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SISTEMATIZAÇÃO DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA

PACIENTES CRÍTICOS, SEGUNDO DOROTHEA OREM

Rachel Monteiro dos Santos


Professora Mestre Coordenadora do Curso de Enfermagem
Unaerp - Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
chel_ra@uol.com.br

Rosângela Aparecida Bezerra dos Santos Marques


Especialista em Emergência e Cuidados Críticos pela Unicsul – Universidade Cruzeiro do Sul - SP
Especialista em Cardiologia pela AVM Faculdade Integrada – RJ
Bacharel em Enfermagem pela Unaerp - Universidade de Ribeirão Preto - Campus Guarujá
Discente em MBA Executivo em Saúde pela AVM Faculdade Integrada – RJ
rosangelaapmarques@yahoo.com.br

Resumo: Estudo qualitativo, descritivo e exploratório, realizado por meio de revisão


bibliográfica, que tem por objetivo propor um modelo de Sistematização de Assistência de
Enfermagem, direcionado a pacientes críticos, adotando como referencial, a Teoria dos
Sistemas de Enfermagem de Dorothea Orem, que propõe a prática do autocuidado.
Autocuidado é entendido como a atividade que os indivíduos praticam em seu benefício para
manter a vida, a saúde e o bem estar. A aplicação deste processo exige um perfil profissional
mais humanizado e menos mecânico, a fim de modificar o paradigma vigente e transformar a
prática de enfermagem em uma ação dinâmica e individualizada, através da constante
avaliação da capacidade do paciente engajar-se no autocuidado, associado à evolução do
quadro clínico e terapêutica aplicada. A elaboração do trabalho permite concluir que o
favorecimento do autocuidado ao paciente crítico implica em propiciar-lhe meios uma vez
considerados suas limitações potenciais, para desenvolver o máximo de autonomia, liberdade e
domínio sobre si e assim, diminuir sua sensação de impotência e contribuir para minimizar a
ansiedade, fator emocional que age como agravante na evolução do quadro clínico.

Palavras Chave: Teoria do Autocuidado. Pacientes Críticos. Sistematização da Assistência de


Enfermagem

Área de Conhecimento: Saúde

1. Introdução
Ao longo do tempo a enfermagem vem se aperfeiçoando e adquirindo conhecimentos
específicos através de estudos que fundamentem sua prática. A enfermagem como ciência,
busca a comprovação de fatos da realidade através da formulação das teorias e marcos
conceitual. (CAMPEDELLI et al., 2000)
Nesse sentido, inúmeros teoristas buscaram estruturação do pensamento teórico
interrelacionando quatro conceitos principais: a pessoa, a saúde, o ambiente e a enfermagem,
que segundo George (2000), formam o metaparadigma da enfermagem. Alguns destes
teoristas foram Florence Nightingale com a Teoria Ambientalista (1859); Peplau com a Teoria

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Interpessoal (1952); Henderson com a Teoria dos Componentes de Cuidado (1955); Johnson
com a Teoria do Sistema Comportamental (1959); Levine com a Teoria da Conservação de
Energia e da Enfermagem Holística (1967); Wanda Horta com a Teoria das Necessidades
Humanas Básicas Afetadas (1970) e Dorothea Orem com a Teoria do Autocuidado (1970).
Dorothea E. Orem, nasceu em Baltimore, Maryland - Estados Unidos em 1914 ,
graduou-se em Enfermagem em 1930. A partir de 1958, começa a desenvolver o modelo
conceitual de sua teoria, baseada no autocuidado, utilizando como referencia o modelo
ambientalista, proposto por Florence Nightingale e o de dependência e o papel da enfermagem,
identificado por Henderson.
O paradigma por ela proposto, teoriza que os indivíduos são estimulados a
desempenharem pessoalmente atividades que foram aprendidas, após avaliação da sua
capacidade para desempenhá-la, essas ações têm benefício próprio e atendem suas
necessidades com o máximo de independência, em favor da manutenção da vida, a saúde e o
bem estar.
Orem prosseguiu no desenvolvimento de sua teoria e em 1971, publicou o livro Nursing:
Concepts of pratice, que teve novas reedições em 1980, 1985 e 1991.
Orem faleceu em junho de 2007, aos 92 anos.
Para George (2000), Orem entendia a Enfermagem como uma arte de ajuda, na qual a ação
deve ser bem delimitada e o indivíduo não deve estar condicionado a uma atitude passiva, pois
cabe a Enfermagem estimular adequadamente o processo de autocuidado, já que o mesmo
está relacionado ao conceito de saúde.
Nesse sentido, autocuidado é definido como “a atividade que os indivíduos praticam em
seu benefício para manter a vida, a saúde e o bem estar”. (DIÓGINES; PAGLIUCA, 2003)
A teoria de Orem tem como fundamentação a interrelação de três teorias: a Teoria do
Autocuidado, onde considera o que o paciente pode realizar; a Teoria do Déficit de
Autocuidado, onde é avaliado o momento em que a enfermagem é necessária e a Teoria
dos Sistemas de Enfermagem, que representa avaliação das limitações para a aplicação
das ações necessárias.
Relacionar estas três teorias proporciona uma visão única da prática de enfermagem,
“[...] aplicadas para todos os pacientes individualmente e com adaptações, às unidades
multipessoais.” (GEORGE, 2000, p. 98)
Orem explica na teoria dos Sistemas de Enfermagem, que cabe ao enfermeiro avaliar
o paciente e escolher o sistema ou uma combinação de sistemas que lhe darão um plano de
ações ideal para o preenchimento dos requisitos para o autocuidado.
Alguns profissionais consideram a teoria de Orem melhor aplicável clinicamente, quando
mais de um Sistema é usado concomitantemente. (KNUST & QUARN, 1983 apud GEORGE,
2000, p. 99)

“O funcionamento humano integrado inclui os aspectos físicos,


psicológicos, interpessoais e sociais. Orem acredita que os indivíduos
têm o potencial para aprender e desenvolver-se. A forma como o
individuo preenche as necessidades de autocuidado não são instintivas,
mas um comportamento aprendido.”(GEORGE, 2000, p. 89)

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Para viabilizar a aplicabilidade de uma teoria, é necessária a existência de um
mecanismo que possibilite a aplicação do processo teórico à realidade prática, ou seja, uma
metodologia para o exercício profissional.
Nesse sentido, o processo de enfermagem é um método através do qual a estrutura
teórica é aplicada a prática, sendo a forma sistemática dinâmica e humanizada de prestar os
cuidados de enfermagem. (SILVA; SANTOS, 2009)
O processo de enfermagem foi introduzido por Wanda Horta em 1970, aplicando a teoria
por ela idealizada , como base para a avaliação da assistência, por meio do levantamento das
necessidades humanas básicas afetadas nos pacientes, objetivando direcionar a assistência de
enfermagem para resolvê-los ou amenizá-los.
A forma de organizar e estruturar esta assistência de Enfermagem ocorreu através da
introdução da Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE), regulamentada por meio
da regulamentação nº 272 de 2002, pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).
A SAE é a forma dinâmica do Processo de Enfermagem

“A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é o método que


permite identificar, compreender, descrever, organizar e explicar como o
paciente responde aos problemas de saúde, determinando as ações de
enfermagem desde o planejamento até a execução e a avaliação da
assistência prestada”. (AQUINO E LUNARDI FILHO, 2004); (FULY et al.,
2008) apud (PEDREIRA Org., 2009)

Essa regulamentação dispõe a obrigatoriedade da aplicação da SAE nas Instituições de


Saúde Brasileiras e segundo o artigo 3º, deve ser integrar a seguinte composição: Histórico de
Enfermagem, Exame Físico, Diagnóstico de Enfermagem, Prescrição da Assistência de
Enfermagem, Evolução da Assistência de Enfermagem, Relatório de Enfermagem.

O Processo de Enfermagem é determinado na Resolução nº 358/09 e organizado em


cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: Histórico de Enfermagem,
Diagnóstico de Enfermagem, Planejamento de Enfermagem, Implementação, Avaliação
(COFEN, 2009)
Convém ressaltar a inexistência de um modelo para sua implantação e essa deve seguir
as necessidades levantadas em cada instituição ou serviço, de acordo com a Teoria de
Enfermagem adotada.
A escolha de um processo de trabalho de enfermagem deve ser fundamentada
teoricamente, e a teoria escolhida deve ser baseada na filosofia do serviço.
Mediante ao exposto, esse trabalho tem como finalidade, adotar como referencia a teoria
de Orem e propor a elaboração de um instrumento de sistematização de assistência de
enfermagem para pacientes críticos.
Paciente crítico é definido como “paciente grave com comprometimento de um ou mais
dos principais sistemas fisiológicos, com perda de sua auto-regulação, necessitando
substituição artificial de funções e assistência contínua” (ANVISA, 1998)
A escolha do objeto desse estudo deve-se ao fato de que na condição de auxiliar de
enfermagem e acadêmica do curso de graduação, exercendo atividades laborais em Unidade

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de Terapia Intensiva, vivencio a desarticulação e a deficiência operacional da assistência aos
pacientes críticos. A aplicação deste processo exige um perfil profissional mais humanizado e
menos mecânico, tornando a prática de enfermagem uma ação dinâmica e individualizada
através da constante avaliação da capacidade do paciente engajar-se no autocuidado
associado com a evolução do quadro clínico e a terapêutica aplicada.
Este fato motivou-me a buscar como referencial Dorothea Orem e a Teoria dos Sistemas
de Enfermagem, para a aplicação da Sistematização da Assistência de enfermagem a
pacientes críticos

2. Objetivo
Propor modelo de sistematização de assistência de enfermagem, direcionado a pacientes
críticos, adotando como referencial, a Teoria dos Sistemas de Enfermagem de Orem

3. Metodologia
Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, realizado por meio de
revisão bibliográfica, utilizando 16 referências que foram selecionadas pela relevância, dentre
eles 06 artigos científicos em língua portuguesa disponíveis por meio eletrônico em revistas
científicas nas bases de dados Scielo e Lilacs, foram também consultadas as resoluções
normativas da ANVISA e COFEN, 05 livros relacionados ao tema exposto e 03 manuais.
O levantamento bibliográfico foi realizado no período de agosto a novembro de 2010.
O estudo de revisão bibliográfica refere-se ao levantamento de todas as publicações
relacionadas à temática escolhida para uma análise crítica que serve como base inicial de um
trabalho científico. A leitura destas publicações é uma atividade fundamental de construção do
conhecimento através da reflexão na ação investigativa. (DYNIEWICZ, 2007)

4. Desenvolvimento
O individuo doente é aquele que apresenta um desvio de saúde, podendo estar limitado
temporariamente, ou não. Neste momento, é possível identificar não somente o grau de
dependência do paciente, mas também a motivação e disponibilidade do paciente para a
adesão à prática do autocuidado. Nessa avaliação, o enfermeiro contribui auxiliando através de
um Sistema de Enfermagem que melhor se adéqüe a situação. (OREM apud FONSECA,
1997).
Mediante a necessidade de internação de um paciente em uma Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), ocorre a exigência de uma terapêutica direcionada a gravidade potencial do
mesmo, que exigirá um serviço com recursos tecnológicos e humanos específicos, capazes de
reverter à evolução de uma doença em estágio não terminal, prevenindo a morte.
(KNOBEL,1998).
O perfil da equipe que promove a assistência ao doente internado em UTI exige uma
incorporação de habilidades e competências dos profissionais que os tornam capazes de lidar
com situações que exijam agilidade, precisão e tomada de decisão baseada no conhecimento
científico, associadas às condições fisiológicas e psicológicas do paciente, incluindo o
comprometimento e noção precisa de prioridade.
O paciente crítico, assistido em uma UTI, pode apresentar diversas demandas
terapêuticas de autocuidado tais como a gravidade potencial, isolamento social, falta de

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conhecimento, falta de autocontrole, ausência de privacidade, desorientação, ociosidade,
dependência total ou parcial, medo da morte, ansiedade, risco de desequilíbrio emocional e
alterações fisiológicas.
Este paciente vai estar ausente de seu ambiente físico, isolado do convívio social, familiar
e profissional, e esta situação de segregação e isolamento reflete negativamente em seu estado
psicológico e fisiológico.
Segundo Cesarino et al. (2005), o medo da morte é tido como o maior desconforto para o
paciente e família e este fato também contribui para o desequilíbrio emocional, que acaba
interferindo no processo de recuperação, além da falta de autocontrole, privacidade e
desorientação em relação ao espaço, tempo, ociosidade e dependência.
A Teoria dos Sistemas de Enfermagem de Orem se aplica adequadamente ao cuidado ao
paciente crítico, embora se discuta muito pouco sobre suas necessidades emocionais e se
coloque como determinante sua condição física e limitações, para a execução das ações de
autocuidado.
Favorecer o autocuidado ao paciente crítico implica em oferecer-lhe meios,
considerando suas limitações potenciais, de desenvolver o máximo de autonomia, liberdade e
domínio sobre si, diminuindo com isso, a sensação de impotência e assim contribuir para
minimizar a ansiedade, fator emocional que age como agravante na evolução do quadro clínico.
A necessidade da implementação de uma assistência de enfermagem qualificada e
humanizada determinou para que Orem formulasse a Teoria do Autocuidado, que sem grandes
ressalvas poderá ser utilizada em benefício dos pacientes internados em UTI.
A teoria de Orem é constituída por três vertentes que se inter-relacionam, representadas
pelo Autocuidado; Déficit de Autocuidado e Sistemas de Enfermagem. (George, 2000)
O Autocuidado é tudo que é desempenhado pelo indivíduo que tem afetado alguma
necessidade, em benefício próprio.
O Déficit de Autocuidado uma vez estabelecido faz com que a enfermagem se torne
necessária, sendo que as exigências para desempenhar o autocuidado, na maioria das vezes,
são maiores do que a capacidade do indivíduo para realizá-lo. Este déficit está associado às
limitações e a falta de efetividade do autocuidado.
Os Sistemas de Enfermagem, proposto por Orem, são baseados na avaliação da
limitação do indivíduo pelo enfermeiro e na aplicação de ações que regulam a necessidade do
paciente, com sua capacidade de realizar as ações de autocuidado.
O enfermeiro deve classificar o paciente crítico dentro de um ou mais dos três tipos de
Sistema de Enfermagem, considerando sua capacidade para promover o autocuidado na
existência do déficit entre o que o paciente pode fazer e o que precisa ser feito. Nesse caso se
torna necessário a avaliação do enfermeiro
Segundo George (2000), os Sistemas de Enfermagem classificam-se em três tipos
distintos:
 Totalmente Compensatório: caracteriza-se pela incapacidade do paciente engajar-
se nas ações de autocuidado. Esta caracterização é subdividida em três grupos:
[1] Os incapazes de realizar qualquer forma de autocuidado, como os em estado de
coma.

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[2] Os conscientes com capacidade de observação, julgamento e decisão, porém sem
condições para realizar ações de autocuidado, devido a sua condição. Nesta categoria
estão incluídos os pacientes com lesão vertebral C3-C4.
[3] Os incapazes de tomar decisões e compreender as ações de autocuidado e não
possuem comprometimento físico e podem realizar autocuidado, sob orientação e
supervisão constante, representados pelos portadores de transtorno mental severo.
 Parcialmente Compensatório: As ações de autocuidado são realizadas tanto pela
enfermagem, quanto pelo paciente. O enfermeiro efetiva o cuidado necessário,
compensando as limitações do paciente, que regula algumas de suas ações e tem a
enfermagem como auxilio. Como exemplo, temos os pacientes de cirurgia abdominal
recente, hemodinamicamente estável, que podem realizar parcialmente sua higiene,
mas necessitam da enfermagem para as trocas de curativos e os pacientes com
cardiopatias, com restrição de deambulação devido ao esforço emanado, mas que
podem sentar-se na poltrona, com auxilio da enfermagem.
 Apoio-Educação: O paciente com condições deve realizar as ações de autocuidado
porem, as habilidades necessárias para o desempenho estão representadas pela
tomada de decisão; controle do comportamento e o conhecimento. A
responsabilidade do enfermeiro é promover o paciente como agente de autocuidado
capacitando-o para aprimorar estas habilidades.
Diante um paciente com quadro de angina, fumante e com hiperlipidemia em condições
de alta da UTI, caberá ao enfermeiro fornecer orientações sobre a necessidade da aquisição de
hábitos de vida saudável; propor metas para redução de cigarros além de fornecer orientações
sobre os efeitos da taxa elevada de colesterol na função cardiovascular.
Uma vez definido se a assistência deve ser totalmente compensatória, parcialmente
compensatória ou de apoio e educação a partir deste ponto realiza-se a prescrição dos
cuidados.
Segundo Orem, a prática das ações de auto cuidado deve ser pautada e realizada de
forma voluntária e intencional, por qualquer individuo capaz de engajar-se na execução.
Para que isso ocorra, as ações devem ser definidas em conjunto entre enfermeiro e
paciente, sendo que este deverá estar motivado e dotado de conhecimento prático das
exigências às quais será submetido. Essas características são peças chaves, que influenciam
positivamente para o alcance do objetivo.
O exercício do autocuidado pode encontrar algumas limitações representadas pela
idade, sexo, nível de cognição, orientação sócio-cultural, padrões de vida e disponibilidade do
atendimento de saúde. (GEORGE, 2000)
A demanda terapêutica de Autocuidado é representada pela declaração do
enfermeiro de que a capacidade do paciente em realizar as ações de autocuidado, está de
alguma forma prejudicada, e, portanto não preenchidas as exigências para a promoção do
Autocuidado.
A Demanda Terapêutica de Autocuidado é verificada em determinados estágios do
desenvolvimento humano , quando componentes necessários para o ciclo vital estão
prejudicados ou em déficit, ou por necessidades associadas a uma condição determinada, ou a
um evento dentro do ciclo vital dos indivíduos. (DUPAS; PINTO; MENDES; BENEDINI, 1994)

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Mediante o exposto, a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem, para
atender as necessidades do paciente crítico, tomando como referencial a teoria de Orem,
deverá conter:
Histórico de Enfermagem: investigação e coleta de dados, contendo dados subjetivos
obtidos através da entrevista e anamnese e dados objetivos coletados por meio do exame
físico. Segundo a teoria de Orem o levantamento de dados deve ser baseado nos problemas
relacionados aos requisitos de autocuidado universal, de desenvolvimento e desvio de saúde
para então definir a demanda terapêutica.
Cabe ao enfermeiro depois da análise da demanda terapêutica, classificar o paciente
dentro do Sistema de enfermagem, definir o Diagnóstico de Enfermagem para então criar uma
prescrição de enfermagem adequada ao paciente crítico onde estarão expressas as ações
diretas da enfermagem relacionadas à ação limitada do paciente crítico e as ações do paciente,
guiadas, orientadas ou supervisionadas pela enfermagem.
Para Orem, as ações do auto cuidado devem satisfazer o grupo de necessidades,
denominadas Requisitos de Autocuidado e classificados em:
 Universais: o enfermeiro deve identificar no paciente as alterações relacionadas a
sua capacidade para manutenção de uma ingesta suficiente de ar, água e alimento,
que no paciente crítico está caracterizado pela necessidade de oxigenioterapia e
deglutição prejudicada, por exemplo; a provisão de cuidados associados com os
processos de eliminação, caracterizada pelo cateterismo vesical ou relaxamento de
esfíncter; a manutenção do equilíbrio entre atividade e repouso como a restrição ao
leito; a manutenção do equilíbrio entre a solidão e a interação social como o horário
restrito de visitas; a prevenção dos perigos a vida humana, ao funcionamento e ao
bem estar como o risco para infecções, o risco para quedas e os riscos relacionados
a terapêutica invasiva.
 De desenvolvimento: representados pelas expressões de requisitos universais que
foram individualizados por processos de estágio do desenvolvimento humano como,
por exemplo, a adolescência, gravidez, adaptação as mudanças físicas,
envelhecimento e o ser diante da morte.
 Desvio de saúde: caracterizados pela situação em que o individuo encontram-se
acidentado, doente, incapacitado ou sob diagnóstico ou tratamento médico,
considera-se as alterações e resultados de exames laboratoriais, radiológicos e
complementares, toda a terapêutica necessária utilizada na UTI, como procedimentos
invasivos e não invasivos (GEORGE, 2000)
Sempre que ocorre a diminuição do controle das funções orgânicas, o sentimento de
segurança, autoestima, pertencimento e auto-realização do paciente é reduzido ou perdido,
convém ao enfermeiro identificar esta necessidade e aumentar a sensação de segurança e
controle do paciente evitando a fadiga fisiológica ou psicológica resultante de patologia ou do
ambiente como, no paciente crítico da UTI, por exemplo, uma restrição por acesso venoso, a
insônia por desconforto, dispnéia e sobrecarga sensorial, a restrição ao leito ou a delimitação
ao redor do leito e as limitações associadas que isto envolve, o profissional enfermeiro deve
reconhecer estas necessidades fazendo com que a assistência tenha uma abordagem holística.

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Este levantamento de problemas dará subsídios para a construção do julgamento clínico
que serve como base para formular os Diagnósticos de Enfermagem, onde se determina
porque o indivíduo necessita de cuidados de enfermagem.

“Através da comunicação e observação o enfermeiro obtém


informações do paciente, que resultam num fluxo de informações para
evolução, análise e interpretação dos fundamentos de conhecimento de
enfermagem e organização das informações relevantes”. (DUPAS et al,
1994)

Antes de dar continuidade na aplicação deste processo é necessário ressaltar a


importância da definição dos papeis de cada um na situação do cuidado de saúde,
enfermeira/paciente/família, a fim de evitar conflitos. Cada situação de enfermagem vai gerar
um comportamento que pode ser influenciado, por exemplo, pela cultura, ambiente, idade,
sexo, estado de saúde e condição financeira, estes papeis são complementares e um reflete no
outro. No caso do paciente crítico além destas variáveis existem os fatores já citados que
contribuem para o desequilíbrio emocional e interferem no comportamento deste paciente.
Alguns dos instrumentos mais importantes além do conhecimento científico são o
relacionamento interpessoal e a comunicação para que ocorra efetividade do processo.

“Esta relação interpessoal contribui para o alívio do “estress” do


paciente ou de sua família, capacitando-os para agir responsavelmente
em relação à saúde e o cuidado de saúde”. (DUPAS et al, 1994)

Segundo Pedreira (Org), 2009, a etapa do Planejamento de Enfermagem “tem início


após o diagnóstico e a formulação dos problemas identificados e finaliza com a documentação
real do plano de cuidados, sob a forma de prescrição de enfermagem”.
O Planejamento de Enfermagem contém o detalhamento das habilidades e limitações do
paciente individualizadas e a elaboração das tarefas a serem desenvolvidas estarão baseadas
no Sistema de Enfermagem que foi definido no levantamento de dados, através disto
estabelecem-se as prioridades, os métodos de ajuda, intervenções realizadas e os resultados
esperados.
Os enfermeiros estimam o potencial dos pacientes para moderar o engajamento em
autocuidado, para objetivos terapêuticos, ou para desenvolver ou refinar as habilidades de se
engajarem em cuidado agora ou no futuro. (DUPAS et al, 1994)
Na etapa da Implementação são expressas as ações da enfermagem e do paciente, na
UTI. O objetivo é promover o paciente como agente de autocuidado, preencher as
necessidades de autocuidado e diminuir o déficit de autocuidado, através da realização das
ações determinadas na etapa do planejamento.
Segundo Murray e Atkinson (1985) esta etapa consiste em validar o plano de
assistência, documentá-lo, prestar a assistência de enfermagem e continuar a coleta de dados.
Na etapa de Avaliação a assistência que foi e esta sendo prestada é checada e
avaliada continuamente, trata-se da produção, controle e avaliação. São realizados ajustes

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necessários de acordo com a evolução, são descritos as mudanças que ocorreram no processo
em relação ao paciente, saúde e autocuidado.
Nesta fase os sistemas de enfermagem pré-determinados podem sofrer alteração, pois
são reavaliados à medida que a capacidade para o autocuidado vai se restabelecendo,
conseqüentemente ocorre a reformulação da assistência.
Determina-se se os objetivos foram alcançados de acordo com os resultados esperados
e modifica-se ou elimina-se algum Diagnóstico de Enfermagem anterior baseado em novos
dados do paciente relacionados à demanda terapêutica de autocuidado.
Com a finalidade de atingir o objetivo proposto, anexo, apresento a Sistematização da
Assistência de Enfermagem, direcionada à pacientes críticos, adotando como diretriz
norteadora a teoria de Dorothea Orem..

5. Conclusão
A elaboração desse estudo permite concluir que a implantação da Sistematização de
Assistência de Enfermagem, para pacientes críticos, seguindo o referencial teórico de Orem,
exige que os profissionais de enfermagem que desempenham atividades em Unidade de
Terapia Intensiva, alem de capacitados estejam motivados e sensibilizados para aderirem ao
paradigma proposto. É fundamental que alem de treinamentos que lhes proporcionarão
conhecimento teórico para o exercício da prática a fim de aprimorar suas habilidades, é
necessário que concomitantemente sejam desenvolvidas ações, que propicie uma mudança do
olhar destes profissionais, direcionando-o para o ser humano e suas necessidades pessoais,
fisiológicas e emocionais e não apenas para as necessidades que estão relacionadas ao
processo da doença, que infelizmente é uma característica do modelo atual.
A importância desta proposta está em não apenas preencher os requisitos de
autocuidado, ou seja, suas necessidades, mas em não medir esforços para devolver ao
paciente crítico a capacidade de autocuidar-se e assim, sua autonomia ao devolver-lhe a
capacidade de manutenção da própria vida, saúde e bem estar. È importante ressaltar que
estreitar a relação enfermagem/paciente ao promover-lhe capacidade para executar o
autocuidado, não exclui a enfermagem de sua responsabilidade e não diminui sua atuação, já
que este processo exige maior interação com o paciente.
O foco do cuidado não deve estar voltado apenas para a recuperação, ou seja, retirar o
paciente do processo de doença, mas para a promoção de saúde ao favorecer o paciente seu
retorno ao convívio social, tendo como referência o seu potencial para realizações.

6. Referências

ANVISA. Resolução – RDC nº 7, de 24 de fevereiro de 2010. [Internet] Disponível em:


http://www.amib.org.br/pdf/RDC-07-2010.pdf

CAMPEDELLI, M. C. (Org.). Processo de Enfermagem na Prática. São Paulo – SP: Ática,


2000.

CESARINO, C. B. et al. Percepções dos pacientes em relação à Unidade de Terapia


Intensiva. Fonte Arq. Ciênc. Saúde 2005 jul-set; 12(3)

9
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen n.358, de 15 de outubro de
2009. Brasília. [Internet] Disponível em: http://inter.coren-sp.gov.br/node/4001

DIÓGINES, M. A. R.; PAGLIUCA, L. M. F. Teoria do autocuidado: análise crítica da utilidade


prática da enfermeira. Fonte Rev. Gaúcha Enfermagem, Porto Alegre, 2003 dez; 24(3):286-93

DUPAS, G.; PINTO, I. C.; MENDES, M. D.; BENEDINI, Z. Reflexão e síntese acerca do modelo
do autocuidado de Orem. Fonte Acta Paul. Enf., São Paulo, v. 7, n. 1, p. 19-26, jan/mar,1994

DYNIEWICZ, Ana Maria. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. São Caetano do
Sul, SP: Difusão, 2007.

FONSECA, S. M. O cuidado de enfermagem a pacientes em quimioterapia antineoplásica:


Uma aplicação da Teoria de Dorothea Orem. Acta Paul. Enf., São Paulo, v. 10, n. 2, p. 74-79,
1997.

GEORGE, Julia B. Teorias de Enfermagem: os fundamentos à prática profissional. 4 ed.


cap. 1, 2, 24. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

KNOBEL, Elias. Conduta do Paciente Grave. 6 ed. São Paulo: Atheneu, 1998.

MURRAY, Mary E; ATKINSON, Lislei D. Fundamentos de Enfermagem. Introdução ao


Processo de Enfermagem. cap. 17. Rio de Janeiro: Guanabara/ Koogan, 1985

OLIVEIRA, Ana Luisa de; RODRIGUES, Mariene Coutinho. Manual de referencia para
trabalho científico. Ribeirão Preto: Biblioteca UNAERP, 2008. 44 p.

OLIVEIRA, Ana Luisa de; RODRIGUES, Mariene Coutinho. Manual de citação para trabalho
científico. Ribeirão Preto: Biblioteca UNAERP, 2008. 18 p.

OLIVEIRA, Ana Luisa de; RODRIGUES, Mariene Coutinho. Manual para apresentação de
trabalho científico. Ribeirão Preto: Biblioteca UNAERP, 2008. 34 p.

PEDREIRA, Mavilde da L. G. (Org). Enfermagem dia a dia: segurança do paciente. São


Caetano do Sul, SP: Yendis, 2009

SILVA, R.S; SANTOS, M. H. E. R. Sistematização da Assistência de Enfermagem como


Estratégia para Autonomia do Enfermeiro. Nursing, 2009;12(136):435-442

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ANEXO

Sistematização da Assistência de Enfermagem segundo referencial de Dorothea Orem

HISTÓRICO (ADMISSÃO)

NOME____________________________________________IDADE__________ PRONTUÁRIO_______________LEITO_______

GÊNERO: ( ) FEM ( ) MAS DATA DE NASCIMENTO_____/_____/_____

NOME DA MÃE________________________________FONE:_________________________/__________________________________

PROCEDÊNCIA:_________________________________________________________________________________________________

DIAGNÓSTICO MÉDICO_________________________________________________________________________________________

DATA DA INTERNAÇÃO HOSPITALAR _____/_____/_____ HORA_____________________

DATA DA INTERNAÇÃO UTI_____/_____/____ HORA_____________________

PESO DE ADMISSÃO______________Kg ALTURA___________cm IMC___________

( ) PERDA PONDERAL____________Kg TEMPO___________

ESCOLARIDADE:__________________________ ATIVIDADE PROFISSIONAL____________________________________________

COMUNICAÇÃO: ( ) VERBAL ( ) NÃO VERBAL ( ) LÊ ( ) ESCREVE

( ) CLAREZA NAS IDÉIAS ( ) COMPREENSÃO PREJUDICADA

( ) RESPOSTAS DESCONEXAS ( ) BARREIRA IDIOMATICA

( ) SILÊNCIO ( ) EXPRESSÕES FACIAIS TIPO________________ ( ) CONTATO OCULAR

( ) GAGUEIRA ( ) ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS DA FALA____________________

GREGÁRIA: VIVE: ( ) SOZINHO ( ) FAMILIARES ( ) AMIGOS

( ) CASA DE PASSAGEM DE LONGA PERMANÊNCIA ( ) OUTROS___________________

CRENÇAS:___________________________________________ RELIGIÃO:__________________________________________________

HÁBITOS ALIMENTARES__________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________

DOENÇAS PRÉ EXISTENTES:

( ) AVE QUANDO?____________________________ ( ) DOENÇA INFECTO CONTAGIOSA QUAL?_________________


( ) ASMA ( ) DOENÇA RENAL QUAL?________________________________
( ) CÂNCER ONDE?___________________________ ( ) ETILISMO QUANTO TEMPO?____________________________
( ) CARDIOPATIAS QUAL?_____________________ ( ) HIPERTENSÃO
( ) CONVULSÃO QUANDO?____________________ ( ) DOENÇAS PUMONARES QUAL?_________________________
( ) DIABETES TIPO____ QUANTO TEMPO?_______ ( ) TABAGISMO QUANTO TEMPO?_________________________
( ) DEPENDÊNCIA QUIMICA ( ) ALERGIAS QUAL? _____________________________________

CIRURGIAS ANTERIORES__________________________________________________________________________________________

MEDICAÇÃO DE USO DIÁRIO QUAL?_______________________________________________________________________________

DOSE/DIA________________________________________________________________________________________________________

REALIZA ALGUM TIPO DE TRATAMENTO ( ) SIM ( ) NÃO QUAL?_______________________________________________


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PRÓTESE DENTÁRIA_______________________________ ÓRTESES_____________________________________________

ENFERMEIRO_________________________________________COREN________________________________DATA____/_____/_____

NOME:__________________________________________LEITO_____IDADE_____GÊNERO____PRONTUÁRIO__________

DIAGNÓSTICO MÉDICO__________________________________________DATA DE INTERNAÇÃO NA UTI____/____/____

AVALIAÇÃO DO ESTADO NEUROLÓGICO

( ) CONSCIENTE ( ) ORIENTADO ( ) OBNUBILADO/CONFUSO ( ) AGITADO

SONO: ( ) TRANQUILO ( ) AGITADO ( ) INSÔNIA ( ) SONOLENTO

( ) RIGIDEZ DE NUCA ( ) CONVULSÕES ( ) TREMORES MOVIMENTOS DE: ( ) DECORTICAÇÃO


( ) DESCEREBRAÇÃO
( ) SEDAÇÃO: ( ) CONTÍNUA ( ) INTERMITENTE CATETER : ( ) PIC DRENO ________________
( ) ALTERAÇÃO DE MEMÓRIA ( ) DVE REGIÃO________________
FORÇA MUSCULAR: ( ) PRESERVADA ( ) ALTERADA/REGIÃO_______________________________________

REFLEXO CUTÂNEO-PLANTAR: ( ) NORMAL ( ) AUSENTE ( ) SINAL DE BABINSKI

REFLEXO CÓRNEO-PALPEBRAL: ( ) NORMAL ( ) AUSENTE ( ) PARALISIA FACIAL_____________________

TONICIDADE MUSCULAR: ( ) NORMAL ( ) HIPERTONICA ( ) HIPOTONICA

( ) PARESTESIA/REGIÃO____________________ ( ) MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS/REGIÃO_____________________

( ) HEMIPLEGIA ( ) D ( ) E ( ) PARAPLEGIA ( ) TETRAPLEGIA ( ) ASTENI A

PARALISIA: ( ) FLÁCIDA ( ) ESPÁSTICA

( ) AFASIA ( ) DISARTRIA ( ) DISLALIA ( ) CONTATO OCULAR ( ) EXPRESSÃO FACIAL

ESCALA DE GLASGOW PUPILAS ( ) ISOCÓRICAS ( ) ANISOCÓRICAS


ABERTURA OCULAR
ESPONTÂNEA 4 M T N
ORIENTAÇÃO VERBAL 3 D E D E D E
DOR 2 MIOSE
SEM RESPOSTA 1 MIDRIASE
RESPOSTA VERBAL REFLEXO
ORIENTADO 5 FOTOMOTOR
CONFUSO 4
PALAVRAS 3 ESCALA DE RAMSAY
INAPROPRIADAS GRAU DE SEDAÇÃO
SONS 2 1 ANSIOSO, AGITADO OU IRRIQUIETO OU AMBOS
SEM RESPOSTA 1 2 COOPERATIVO, ORIENTADO, TRANQUILO
RESPOSTA MOTORA 3 DORMINDO, ESTÍMULOS TÁTEIS OU AUDITIVOS LEVES
COMANDO VERBAL 6 4 DORMINDO, APENAS ESTÍMULOS TÁTEIS E AUDITIVOS INTENSOS
DOR LOCALIZADA 5 5 RESPONDE APENAS A DOR
FLEXÃO INESPECÍFICA 4 6 SEM RESPOSTA A DOR
DECORTICAÇÃO 3
GLASGOW M T N RAMSAY M T N
DESCEREBRAÇÃO 2
TOTAL TOTAL
SEM RESPOSTA 1

AVALIAÇÃO SENSITIVA DOLOROSA

DOR ( ) SIM ( ) NÃO RELATO VERBAL ( ) SIM ( ) NÃO EXPRESSÃO FACIAL ( ) SIM ( ) NÃO
COMPORTAMENTO: ( ) EXPRESSIVO ( ) GEMENTE ( ) IRRITADO ( ) CHOROSO
( ) LOCALIZADA/REGIÃO______________________ ( ) IRRADIADA/REGIÃO_________________________________
DESENCADEANTE____________________________________AGRAVANTE____________________________________

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FATORES DE ALÍVIO__________________________________________________________________________________
TIPO: ( ) QUEIMAÇÃO ( ) PONTADA ( ) PULSÁTIL ( ) CÓLICA ( ) CONTÍNUA ( ) CONSTRITIVA
DURAÇÃO: ( ) – 1h ( ) 1 a 2h ( )3a4h ( ) + 6h

ESCALA NUMÉRICA DE AVALIAÇÃO DE INTENCIDADE DA DOR

|_______|_______|_______|_______|_______|_______|________|_______|_______|________|________| MANHÃ_________
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

|_______|_______|_______|_______|_______|_______|________|_______|_______|________|________| TARDE__________
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

|_______|_______|_______|_______|_______|_______|________|_______|_______|________|________| NOITE__________
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

AVALIAÇÃO DO APARELHO VENTILATÓRIO

( ) ESPONTANEA ( ) AR AMBIENTE TIPO DE OXIGENIOTERAPIA


( ) OXIGENIOTERAPIA _____________________________________________

( ) TRAQUEOSTOMIA ( ) dias MODALIDADE VENTILATÓRIA


( ) TOT ( ) dias
( ) A/C ( ) SIMV/P VOL TOTAL:
FIXAÇÃO LÁBIO SUPERIOR Nº __________ ( ) CMV ( ) CPAP FIO O2:
( ) SIMV/V FR: PEEP:
CUFF: ( ) INSUFLADO mmhg_____________
( ) DESINSUFLADO
PADRÃO RESPIRATÓRIO
INSPEÇÃO_____________________________________________
( )EUPNEICO ( )TAQUIPNEICO _______________________________________________________
( )BRADIPNEICO ( )HIPERPNEICO
( )CHEYNE ST ( )BIOT/ATAXICA PERCUSSÃO___________________________________________
( )KUSSMAUL _______________________________________________________

OXIMETRIA( ) SAT O2__________ AUSCULTA____________________________________________


CAPNOGRAFIA( ) ETCO2__________ _______________________________________________________

ASPIRAÇÃO: ( ) CÂNULA ( ) VAS TOSSE: ( ) PRODUTIVA ( ) EPISTAXE


( ) IMPRODUTIVA ( ) HEMOPTISE
DRENO/TIPO: REGIÃO: ( ) dias

AVALIAÇÃO CARDIO-CIRCULATÓRIA

PULSOS PERIFÉRICOS ESTASE JUGULAR: ( ) SIM ACESSO VENOSO ( ) CENTRAL


( ) PALPÁVEIS ( ) NÃO ( ) dias ( ) PERIFÉRICO
( ) SEM ALTERAÇÃO
PALPAÇÃO CARDÍACA: ( ) FLEBOTOMIA
( ) ALTERAÇÃO: LOCAL_________________ ( ) dias
FEREQUENCIA_____________________ FRÊMITO ( ) SIM ( ) NÃO
RITMO_____________________________ PULSO APICAL ( ) PAM
LOCAL_____________________________ ( ) NORMAL ( ) ANORMAL LOCAL_________________ ( ) dias

REDE VASCULAR ( ) SWAN GANS


AUSCULTA CARDÍACA:
( ) SEM ALTERAÇÃO ( ) dias
( ) ALTERAÇÃO BULHAS ( ) 1ª ( ) 2ª ( )3ª ( ) MPC ___________________bpm
PERFUSÃO_________________________
EDEMA____________________________ SOPRO____________________

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TEMP______________________________ ( ) PVC ( )+ ( ) --
CIANOSE___________________________ ARRITMIAS: ( ) SIM ( ) NÃO

AVALIAÇÃO GASTRINTESTINAL

ABDOME: ( ) PLANO ( ) GLOBOSO ( ) FLÁCIDO ( ) TENSO ( ) DISTENDIDO ( ) ESCAVADO

RUIDOS HIDROAÉREOS ( ) PRESENTE ( ) AUSENTE ( ) DIMINUÍDO ( ) AUMENTADO

( ) NÁUSEA ( ) VÔMITO ( ) ERUCTAÇÃO ( ) FLATULÊNCIA

PALPAÇÃO/ACHADO_________________________ ( ) TIMPANISMO ( ) MACICÊZ

ASCITE____________ CICATRIZ/REGIÃO_______________________

MASSA PALPÁVEL REGIÃO____________PROTUBERÂNCIAS __________

PONTO DOLOROSO__________________________TIPO____________________INTESIDADE___________________

INCISÃO CIRURGICA/REGIÃO_____________________________ASPECTO__________________________________

DRENO/REGIÃO_________________ DRENO/REGIÃO___________________ DRENO/REGIÃO__________


ASPECTO_______________________ ASPECTO_________________________ ASPECTO________________

QUANTIDADE___________________ QUANTIDADE_____________________ QUANTIDADE____________


( ) dias ( ) dias ( ) dias

INTEGRIDADE CUTANEA/ MUCOSA

PELE: ( ) INTEGRA
UMIDADE: ( ) NORMAL ( )RESSECADA ( ) SUDOREICA
TEXTURA: ( ) NORMAL ( ) LISA ( ) ASPERA ( ) ENRUGADA
ESPESSURA: ( ) NORMAL ( ) ATRÓFICA ( ) ESPESSA
COLORAÇÃO: ( ) CORADA ( ) HIPOCORADA____________ ( ) CIANOSE______________ ( ) ICTÉRICA
TEMPERATURA: ( ) NORMAL ( ) AUMENTADA/LOCAL___________( )DIMINUIDA/LOCAL________________
ELASTICIDADE: ( ) NORMAL ( ) DIMINUIDA ( ) HIPERELASTICA
LINGUA: ( ) INTEGRA ( ) NÃO INTEGRA/ ASPECTO:__________________________________________

PELE: ( ) NÃO INTEGRA


( ) NÓDULOS_______________________ ( ) URTICÁRIA______________________ ( ) VEGETAÇÃO__________
( ) VESÍCULAS______________________ ( ) PÚSTULA________________________ ( ) ABCESSOS____________
( ) FISSURAS________________________ ( ) ESCAMAS________________________ ( ) CROSTAS_____________
( ) CICATRIZES______________________ ( ) PETÉQUIAS_______________________ ( ) EQUIMOSES__________
( ) QUELÓIDES______________________ ( ) HEMATOMAS_____________________ ( ) TATUAGENS_________

FERIDA/CURATIVO: ( ) OPERATÓRIA ( ) TRAUMÁTICA ( ) ÚLCERA ( ) QUEIMADURA ( ) CATETER


( ) DRENO ( ) OUTROS_______________________________

REGIÃO______( ) LIMPA ( ) SECREÇÃO REGIÃO______( ) LIMPA ( ) SECREÇÃO REGIÃO______( ) LIMPA


CARAC/QUANT_________________ CARAC/QUANT____________________ ( ) SECREÇÃO
CARAC/QUANT___________
EXTENÇÃO__________________________ EXTENÇÃO__________________________ EXTENÇÃO_______________
PROFUNDIDADE_____________________ PROFUNDIDADE_____________________ PROFUNDIDADE__________
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BORDA______________________________ BORDA______________________________ BORDA___________________

MUCOSAS:
COLORAÇÃO: ( ) CORADA ( ) HIPOCORADA__________ ( ) CIANOSE___________________
UMIDADE: ( ) NORMAL ( )RESSECADA
MUCOSAS COM ALTERAÇÃO: ( ) CONJUNTIVA______________________________________________________
( ) LABIOBUCAL______________________________________________________
( ) GENGIVAL_________________________________________________________

PERCEPÇÃO SENSORIAL

ALTERAÇÃO

( ) VISÃO ( ) AUDIÇÃO ( ) OLFATO ( ) GUSTAÇÃO


TIPO_____________ TIPO________________ TIPO________________ TIPO_________________

NUTRIÇÃO

ALIMENTAÇÃO/HIDRATAÇÃO: ( ) INDEPENDENTE

( ) PARCIALMENTE DEPENDENTE MOTIVO:____________________________________________________________


( ) TOTALMENTE DEPENDENTE MOTIVO:____________________________________________________________
ACEITAÇÃO: ( ) BOA ( ) INAPETENTE ( ) INTOLERANTE
( ) JEJUM INÍCIO________________ ( ) RESTRIÇÃO HÍDRICA VOLUME___________________ ( ) NPP
( ) GASTROSTOMIA ( ) dias ( ) JEJUNOSTOMIA ( ) dias
( ) SNG ( ) dias ( ) SOG ( ) dias ( ) DIETOTERAPIA ASPECTO DRENAGEM___________________________
( ) SNE ( ) dias ( ) SOE ( ) dias ( ) ABERTA VOLUME DRENAGEM___________________________

ELIMINAÇÃO

VESICAL: ( ) SANITÁRIO
( ) FRALDA MOTIVO:_____________________________________
( )COMADRE/COMPADRE MOTIVO:_____________________________________
( ) DISPOSITÍVO URINÁRIO MOTIVO:_____________________________________
( ) SVD ( ) 2V ( ) 3V ( ) dias ( ) IRRIGAÇÃO ( ) PIA: ( ) + ( ) -- ( ) CISTOSTOMIA

INTESTINAL: ( ) SANITÁRIO
( ) FRALDA MOTIVO:_________________________
( ) COMADRE MOTIVO:________________________
( ) OSTOMIA ( ) FUNCIONANTE ( ) NÃO FUNCIONANTE
( ) ENTEROCLISMA ( ) SATISFATÓRIO ( ) INSATISFATÓRIO
( ) CONSTIPAÇÃO ( ) FECALOMA ( ) DIARRÉIA ( ) MELENA ( ) ENTER ORRAGIA

DEMANDA TERAPÊUTICA PARA O AUTOCUIDADO UNIVERSAL

NUTRIÇÃO/HIDRATAÇÃO
DEPENDENCIA: ( ) TOTAL ( ) PARCIAL
MOTIVO:_____________________________________________________________________________________
ESTÍMULO:___________________________________________________________________________________
RESPOSTA:___________________________________________________________________________________

ATIVIDADE/REPOUSO
REPOUSO NO LEITO: ( ) ABSOLUTO ( ) RELATIVO MOTIVO:____________________________________
MOBILIDADE NO LEITO: ( ) ATITUDE VOLUNTÁRIA ( ) INVOLUNTÁRIA
( ) SENTAR NA PONTRONA PERIODO____________________ PERMANÊNCIA_______________________
ATIVIDADES QUE CAUSAM DISPNÉIA___________________________________________________________
( ) DEAMBULASÃO DEPENDENTE PERÍODO______________ TEMPO____________________
( ) DEAMBULAÇÃO INDEPENDENTE
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( ) CONTENSÃO ( ) MSD ( ) MSE ( ) MID ( ) MIE MOTIVO:______________________________________

HIGIENE
( ) BANHO NO LEITO ( ) TOTALMENTE DEPENDENTE ( ) PARCIALMENTE DEPENDENTE
( ) BANHO DE ASPERSÃO SEM AUXILIO
( ) BANHO DE ASPERSÃO EM CADEIRA DE BANHO COM AUXILIO
( ) BANHO DE ASPERSÃO EM CADEIRA DE BANHO COM AUXILIO PARCIAL
DÉFICT DE AUTOCUIDADO PARA:
( ) HIDIENE ORAL ( ) TOTAL ( ) PARCIAL MOTIVO:___________________________________
( ) CABELOS ( ) TOTAL ( ) PARCIAL MOTIVO:___________________________________
( ) HIGIENE ÍNTIMA ( ) TOTAL ( ) PARCIAL MOTIVO:___________________________________
( ) TRICOTOMIA ( ) TOTAL ( ) PARCIAL MOTIVO:___________________________________
( ) CORTAR AS UNHAS ( ) TOTAL ( ) PARCIAL MOTIVO:___________________________________

REQUISITOS UNIVERSAIS DE DESENVOLVIMENTO E DESVIO DE SAÚDE

PROBLEMAS:

SISTEMA DE CUIDADO DE ENFERMAGEM

( ) TOTALMENTE COMPENSATÓRIO ( ) PARCIALMENTE COMPENSATÓRIO ( ) APOIO EDUCAÇÃO

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM

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EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM

17
ENFERMEIRO_____________________________________COREN__________________________DATA_____/_____/___

ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM

TEC.ENF_______________________ TEC.ENF_______________________ TEC. ENF_________________________

COREN________________________ COREN________________________ COREN___________________________

DATA________/________/________ DATA________/________/________ DATA________/________/________

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