contaminação fecal. Ex.: (ceco
perfurado).

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
CABEÇA E PESCOÇO

Trata das doenças e tumores que


acometem a região da face, fossas
nasais, seios paranasais, boca, faringe,
laringe, tireoide, paratireoides, glândulas
salivares, dos tecidos moles do pescoço
e couro cabeludo.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
CARDIOVASCULAR

Trata cirurgicamente doenças que


acometem o coração e a porção da
aorta imediatamente conectada ao
coração - a aorta torácica ascendente e
o arco aórtico.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
VASCULAR

Especialidade médica onde são tratados


os vasos sanguíneos — sistema
linfático, artérias e veias, ou seja, do
sistema circulatório englobando
doenças como aneurismas de aorta e
aterosclerose.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
GERAL

Tratar enfermidades passíveis de


abordagem por procedimentos
cirúrgicos, através de cirurgias
abdominais e videolaparoscopias.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
PEDIÁTRICA

A cirurgia pediátrica é considerada a


cirurgia geral da criança.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
ONCOLÓGICA

Área específica para tratar


cirurgicamente pessoas acometidas com
câncer (consiste na retirada do tumor) e
pode ser realizada em conjunto com
outros métodos, como a quimioterapia e
a radioterapia.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
PLÁSTICA

Especialidade voltada para reconstituir


alguma parte do corpo, tendo como fins
de reparação ou estético.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
NEUROCIRURGIA

Especialidade voltada para portadores


de doenças do sistema nervoso central e
periférico tais como hidrocefalia,
tumores.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
ORTOPÉDICAS

Especialidade voltada para o tratamento


de doenças e lesões do sistema
musculoesquelético.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
DIGESTÍVAS

Especialidade voltada para o cuidado do


sistema digestivo, o que inclui esôfago,
estômago, vesícula biliar, pâncreas,
fígado e toda a extensão dos intestinos
além do cólon, reto e ânus.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
BUCOMAXILOFACIAL

Especialidade odontológica que trata


cirurgicamente as doenças da cavidade
bucal, face e pescoço, tais como:
traumatismos e deformidades faciais.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESPECIALIDADE
OUTRAS

Cirurgia Ginecológica;
Cirurgia Oftalmológica;
Mastologia;
Cirurgia Otorrinolaringológica;
Cirurgia Proctológica.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A TERMINOLOGIA
SUFIXOS

Tomia: significa incisão, abertura de


parede ou órgão.
Stomia: significa fazer uma nova boca,
comunicar um órgão tubular ou oco com
o exterior.
Ectomia: significa retirar parcial ou
totalmente um órgão.

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


CLASSIFICAÇÃO QUANTO A TERMINOLOGIA
SUFIXOS

Plastia: significa reparação plástica da


forma ou função do segmento afetado.
Rafia: significa sutura.
Pexia: significa fixação de uma estrutura
corpórea.
Scopia: significa visualizar o interior de
um órgão cavitário ou cavidade com
auxílio de aparelhos especiais.
(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A TERMINOLOGIA
Termos que não seguem as regras
citadas
Amputação: remoção de um membro
ou de parte necrosada do corpo.
Anastomose: conexão e sutura de dois
órgãos ou vasos.
Artrodese: fixação cirúrgica de
articulações.
Biópsia: remoção de um tecido vivo
para fins diagnósticos.
(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A TERMINOLOGIA
Termos que não seguem as regras
citadas
Cesariana: retirada do feto por incisão
através da parede abdominal.
Cistocele: queda da bexiga.
Curetagem uterina: raspagem do
conteúdo uterino.
Deiscência: separação de bordas
previamente suturadas e unidas.
Dissecção: corte, retalho.
(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A TERMINOLOGIA
Termos que não seguem as regras
citadas
Divertículo: bolsa que sai da cavidade.
Enxerto: transplante de órgão ou tecido.
Evisceração: saída de víscera de sua
cavidade.
Fístula: orifício que põe em
comunicação parte de um órgão,
cavidade ou foco supurativo, com a
superfície cutânea ou mucosa.
(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A TERMINOLOGIA
Termos que não seguem as regras
citadas
Paracentese: punção cirúrgica da
cavidade para retirada de líquidos.
Toracocentese: punção cirúrgica na
cavidade torácica. etc...

(NETTINA, S.M.,2014; BARROS, 2016)


4. EQUIPE DO CENTRO CIRÚRGICO

99
100 EQUIPE CC
As especificidades das
atividades desenvolvidas na
Unidade de Centro Cirúrgico
exigem uma equipe
capacitada, qualificada e
principalmente que tenha
consciência da
importância do trabalho
em equipe para alcançar os
resultados, e prestar uma
assistência de qualidade e
segura ao paciente.
101 EQUIPE CC
As principais equipes que
atuam na Unidade de
Centro Cirúrgico são a
equipe cirúrgica, composta
por médico cirurgião,
médico assistente e
instrumentador cirúrgico;
102 EQUIPE CC
A equipe de
anestesiologia, composta
pelo médico anestesista e
auxiliar de anestesia;
103 EQUIPE CC
Equipe de enfermagem,
composta pelo enfermeiro
coordenador da unidade,
enfermeiro assistencial e o
técnico de enfermagem.
104 EQUIPE CC
Equipe administrativa,
composta por escriturário,
secretária, recepcionista; e a
equipe de limpeza, sendo
também comum em alguns
Centros Cirúrgicos outros
profissionais como
perfusionista, técnico em raio
X, técnico de laboratório, e
outros que possam estar
presentes na unidade para a
realização de alguma
atividade específica.
105 FUNÇÕES
Cirurgião titular: é o
responsável pelo
EQUIPE CIRÚRGICA

planejamento e execução do
ato cirúrgico, devendo
compor a equipe cirúrgica e
conduzir a cirurgia,
procurando manter a
organização, ordem e
harmonia durante todo o ato
operatório.
106 FUNÇÕES
Cirurgião assistente: o
primeiro assistente tem a
EQUIPE CIRÚRGICA

função de auxiliar o cirurgião


titular no desenvolvimento
do ato cirúrgico e substituí-lo
caso seja necessário, e além
disso, deve colaborar com o
instrumentador na
montagem da mesa de
instrumentais.
107 FUNÇÕES
Instrumentador cirúrgico: é
o membro da equipe
EQUIPE CIRÚRGICA

cirúrgica responsável em
verificar e organizar todos os
materiais e equipamentos
necessários ao ato cirúrgico,
e além disso, auxiliar na
paramentação do cirurgião e
cirurgião auxiliar, compor a
mesa com instrumentais e
outros materiais pertinentes
ao ato cirúrgico, auxiliar na
108 FUNÇÕES
Instrumentador cirúrgico:
dos campos operatórios,
EQUIPE CIRÚRGICA

disponibilizar instrumentais
ao
cirurgião e assistente de
acordo com os tempos
cirúrgicos, e realizar o
controle destes observando
para que nenhum permaneça
em campo operatório, e
também realizando a
contagem e conferência ao
109 FUNÇÕES
Instrumentador cirúrgico:
O instrumentador cirúrgico
EQUIPE CIRÚRGICA

também pode compor a


equipe de enfermagem em
algumas instituições ficando
responsável pela limpeza dos
instrumentais, e dependendo
da rotina, em preparar e
acondicionar a caixa para o
processo de esterilização,
zelando pela conservação
destes.
110 FUNÇÕES
Médico anestesista: é
EQUIPE DE ANESTESIOLOGIA

responsável em avaliar o
paciente no período pré-
operatório, planejando e
executando a assistência, além
de prescrever a medicação
pré-anestésica, e controlar as
condições clínicas do paciente
durante todo ato anestésico
cirúrgico, e após a cirurgia,
deve lhe prestar assistência na
sala de recuperação pós-
anestésica.
111 FUNÇÕES
Auxiliar de anestesia: este
EQUIPE DE ANESTESIOLOGIA

profissional pode ou não


compor a equipe de
anestesiologia, dependendo da
instituição, porém, quando
inserido na equipe, ele é
responsável em verificar todo
os itens do carro de anestesia
e demais materiais necessários
ao ato anestésico, bem como
realizar a checagem e a
112 FUNÇÕES
Auxiliar de anestesia:
EQUIPE DE ANESTESIOLOGIA

conferência dos equipamentos


e a desinfecção destes ao
término do procedimento,
além disso, deve auxiliar no
procedimento de punção
venosa e fixação do acesso
venoso, e auxiliar no
posicionamento do paciente
quando necessário.
113 FUNÇÕES
Enfermeiro coordenador:
EQUIPE DE ENFERMAGEM

dentre outras atribuições, o


enfermeiro coordenador do
Centro Cirúrgico é responsável
em planejar e gerenciar ações
administrativas e assistenciais,
realizar o controle de recursos
humanos e materiais,
supervisionar e avaliar o
desempenho do pessoal sob
sua responsabilidade, planejar,
114 FUNÇÕES
Enfermeiro coordenador:
EQUIPE DE ENFERMAGEM

executar e avaliar programas


de treinamento e capacitação à
equipe de enfermagem,
elaborar escalas da equipe de
enfermagem e também
colaborar no desenvolvimento
do ensino e pesquisa.
115 FUNÇÕES
Enfermeiro assistencial: este
EQUIPE DE ENFERMAGEM

profissional é responsável em
organizar as ações
assistenciais da equipe de
enfermagem na Unidade,
devendo receber e passar o
plantão, realizando as
condutas necessárias às
atividades administrativas e
assistenciais, recepcionar o
paciente, identificando e
atendendo suas necessidades,
116 FUNÇÕES
Enfermeiro assistencial:
EQUIPE DE ENFERMAGEM

coordenar a assistência de
enfermagem prestada pela
equipe de enfermagem,
elaborar e coordenar a
programação cirúrgica (mapa),
supervisionar a limpeza das
salas operatórias e realizar a
visita pré-operatória.
117 FUNÇÕES
Enfermeiro assistencial: Além
EQUIPE DE ENFERMAGEM

das atribuições assistenciais e


administrativas, o enfermeiro
assistencial também é
responsável em evitar a
infecção da ferida operatória,
devendo avaliar o preparo do
paciente realizado no pré-
operatório, verificar a
incidência da infecção de
ferida operatória, controlar a
circulação de pessoas e
equipamentos desnecessários
118 FUNÇÕES
Enfermeiro assistencial:
EQUIPE DE ENFERMAGEM

ao ato cirúrgico, e o uso da


roupa privativa de todos os
profissionais e demais pessoas
provenientes da área externa,
realizar avaliação periódica das
condições de uso dos
instrumentais e equipamentos
e trabalhar em conjunto com a
Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH).
FUNÇÕES
119 Técnico de enfermagem: este
profissional assume a função
de circulante de sala
EQUIPE DE ENFERMAGEM

operatória, desta forma, é


responsável em verificar as
condições de funcionamento
dos aparelhos e solicitar a
manutenção destes quando
necessário, realizar a
checagem dos equipamentos
que serão utilizados no
procedimento cirúrgico antes
do início, identificar e
encaminhar
120 FUNÇÕES
Técnico de enfermagem:
EQUIPE DE ENFERMAGEM

peças cirúrgicas, provisionar


recursos necessários ao
paciente e às especificidades
de cada intervenção cirúrgica a
ser realizada, proceder a
montagem e desmontagem da
sala operatória, auxiliar na
paramentação da equipe
cirúrgica e também o
anestesiologista na indução e
121 FUNÇÕES
Técnico de enfermagem:
EQUIPE DE ENFERMAGEM

anestésico, realizar o registro


de todas as informações
referentes ao transoperatório
no prontuário do paciente e
também o controle de gastos
de materiais utilizados,
encaminhar o paciente para a
sala de recuperação
anestésica, auxiliar
122 FUNÇÕES
Técnico de enfermagem:
EQUIPE DE ENFERMAGEM

o enfermeiro sempre que


necessário e comunicar a este
situações imprevistas,
solicitando a presença em
casos de emergência.
FUNÇÕES
123
Auxiliar administrativo ou
escriturário: este profissional
EQUIPE ADMINISTRATIVA

fica responsável em auxiliar na


assistência administrativa e
suas atribuições estão
relacionadas à rotina do
Centro Cirúrgico e da
instituição, assim, estão entre
as atividades desenvolvidas, o
registro de pedidos de cirurgia,
e confecção do “mapa”
cirúrgico com a programação
cirúrgica
124 FUNÇÕES
Auxiliar administrativo ou
EQUIPE ADMINISTRATIVA

escriturário:
diária, bem como o
encaminhamento deste para
as demais Unidades do
Hospital, realizar estatísticas e
indicadores de cirurgias
realizadas, suspensas, entre
outras.
125 FUNÇÕES
Serviço de limpeza: essa equipe
é fundamental para o controle de
EQUIPE ADMINISTRATIVA

infecção na Unidade de Centro


Cirúrgico, ela deve se capacitada
e treinada para o
desenvolvimento das atividades,
assim a função do profissional de
limpeza é realizar a limpeza das
salas operatórias, bem como das
demais áreas em conformidade
com as normas estabelecidas
pela comissão de controle de
infecção hospitalar.
REFERÊNCIAS

• NETTINA, S.M. Brunner & Suddarth: Prática de Enfermagem. 7


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. vol. II.
• Barros, A.L.B.L; e Cols. Anamnese e Exame fisico - avaliação
diagnostica de enfermagem no adulto. 3º Ed. São Paulo: ARTMED,
2015.
• UNICAMP. MANUAL DE PROCESSOS DE TRABALHO DA DIVISÃO
DO CENTRO CIRURGICO. 2021. Disponível em:
https://intranet.hc.unicamp.br/manuais/centro_cirurgico.pdf. Acesso
em: 14 mar. 2021.

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