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Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela EERP-USP. Profa. Adj. IV do Departamento de Enfermagem de
Saúde Pública e Psiquiatria, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Paraíba.
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Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela UNIFESP/EPM. Profa. Adj. IV do Departamento de
Enfermagem de Saúde Pública e Psiquiatria, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Paraíba.
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Nas décadas de 1920 e 1930, nos Estados Unidos, vários estudos de casos
clínicos foram publicados na literatura da área. De modo geral, envolviam a
análise e a avaliação sistemáticas, em profundidade, de um cliente ou grupo de
clientes similares, objetivando promover a compreensão acerca de seu estado
de saúde/doença e das intervenções de enfermagem consideradas necessárias.
Com o emprego do estudo de caso, observou-se o início do uso de
instrumentos de coleta de informações sobre os pacientes, a análise e
formulação de julgamentos clínicos sobre as informações coletadas e a
diferenciação entre o que seria intervenção médica e de enfermagem, listadas
separadamente (McGuire, 1991).
De acordo com Iyer et al. (1993), o processo de enfermagem pode ser definido
em termos de três grandes dimensões: propósito, organização e propriedades.
soluções além do que é tradicionalmente feito (Potter & Perry, 1997); baseado
em conhecimento, em que estão incluídas as ciências físicas e biológicas e as
humanas, e aplicável no âmbito de qualquer referência conceptual (Iyer et al.,
1993; Creasia, 1996); flexível, porque pode ser adaptado à atividade de
enfermagem em qualquer local ou área de especialização e porque suas fases
podem ser utilizadas de modo seqüencial ou concomitante (Iyer et al., 1993;
Creasia, 1996; Potter & Perry, 1997); dinâmico, porque envolve mudanças
contínuas (Iyer et al., 1993; Potter & Perry, 1997); e humanístico, visto que é
desenvolvido e implementado de tal modo que seja dada maior consideração
aos interesses particulares e desejos do cliente e pessoas significativas (Alfaro-
LeFevre, 1994).
instrumental, por mais aperfeiçoada que seja, pode estar desvinculada dos
aspectos expressivos que lhe devem ser inerentes.
Uma questão fundamental, que não pode ser abstraída ao se pensar em aplicar
o processo de enfermagem, está relacionada ao ambiente físico e social em
que o processo ocorre. O ambiente do cuidado pode ser visto por diferentes
ângulos. Por um lado, ele é interior à instituição de saúde na qual está
inserido e ambos (o ambiente do cuidado e a instituição) fazem parte de um
ambiente total – a matriz sociocultural de saúde dominante (sistema
municipal/estadual/nacional de saúde), organizada como uma porção do
mundo social mais amplo. Por outro lado, ele inclui tudo aquilo que é
exterior ao cuidador e ao ser cuidado, e que influencia, pelo menos em parte,
a maneira do desempenho dessa díade, dados os papéis e atividades que se
espera que cada um de seus elementos constituintes desenvolva, e os recursos
físicos, humanos e materiais necessários para a execução das ações envolvidas
na realização do cuidado.
Há, portanto, uma única forma de não se aplicá-lo, a saber, evitar o encontro
com a clientela que necessita do cuidado de enfermagem, esteja essa clientela
representada por uma pessoa, uma família ou uma comunidade. Ocorrido o
encontro, inevitavelmente inicia-se o processo; permitir que ele se desenvolva
é permitir-se estar cuidando, razão para a qual acreditamos termos sido
formadas.
REFERÊNCIAS