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SEGURANÇA DO PACIENTE

ASSEPSIA / ANTISSEPSIA
EQUIPE CIRÚRGICA
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO
CIRÚRGICA

The Agnew Clinic – Thomas Eakins 1889

CIRURGIA AMBULATORIAL I - TO
PROF. DAGOBERTO DAVID ALVES
MONTES CLAROS - 10/08/2023
Segurança do
Paciente
SEGURANÇA DO PACIENTE

Contextualização Histórica

# 2002  55ª Assembleia Mundial da Saúde recomendou à


própria Organização Mundial da Saúde (OMS) e aos Estados
Membros uma maior atenção ao problema da segurança do
paciente.
- 234 milhões de cirurgias realizadas por ano no mundo (uma
média de uma cirurgia a cada 25 pessoas);
- Cerca de sete milhões de pessoas com algum tipo de
complicação pós-cirúrgica;
- Aproximadamente um milhão de mortes durante ou após a
cirurgia;
- Infecção Hospitalar em 1,4 milhões de pacientes admitidos
nos hospitais (países desenvolvidos);
- Uma morte para 250.000 anestesias no ano 2000 (na África
subsaariana  1/100-150)
SEGURANÇA DO PACIENTE

Contextualização Histórica

# 2004  A OMS cria a Aliança Mundial para a Segurança


do Paciente com o objetivo de dedicar atenção ao problema da
segurança do paciente (coordenar, disseminar e acelerar
melhorias para a segurança do paciente em termos mundiais).

# 2005  Aliança Mundial para a Segurança do Paciente


identificou seis áreas de atuação, com o desenvolvimento de
“Soluções para a Segurança do Paciente”. Foram
estabelecidas então seis 6 metas internacionais de
Segurança do paciente.
SEGURANÇA DO PACIENTE
SEGURANÇA DO PACIENTE

Contextualização Histórica

Desafios Mundiais para a Segurança do Paciente (Global


Patient Safety Challenges)

# 2005-2006  Primeiro Desafio: Cuidado limpo é Cuidado


Seguro (Clean Care is Safer Care)

Composto por cinco elementos:


1- Segurança dos hemoderivados e seu uso.
2- Segurança no uso de injetáveis e na imunização.
3- Procedimentos clínicos seguros.
4- Segurança na qualidade e disponibilidade de água e
gerenciamento de resíduos no cuidado à saúde.
5- Higienização das mãos.
SEGURANÇA DO PACIENTE

Contextualização Histórica

# 2005-2006  Primeiro Desafio: Cuidado limpo é Cuidado


Seguro (Clean Care is Safer Care)

Objetivo geral:
- Reduzir infecções associadas ao cuidado à saúde.

Objetivos específicos:
- Aumentar a conscientização do impacto das infecções
associadas ao cuidado.
- Construir o compromisso dos países em dar prioridade à
redução das infecções.
- Testar a implementação de Diretrizes (Guidelines) da OMS
para a Higienização das Mãos no Cuidado à Saúde.
SEGURANÇA DO PACIENTE

Contextualização Histórica

# 2007-2008  Segundo Desafio: Cirurgias Seguras Salvam


Vidas (Safe Surgery Saves Lives)

Cinco dados sobre segurança cirúrgica


1- Complicações pós-operatórias em pacientes internados
ocorrem em até 25% dos pacientes.
2- Taxa de mortalidade após cirurgia mais extensa de 0,5%-5%.
3- Cerca de 50% de todos os eventos adversos em pacientes
hospitalizados estão relacionados à assistência cirúrgica.
4- Nos casos onde o processo cirúrgico levou a prejuízos, ao
menos metade deles era evitável.
5- Princípios conhecidos de segurança cirúrgica são aplicados
de maneira inconsistente.
SEGURANÇA DO PACIENTE

Contextualização Histórica

# 2007-2008  Segundo Desafio: Cirurgias Seguras Salvam


Vidas (Safe Surgery Saves Lives)

Objetivo Geral:
- Melhorar a segurança do cuidado cirúrgico em todo o mundo,
definindo padrões de segurança que possam ser aplicados em
todos os países membros da OMS.
SEGURANÇA DO PACIENTE

Contextualização Histórica

# 2007-2008  Segundo Desafio: Cirurgias Seguras Salvam


Vidas (Safe Surgery Saves Lives)

Objetivos específicos:
- Implantar a lista de verificação de segurança cirúrgica nos
centros hospitalares com uma avaliação integral do paciente
previamente a cada procedimento cirúrgico
- Garantir os padrões de segurança estabelecidos para realizar
procedimentos cirúrgicos.
- Garantir que os eventos adversos apresentados na sala de
cirurgia e recuperação sejam registrados de forma efetiva
- Garantir adequada atenção do paciente pós-cirúrgico, tanto
na sala de recuperação como no leito hospitalar.
SEGURANÇA DO PACIENTE

Cirurgias Seguras Salvam Vidas (Safe Surgery Saves Lives)

Onde é possível melhorar?

Quatro áreas para progredir:

- Prevenção de infecção do sítio cirúrgico


- Anestesiologia segura:
- Equipes cirúrgicas eficientes:
- Mensuração da assistência cirúrgica:
SEGURANÇA DO PACIENTE

Cirurgias Seguras Salvam Vidas (Safe Surgery Saves Lives)

Como melhorar?

O checklist  identifica 3 fases de um procedimento cirúrgico:

- Antes da indução anestésica (“sign in”)


- Antes da incisão na pele (“time out”)
- Antes de o paciente sair da sala cirúrgica (“sign out”).
SEGURANÇA DO PACIENTE
SEGURANÇA DO PACIENTE

Cirurgias Seguras Salvam Vidas (Safe Surgery Saves Lives)

O checklist: Antes da indução anestésica

- O doente confirmou a sua identidade, o local, o procedimento


e deu consentimento?
- O local está marcado?
- A verificação do equipamento de anestesia e medicação está
completa?
- O oxímetro está colocado no doente e em funcionamento?
- O doente tem alguma alergia conhecida?
- O doente tem uma via aérea difícil ou risco de aspiração?
- O doente tem risco de perda de sangue >500ml?
- Os exames de imagem essenciais ou outros estão visíveis?
- Profilaxia de tromboembolismo venoso foi realizada?
SEGURANÇA DO PACIENTE

Cirurgias Seguras Salvam Vidas (Safe Surgery Saves Lives)

O checklist: Antes da incisão da pele

- Confirmação da presença de todos os elementos da equipe,


indicando seus nomes e funções;
- Confirmar nome do doente, o procedimento e o local cirúrgico.
- A profilaxia antibiótica foi feita nos últimos 60 minutos?
- Antecipação de eventos críticos;
- Para o cirurgião: tempo planejado para o caso? Qual é a
perda de sangue prevista?
- Para o anestesista: há alguma preocupação específica com o
doente?
- Para a equipe de enfermagem: a esterilização (incluindo
indicadores de resultado) foi confirmada? Existem problemas
com os equipamentos ou quaisquer outras preocupações?
SEGURANÇA DO PACIENTE

Cirurgias Seguras Salvam Vidas (Safe Surgery Saves Lives)

O checklist: Antes de o paciente sair da sala cirúrgica

- O nome do procedimento;
- Contagem de instrumentos, compressas e materiais pérfuro-
cortantes;
- Rotulagem dos produtos biológicos ou outros (ler os rótulos
em voz alta, incluindo o nome do doente);
- Há algum equipamento com problemas a reportar?
- Revisão pelo cirurgião, pelo anestesista e pela equipe de
enfermagem das preocupações/necessidades do doente na
recuperação pós-anestésica e pós-alta do centro cirúrgico;
- Profilaxia de TEV. O coordenador confirma com a equipe
médica se será ou não realizada profilaxia mecânica (CPI ou
MECC).
SEGURANÇA DO PACIENTE

Cirurgias Seguras Salvam Vidas (Safe Surgery Saves Lives)


Dez objetivos essenciais para a segurança cirúrgica

1. A equipe operará o paciente certo e o sítio cirúrgico certo.


2. A equipe usará métodos conhecidos para impedir danos na administração de
anestésicos, enquanto protege o paciente da dor.
3. A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para perda de via aérea ou de
função respiratória que ameacem a vida.
4. A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para o risco de grandes perdas
sanguíneas.
5. A equipe evitará a indução de reação adversa a drogas ou reação alérgica sabidamente
de risco ao paciente.
6. A equipe usará de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o risco de
infecção do sítio cirúrgico.
7. A equipe impedirá a retenção inadvertida de compressas ou instrumentos nas feridas
cirúrgicas.
8. A equipe manterá seguros e identificará precisamente todos os espécimes cirúrgicos.
9. A equipe se comunicará efetivamente e trocará informações críticas para a condução
segura da operação.
10. Os hospitais e os sistemas de saúde pública estabelecerão vigilância de rotina sobre a
capacidade, volume e resultados cirúrgicos.
Equipe Cirúrgica
EQUIPE CIRÚRGICA

Equipe Cirúrgica

Formada pelo cirurgião, primeiro e segundo auxiliares ou


assistentes (por vezes, um terceiro auxiliar), anestesista,
instrumentador e circulante de sala.

Torna imprescindível que cada componente da equipe esteja


perfeitamente familiarizado com as atribuições que lhe cabem,
o que implica a necessidade de conhecer pormenorizadamente
a intervenção a ser realizada, possibilitando máximas
segurança e eficiência em sua realização.

Idealmente, o cirurgião deveria trabalhar sempre com a mesma


equipe, o que possibilitaria maior compreensão recíproca entre
seus membros, tomando mais eficaz o ato operatório.
EQUIPE CIRÚRGICA
EQUIPE CIRÚRGICA

Responsabilidades dos Membros

Cirurgião

* Comanda a equipe cirúrgica e assume a responsabilidade


por qualquer falha ou complicação que eventualmente
possa ocorrer.

- Conduzir o pré-operatório, com a indicação e preparo


cirúrgicos;
- Executar ato cirúrgico propriamente dito;
- Acompanhar todo o pós-operatório do paciente.
EQUIPE CIRÚRGICA

Responsabilidades dos Membros

Auxiliar

- Prover o preparo pré-operatório imediato do paciente na sala


cirúrgica;
- Realizar a antissepsia e colocação dos campos operatórios;
- Auxiliar o Cirurgião nos tempos operatórios

Instrumentador

- Cuidar da solicitação antecipada, organização e verificação de


todo o material necessário ao ato cirúrgico;
- Planejar e montar a mesa cirúrgica;
EQUIPE CIRÚRGICA

Responsabilidades dos Membros

Circulante

- Prover os materiais necessários ao ato anestésico-operatório;


- Preencher os impressos necessários à cirurgia segura;
- Verificar as condições da sala cirúrgica e seus equipamentos;
- Atender possíveis intercorrências;

Anestesista

- Conduzir pré-anestésico e escolher anestesia mais adequada;


- Realizar vigilância constante do paciente durante a cirurgia;
- Fiscalizar e orientar a recuperação anestésica até condições
de alta.
EQUIPE CIRÚRGICA

Responsabilidades dos Membros

Mais alguém?
EQUIPE CIRÚRGICA

Responsabilidades dos Membros

Acadêmicos

A resolução n.º 1.490, de 13 de fevereiro de 1998, do Conselho


Federal de Medicina dispõe, ainda sobre a composição da
equipe cirúrgica, que:

Art. 3 .º - É lícito o concurso de acadêmico de medicina na


qualidade de auxiliar e de instrumentador cirúrgico em
unidades devidamente credenciadas pelo seu aparelho
formador e de profissional de enfermagem regularmente
inscrito no Conselho de origem, na condição de instrumentador,
podendo esse concurso ser estendido também aos estudantes
de enfermagem.
Higienização e
Paramentação
Cirúrgica
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Contextualização Histórica

- Concílio de Nicéia, em 325 d.C., instituiu os Nosocômios


- Anton van Leeuwenhoek (1632-1723): “animálculos”
- James Young Simpson (1811-1870): “hospitalismo”
- Ignaz Philip Semmelweis (1818-1865): “febre puerperal” x
“cuidados médicos”
- Louis Pasteur (1822-1895): "teoria germinal das
enfermidades infecciosas"
- Robert Koch (1843-1910): “Bacillus anthracis” x Carbúnculo
- Joseph Lister (1827-1912): “antisséptico” (Ácido Carbólico)
no processo cirúrgico
- Gustav Neuber (1850-1932): uso de gorro e avental (1883)
- William Halsted (1852-1922): uso de luvas (1889)
- Jan Mikulicz (105-1905): uso de máscaras cirúrgicas (1897)
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Contextualização Histórica

Importância da limpeza das Mãos


1975-1985: Guias de práticas de lavagem das mãos em
hospitais - Associação para Profissionais de Controle de
Infecções (APIC), Virgínia – EUA
1988-1995: Guias para lavagem e antissepsia de mãos / CDC -
EUA
2002: Guia para “higiene” de mãos em serviços de assistência
à saúde / CDC- EUA
2007: Higienização das mãos em serviços de saúde - ANVISA
2009: Segurança do paciente em serviços de saúde -
Higienização das mãos - ANVISA
2009: WHO - Guidelines on Hand Hygiene in Health Care
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Contextualização Histórica

Reforçando a importância da limpeza das Mãos no Brasil


Resolução da Diretoria Colegiada nº 42, de 25 de outubro de
2010: obrigatoriedade de disponibilização de preparação
alcoólica para a HM nos pontos de assistência, em serviços de
saúde do país.
RDC nº 36, de 25 de julho de 2013: ações para a segurança do
paciente em serviços de saúde, contemplando protocolos
básicos nacionais de segurança do paciente, entre os quais se
destaca o protocolo de prática de HM.
Nota Técnica 01/2018-GVIMS/GGTES/ANVISA: traz os
requisitos necessários para a seleção de produtos de HM,
visando a aplicação das boas práticas estabelecidas para esse
procedimento.
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

VOCÊ TEM O HÁBITO


DE HIGIENIZAR SUAS
MÃOS COM
FREQUÊNCIA?
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

“Na França, Saldmann demonstrou


que 73% das pessoas saem do
banheiro com as mãos contaminadas
(90% por Escherichia coli) e que, após
duas horas, 77% exibem o mesmo
germe na boca!

Cerca de 50% das pessoas saem do


banheiro sem lavar as mãos, quando
sozinhas, entretanto, se houver outra
pessoa no banheiro só 9 % saem sem
lavar as mãos, demonstrando que
muitos conhecem os bons hábitos
higiênicos, mas não os cumprem!!!”

Assepsia e antissepsia: técnicas de esterilização - Moriya T,


Módena JLP - Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 265-73.
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Uma infecção ocorre quando...


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Infecções relacionadas à assistência em saúde – IRAS

- As IRAS podem ser causadas por microrganismos já


presentes na pele e mucosa do paciente (endógenas) ou por
microrganismos transmitidos a partir de outro paciente,
profissionais de saúde ou pelo ambiente circundante
(exógenas).

- Na maioria dos casos, no ambiente hospitalar, as mãos dos


profissionais de saúde são o principal veículo para transmissão
de agentes infecciosos.

- A pele serve como reservatório dos microrganismos que


podem ser transmitidos por contato direto, pele com pele, ou
indireto, por meio de objetos e superfícies do ambiente.
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Pele Humana

- Isola componentes orgânicos do meio exterior


- Protege da desidratação, do atrito e de raios UV (melanina)
- Termorregulação e Recepção sensorial
- Excreção e Absorção / Síntese de Vitamina D3
- Colonizada por microrganismos
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Pele Humana
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Modos de transmissão
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Como evitar / prevenir


Infecções relacionadas
à assistência em saúde
IRAS?
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos (HM)

A HM é a medida individual mais simples e menos dispendiosa


para prevenir a propagação das IRAS.

Finalidades:
- Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos, células
descamativas e microbiota da pele, interrompendo a
transmissão de infecções veiculadas no contato;
- Prevenção e redução das infecções causadas pelas
transmissões cruzadas.

- Consiste num processo coordenado que associa o uso de


substâncias antissépticas e procedimento sistematizado.
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Tipos:

- Higienização simples

- Higienização antisséptica

- Fricção antisséptica

- Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Higienização simples (Pra quê?)

Remover os microrganismos que colonizam as camadas


superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as
células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à
proliferação de microrganismos, com auxílio de sabão ou
detergente comum - (40-60s).
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Higienização simples (Quando?)

- Ao iniciar e terminar o turno de trabalho


- Antes e depois das refeições
- Antes e após ir ao banheiro
- Antes do preparar alimentos ou manipular medicamentos
- Antes e após contato com paciente colonizado/infectado por
C. difficile
- Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico.
- Nas situações indicadas para o uso de preparações alcoólicas
- Mãos visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e
outros fluidos corporais
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Higienização simples (Como?)


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Higienização antisséptica (Pra quê?)

Promover a remoção de sujidades e de microrganismos,


reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um
antisséptico - (40-60s).
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Higienização antisséptica (Quando?)

- Nos casos de precaução de contato recomendados para


pacientes portadores de microrganismos multirresistentes;
- Nos casos de surtos.
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Higienização antisséptica (Como?)


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos / Tipos

Fricção antisséptica (Pra quê?)

Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de


sujidades). Substitui a higienização com água e sabão quando
as mãos não estiverem visivelmente sujas - (20-30s).
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Fricção antisséptica (Quando?)

- Antes e após o contato com o paciente


- Após risco de exposição a fluidos corporais
- Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo,
durante o cuidado com paciente
- Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular
dispositivos invasivos
- Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos
que não requeiram preparo cirúrgico
- Após contato com objetos inanimados e superfícies
imediatamente próximas ao paciente
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Fricção antisséptica (Como?)


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Antissepsia cirúrgica/preparo pré-op das mãos (Pra quê?)

Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota


residente, além de proporcionar efeito residual na pele do
profissional - (3 a 5min – uso de escova / 1 min).
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Antissepsia cirúrgica/preparo pré-op das mãos (Quando?)

- No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico


(indicado para toda equipe cirúrgica)
- Antes da realização de procedimentos invasivos (inserção de
cateter intravascular central, punções, drenagens de
cavidades, instalação de diálise e outros).
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Antissepsia cirúrgica/preparo pré-op das mãos (Cuidado)

- As unhas devem ser mantidas curtas, evitando-se o uso de


unhas artificiais e esmalte.
- Todos os adornos das mãos e antebraços, como anéis,
relógios e pulseiras devem ser removidos.
- O leito subungueal devem ser mantidos limpos, podendo ser
usada espátula para remover a sujidade.
- O uso de escovas é desencorajado devido à facilidade de
causar lesão na pele.
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Antissepsia cirúrgica/preparo pré-op das mãos (Como?)

- Uso de escovinhas (PVPI ou Clorexidina)


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Antissepsia cirúrgica/preparo pré-op das mãos (Como?)


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Antissepsia cirúrgica/preparo pré-op das mãos (Como?)

- Produto à Base de Álcool:


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Antissepsia cirúrgica/preparo pré-op das mãos (Como?)

- Produto à Base de Álcool:

Ingredientes Ativos: Etanol e n-propanol


Tempo de aplicação: 60 segundos
Formulação: Solução já pronta para uso, contendo hidratantes
e agentes condicionantes, tais como pantenol (pró-vitamina
B5), bisabolol e alantoína, além de emoliente (Glicerina) / Livre
de corante e perfume.
Vantagens: fácil de usar / baixo risco de alergia
Desvantagens: custo elevado
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Higienização das Mãos

Antissepsia cirúrgica/preparo pré-op das mãos (Como?)


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Da Higienização das Mãos à Paramentação Cirúrgica

Terminada a Antissepsia Cirúrgica das Mãos, já com


paramentação básica inicial (Vestimenta Privativa, Gorro,
Óculos, Máscara e Propés), o membro da Equipe Cirúrgica
habilitado para o procedimento se dirige à Sala Cirúrgica, onde
será realizada a paramentação complementar com os itens
estéreis (Avental ou Capote Cirúrgico e Luvas)
HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Paramentação Cirúrgica – Secagem das Mãos


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Paramentação Cirúrgica – Colocação do Capote Cirúrgico


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Paramentação Cirúrgica – Colocação do Capote Cirúrgico


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Paramentação Cirúrgica – Calçando as Luva Cirúrgicas


HIGIENIZAÇÃO E PARAMENTAÇÃO

Paramentação Cirúrgica – Retirando as Luvas Cirúrgicas


REFERÊNCIAS

Bibliografia
- WHO Guidelines on Hand Hygiene in Health Care: First Global Patient Safety Challenge. Clean
Care is Safer Care - © World Health Organization, 2009.
- Manual de Referência Técnica para a Higiene das Mãos: Para ser utilizado por profissionais de
saúde, formadores e observadores de práticas de higiene das mãos: © World Health Organization,
2009.
- SEGURANÇA DO PACIENTE Higienização das mãos - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA - Ministério da Saúde), 2014.
- NOTA TÉCNICA Nº01/2018 GVIMS/GGTES/ANVISA: ORIENTAÇÕES GERAIS PARA HIGIENE DAS
MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA - Ministério da
Saúde), 2018.
- Ian Göedert Leite Duarte, Mateus Duarte Leite: Paramentação cirúrgica: artigo de revisão; - Rev Med
Minas Gerais 2013; 23(3): 343-346
- Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária - Anvisa, Brasil, 2017.
- WACHTER, Robert M. Compreendendo a segurança do paciente. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
- GOFFI, Fábio Schmidt. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiológicas e técnicas da cirurgia.
São Paulo: Atheneu, 2007.
- MARQUES, R. G. Técnica operatória e cirurgia experimental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005.
- Manual de Cirurgia Segura do Colégio Brasileiro de Cirurgiões - CBC
- Segurança do paciente - Higienização das mãos - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA -
Ministério da Saúde), 2009

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