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Teorias de Enfermagem:

A teoria de enfermagem das necessidades humanas básicas de Wanda


Horta é uma abordagem que busca compreender e atender às necessidades
fundamentais dos indivíduos, visando promover sua saúde e bem-estar. Essa
teoria foi desenvolvida pela enfermeira brasileira Wanda de Aguiar Horta, e é
amplamente utilizada na prática da enfermagem.
De acordo com essa teoria, as necessidades humanas básicas são universais e
se aplicam a todas as pessoas, independentemente de sua cultura, idade ou
condição de saúde. Essas necessidades são divididas em 14 categorias, que
incluem desde necessidades fisiológicas, como alimentação e eliminação, até
necessidades psicossociais, como afeto e segurança.
A teoria de Horta enfatiza a importância da enfermagem em identificar e atender
às necessidades humanas básicas dos pacientes. Para isso, é necessário
estabelecer uma relação de cuidado e empatia, buscando compreender as
necessidades individuais de cada pessoa. A enfermeira deve utilizar seus
conhecimentos técnicos e científicos para promover a saúde, prevenir doenças
e auxiliar na recuperação dos pacientes.
Além disso, a teoria de Horta destaca a importância da autonomia do paciente,
incentivando-o a participar ativamente do seu próprio cuidado. A enfermeira deve
fornecer informações claras e orientações adequadas, permitindo que o paciente
tome decisões informadas sobre sua saúde.
Essa teoria também enfatiza a importância da educação em saúde, tanto para
os pacientes quanto para a comunidade em geral. A enfermeira deve atuar como
educadora, fornecendo informações sobre prevenção de doenças, promoção da
saúde e autocuidado.
Em resumo, a teoria de enfermagem das necessidades humanas básicas de
Wanda Horta é uma abordagem que busca compreender e atender às
necessidades fundamentais dos indivíduos, promovendo sua saúde e bem-
estar. Ela destaca a importância da relação de cuidado, da autonomia do
paciente e da educação em saúde.

A teoria de enfermagem de Martha E. Rogers, conhecida como Teoria do Ser


Humano Unitário, é uma abordagem holística que busca compreender o ser
humano como um todo integrado e em constante interação com o ambiente.
Essa teoria foi desenvolvida pela enfermeira e teórica Martha E. Rogers, e tem
influenciado significativamente a prática da enfermagem.
De acordo com essa teoria, o ser humano é visto como um sistema aberto,
dinâmico e em constante interação com o ambiente. Rogers acreditava que cada
indivíduo possui um campo de energia único, que é influenciado por fatores
físicos, emocionais, sociais e espirituais. Esse campo de energia é chamado de
campo morfogenético.
A teoria de Rogers enfatiza a importância da enfermagem em promover a
harmonia e o equilíbrio do campo morfogenético do paciente. Para isso, é
necessário estabelecer uma relação de cuidado e empatia, buscando
compreender as necessidades individuais de cada pessoa. A enfermeira deve
utilizar seus conhecimentos técnicos e científicos para promover a saúde,
prevenir doenças e auxiliar na recuperação dos pacientes.
Além disso, a teoria de Rogers destaca a importância da consciência do
enfermeiro em relação ao seu próprio campo de energia e ao campo de energia
do paciente. A enfermeira deve estar atenta às interações energéticas que
ocorrem durante o cuidado, buscando promover a harmonia e o equilíbrio.
Essa teoria também enfatiza a importância da educação em saúde, tanto para
os pacientes quanto para a comunidade em geral. A enfermeira deve atuar como
educadora, fornecendo informações sobre prevenção de doenças, promoção da
saúde e autocuidado.

A Teoria de Adaptação de Calista Roy é uma teoria de enfermagem que foi


desenvolvida por Calista Roy na década de 1970. Essa teoria é baseada no
conceito de que o ser humano é um sistema adaptativo que busca se ajustar às
mudanças do ambiente para manter sua saúde e bem-estar.
A teoria de Roy é composta por quatro conceitos principais: pessoa, ambiente,
saúde e enfermagem. A pessoa é vista como um ser adaptativo, que possui a
capacidade de se ajustar e responder aos estímulos do ambiente. O ambiente
inclui todos os fatores físicos, psicossociais e socioculturais que podem afetar a
pessoa. A saúde é definida como um estado de adaptação efetiva, no qual a
pessoa é capaz de se ajustar e lidar com os estímulos do ambiente. A
enfermagem tem o papel de facilitar a adaptação do paciente, fornecendo
cuidados individualizados e apoiando-o em suas necessidades adaptativas.
A teoria de Roy também identifica quatro modos adaptativos que as pessoas
utilizam para lidar com os estímulos do ambiente: fisiológico, autoconceito, papel
e interdependência. O modo fisiológico refere-se às respostas físicas do corpo,
como a regulação da temperatura e a resposta ao estresse. O modo de
autoconceito envolve a percepção e a imagem que a pessoa tem de si mesma,
incluindo sua autoestima e autoimagem corporal. O modo de papel está
relacionado às expectativas e responsabilidades sociais que a pessoa assume,
como o papel de pai, filho, estudante ou profissional. O modo de
interdependência diz respeito às relações interpessoais e à capacidade da
pessoa de se relacionar e se conectar com os outros.
Na prática de enfermagem, a teoria de Roy é aplicada por meio de um processo
de enfermagem que envolve a avaliação das necessidades adaptativas do
paciente, o planejamento e implementação de intervenções de enfermagem
adequadas e a avaliação dos resultados. A enfermeira busca identificar os
estímulos que afetam a adaptação do paciente e trabalha para promover a
adaptação efetiva, fornecendo cuidados individualizados e apoiando o paciente
em suas necessidades adaptativas.
Embora a teoria de Roy tenha sido amplamente utilizada na prática de
enfermagem, ela também enfrenta algumas críticas e limitações. Alguns críticos
argumentam que o modelo adaptativo proposto pela teoria é complexo e difícil
de ser aplicado na prática. Além disso, a definição de adaptação pode ser
considerada vaga e a teoria pode não abordar adequadamente as questões
emocionais e espirituais dos pacientes.

A teoria ambientalista de Florence Nightingale. Florence Nightingale foi uma


enfermeira pioneira do século XIX, conhecida como a fundadora da enfermagem
moderna. Ela desenvolveu a teoria ambientalista do cuidado, que é uma teoria
de enfermagem que enfatiza a importância do ambiente na promoção da saúde
e no processo de cura.
A teoria ambientalista de Florence Nightingale é baseada na crença de que o
ambiente físico e social em que os pacientes estão inseridos desempenha um
papel fundamental em sua recuperação e bem-estar. Nightingale acreditava que
um ambiente limpo, bem iluminado, bem ventilado e organizado era essencial
para a promoção da saúde e a prevenção de doenças.
Ela enfatizava a importância da higiene, incluindo a limpeza adequada das
instalações e a lavagem das mãos, para evitar a propagação de infecções. Além
disso, Nightingale defendia a importância de um ambiente tranquilo e calmo, com
acesso à luz natural e ar fresco, para promover a cura e o bem-estar emocional
dos pacientes.
A teoria ambientalista de Florence Nightingale também destacava a importância
do papel do enfermeiro na criação de um ambiente terapêutico. Ela acreditava
que os enfermeiros deveriam ser responsáveis por garantir que o ambiente fosse
adequado para a recuperação dos pacientes, incluindo a manutenção da
limpeza, organização e conforto.
A teoria ambientalista de Florence Nightingale teve um impacto significativo na
prática de enfermagem e na melhoria das condições hospitalares. Suas ideias e
princípios continuam a influenciar a enfermagem moderna, destacando a
importância do ambiente na promoção da saúde e no cuidado dos pacientes.

A teoria de Imogene M. King, conhecida como Teoria do Alcance de


Objetivos, inclui o conceito de comunicação como um dos elementos-chave.
King desenvolveu essa teoria em 1971, com o objetivo de fornecer um modelo
abrangente para a prática de enfermagem.
De acordo com a teoria de King, a comunicação é um processo essencial na
interação entre o enfermeiro e o paciente. Ela acreditava que a comunicação
eficaz é fundamental para estabelecer uma relação terapêutica e alcançar os
objetivos de cuidado.
A teoria de King descreve três formas de comunicação que ocorrem no contexto
da enfermagem:
1. Comunicação interpessoal: Refere-se à troca direta de informações,
sentimentos e necessidades entre o enfermeiro e o paciente. Essa forma de
comunicação é essencial para estabelecer uma relação de confiança e
compreensão mútua.
2. Comunicação intrapessoal: Envolve a comunicação interna do enfermeiro
consigo mesmo. Isso inclui a reflexão sobre suas próprias atitudes, valores e
emoções, a fim de fornecer um cuidado de qualidade e manter uma postura
profissional.
3. Comunicação transacional: Refere-se à comunicação que ocorre entre o
enfermeiro e o ambiente, incluindo outros profissionais de saúde, familiares e
recursos disponíveis. Essa forma de comunicação é importante para obter
informações relevantes, coordenar o cuidado e garantir uma abordagem
holística.
A teoria de King também enfatiza a importância da comunicação clara e eficaz
na definição de metas de cuidado. Ela argumenta que a comunicação adequada
entre o enfermeiro e o paciente é essencial para identificar as necessidades do
paciente, estabelecer metas realistas e desenvolver um plano de cuidado
individualizado.
Além disso, a teoria de King destaca a importância da comunicação como um
processo contínuo ao longo do cuidado. Ela enfatiza que a comunicação deve
ser adaptada às necessidades e características individuais do paciente,
levando em consideração fatores como cultura, linguagem e preferências
pessoais.

A teoria do autocuidado de Dorothea Orem é uma teoria de enfermagem que


enfatiza a importância do autocuidado na promoção da saúde e no processo de
cura. Desenvolvida por Dorothea Orem na década de 1950, essa teoria fornece
um modelo abrangente para a prática de enfermagem.
De acordo com a teoria do autocuidado, cada indivíduo tem a capacidade e a
responsabilidade de cuidar de si mesmo. Orem acreditava que o autocuidado é
essencial para manter a saúde, prevenir doenças e recuperar-se de condições
de saúde adversas.
A teoria do autocuidado de Orem é baseada em três conceitos principais:
1. Autocuidado: Refere-se às atividades que os indivíduos realizam para manter
sua saúde e bem-estar. Isso inclui cuidados básicos, como higiene pessoal,
alimentação adequada, exercícios físicos e descanso adequado.
2. Déficit de autocuidado: Ocorre quando um indivíduo não consegue realizar as
atividades de autocuidado necessárias para manter sua saúde. Nesses casos, a
intervenção de enfermagem é necessária para ajudar o indivíduo a suprir esse
déficit e alcançar um estado de saúde ideal.
3. Sistemas de enfermagem: São os recursos e suportes fornecidos pelos
enfermeiros para ajudar os indivíduos a alcançar o autocuidado. Isso inclui a
educação em saúde, o fornecimento de informações sobre cuidados de saúde,
a coordenação de serviços e a promoção de um ambiente de cuidado adequado.
A teoria do autocuidado de Orem também enfatiza a importância da enfermagem
como uma profissão que ajuda os indivíduos a alcançar o autocuidado. Os
enfermeiros desempenham um papel ativo na avaliação das necessidades de
autocuidado dos pacientes, no planejamento e implementação de intervenções
de enfermagem e na avaliação dos resultados do cuidado.
Essa teoria tem sido amplamente aplicada na prática de enfermagem,
especialmente em áreas como cuidados domiciliares, cuidados de longo prazo
e educação em saúde. Ela fornece um quadro conceitual para os enfermeiros
entenderem as necessidades de autocuidado dos pacientes e desenvolverem
estratégias de cuidado individualizadas.

A teoria do relacionamento interpessoal é uma teoria que se concentra na


interação entre indivíduos e como essas interações afetam os relacionamentos
e a saúde. Essa teoria é frequentemente aplicada na área da psicologia e da
comunicação, mas também pode ser relevante na enfermagem e em outras
áreas de cuidado de saúde.
Essa teoria enfatiza a importância das relações interpessoais saudáveis e
positivas para o bem-estar emocional e físico dos indivíduos. Ela reconhece que
os relacionamentos podem ter um impacto significativo na saúde mental, na
qualidade de vida e até mesmo na recuperação de doenças.
A teoria do relacionamento interpessoal destaca alguns conceitos-chave:
1. Comunicação: A comunicação eficaz é fundamental para o estabelecimento e
a manutenção de relacionamentos interpessoais saudáveis. Isso inclui a
capacidade de ouvir ativamente, expressar-se de forma clara e compreender as
necessidades e emoções dos outros.
2. Empatia: A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e
compreender seus sentimentos e perspectivas. Ela desempenha um papel
importante na construção de relacionamentos interpessoais positivos, pois
permite que as pessoas se conectem emocionalmente e ofereçam apoio mútuo.
3. Confiança: A confiança é um elemento essencial nos relacionamentos
interpessoais. Ela envolve acreditar na integridade e nas intenções do outro, o
que cria um ambiente seguro e propício para a abertura e a vulnerabilidade.
4. Respeito: O respeito mútuo é fundamental para o desenvolvimento de
relacionamentos saudáveis. Isso envolve reconhecer e valorizar a
individualidade, as opiniões e os limites dos outros.
A teoria do relacionamento interpessoal pode ser aplicada na prática de
enfermagem, ajudando os enfermeiros a estabelecerem uma relação terapêutica
com os pacientes. Isso envolve a criação de um ambiente de confiança e
respeito, a comunicação eficaz e a demonstração de empatia. Esses elementos
são essenciais para promover a adesão ao tratamento, a satisfação do paciente
e a melhoria dos resultados de saúde.

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