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TEORIAS DE ENFERMAGEM
DEFINIÇÃO: Teoria, do grego θεωρία , é o conhecimento descritivo que permite especulações, contudo puramente racional. O
substantivo theoría significa ação de contemplar, olhar, examinar, especular. Pode ser entendida, também como forma de pensar e
entender algum fenômeno a partir da observação.
Ao falarmos em ciência, a definição de teoria científica, pode ser bastante diferente da acepção de teoria em senso comum, o de
simples especulação; o conceito moderno de teoria científica estabelece-se, entre outros, como uma tentativa de resposta ao
problema da demarcação entre o que é efetivamente científico e o que não o é.
Uma teoria com pretensão científica deve, em primeiro lugar, satisfazer uma condição de testabilidade. Será considerada „testável‟
a partir do momento em que se possam inferir de forma dedutiva um ou vários predicados que, em virtude de algumas condições
chamadas iniciais, os fatos deverão ser comprovados.
1-Teoria Humanística:
Este referencial permite lançar um olhar ao homem como ser que vivencia e experiência situações existenciais únicas de
saúde e de doença e, em contraponto ao modelo biomédico que ainda é muito usado na área da saúde.
2- Teoria Cultural:
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A Teoria do Cuidado Cultural de Leininger vem sendo empregada pela Enfermagem brasileira por permitir a
compreensão de que os fenômenos de saúde e doença que permeiam o vivido de indivíduos e/ou grupos populacionais apresenta
relação com os hábitos cotidianos, as crenças, os costumes e demais aspectos que configuram suas culturas, pois o cuidado é
culturalmente definido. Destacar o fato de que este referencial usa uma proposta metodológica própria, o que favorece o
desenvolvimento de pesquisas.
A Teoria do Autocuidado de Orem esta teoria se deve a dois embasamentos principais: proporcionar ação educativa por
parte da Enfermagem, e pelo desenvolvimento de atitudes que facultem aos indivíduos e/ou grupos populacionais o autocuidado,
isso se deve ao avanço das condições crônicas de doença que têm exigido dos indivíduos um prazo maior de tratamento, o uso de
tecnologias no domicílio do doente e a reestruturação de estilos de vida, como maneiras de cuidado de si.
A teoria de King foi publicada em 1981, mostra a atuação do enfermeiro mediante a compreensão de que o ser
humano englobado em três sistemas interatuantes (o pessoal, o interpessoal e o social), dado a interação enfermeiro-
pessoa é fundamental para subdisiar estabelecimento e alcance de metas de saúde, propiciando o desenvolvimento de
potencialidades no cliente, pessoa e comunidade.
King fez uma revisão de fontes bibliográficas para desenvolver sua estrutura conceitual e sua teoria foi muito
influenciada pela Teoria dos Sistemas e do interacionismo simbólico, dando ênfase à visão da pessoa como ser social;
mostrando a sua fundamentação em paradigmas que vêm influenciando a enfermagem, tais como, de desenvolvimento,
de sistemas, o psicanalítico, o de adaptação e de estresse.
“A relação de cuidado em enfermagem é uma relação humana, o que conseqüentemente implica a conjugação de
dois seres humanos totalmente diferentes, uma vez que cada pessoa representa um universo inimaginável e irrepetível,
que se regem por sentimentos, percepções, pensamentos, emoções e necessidades”.
“Em vez de um enfermeiro ministrar analiticamente um tratamento a um doente, quer-se que o técnico de saúde
saiba comunicar, interagir, conhecer para então depois proporcionar o cuidado necessário. O objetivo é a cura global
do paciente e a satisfação do prestador de ajuda.
Nessa teoria o cuidado é vital, para a essência Enfermagem, estabelecem-se as prioridades no cuidado. É um modelo
holístico de enfermagem que sugere que uma intervenção consciente em direção aos cuidados potencializa a cura e a integridade
(Hoover, 2002).
Jean Watson postulou os fatores relevantes no processo de cuidar, que são:
• Praticar o amor
• A amabilidade
• Ser autêntico
• Estar presente
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• Ser capaz de praticar e manter um sistema profundo de crenças e um mundo subjetivo de sua vida e do ser
cuidado
• Cultivar suas próprias práticas espirituais e transpessoais de ser, mas além de seu próprio ego, aberto a outros
com sensibilidade e compaixão
• Estar presente e dar apoio na expressão de sentimentos positivos e negativos, como uma conexão profunda
com o espírito do ser e do ser que cuida do outro.
• Uso criativo do ser, de todas as formas de conhecimento, como parte do processo de cuidado para
comprometer-se artisticamente com as práticas de cuidado e proteção
• Criar um ambiente protetor em todos os níveis, onde se está consciente do todo, da beleza, do conforto, da
dignidade e da paz
Watson (1985) relaciona intimamente o processo do cuidar humano (human care) com um processo de interação
entre estes seres humanos, sendo o cuidar humano a dimensão da prática profissional.
A relação interpessoal que a autora fala quer dizer a essência dos cuidados de enfermagem.
As ferramentas dos cuidados de enfermagem são o conjunto das técnicas, dos protocolos, das formas de
organização utilizadas pelas enfermeiras, ou seja aquilo que serve de suporte à sua atividade.
Baseia-se na teoria de N.H.B, de Maslow . Essa teoria é considerada o ponto alto de seu trabalho e a
síntese da todas as suas pesquisas. Duas questões fundamentais permeiam o trabalho de Wanda Horta.
A primeira, a quem serve a enfermagem? Respondida finalmente em sua teoria como uma afirmação: "a
enfermagem é um serviço prestado ao ser humano", e a segunda, com que se ocupa a enfermagem? Respondida então que
"a enfermagem é parte integrante da equipe de saúde e como tal se ocupa em manter o equilíbrio dinâmico, prevenir
desequilíbrios e reverter desequilíbrios em equilíbrio do ser humano".
Wanda Horta em seu conceito de Enfermagem : "Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser humano no
atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente desta assistência através da educação; de recuperar,
manter e promover sua saúde, contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais".
NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS
Oxigenação
Hidratação
Nutrição
Eliminação
Sono e repouso
Sexualidade
Abrigo
Mecânica corporal
Integridade cutâneo-mucosa
Integridade física
Regulação: térmica, hormonal, neurológica, hidrossalina, eletrolítica, imunológica, crescimento celular, vascular
Locomoção
Ambiente
Terapêutica
NECESSIDADES PSICOSSOCIAS
Segurança
Amor
Liberdade
Comunicação
Criatividade
Gregária
Recreação
Lazer
Espaço
Aceitação
Auto-realização
Auto-estima
Participação
Auto-imagem
Atenção
Necessidades psicoespirituais:
O termo holismo vem sendo empregado na enfermagem como abordagem que espelha as realidades
complexas dos seres humanos no cosmo.
Essa teoria de Roy está embasada no contexto transcendental, nesta categoria a abordagem holística surge como
técnica holográfica–modelo de interação dos elementos que compõem o todo e as partes em que se reflete uma realidade
tridimensionalizada. Teoria da Adaptação
-doença;
-doença e a enfermagem
Ao envolvermos a Ciência da Enfermagem nessa constituição interativa do ser, essa teoria nos mostra o sentido
do viver humano em um plano biopsicossocial-espiritual e da completa harmonia e equilíbrio desse ser com o ambiente
que o circunda, exemplifica o Modelo de Adaptação de Roy.
As relações interpessoais constituem-se em instrumentos do cuidado em saúde que vem sendo utilizados pela
enfermagem por meio das contribuições de Joyce Travelbee e Hildegard Peplau, nas décadas de 50 e 60 do século
passado.
A relação de ajuda , segundo essa Teoria somente seria possível quando o enfermeiro tornar-se um elo entre
os pacientes a quem presta cuidado e sua realidade. Sendo desta forma, cada pessoa teria maior iniciativa no
desenvolvimento de habilidades pessoais e uma co-participação de forma ativa nos cuidados prestados pelos
profissionais.
Em geral muito usado em Enfermagem Psiquiátrica. No entanto, mesmo sendo um conhecimento produzido
por uma área específica, esse fator possibilitou a socialização de novas experiências terapêuticas, trazendo esse
conhecimento em contribuições ao ensino e à prática assistencial do enfermeiro.
O processo de relação interpessoal de Travelbee é sustentado em quatro fases fundamentais:
Fase de Pré-interação: É a fase em que o enfermeiro começa a construir sua vinculação, compreendendo a
real situação de pacientes e familiares.
Fase Inicial: É a fase do primeiro encontro, mostrando o grau do comprometimento do profissional em ajudar
e seus objetivos com o relacionamento interpessoal.
Fase de Identidades: Nesta fase em que o paciente e sua família podem-se apresentar pouco mais hostis,
fazendo um aparato com a competência do profissional e podendo até tentarem a manipulação do Profissional.
É nesta fase em que os envolvidos entendem-se como seres humanos, detectando dificuldades, impotências e
incompatibilidades.
Fase de Término: É a finalização do processo de relacionamento interpessoal, seja por alta hospitalar,
desinteresse da família ou paciente, agravamento do quadro do paciente ou outras razões. É comum nesta
etapa surgirem sentimentos como os de gratificação, indiferença.
De acordo com a Teoria de Rosemarie Rizzo Parse, “Tornar-se Humano”, a Enfermagem é centrada
na ciência humana cujo foco central é o ser humano. Parse afirma que a essência da enfermagem é o
relacionamento enfermeiro - pessoa e, seu intuito principal é a qualidade de vida sob a perspectiva da
pessoa. Quando o Enfermeiro aplicar a Teoria de Parse, respeita a própria visão de qualidade de vida de cada
um, que, lógico, difere de uma pessoa para outra, e não tenta mudar essa visão para ser consistente com sua
própria perspectiva.
A enfermagem é aplicada nas situações de crise e/ou mudanças vivenciadas pelo indivíduos/família e
comunidade.
A prática de enfermagem, na teoria de Parse, é direcionada em guiar as pessoas e famílias para
participarem do cuidar de sua saúde (HICKMAN, 2000).
Essa teoria é importante na formação profissional, pois, permite ao Enfermeiro contemplar o ser
humano holisticamente. – o enfermeiro direciona o indivíduo ou a família a planejar sua mudança nos
padrões de saúde a serem vividos, ou seja, a possibilidade de planejar mudanças para alcançar a saúde.
Aberto
Unidirecional
Sentimentos
Pensar
a) Campo energia é caracterizado como a unidade fundamental para a vida como para os inertes.
b)Universo de sistemas abertos: ela diz que a energia campos são abertos e intermináveis, mas
interligados.
A finalidade da teoria é ajudar as pessoas a atingir seu máximo potencial de saúde. Para a teoria ter
seu efeito faz-se necessário que o enfermeiro promova interação harmoniosa entre o homem e o seu ambiente.
A Assistência de enfermagem é feita por meio de um processo planejado, que compreende a busca de
dados, o diagnóstico de enfermagem, estabelecimento de metas, a curto e longo prazo e de melhores cuidados
de enfermagem planejados em busca do atendimento aos resultados.
Este método de Rogers é essencialmente dedutivo, lógico, em que a enfermagem vai comprovar uma
nova perspectiva do sistema mundial nova forma de pensar a respeito do fenômeno de enfermagem.
O homem é o foco dessa teoria que fundamenta o sistema teórico de enfermagem, para efetivação de
uma enfermagem segura. Enfatiza o SAE.
Os enfermeiros segundo esta teoria serão considerados tanto melhores profissionais quanto mais
próximos dos padrões de excelência definidos estiver o seu desempenho e a excelência no exercício da prática
de enfermagem, o qual só conseguimos quando a praticamos.
Conhecimento Ético na enfermagem, este componente é considerado o conhecimento moral da
enfermagem. Envolve julgamentos éticos constantes e, frequentemente, implica confrontar valores, normas,
interesses ou princípios. O conhecimento ético não descreve ou prescreve a decisão a ser tomada, ao contrário,
ele mostra o insight das possíveis escolhas a serem realizadas, e os seus porquês.
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Referência:
Links
ALLEN, Deborah, BENNER, Patricia, and DIEKELMANN, Nancy. "Three Paradigms for Research:
Methodological Implications." In: CHINN, Peggy L. (ed.). Nursing Research Methodology: Issues and
Implications. Rockville, MD: Aspen, 1986. p. 23-38.
WATSON, Jean (1988) - Nursing: human science and human care. A theory of nursing. New York:
National League for Nursing.
ROGERS, Martha (1992) - Nursing science and the space age. Nursing Science. Quarterly, 5 (1), p.
27-34.
OREM, D. E. Nursing: concepts of practice.
Nursing and self-care. 2. ed. New York: McGrau-Hill, Ch.3, p. 35-54, 1980.
TREAVELBEE, Joyce et al. Intervenção em Enfermagem Psiquiátrica: o processo da relação pessoa
a pessoa. Philadelphia, Pennsylvania: Davis Comapny, 1969.