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Sala de Recuperação Pós Anestésica

“A preocupação com a segurança do paciente cirúrgico é anterior à descoberta da anes-


tesia, isto é, em 1801 em Newcastle já se planejou um local ao lado das salas de opera-
ções, onde os pacientes submetidos à cirurgia pudessem ser observados”(POPOV, PENI-
CHE, 2009, p.954).

A Sala de Recuperação Pós-Anestésica(SRPA) é o espaço destinado aos pacientes pós-


operatórios que ficam ainda anestesiados e sedados, A equipe admite e atua em observa-
ção e monitora o paciente até o retorno da consiência, reflexos e padrão basal hemodinâ-
mico pré-cirúrgico que pode variar de acordo com a técnica anestésica-cirúrgica (CAM-
POS et al., 2018); (TANAKA et al., 2021).

Quanto a localização da SRPA, sempre o mais próximo possível do Centro Cirúrgico para
mais fácil e pratico da logística e manejo do paciente, isso com intúito de acelerar o pro-
cesso e amenizar quaisquer distúrbios circulatórios provocados pelo transporte (TANAKA
et al., 2021).

Pacientes que estão em pós-operatório imediato tem uma chance maior de apresentar
problemas fisiológicos, respiratórios, vasculares, gastrointestinais, neurológicos e urológi-
cos. Estes problemas podem estar relacionados a fatores de risco não modificáveis ou
complicações cirúrgicas, pós-operatórias ou medicamentosas, por isto necessitam de uma
atenção maior da equipe. (CAMPOS et al., 2018).

Complicações de certa forma usuais nos pacientes da SRPA que exigem intervenção da
equipe, mais precisamente do enfermeiro são: agitação, ansiedade, hipotensão, hiperten-
são, tremor, calafrios, naúsea e vômito, sangramento, hipoxemia, hipotermia (POPOV, PE-
NICHE, 2009).

Para o monitoramento e intervenções necessita um número de profissionais já calculado


com base no número de leitos, que com base na literatura é: um enfermeiro a cada cinco
leitos, um técnico de enfermagem a cada três leitos, e um auxiliar de enfermagem a cada
cinco leitos. Com estes números a equipe consegue prestar um serviço de qualidade e
quase individual a cada um dos pacientes da SRPA (POPOV, PENICHE, 2009).
As intervenções mais comumente realizadas pela enfermagem são principalmente: admi-
nistração medicamentosa, oxigenoterapia, fornecer manta térmica e monitoramento dos
SSVV (CAMPOS et al., 2018).

Com estas informações fica claro dizer que a SRPA é um espaço vital em qualquer hos-
pital, necessitado em conjunto com o Centro Cirúrgico. Este espaço necessita ser o mais
perto possível do Centro Cirúrgico pois é o próximo ponto depois da cirurgia. A SRPA de-
verá ter o número certo de profissionais de enfermagem com base em seu número de lei-
tos, para que haja a recuperação do paciente a equipe deve estar sempre a posta e pre-
parada para as complicações que possam vir. (conclusão?)

CAMPOS, M. P. D. A. et al. Complicações na sala de recuperação pós-anestésica: uma


revisão integrativa. Revista Sobecc, v. 23, n. 3, p. 160–168, 2018.

TANAKA, A. K. S. DA R. et al. Cartilha de orientações sobre cuidados em Sala de Re-


cuperação Pós-Anestésica. [s.l.] UFRGS, 2021.

POPOV, D. C. S.; PENICHE, A. DE C. G. As intervenções do enfermeiro e as complica-


ções em sala de recuperação pós-anestésica. Revista da Escola de Enfermagem da U
S P, v. 43, n. 4, p. 953–961, 2009.

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