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Teorias de enfermagem

Teoria Ambientalista - Florence Nightingale

• A primeira de todas não poderia não ser esta; a teoria da mãe da


Enfermagem, Florence Nightingale.
• Esta teoria destaca as interferências e condições do ambiente que
afetam a vida e o funcionamento do organismo, que podem auxiliar
na prevenção da doença ou contribuir para a morte.
• Segundo Macedo (2008) Florence, em suas anotações, cita os
elementos do ambiente que devem ser ajustados e controlados para
a recuperação da saúde do paciente: ar puro, claridade, limpeza,
aquecimento, silêncio, fazer as intervenções na hora certa e na oferta
da dieta adequada.
Teoria Ambientalista - Florence Nightingale

• Quando atuou na guerra da Criméia, contexto em que vivenciou e


desenvolveu ações inovadores ao cuidado da saúde, percebeu que se
atentar às condições ambientais no processo de reabilitação dos soldados
feridos foi crucial para o aumento considerável de sobreviventes e
diminuições de amputações por piora do quadro de saúde.
• Assim, ela percebeu o que era eficaz e o que prejudicava esse processo de
reabilitação. Estes ideais fazem parte hoje do contexto da prática de
enfermagem vivenciada pelos profissionais. A execução de cuidados que
vai além do próprio paciente, mas que exerce sobre ele potencial de
melhora do seu quadro de saúde.

• Assim, Florence ensinou a criar ambientes favoráveis à recuperação da


saúde do paciente e, mais tarde, propôs modificações na forma de
construir hospitais e gerenciá-los.
Teoria do Autocuidado - Dorothea Orem

• A teoria do autocuidado, de Dorothea Orem, refere-se ao


autocuidado, às demandas terapêuticas e aos requisitos para o
mesmo. Este autocuidado é a prática de atividades realizadas pelo
próprio indivíduo para cura ou melhora de sua realidade; são práticas
que buscam a manutenção da vida, da saúde e bem-estar.

• Quando o indivíduo contém habilidades preservadas de desenvolver


ações que atendam a sua necessidade, ele está apto para o
autocuidado, sendo esta dada de forma emancipatória pelo
profissional de saúde, que o ensina a executar as ações corretamente.
Para isto, deve-se levar em conta o potencial de aprendizado do
indivíduo que é influenciado pela idade, experiências de vida, cultura,
crenças, educação e outros fatores (MANZINI; SIMONETTI, 2009).
Teoria do Autocuidado - Dorothea Orem

• As demandas terapêuticas são classificadas :

• Requisitos universais – busca manter a vida e o funcionamento do ser


humano. Instrumentos para sua execução: dados do exame físico, hábitos
de vida, entre outros;
• Desenvolvimento – oferece as condições necessárias, permitindo
adaptações para o desenvolvimento do indivíduo; por exemplo: o histórico
familiar, situação socioeconômica, doenças preexistentes, etc;
• Desvios de saúde – são as mudanças que se manifestam na presença de
doenças, incapacidades e tratamentos para o restabelecimento do
indivíduo. Tem como exemplos: queixas atuais, percepções sobre a doença
e o tratamento.
Teoria do Autocuidado - Dorothea Orem

• O compromisso do indivíduo com a própria saúde e o seu


envolvimento com o autocuidado levam a uma melhora do estado da
saúde, já que a impossibilidade de se manter contato direto com o
paciente pode ser um agravante. Dar poder ao paciente fará com que
a assistência seja contínua e adequada, já que o mesmo a executa de
forma correta.
• Teoria das Necessidades Humanas Básicas- Wanda Horta

• A teoria de Wanda Horta se apoia e engloba a leis gerais que regem os


fenômenos universais.
• Lei do equilíbrio (homeostase): todo o universo se mantém por processos de
equilíbrio dinâmico entre os seus seres;
• adaptação: os seres interagem com seu meio;
• lei do holismo: o ser humano é um todo, a célula é um todo, esse todo tem
potenciais próprios, portanto, individuais (HORTA, 2005).

• Compreendendo a enfermagem como uma ciência e arte de assistir o ser


humano, atendendo às suas necessidades humanas básicas preestabelecidas,
entende-se que este indivíduo tem suas peculiaridades, que são expressas na
sua percepção à assistência prestada. Essas necessidades, sendo respeitadas
e seguidas, contribuem para melhora do quadro atual deste indivíduo.
Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte,
requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão
rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor;
pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore
comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito
de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela
das artes!

Florence Nightingale
Humanização
• O ser humano é um ser biopsicossocial, ou seja, ou seja: biológico,
subjetivo e social, tendo em vista que somos o tempo todo
misturado, inseparável, ao mesmo tempo.
• Não se deixa de ser biológico quando submetido à emoções boas ou
más, somos humanos, passíveis de amor e ódio. Não deixamos os
problemas de lado e entramos no nosso local de trabalho. É
impossível deixar as emoções de lado;
Humanização
• Humanizar é tratar os usuários e familiares como gente, respeitá-los
como sujeitos de uma dignidade especial e senti-los como pessoas
iguais a nós ou seja, simplesmente respeitar a pessoalidade e a
dignidade inerentes aos seres humanos.
O Ser Humano como um todo é indivisível e está em constante
interação com 0 universo dinâmico, dando e recebendo energia;
sujeito a estados de equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço
(Horta, 1979).
Princípios e Conceitos de Enfermagem – Wanda A. Horta

As Necessidades Humanas Básicas (NI-IB) são entendidas como “estados


de tensão. conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios
homeodinâmicos dos fenômenos vitais”. (Horta, 1979)
O Ser Humano como um todo é indivisível e está em constante
interação com 0 universo dinâmico, dando e recebendo energia;
sujeito a estados de equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no
espaço (Horta, 1979).
O que deve conter no histórico de enfermagem

• Identificação;
• 0s hábitos relacionados com as necessidades humanas básicas:
• Exame físico;
• Problemas de saúde;
• Observação do cliente no hospital;
• Conclusões;
Princípios e Conceitos de Enfermagem – Wanda A. Horta
• Ter Saúde é “estar em equilíbrio dinâmico no tempo e no espaço” Giorta,
1979, p.29), enquanto o conceito de doença é entendido como um estado
de desequilíbrio, decorrente de um desconforto prolongado devido ao não
atendimento ou atendimento inadequado das necessidades humanas
básicas. (Horta, 1979)

• Saúde é “estar em equilíbrio dinâmico no tempo e no espaço” Giorta, 1979,


p.29), enquanto o conceito de doença é entendido como um estado de
desequilíbrio, decorrente de um desconforto prolongado devido ao não
atendimento ou atendimento inadequado das necessidades humanas
básicas. (Horta, 1979)
Princípios e Conceitos de Enfermagem – Wanda A. Horta
• Assistir em enferma em significa “fazer pelo ser humano aquilo que ele não
pode fazer por si mesmo, ajudar ou auxiliar quando parcialmente
impossibilitado de se auto cuidar, orientar ou ensinar, supervisionar e
encaminhar a outros profissionais”. (Horta, 1979)

• O Enfermagem “é um ser humano com todas as suas dimensões,


potencialidades e restrições, alegrias e frustrações, é aberto para o futuro,
para a vida e nela se engaja pelo compromisso assumido com a
enfermagem. Esse compromisso levou-o a receber conhecimentos,
habilidades e formação de enfermeiro, sancionados pela sociedade que lhe
outorgou o direito de cuidar de gente, de outros seres humanos”. (Horta,
1979,
Princípios e Conceitos de Enfermagem – Wanda A. Horta
• Horta (1979) propõe, como metodologia para o processo sistematizado de
enfermagem, as seguintes fases: 0 'histórico de enfermagem; 0 diagnóstico
de enfermagem; I plano assistencial; 0 plano de cuidados ou prescrição de
enfermagem; 0 evolução de enfermagem; 0 prognóstico de enfermagem.
Histórico de Enfermagem/Anamnese
• O histórico de enfermagem é a primeira fase do método de
assistência de enfermagem, sendo constituído pelo levantamento de
dados significativos para a enfermagem, os quais devem tomar
possível a identificação dos problemas dos clientes.
• Este procedimento deve ser realizado pelo profissional de
enfermagem, em alguns casos respondido pelo cliente e
complementado pelo mesmo, utilizando-se uma entrevista informal,
acompanhada da observação e do exame físico. No momento em que
vai realizar este procedimento, o enfermeiro deve apresentar-se ao
cliente, explicando o que será realizado.
Exame Físico
• O exame físico se relaciona a problemas de enfermagem, não
devendo, em hipótese alguma, ser comparado ao exame médico.
• Esse tem início com dados antropométricos, quando se observa a
postura do cliente em pé, e, após, solicita-se que deite, para se
observar sua postura nesta posição, respeitando sempre a sua
individualidade como ser humano, ao ser examinado.

• Após realizado o exame fisico, deve-se deixar o cliente bem


acomodado e confortável, visando ao seu bem estar.
As partes que devem constar no histórico são:

• Identificação: os dados de identificação devem ser o mais completos


possíveis, deixando bem claras todas as características do cliente.
• Em alguns casos, se a enfermeira julgar necessário, poderão ser
colhidos dados a respeito da família e das pessoas que moram com o
cliente.
• 0s hábitos relacionados com as necessidades humanas básicas: meio
ambiente, cuidado corporal, eliminações, alimentação, sono e
repouso, atividade sexual, recreação, participação na vida familiar,
participação na vida religiosa, participação na vida comunitária,
participação na vida profissional e manutenção da saúde
• EXAME FÍSICO: estado geral, vestuário, condições mentais, condições
de locomoção, peso, altura, hábitos (fumo, álcool ou drogas), alergias,
sinais vitais (incluindo freqüência e características), higiene, postura,
revestimento cutâneo- mucoso e termo~ regulação, aparelho cárdio-
respiratório, sistema digestivo, aparelho urogenital, órgão dos
sentidos, medicação parenteral, queixas do cliente e problemas
identificados
• Problemas de saúde: dados sobre as necessidades que o cliente tem,
o que acha de sua doença, doenças que já teve, contatos com o
hospital, medos e preocupações, estágio da doença e resultados de
exames laboratoriais que são de interesse da enfermagem.
• Observação do cliente no Hospital: para coleta de dados e posterior
evolução e descrição de sua adaptação as condições hospitalares.
• Conclusões: identificação e análise dos problemas, posteriormente,
identificando as necessidades e dependência do cliente pela
enfermagem, obtém-se o diagnóstico de enfermagem.
Sugestão de vídeo
O PROCESSO DE ENFERMAGEM EM ETAPAS | + LEIS

https://www.youtube.com/watch?v=NQzWAw9LVLI
Conselhos da Classe
• Conselho Internacional de Enfermeiros - ICN
https://www.icn.ch/
O Conselho Internacional de Enfermeiros (International
Council of Nurses - ICN ) é uma federação constituída por mais
de 133 associações nacionais de enfermeiros, que representa
milhões de enfermeiros em todo o mundo.
O COFEN é responsável por normatizar e fiscalizar o exercício da profissão de
enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, zelando pela qualidade dos
serviços prestados e pelo cumprimento da Lei do Exercício Profissional da
Enfermagem. Clique aqui para acessar informação quanto ao número de
profissionais registrados no Brasil.

Principais atividades do COFEN:

. normatizar e expedir instruções para uniformidade de procedimentos e bom


funcionamento dos Conselhos Regionais;
. apreciar em grau de recurso as decisões dos CORENs;
. aprovar anualmente as contas e a proposta orçamentária da autarquia,
remetendo-as aos órgãos competentes;
. promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional.
Principais atividades dos CORENS:
. deliberar sobre inscrição no Conselho, bem como o seu cancelamento;
. disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observadas as diretrizes gerais do COFEN;
. executar as resoluções do COFEN;
. expedir a carteira de identidade profissional, indispensável ao exercício da profissão e válida em
todo o território nacional;
. fiscalizar o exercício profissional e decidir os assuntos atinentes à Ética Profissional, impondo as
penalidades cabíveis
. elaborar a sua proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento interno, submetendo-
os à aprovação do COFEN;
. zelar pelo bom conceito da profissão e dos que a exerçam; propor ao COFEN medidas visando a
melhoria do exercício profissional;
. eleger sua Diretoria e seus Delegados eleitores ao Conselho Federal;
. exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela Lei 5.905/73 e pelo COFEN.

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