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CIRÚRGICA
Atualizado 01.2020
Professor
_____________________________
_____/____/_____ Início
Previsão de término
____/_____/____
“Chegamos numa
matéria imprescindível a
grade curricular do
técnico de enfermagem,
Em Clínica Cirúrgica,
você aprenderá todas as
atribuições do técnico de
enfermagem no cuidado
com o paciente pré,
trans, e pós operatório,
além do cuidado com
dispositivos para
terapeutica cirúrgica e
feriadas operatória.
Aproveite!
Elaboração
Prof Enf Cícero Cordeiro
Prof Enfª Juliana Targino
Colaboração, Edição e
Formatação
Prof Enf Cícero Cordeiro
Prof Enfª Juliana Targino
Direção
Enfª Mônica de Moraes
Clínica Cirúrgica
Clínica Cirúrgica Data ___/___/____ Série 3 Vol. 3
I - CONHECENDO A UNIDADE
CIRURGICA
O CENTRO CIRÚRGICO é o conjunto de
áreas e instalações que permitem efetuar a cirurgia
nas melhores condições de segurança para o
paciente , e de conforto para a equipe de saúde.
No contexto hospitalar é o setor mais
importante pela decisiva ação curativa da cirurgia,
exigindo, assim detalhes minuciosos em sua
construção para assegurar a execução de técnicas
assépticas , instalação de equipamentos específicos
que facilitem o ato cirúrgico. mais valorizada no meio acadêmico, exigindo mais
Em sua construção devemos observar: reflexão, estudos epercepção por parte dos
localização ,área, estrutura, composição física, médicos e estes não incorporavam a cirurgia como
salas de cirurgias, equipamentos e materiais, sua uma das suas disciplinas. Da mesma forma, a
administração e regulamentos. Sua localização enfermagem e a medicina tiveram origens distintas
deve oferecer segurança quanto as técnicas e existiram como tais por muitos séculos, sem
assépticas, sendo distanciada de locais de grande muita relação entre si (THOWALD, 1976). Os
circulação, ruídos e poeiras. procedimentos cirúrgicos realizados nessa época
Quanto a área e ao numero de salas eram limitados, destacavam-se as amputações,
devemos considerar a duração da programação extração de abscessos e dentes e ligação de artérias,
cirúrgica especialidades atendidas, ensino e evitavam-se as da região do abdômen e outras
pesquisa. cavidades do corpo, assim como do sistema
nervoso central.
Os principais desafios enfrentados eram a
ASPECTOS HISTÓRICOS DA dor, a hemorragia e a infecção, neste sentido os
cirurgiões se mostravam temerosos a operar seus
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE doentes, além de que para realizar cirurgias não
CIRÚRGICO passavam por uma academia, mas por um
aprendizado prático, acompanhando um mestre
Até meados do século XVIII, um grande renomado em suas atividades, sendo chamados de
número de moléstias, de dores, de falta “cirurgiões barbeiros” (SILVA; RODRIGUES;
deassistência médica assolava o mundo. A CESARETTI, 1997; DAVIS, 1970; THOWALD,
medicina interna teve sua evolução histórica 1976).
porcaminhos diferentes da cirurgia, sendo estas PACIENTE CIRURGICO E O
duas profissões completamente diferentes PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
naforma de saber, de poder, de habilitação e de De acordo com Pitrez e Pioner (2003, p.19)
participação na sociedade. A medicinainterna foi define-se como “paciente cirúrgico aquelecujo
e de se relacionar. Nestes sentido, para a autora o
processo de cuidar pode ser entendido como um
conjunto de ações e omportamentos realizados no
sentido de favorecer, manter ou melhorar o
processo de viver ou morrer, proporcionando ao
paciente a necessidade que apresenta de conforto
físico, emocional e espiritual. As funções exercidas
pela enfermagem durante a trajetória de sua
história, multiplicaram-se com o passar do tempo, 130
deixando de ser apenas curativa e ganhando
dimensões preventivas e de reabilitação. Para
tratamento implica um ato cirúrgico”. Este tipo de Passos (1996, p.33) “Do simples cuidado direto
terapia pode representar uma agressão orgânica, com o ser humano, ele tornou-se também
psíquica, apresentando características definidas, planejamento, produção e propagação do saber,
além de que na maioria das vezes o paciente não se administração e fiscalização da assistência”. Assim
encontra preparado para o inesperado, como o com a multiplicação das funções, e após estudos
diagnóstico da necessidade de uma cirurgia, uma realizados, evidenciou-se que os cuidados que
situação de risco, crítica e evasiva, com indefinição eram realizados sem um planejamento e sem uma
de fatos que irão advir, transformando a sistematização necessitavam a implementação de
intervenção em uma situação assustadora, que traz um modelo para sistematizar a assistência de
à tona sentimentos dolorosos e angustiantes. Nessa enfermagem estada ao paciente. Neste contexto,
perspectiva Carraro (1997, p.4) enfatiza que: Uma surge o processo de enfermagem como
situação cirúrgica envolve não apenas o ato metodologia assistencial que o enfermeiro utiliza
cirúrgico em si, [...] mas envolve mudança da para o planejamento e implementação dos
rotina diária do ser humano, separando-o do cuidados, sendo aplicada também para o paciente
contexto a que está habituado e expondo-o ao no período perioperatório (FLORIO; GALVÃO,
estresse de uma hospitalização carregada de 2003).
características e singularidades. Dentre estas O procedimento cirúrgico é uma situação
características destacam-se a solidão, o medo, a estressante para o paciente, ao depararse com a
ansiedade, a esperança, a mudança de hábitos e a mesma é acometido de muitos medos, diante
necessidade imposta de se relacionar com a destas características entendemos que a
diversidade de pessoas de princípios sistematização da assistência de enfermagem
desconhecidas, entregando-se aos seus cuidados. perioperatória possibilita a melhoria da qualidade
Os pacientes ficam bastante vulneráveis ao da assistência prestada, “...pois torna-se um
ambiente hospitalar. Para Durman (2000) o processo individualizado, planejado, valiado e,
paciente ao se internar não deixa sua essência principalmente, contínuo...” (GALVÃO;
humana na portaria do hospital, ele traz consigo SAWADA; ROSSI, 2002, p. 692 ). O processo de
sua inteligência, seus sentimentos e seus mitos em enfermagem é considerado a metodologia de
relação à doença, vêm com numerosas percepções trabalho mais conhecida no mundo (BORK, 2005).
desenvolvidas na sua cultura, educação e toda De acordo com a Lei do Exercício Profissional nº
bagagem de vida. 7.498, art 11, alínea c, “O enfermeiro exerce todas
as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
PROCESSO DE CUIDADO Privativamente:.... c) planejamento,
Sendo a enfermagem uma profissão em que organização, coordenação e avaliação dos serviços
os enfermeiros prestam cuidados a outras pessoas, de assistência de enfermagem”. Da mesma
o cuidar se torna uma ação inerente à profissão. maneira o COFEN, reforça a necessidade de se
Para Waldow (1998) cuidar é a nossa prática, que planejar a assistência de enfermagem com a
se caracteriza por ações e comportamentos de Resolução nº 272/2004, artigo 2ª na qual a
cuidar, podendo ser considerada uma forma de ser
sistematização da Assistência de paciente, minimizado sua ansiedade e os
Enfermagem – SAE – deve ocorrer em toda riscos inerentes ao procedimento anestésico
instituição de cirúrgico.
saúde, pública e privada. Existem muitas Para Arruda (1999) e Carraro (2001) os
definições em relação ao processo, para Potter e cuidados da enfermagem no período
Perry (2002, p. 101) “o processo de préoperatório ainda podem ser centrados num
enfermagem é um método para a organização e cumprimento de normas e rotinas,
prestação da assistência de enfermagem”, principalmente quando influenciados pelo
que tem como propósitos identificar as modelo médico, fazendo com que o enfermeiro 131
necessidades de assistência, estabelecer um utilize, na sua prática assistencial, o
plano de cuidados para satisfazer as diagnóstico médico, e não o de enfermagem como
necessidades dos pacientes. primeiro norteador para o planejamento da
Para Ladden (1997. p.5): assistência, embora não responda
O processo de enfermagem é uma forma de adequadamente as necessidades da
pensar nas ações, e que se contrasta profissão, assim enfocando mais a doença do que a
com aquela consideração da enfermagem pessoa e suas experiências de vida e desta
como uma única série de rituais e procedimentos maneira para Galvão (2002), os profissionais
escritos num livro de receita que deve ser que têm interesse na melhoria da qualidade
aprendido. O foco do processo de enfermagem da assistência de enfermagem, com vistas a
está centrado no paciente, as intervenções atender as reais necessidades do paciente,
de enfermagem prescritas são aquelas que frente ao procedimento anestésico cirúrgico,
atendem as necessidades do mesmo devem ir a busca de conhecimento
A metodologia utilizada com o paciente científico para fundamentar a prática da
cirúrgico enfermagem
pode ser denominada como Sistematização perioperatória..
da Assistência de Enfermagem Perioperatória PREPARANDO O PACIENTE PARA
(SAEP), definida como “um processo que CIRURGIA
objetiva a promoção, manutenção e recuperação O período pré-operatório classifica-se em
da saúde do cliente e da comunidade, pré-operatório mediato e pré-operatório
devendo ser desenvolvido pelo enfermeiro com imediato. O mediato consiste na assistência
base prestada ao paciente em vigência de cirurgias
nos conhecimentos técnicos e científicos eletivas. Compreende o período desde a
inerentes à profissão” (POSSARI, 2004, p. 209). É internação até as 24 horas antes da cirurgia, e
um método utilizado para planejar um tem por objetivo principal preparar o
cuidado individualizado, de acordo com cada tipo paciente psicológica e fisicamente para o ato
de cirúrgico e estabilizar condições que
cirurgia, sendo do mesmo modo uma podem interferir na recuperação. O período
ferramenta para favorecer uma interação maior préoperatório imediato consiste na assistência pré-
entre operatória prestada ao paciente
enfermeiro e paciente, visando à qualidade imediatamente, ou seja algumas horas
da assistência e benefícios para o paciente. antes da cirurgia, e termina com o início da cirurgia
Desta maneira, Araújo et al. (2004) reforça (SANTOS, 2003; SMELTZER; BARE, 2002).
que o profissional precisa evoluir da O preparo pré-operatório do paciente
simples execução mecânica da técnica para cirúrgico pode ocorrer no consultório
a etapa de compreensão do significado pessoal médico ou em sua residência antes da internação,
do paciente. O planejamento da assistência por ocasião da internação durante os dias
para Galvão, Sawada e Rossi (2002) pré-operatórios, na noite que precede a cirurgia,
possibilitará a implementação de caso o paciente se encontre no hospital, ou
intervenções que atendam às reais necessidades do na manhã da cirurgia por ocasião da admissão.
Atualmente, como já mencionado ► EM SALAS DE CIRURGIAS, LOCAL
anteriormente, existem muitos procedimentos DESTINADO AOS PROCEDIMENTOS
cirúrgicos em que os pacientes são CIRÚRGICOS, ALGUNS ELEMENTOS SÃO
internados no período da manhã, realizando a CUIDADOSAMENTE, PROJETADOS PARA
cirurgia GARANTIR A SEGURANÇA E EFICÁCIA DAS
no seu decorrer e recebem alta no mesmo TÉCNICAS APLICADAS :
dia, tendo como finalidade diminuir custos da ● Tamanha das salas (dimensões adequadas a cada
internação bem como o índice de infecção especialidade); ● Portas largas;
hospitalar (BLACK; MATASSARIN–JACOBS, ● Pisos de superfície lisa; ● Paredes anti-acústicas; 132
1996). A maioria dos pacientes chega para ● Teto de material lavável;
internar no período pré-operatório imediato, ou ● Janelas que não permitam entrada de poeira e
seja, poucas horas antes do procedimento. insetos; ● Iluminação com ausência de sombras e
Assim em cirurgias eletivas é neste período reflexos; ● Ventilação com temperatura
ambiente; ● Renovação do ar e
II - ESTRUTURA, MATERIAIS E umidade adequadas; ● Lavabo com misturadores
para água.
EQUIPAMENTOS DO CENTRO
CIRÚRGICO ► SALA DE CIRURGIA
SALA DE CIRURGIA é um dos componentes da
► NO CENTRO CIRÚRGICO, AS ATIVIDADES zona estéril e deve dispor de:
SÃO DIRECIONADAS ATRAVÉS DA Uma mesa de operação com comandos de
SEGUINTE ESTRUTURA: posições na cabeceira, ou mesa própria para a
especialidade a que se destina;
1. Secção de bloco operatório (salas de operação Mesas auxiliares para o instrumental;
equipadas); Mesa para o anestesista e seus medicamentos;
Aparelhos de anestesia e respiradores, foco de
2. Seção de Recuperação Pós anestésicas (leitos luz, para a enfermeira, prateleiras para a guarda
equipados para atender ao paciente na de fios, campos e instrumental.
recuperação Pós-anestésicas);
► NA COMPOSIÇÃO FÍSICATEMOS
ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS E
INDEPENDES PARA MELHOR
FUNCIONAMENTO DA ROTINA:
1. Vestiário; 2. Conforto médico; 3. Sala de
anestesias; 4. Sala de enfermagem;
5. Sala de estoque de material e medicamentos; 6.
Área para recepção de pacientes;
7. Sala de operação; 8. Sala para equipe de limpeza
e elementos de apoio (banco de sangue, raios X,
laboratórios, anatomia patológica, auxiliares de
anestesia, segurança, e serviços gerais –
engenharia clínica- parte elétrica, hidráulica e
eletrônica).
A sala de cirurgia deve abrigar aparelhos
auxiliares como bisturi elétrico.
133
► MATERIAL CIRÚRGICO
MATERIAL CIRÚRGICO é todo o conjunto de
objetos, instrumentos e equipamentos que
entram em contato direto ou indireto com a
região operatória, utilizados para a execução de
determinado procedimento cirúrgico.
Sua classificação é de acordo com a sua função ou
uso principal, visto que muitos equipamentos
têm mais de uma utilidade. Basicamente, um
procedimento cirúrgico segue 3 etapas principais:
diérese, hemostasia e síntese.
odução: Apresentação da disciplina ✓ Anormalidades complicações do pós-operatório;
a) Alteração dos sinais vitais (T/P/R/PA);
b) Alterações neurológicas
nceito e normas e rotinas de Clínica Cirúrgica e Centro Cirúrgico
c) Soluço;
Classificação de cirurgia: d) Complicações Pulmonares, urinárias, gastrintestinais, vasculares, hemorragia
e) Complicações
Quanto ao tempo: eletiva, urgência, emergência .....classificação da cirurgia por hemorragia
potencial de(infecção, deiscência
contaminação e choquequanto a
e classificação
alidade cirúrgica) ✓ Conceito:
ratar das avaliações ✓ Conceito: Feridas – somente citar;
Dinâmica (a critério do professor) ✓ Classificação da ferida:
Unidade Cirúrgica • Ferida limpas, contaminada, infectadas, sinais e sintomas de inflamação
Características físicas e organização da clínica cirúrgica
Especialidades cirúrgicas
134
nestesiologia, angiologia, cardiovascular, pediatria, e etc...) ✓ Conceito de CME
✓ Estrutura física do CME;
erminologia Cirúrgica;( raiz, prefixos e sufixos) ✓ Recurso humano CME;
Paciente cirúrgico ✓ Esterilização;
pectos psicossociais, espirituais e físicos ✓ Desinfecção;
✓ Anti-sepsia;
✓ Assepsia
ontuário (registro admissão + impressos
✓ Expurgo
✓ Descontaminação
itucionais) • Artigo não-críticos, semicrítico, crítico e artigo contaminados;
• Limpeza do material
Anotações de Enfermagem ✓ Preparo do Material;
Períodos Cirúrgicos ✓ Tipos de embalagem
Assistência de Enfermagem - fase pré • tecido, PAPEL Tyvik, PAPEL GRAU CIRÙRGICO;
eratória (mediato Ex. Tricotomia, nutrição e imediato) Cuidado•deFita-teste;
enfermagem no Pré-operatório;
• Teste Bacteriológico: BACILLUS STEAROTHERMOPHYLUS, uma vez por semana na
Humanizando o preparo do paciente para cirurgia; ✓ Autoclave e estufa;
Atuando na prevenção de complicações no pré-operatório (prevenindo infecções,
✓ Esterilização esvaziamento
do material (métodointestinal,
físico); realização a lavagem
estinal, esvaziamento da bexiga, preparo da pele); ✓ Calor úmido, químico e radiação;
– anestésicos ( medicações) ✓ Procedimentos cirúrgicos
✓ Cirurgias por laparoscopia ou videolaparoscopia e aberta.
Unidade de Centro Cirúrgico ✓ Cirurgias neurológicas
Estrutura física e organização do Centro Cirúrgico ✓ Cirurgias oftalmológicas
Áreas não crítica, semi-crítica e crítica ✓ Cirurgias otorrinolaringológicas
ormação e atribuição da equipe transdisciplinar operatório (ex.✓ circulante
Cirurgias de
do sala
sistema respiratório
- Montagem da sala cirúrgica);
Materiais e equipamento da sala de cirurgia; ✓ Cirurgias do sistema cardiovascular
Atribuições de enfermagem no centro cirúrgico ✓ Cirurgias do sistema digestório
entação cirúrgica. ✓ Cirurgias no fígado e baço
rans operatório ✓ Cirurgias urológicas
✓ Cirurgias ginecológicas
Encaminhando o paciente ao Centro cirúrgico (transporte do paciente);
✓ Cirurgias ortopédicas
✓ Cirurgias endócrinas
Aula Prática:
Atividade de aprendizado em sala de aula
Revisão para avaliação teórica.
✓ Curativos ( Feridas limpas, contaminadas e infectadas) +
✓ Manuseio de Drenos (vácuo,safona, penrose, tórax, Tubular, Blaker, sucção, portova
Aula Prática:
Avaliação teórica
✓ Preparo do Material com os Tipos de embalagem ( TECIDO, PAPEL KRAFT, PAPEL
O cuidado de enfermagem no trans - operatório;
✓ Degermação da mãos + paramentação cirúrgica
luxo do cliente no centro cirúrgico (recepção – da clínica para o CC);
Aula Pratica:
empo Cirúrgico:
Diérese (dividir com bisturi)
✓ Curativos ( Feridas limpas, contaminadas e infectadas) + Manuseio de Drenos (vácuo
Hemostasia (impedir o sangramento)
portovack
Exérese (cirurgia)
Síntese cirúrgica (tipos de fios cirúrgicos) Aula Prática:
Posições cirúrgicas
SRPA (sala de recuperação pós anestésicas) ✓ Preparo do Material com os Tipos de embalagem
Equipamento básico; (TECIDO, PAPEL KRAFT, PAPEL GRAU
Assistência de Enfermagem pós-operatória (complicações)
Cuidados de enfermagem com o dreno; CIRÙRGICO)
Dreno;
✓ Degermação
ipos de Drenos (vácuo,safona jacksonpartt, penrose, tórax, Tubular, das mãos
Blaker, sucção, + paramentação
portovack ); cirúrgica
O cuidado de enfermagem no pós-operatório:
mediato, mediato e tardio;
Cuidado de enfermagem
Exames aplicado a clínica cirúrgica.
135
relacionadas a dispositivos invasivos devem
assegurar ao paciente uma assistência livre de
danos causados por imperícia, imprudência ou
negligência, portanto, devem estar cientes dos
cuidados durante a manipulação, manutenção e
retirada de dispositivos, tais como acessos
vasculares, sondas, drenos e cateteres e ostomias.
Frequentemente terapias como estas são
alternativas para pacientes, não só no ambiente 136
intra-hospitalar como no extra hospitalar. Não
cabe ao técnico de enfermagem sua inserção, mas,
a manipulação e manutenção fazem parte dos
cuidados de rotina e requerem do profissional
entendimento de seus tipos e finalidades, assim
como a adequada manipulação.
OSTOMIAS
Ostomia é um procedimento cirúrgico que
consiste na abertura de um órgão oco como, por
exemplo, algum trecho do tubo digestivo, do
aparelho respiratório, urinário, ou outro qualquer,
mantendo uma comunicação com o meio externo,
através de uma fístula, por onde pode-se conectar
um tubo de inspeção ou manutenção,
exteriorizando uma pequena porção do órgão.
Como exemplo, a traqueostomia é aplicada a
pacientes com dificuldades respiratórias, em que
a traqueia é aberta abaixo do ponto congestionado
e um tubo é inserido no local para permitir a
entrada livre de ar, na colecistectomia quando se
abre a vesícula biliar para retirada de cálculos e
fecha-se ela novamente.
Em casos de câncer do intestino ou outros
problemas em que o intestino e o reto precisam ser
parcial ou totalmente extraídos, faz-se um estoma
Gastrostomia
OSTOMIAS DIGESTIMAS
É um procedimento cirúrgico que
estabelece o acesso à luz do
OSTOMIAS URINÁRIAS estômago através da parede
abdominal.
Ureterostomia
A urostomia é a exteriorização
dos condutos urinários através
parede abdominal, permitindo a Jejunostomia
eliminação constante da urina
por gotejamento. Operação que consiste em criar
uma boca no jejuno para alimentar
o paciente com retração do
Cistostomia estômago
Cistostomia suprapúbica ou
vesicostomia é uma conexão criada
cirurgicamente entre a bexiga
urinária e a pele a qual é utilizada Ileostomia
para drenar urina da bexiga em Derivação intestinal, efectuada ao
indivíduos com obstrução do fluxo nível do intestino delgado,
A adoção da ostomia urináriopode
normal.ser em exteriorizando o ileo pela parede
abdominal, formando um novo
diferentes órgãos para atender diferentes trajecto para a saída de fezes. O
necessidades. O que difere as ostomias das paciente utiliza uma bolsa especial
sondas, é que nas sondas se acessa um órgão para coleta das fezes.
através de um trajeto que existe fisiologicamente
nas ostomias este trajeto é aberto cirurgicamente. Colostomia
As ostomias mais comuns e que que Colostomia consiste na
exteriorização do intestino grosso,
requerem mais cuidados de enfermagem são a mais comumente do cólon
traqueostomia e a colostomia, que abordaremos transverso ou sigmóide, através da
parede abdominal, para
mais detalhadamente neste capítulo. eliminação de gases ou fezes.
TRAQUEOSTOMIA E OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM. pela boca, atravessa a laringe por entre as
pregas vocais e segue pela traqueia até
A traqueostomia é
os brônquios e alvéolos pulmonares.
um procedimento cirúrgico
Na traqueostomia, aquelas primeiras
por meio do qual se cria um
etapas são eliminadas e o ar entra diretamente
orifício na frente
na traqueia através de uma cânula colocada no
do pescoço que dá acesso
orifício feito na traqueia.
à traqueia, na altura
Ela representa, pois, um atalho para o paciente
entre o 2º e 3º anéis,
que precisa da ajuda de aparelhos para respirar.
permitindo uma
Dependendo da sua causa,
ventilação mecânica
a traqueostomia pode ser temporária ou
prolongada, naqueles
permanente.
casos em que a ventilação espontânea é
impossibilitada.
Ela ajuda na remoção de secreções
brônquicas, na manutenção da ventilação
mecânica por longo prazo, na aspiração de
conteúdos orais ou gástricos e na substituição do
tubo das intubações endotraqueais, que não pode
ser mantido por longos períodos.
São indicações:
- Obstrução de VAS
- Melhoria das condições de higiene pulmonar 138
-Acesso à traqueia nos casos de ventilação
mecânica prolongada.
- Afecções neurológicas que afetam o centro da
respiração.
- Estados infecciosos (septicemia e tétano) Antes de alguns
- Insuficiência respiratória de qualquer etiologia exames ou tratamentos, a
-Traumatismo torácico associado a condição cânula metálica precisa ser
pulmonar grave e movimentos paradoxais. substituída por uma cânula
plástica ou o procedimento
Para acessar correta a seguramente a região
é realizado sem cânula,
traqueal, é necessário a utilização de uma cânula
dependendo da avaliação
(ou traqueóstomo) no óstio, para se a região fique
do profissional
pérvia, protegida de agentes que transitam no
responsável.
ambiente e bem fixada. Vamos conhecer agora
A cânula metálica não pode ser utilizada nas
um pouco deste instrumento cujo qual será
seguintes situações:
responsabilidade da enfermagem sua
• Em pacientes que estão em tratamento
radioterápico na região da cabeça e pescoço;
• Em exames de ressonância magnética;
• Em exames de tomografia na região da cabeça e
pescoço;
• Contraindicação médica.
1. Cânula metálica4
A cânula metálica possui duas peças (que
ficam no paciente) e um guia: cânula externa,
cânula interna e guia.
139
COLOSTOMIA E OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM.
O termo colostomia designa a união à parede Assim como os traqueóstomos, as bolsas de
abdominal anterior de uma porção do cólon, com Karaya possuem uma porção de modelos
o fim de permitir a evacuação de fezes e gases. disponíveis no mercado, dos modelos mais
Para entender um pouco mais sobre as simples, até os que oferecem ao paciente menos
colostomias vamos relembrar um pouco da riscos de dermatites e mais comodidade no
anatomia intestinal.
142
,
PROLAPSO E DERMATITE
deixou uma deficiência no sistema excretor e
produz limitações em várias esferas da vida, tanto
social quanto pessoal20.
PROCEDIMENTOS20
Objetivo
Assegurar qualidade às ações de enfermagem
relacionado ao portador de colostomia,
esvaziamento da bolsa assim como preservação e
143
higienização do estoma.
Responsabilidade
http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Cuidados+com+estoma.pdf/a4509c6c-
Equipe de enfermagem.
bc03-41b7-a113-43299bb91326 Materiais
DERMATITE DE CONTATO OU DEMATITE • EPIs completos
ALÉRGICA • Bandeja não estéril
• Carro de curativos ou mesa auxiliar ou
superfície fixa
• Bolsa coletora com clamp próprio,
consultar Cuidados Especiais
• Protetores cutâneos em forma de: anel,
placa, pasta e/ou pó, de acordo com a prescrição
de enfermagem, consultar em Cuidados
Especiais (geralmente vem junto com a bolsa)
• Guia de mensuração do estoma ou pedaço
de plástico transparente
• Tesoura com ponta redonda
• Caneta hidrográfica
http://www.convatec.pt/ostomia/informações-de-apoio-à-pessoa-ostomizada/informação-de-apoio-ao-
profissional-de-saúde/noções-básicas-sobre-ostomia/
Tipos de
Quanto ao uso sistema de
drenagem
MECANISMOS DE DRENAGEM
ESPONTÂNEA OU SIMPLES: gradiente de
pressão entre o local a ser drenado e o meio
externo ocorre naturalmente por: pressão dos
órgãos, capilaridade (dreno laminar), gravidade
(dreno tubular).
Quanto ao sistema de drenagem: Tido com sistema de drenagem fechado, é
A forma de drenagem do uma área além de o dreno mais comum e utilizado após
ser relativo ao tipo de estrutura do dreno, também cirurgias e traumas. Neste sistema, através
será relativo à forma de drenagem, que pode ser
um sistema aberto (sem coletor) ou fechado (possui
um coletor estéril que fica completamente sem
comunicação com o meio externo).
ABERTO: É aquele que possui interação com o
meio, ou seja, necessária entrada de ar para bom 146
deste reservatório coletor, é feito o chamado cirurgia, presença de ar, secreção ou sangue,
selo d’água. faz-se necessária drenagem para re-expansão
O selo d’água funciona como um sistema de pulmonar e restauração da pressão negativa.
tampão, com a ponta do dreno submerso a 2
Dreno de penrose:
centímetro em SF a pressão hidrostática impede a
Indicado para monitorar sangramento pós-
entrada de ar pelo tubo, o que poderia causar um
cirúrgicos, drenagem de abscesso.
no novo colabamento pulmonar.
148
Dreno de portovac:
É um sistema de drenagem fechado que utiliza
de uma leve sucção (vácuo), apresentando um
aspecto de sanfona.
É usado em cirurgias que se espera
sangramento no pós-operatório, ou seja, secreção
sanguinolenta.
Pode ser usado em cirurgias ortopédicas,
neurológicas e oncológicas.
TIPOS DE EXCREÇÃO
(material drenado).
• Secreção Serosa
• Sanguinolenta
• Purulenta
• Serosanguinolenta 149
• Purosanguinolenta
• Seropurulenta
• Biliosa
• Fecaloide
PRINCIPAIS
COMPLICAÇÕES COM DRENOS
• Hemorragias causadas por lesões da parede
abdominal, ou em órgãos próximos.
• Eviscerações pelo orifício de drenagem.
• Infecção da ferida operatória.
• Erosões de estruturas infra-operatória.
• Migração do dreno para a cavidade (má fixação).
• Contaminação da área drenada retrogradamente
(de fora para dentro).
Outros drenos • Aumento da reação inflamatória (por serem dreno
“corpos estranhos”).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Registrar separadamente o volume de cada dreno
na folha de balanço hídrico, isto possibilita
avaliação da redução ou aumento anormal da
drenagem.
• Registrar de forma precisa o aspecto da secreção
drenada.
DRENO DE PIGTAIL • Importante checar a localização do dreno, quais os
cuidados a serem ministrados pela equipe, se está
suturado a pele ou não, tipo de dreno utilizado,
como manter a permeabilidade do mesmo, o
volume esperado de drenagem e principais
complicações com o dispositivo.
O parecer técnico nº
037/2018 COREN-AL,
regulamenta a retirada de
dreno torácico, que é uma
atribuição do médico auxiliado
pelo enfermeiro.
PROCEDIMENTOS5 13.Abrir kit de curativo estéril, com técnica asséptica
sobre a bandeja.
Objetivo 14.Abrir o material estéril sobre o campo de
Assegurar qualidade às ações de enfermagem curativo.
relacionado ao portador de dreno torácico, 15.Iniciar o curativo pelo sítio de inserção do dreno,
preservando o óstio através de procedimento de com gaze estéril e S.F. 0,9% ampliando o campo e
técnica asséptica e esvaziamento do coletor. secá-lo com gazes.
Responsabilidade 16.Colocar 4 gazes abertas na parte inferior da
Equipe de enfermagem. incisão do dreno e 4 gazes abertas na parte 150
Materiais superior da mesma;
EPIs completos 17.Fixar as gazes com fita microporosa
01 Bandeja hipoalergênica.
S.F. 0,9% 18.Realizar assepsia da borracha do dreno até a
Luvas de procedimento conexão da extensão do frasco com gazes
10 ml Solução alcoólica embebidas em solução alcoólica a 70%.
01 Kit material para curativo 19.Deixar secar espontaneamente.
estéril 20.Proteger a pele do paciente com fita microporosa
Fita microporosa Hipoalergênica hipoalergênica e fixar, neste local, o dreno com
Frasco coletor graduado esparadrapo.
Fita crepe 21.Desprezar o material utilizado em local próprio.
SF OU Água destilada (AD) 200mL 22.Retirar luvas de procedimento -identificar
PASSO A PASSO5: fixação da punção da seguinte forma: P = data da
1. Confirme o paciente e o procedimento a ser punção T = data da troca do curativo e nome do
realizado; profissional que realizou o curativo.
2. Higienize as mãos; 23.Reabrir o dreno que fora pinçado;
3. Reúna os materiais na bandeja previamente 24.Deixar o paciente confortável, a unidade em
higienizada e leve ao quarto do paciente no ordem e realizar as anotações de enfermagem.
carrinho de curativo; ***Curativo com luvas será realizado com a
4. Identifique-se e em seguida confira o nome mesma dinâmica, substituindo o uso das pinças
completo do paciente na prescrição e na pulseira pelas luvas estéril, assim como aprendido no
de identificação; capítulo anterior de curativos****
5. Explicar o procedimento e seu propósito ao
paciente e/ou acompanhante; TROCA DA SOLUÇÃO DO FRASCO DO DRENO
6. Promover a privacidade do paciente; DE TÓRAX (selo d’água)
7. Posicionar adequadamente o paciente para o
procedimento; expor apenas a área tratada; PASSO A PASSO5:
Colocar EPIs: gorro, máscara, óculos e calçar as
***PARA REALIZAR A TROCA DA SOLUÇÃO DO
luvas de procedimento;
FRASCO DO DRENO DE TÓRAX E/OU
***CURATIVO DA INSERÇÃO DO DRENO*** MEDIASTINO VAMOS CONTINUAR DO 20º
(c/pinça) PASSO***
1. Mensura-se com
a sonda a medida do
lóbulo da orelha ao 2. E do ápice do nariz,
ápice do nariz. ao apêndice xifoide.
153
SONDA NASOENTERAL
A sonda nasoenteral é passada da narina até o
intestino. A técnica de sondagem se assemelha com
154
a técnica de sondagem nasogástrica, diferindo da
sonda nasogástrica, por ter o calibre mais fino,
A sonda pode ser aberta ou fechada, cada uma
tem uma função:
Sonda Nasogástrica Aberta7
(SIFONAGEM)
É utilizada para drenar líquidos intra-gástricos
que são classificados conforme sua cor.
- Esverdeado: Bile
- Borra de café: bile + sangue
- Sanguinolenta vivo
- Sanguinolento escuro
-Amarelo
Esse procedimento é feito geralmente após
alguma cirurgia onde o sistema digestivo do
paciente precisa de repouso, também em casos de
intoxicação exógena onde o
produto ingerido precisa ser
eliminado do organismo o mais
rápido possível.
O procedimento de inserção é
o mesmo, porém na ponta da
sonda coloca-se um coletor,
causando assim, menos trauma ao esôfago, e por
para que o líquido exteriorizado
alojar-se diretamente no intestino, necessitando
se acondicione e seja avaliado.
de controle por Raios-X para verificação do local
Sonda Nasogástrica fechada7 da sonda.
(GAVAGEM) Tem como função a alimentação do paciente e
Essa sonda é utilizada para alimentação administração de medicamentos, sendo de escolha
quando por alguma razão não pode se alimentar em caso de pacientes que receberam alimentação
pela via oral, por exemplo: Câncer de língua, via sonda por tempo indeterminado e prolongado.
garganta; Anorexia; Deglutição prejudicada ou A sonda nasoenteral tem comprimento
risco grande de engasgo, repouso pós-operatório variável de 50 a 150 cm, e diâmetro médio interno
etc. Estando o paciente em uso de sonda a de 1,6mm e externo de 4mm, com marcas
administração de medicamento de VO também numéricas ao longo de sua extensão, facilitando
pode ser feita por meio dela. posicionamentos,
maleáveis, com
Lavagem gástrica fio-guia metálico
É a introdução através da SNG, de líquido na flexível, radiopaca,
cavidade gástrica, seguida de sua remoção. Tem chama de SONDA
como objetivo remover do estômago substâncias NUTRIFLEX OU
tóxicas ou irritantes, preparar para cirurgias do DOBBHOFF.
Na prática a inserção da sonda nasoentérica
tem o mesmo método de inserção da nasogástrica
sendo necessário na mensuração apenas adicionar
uma medida. (do apêndice xifoide até a cicatriz
umbilical).
155
(mandril)
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA TN
FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO
Objetivo10
•Melhorar significativamente o estado geral e
nutricional do paciente.
•Reduzir complicações infecciosas, tempo de
• As dietas ofertadas para sonda nasogástrica
internação e custos relacionados ao tratamento.
(para o estômago) ou nasoentérica (para o
•Usar em situações clínicas onde o tubo digestivo
intestino) são diferentes, pois a forma de digestão
encontra-se íntegro, o paciente não deve alimentar-
de cada órgão é diferente, a dieta precisa ser
se pela boca.
apropriada a cada região. 157
•Usar em pacientes com anorexia prolongada, má
• Aguardar o tempo de migração do cateter para
nutrição protéico-calórica severa, trauma de
a região pós-pilórica (±2 horas) e iniciar a NE
cabeça e pescoço ou desordens neurológicas que
somente após a confirmação do posicionamento do
impedem a alimentação oral satisfatória, estado de
cateter através de testes de posicionamento e/ou
depressão, falência hepática e etc. em que o
confirmação radiológica tóracoabdominal.
metabolismo esteja elevado.
• Pacientes com elevado risco para
Responsabilidade
broncoaspiração deverão receber a TNE sob
Equipe de enfermagem.
infusão controlada por bomba de infusão.
Materiais10
• Manter o paciente posicionado com a cabeceira
• Luvas de procedimento;
da cama elevada em 30 a 45º (quando não houver • Frasco com nutrição enteral prescrita;
contraindicação) para evitar refluxo da dieta e • Equipo próprio para nutrição enteral;
consequente broncoaspiração. • Seringa de 20 ml;
• Avaliar e assegurar a instalação da NE,
• Copo com água potável;
observando as informações contidas no rótulo,
• Suporte de soro
confrontando-as com a prescrição médica. • Bomba de infusão (conforme necessidade e
• Solicitar reavaliação do posicionamento do prescrição médica)
cateter enteral a cada 6 horas ou antes de iniciar
uma nova dieta; PASSO A PASSO10:
• A dieta tem validade de 12 horas em ***INTALAÇÃO DE TN EM SONDA
temperatura ambiente, e de 24 horas, sob
NASOGÁSTRICA OU NASOENTÉRICA***
refrigeração (vide protocolo institucional e
(c/pinça)
fabricante) e antes da instalação, conferir o tipo de
dieta enteral, o volume, a vazão e os dados do 1. Confirme o paciente e o procedimento a ser
paciente na prescrição médica. realizado. Consultar a prescrição médica e
• Observar/Relatar/Comunicar sinais de verificar o rótulo da dieta;
intolerância à dieta ou à sua vazão: distensão 2. Confirmar com o enfermeiro o correto
abdominal, náuseas/vômitos e diarreia posicionamento da sonda;
• Trocar o equipo de dieta a cada 24 horas, (vide 3. Higienize as mãos;
protocolo institucional e fabricante). Realizar 4. Limpar de forma asséptica o balcão onde irá ser
identificação do mesmo com: data, hora e nome do manuseada a nutrição enteral (NE) antes de sua
profissional responsável. administração. Mantendo o balcão livre de
• Desligar a dieta, pelo menos, 15 minutos antes quaisquer outros medicamentos e materiais
de realizar procedimentos que estimulem os estranhos;
reflexos de tosse e de vômito, e em situações que 5. Reúna os materiais na bandeja previamente
necessitem abaixar a cabeceira da cama, como por higienizada e leve ao quarto do paciente;
exemplo, o banho em paciente acamado, aspiração 6. Identifique-se e em seguida confira o nome
de vias aéreas, etc. completo do paciente na prescrição e na
• Respeitar o tempo de infusão programado, para pulseira de identificação;
assegurar aporte proteico-calórico adequado. 7. Explicar o procedimento e seu propósito ao
paciente e/ou acompanhante: explicar sobre o
PROCEDIMENTOS posicionamento correto da sonda e sua fixação
e os riscos de seu deslocamento, esclarecer ao
paciente e sua família a necessidade de manter
o paciente em decúbito elevado. Orientar sobre
a importância de notificar a ocorrência de
náuseas, vômitos, flatulência, aerofagia, dores
abdominais, frequência e aspecto das
evacuações;
8. Preparar o paciente colocando-o semi-sentado
com cabeceira elevada a 30º; 158
9. Calçar luvas de procedimento;
10. Verificar volume aspirado residual se
necessário ou conforme protocolo institucional.
11. Acoplar o equipo no frasco da dieta e instalar o
frasco no suporte;
12. Lavar a sonda com 20 ml de água potável
utilizando a seringa;
13. Conectar o equipo da dieta a sonda
14. Administrar a dieta por bomba de infusão, ou *com esparadrapo ou micropore*
conforme prescrição, de forma contínua ou
intermitente;
15. Monitorar a infusão da dieta;
16. “Se” ou conforme prescrição médica” A cada 3
horas, pinçar a sonda, retirar o equipo e lavar a
mesma com 20 ml de água potável;
17. Se houver obstrução da sonda, o procedimento
recomendado para desobstrução é a lavagem da
mesma com aproximadamente 20 ml de água
sob pressão, ou com volume maior, utilizando
uma seringa.
18. Deixar o paciente confortável e a unidade em
ordem, lavar as mãos.
19. Checar e evoluir no prontuário do paciente a
instalação da NE e lavagem.
**TROCA DA FIXAÇÃO DA SONDA 4. Retire a fixação antiga (cuidado para não puxar
a sonda junto), utilizando algodão ou gaze
NASO11**
úmida;
1. Cumpra os protocolos iniciais, -lavagem das
5. Atente sempre para que a sonda não fique solta
mãos, checagem de pulseira, identificar-se,
a ponto de sair do lugar, permaneça segurando-
reunir materiais etc.
a de necessário, ou solicite a colaboração do
2. A fixação deverá ser realizada de acordo com
acompanhante ao do próprio paciente se
protocolo institucional, se com fixadores
consciente e orientado.
apropriados para sonda, com micropore ou
6. Limpe o nariz com água e sabão se necessário, e
esparadrapo. Porém, atente para peles de RN e
seque bem e sem friccionar;
idosos o qual o uso de esparadrapo é
7. Fixe a sonda de acordo como frisado na imagem
contraindicado.
acima, atente para que a sonda não deve ficar
3. Esta fixação deve ser trocada quando estiver
dobrada, nem puxar a narina;
suja ou solta;
8. Deixe o paciente confortável, a unidade em
ordem. Lave as mãos e realiza as anotações de
enfermagem.
SONDAS VESICAIS SVD (masculino ou feminino)
Seguramente, o cateterismo vesical de
A cateterização urinária (sondagem demora é um dos procedimentos mais
vesical) trata-se de uma medida invasiva, em que amplamente praticados e vem sendo de grande
uma sonda é introduzida no interior da bexiga, valor para o diagnóstico e tratamento de vários
através do canal uretral, processos patológicos.
Finalidades
• Aferição de débito urinário
• Drenagem urinária 159
• Irrigação vesical
• Pós-operatório
• Administração de medicamentos
Indicações
• Retenção urinária obstrutiva ou funcional
(bexiga neurogênica);
• Certas condições de incontinência urinária
• Peri operatório
com o objetivo de drenar a urina ou instalar • Doenças da uretra, bexiga e da próstata
medicamento ou líquido e dependendo da sua • Lesões extensas de pelve e de períneo
indicação. • Trauma
Ela pode ser de dois tipos: • Avaliação contínua da diurese em clientes
-Sonda de alívio (SVA), o qual é inserida por um gravemente enfermos
curto período de tempo e removida logo em A sonda é inserida no meato uretral por
seguida, meio de um procedimento completamente estéril,
- Sonda de demora (SVD) ou de retenção que após a lubrificação do canal com xilocaína, até que
manter-se no local por um período prolongado6 chegue a bexiga, pós sua inserção é insuflado um
balão para que haja oclusão do canal uretral e para
Ato da micção que a sonda não seja exteriorizada com os
A micção é uma atividade fisiologicamente movimentos do paciente.
voluntária no adulto, a bexiga tem capacidade de
armazenamento de 300 a 500 ml, a quantidade de
urina armazenada dependerá da quantidade de
líquido ingerido. Os músculos do períneo e
assoalho pélvico relaxam para ocorrer a micção e
que normalmente indolor, de coloração
normalmente amarelo dourado, e odor
característico, a frequência da micção dependerá
da quantidade de urina produzida12.
PROCEDIMENTOS5
Objetivo
161
Realizar coleta de urina para exame.
Responsabilidade
13. Depositar no frasco coletor da amostra e tampá-
Equipe de enfermagem.
lo;
Materiais
14. Desclapear a sonda.
-EPIs incluído máscara de proteção
15. Retirar luvas, deixar a unidade organizada e o
-Bandeja
paciente confortável no leito
-Seringa de 20mL e agulha 30x7mm o 30x8mm
16. Higienizar as mãos e realizar as anotações de
-Etiqueta para identificação da amostra;
enfermagem.
-Coletor de urina para a amostra
-Luvas de procedimento, bolas de algodão ou gaze
-Álcool 70% **DEPREZO DE URINA DO SISTEMA
-Papagaio FECHADO
A bolsa coletora deve ser esvaziada
PASSO A PASSO:
regularmente para que o fluxo se mantenha
**COLETA DE URINA POR SVD18
contínuo e não haja acúmulo excessivo (volume
1. Confirme o paciente e o procedimento a ser superior a 2/3 da capacidade total do coletor) e
realizado; risco de refluxo da urina da bolsa para o tubo
2. Verifique o pedido de exame, assim como a coletor.
realização de preparo prévio que se faça 1. Confirme o paciente e o procedimento a ser
necessário; realizado;
3. Higienize as mãos; 2. Higienize as mãos;
4. Dirija-se a anuidade do paciente 3. Dirija-se a anuidade do paciente
5. Identifique-se e em seguida confira o nome 4. Identifique-se e em seguida confira o nome
completo do paciente na prescrição e na pulseira completo do paciente na prescrição e na
de identificação pulseira de identificação
6. Explicar o procedimento e seu propósito ao 5. Explicar o procedimento e seu propósito ao
paciente e/ou acompanhante; paciente e/ou acompanhante;
7. Clampear a extensão da bolsa coletora pouco 6. Calce luvas, óculos e demais EPIs.
abaixo do local apropriado para punção, por um “Pacientes que deambulam, orientados e com
período de até 30 minutos; plena motilidade de MMII e MMSS, podem
8. Reúna os materiais na bandeja previamente desprezar a própria diurese na bacia sanitária”
higienizada,
7. Em caso de pacientes acamados, leve até o leito
9. Identifique o coletor da amostra da urina, e torne
um papagaio.
a unidade do paciente;
8. Desencape a via de saída de diurese coletor de
10. Colocar EPIs: gorro, máscara, óculos e calçar as
urina de sistema fechado;
luvas de procedimento;
9. Coloque dentro do papagaio a destrave
11. Realizar a desinfecção do dispositivo com álcool
permitindo a saída da diurese.
70%.
10. Após o completo escoamento, Trave a via,
12. Com a pinça ainda clampeada, introduzir a
reencape, e deixe a sonda no local habitual,
agulha acoplada a seringa no dispositivo, aspirar
sempre abaixo do nível da bexiga.
a diurese.
11. Despreze a diurese do papagaio na bacia Bandeja de Cateterismo vesical de alívio.
sanitária.
Materiais
12. Retirar luvas, deixar a unidade organizada e o
•01 Par de luvas estéril;
paciente confortável no leito
•01 tudo de Xylocaína geleia estéril (uso único);
13. Higienizar as mãos e realizar as anotações de
• 01 pacote para cateterismo;
enfermagem.
“geralmente contendo: cúpula redonda, pinça
cheron, cuba rim, campo fenestrado”
SVA(masculino ou feminino) •01 campo esterilizado (opcional)
Cateterismo simples •01 Sonda de uretral (nelaton)
162
Pré-execução
• Checar prescrição médica;
• Checar prescrição de enfermagem;
• Avaliar o paciente, verificar frequência cardíaca
A sonda retal possui modelos e calibres e pressão arterial;
variados, sendo comum sua comercialização em • Reunir o material;
plástico PVC, atóxico, apirogênico, cristal, • Aquecer a solução prescrita a 37º e conectar o
transparente de paredes finas e maleáveis, com 40 equipo
PASSO A PASSO19:
cm de comprimento, nos calibres: 04, 06, 08 (uso
infantil) 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 26, 28, 30 e 32
*Enteroclisma
Fr (uso adulto), com ponta arredondada e aberta.
1. Após confirmar o paciente e o procedimento a
ser realizado;
2. Higienize as mãos;
3. Reúna os materiais na bandeja previamente SONDAGEM RETAL com
higienizada e leve a unidade do paciente;
4. Identifique-se e em seguida confira o nome
Sistema de Controle da
completo do paciente na prescrição e na Incontinência Fecal
pulseira de identificação;
5. Explicar o procedimento e seu propósito ao Procedimento ainda pouco usual, mas
paciente e/ou acompanhante; que se torna uma tendência na área da
6. Imprescindivelmente promover a privacidade assistência, por ser uma proposta promissora
do paciente; para pacientes, com incontinência fecal, 165
7. Colocar EPIs: gorro, máscara, óculos e calçar as acamados, portadores de úlcera sacras e glúteos.
luvas de procedimento; Trata-se de um dispositivo para o controle
8. Posicionar adequadamente o paciente para o da incontinência fecal de pacientes com pouco ou
procedimento; expor apenas a área tratada; nenhum controle intestinal e fezes líquidas ou
POSIÇÃO DE SIM; semilíquidas.
9. Conectar a solução à sonda retal. O cateter de silicone maleável é inserido
10. Lubrificar a sonda com a própria solução que no reto para controle da incontinência fecal,
será utilizada. controlando e desviando o excreta fecal, para
(Algumas literaturas orientam o uso de uma unidade coletora. Possui um balão de
xylocaína em gel para esta lubrificação) retenção de baixa pressão em uma das
11. Introduzir a sonda lentamente no ânus, cerca extremidades e um conector para fixação da bolsa
de 5 a 7 cm nas crianças e 10 a 13cm no adulto. coletora na outra extremidade.
12. Infundir lentamente a solução aquecida de
acordo com prescrição médica.
13. Retirar a sonda retal e comprimir as nádegas.
Oferecer a comadre, colocar fralda ou
encaminhar o paciente ao vaso sanitário,
conforme condições clínicas, assim que desejar
evacuar.
“Em caso de paciente acamado ou usuário de
fralda, realiza a higiene íntima ou encaminhe
ao banho de aspersão se necessário”
14. Retirar luva de procedimento, realizar a
lavagem básica das mãos;
15. Organizar material, deixar o paciente
confortável e a unidade em ordem.
16. Desprezar o material em lixo apropriado.
17. Checar e anotar o procedimento.
18. Realizar as anotações de enfermagem com a
quantidade e características da eliminação
intestinal.
Referências
1- https://blog.intensicare.com.br/o-que-e-e-como-funciona-uma-unidade-de-terapia-intensiva/
2- https://www.iespe.com.br/blog/o-que-e-unidade-de-terapia-
intensiva/#:~:text=A%20História%20da%20UTI&text=A%20Unidade%20de%20Terapia%20Intensi
va,Florence%20Nightingale.
3- CFM - RESOLUÇÃO Nº 2.271, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020
Referências
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