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CENTRO CIRÚRGICO

Antes da cirurgia deve-se checar:


1. Clínica do paciente
2. Órgão a ser operado
3. Se os equipamentos ou materiais
Período da experiência cirúrgica estão disponíveis.
● Transoperatório: Compreende
desde o momento em que o O Enfermeiro faz o Processo de
paciente é recebido no centro Enfermagem no período perioperatório
cirúrgico até a sua saída da Sala através da SAEP:
de Operações. 1 Coleta de dados
● Período Intra-operatório: 2 Avaliação pré-operatória – Histórico
Compreende desde o início até o de Enfermagem
final da do procedimento 3 Identificação de problemas –
anestésico-cirúrgico Diagnóstico de Enfermagem
4 Planejamento de cuidados –
Planejamento da Assistência de
Enfermagem
5 Implementação da assistência -
Implementação
6 Avaliação da assistência pós-
operatória – Avaliação dos resultados

● Intraoperatório: Compreende a
cirurgia propriamente dita.
Começa quando o paciente é
transferido para a sala de cirurgia
e termina quando ele é internado
na sala de recuperação pós-
anestésico.
● Perioperatório mediato:
descobre que vai operar
● Perioperatório imediato: 24h
antes do ato cirúrgico
● Pós operatório imediato:
abrange as primeiras 24 horas
após a cirurgia e inclui o tempo em
que o cliente permanece na sala
de recuperação pós-anestésica
(SRPA).
● Pos operatório mediato: entre
24h e 7 dias após a cirurgia.
TIME OUT - Antes da incisão cirúrgica
● CONFIRMAÇÃO DE TODOS OS Confirmação se a cirurgia proposta
NOMES E FUNÇÕES DE TODOS foi mesma a realizada ou houve
OS MEMBROS DA EQUIPE mudança de planos
PRESENTES NA SALA DE ● CONTAGEM DE
OPERAÇÕES. INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS,
● CONFIRMAÇÃO SOBRE O COMPRESSAS E AGULHAS,
PACIENTE: Identificação do ● IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAIS
paciente, procedimento a ser BIOPSIA.
realizado, local onde será feita a ● PROBLEMAS COM
cirurgia. EQUIPAMENTOS.
● ANTECIPAÇÃO DE EVENTOS ● CUIDADOS NO PÓS-
CRÍTICOS: breve discussão entre OPERATÓRIO.+
cirurgião, anestesista e enfermeiro
sobre possíveis situações que Redes de gases medicinais da
possam ocorrer e qual o SO
planejamento de segurança. ● Verde: GÁS OXIGÊNIO
● PROFILAXIA COM ● Azul Marinho: GÁS ÓXIDO
ANTIBIÓTICOS REALIZADA NOS NITROSO (N₂O)* (Agente e meio
ÚLTIMOS 60 MINUTOS. de transporte anestésico)
● DISPONIBILIDADE DE EXAMES ● Amarela: GÁS COMPRIMIDO
DE IMAGEM MEDICINAL (21% O2 e 79%
nitrogênio mesma característica do
SIGN IN - Antes da indução anestésica ar atmosférico): usado para
● CONFIRMAÇÃO SOBRE O transporte de subs.
PACIENTE: medicamentosas por via
Identificação do paciente, respiratória, para ventilação
Procedimento a ser realizado, mecânica.
Local onde será feita a cirurgia, e ● Cinza Claro: VÁCUO MEDICINAL
se há Consentimento Informado
→ As perguntas são feitas diretamente POSIÇÃO CIRÚRGICA
ao paciente. ● É aquela em que o paciente é colocado,
● SÍTIO CIRÚRGICO DO LADO depois de anestesiado, para ser
CORRETO: submetido à intervenção cirúrgica, de
→ Pergunta feita ao cirurgião. modo a propiciar acesso fácil ao campo
● CHECAGEM DO EQUIPAMENTO operatório.
ANESTÉSICO: Material de via
aérea, gases, ventilador mecânico, → É imprescindível verificar se não há:
material de aspiração, drogas, 1. Compressão dos vasos, órgãos,
equipamentos para emergência. nervos e proeminências ósseas;
● PACIENTE TEM: Alergias, Padrão 2. Contato direto do paciente com
Ineficaz de respiração; Risco de partes metálicas da mesa;
perda sanguínea. 3. Hiperextensão dos membros
→ Pergunta feita ao anestesista. 4. Fixação incorreta da mesa e do
paciente
SIGN OUT- Antes do paciente sair da Posicionamento cirúrgico está
sala cirúrgica relacionado:
● CONFIRMAÇÃO DO A) Mesas cirúrgicas
PROCEDIMENTO REALIZADO:
B) Treinamento da equipe de ■ Utilizar dispositivos que auxiliem na
enfermagem descompressão das áreas:
C) Parceria com a equipe médica 1. Colchonetes
D) Responsabilidade de todos 2. Braçadeiras
3. Travesseiros
METAS 4. Perneiras
■ Proporcionar exposição e acesso ótimo 5. Fixadores de braços e pernas
ao sítio cirúrgico 6. Colchão piramidal (caixa de ovo)
■ Facilitar o acesso aos equipamentos de 7. Protetores de calcâneo
anestesia e monitorização hemodinâmica 8. Protetores crânio - faciais
■ Possibilitar acesso vascular para 9. Travesseiro ou apoios de cabeça
administração de fármacos e agentes 10. Alinhamento mento-esternal,
anestésicos cabeça e coluna
■ Permitir visibilidade e permeabilidade 11. Braços: ao longo do corpo, com
dos dispositivos de drenagem e palmas das mãos voltadas para o
aspiração, entre outros dispositivos quadril e fixos com auxílio de
acoplados ao paciente lençol móvel ou faixa larga. Em
■Manter a dignidade e a privacidade do braçadeiras, com a palma da mão
paciente voltada para cima e um ângulo de
■ Manter as funções respiratória e 80 ou 90° do corpo.
circulatória adequadas
■ Proteger a integridade neuromuscular e Complicações Gerais
cutânea ■ Olhos abertos: Lesão de córnea por
■Manter o alinhamento corporal. ressecamento.
■ Face: Lesão por pressão na pele e
Escala ELPO olhos. Lateralidade provocando
Escala de avaliação de risco para o hiperextensão dos músculos. Dor
desenvolvimento de lesões decorrentes mandibular.
do posicionamento cirúrgico do paciente ■ Cabeça: Alopecia focal pode ocorrer em
A escala varia de 7 a 35 pontos: região occipital, pode-se virar a cabeça do
- Quanto MAIOR o escore MAIOR o risco paciente a cada 30 minutos.
de o paciente desenvolver lesões ■ Compressão, estiramento ou
relacionadas ao posicionamento cirúrgico. hiperextensão do plexo cervical e
- A cada 1 ponto a mais aumenta em 28% braquial, radial e ulnar: provoca
a chance de o paciente desenvolver dor dificuldade de movimentação posterior,
relacionado ao posicionamento e 44% a com dor até perda de movimento
chance em desenvolver lesão por permanente.
pressão. ■ Tórax: compressão de mama - ruptura
■ 7 a 19 pontos = Menor situação de risco de prótese mamária, movimento
■ 20 a 35 pontos = Maior risco de lesões respiratório comprometido por
compressão abdominal (PRONA).
Cuidados durante o posicionamento ■ Genitália: Compressão e lesão -
■ Minimizar o tempo cirúrgico, quando homens causando edema, hematoma e
possível. isquemia.
■ Massagear ou mover as pernas em ■ Joelhos: compressão provocando dor,
intervalos regulares lesão, restrição da circulação, gerando
■ Utilizar dispositivos que auxiliam a lesão vascular: síndrome compartimental
circulação (sem oxigenação), morte celular, que
após a movimentação ao cair na corrente -> O paciente fica deitado de abdômen
sanguínea gera repercussões fisiológicas para baixo, com os braços estendidos
GRAVES, como: insuficiência renal, para frente e apoiados em talas. O
rabdomiólise e até a morte do paciente. sistema respiratório fica mais vulnerável
■ Pés: pele e osso - compressão e na posição de decúbito ventral.
diminuição da circulação. -> Ex: Cirurgias de coluna e hérnia de
■ Lesões: tegumentares, circulatórias, disco
musculares, articulares, visuais,
respiratórias (atelectasias)

Superfícies de suporte
→ Coxim posicionador em gel polímero:
coxim em gel viscoelástico atóxico revestido 3. Posição prona de canivete ou
com filme de poliuretano de alta resistência kraske (Jackknife)
mecânica. Macios, confortáveis e de fácil -> Variação da posição prona
desinfecção.. -> Aplicar os mesmos cuidados da
posição prona
→ Almofadas para mesa cirúrgica: almofadas -> Ex: Hemorroidectomia
impermeáveis, rádio-transparentes, práticas,
confortáveis e econômicas. Fabricadas com
espuma viscoelástica de alta tecnologia,
auxiliam na prevenção de úlcera por pressão

Obs: Tem a posição prona ajoelhada


Posições
1. Decúbito dorsal ou supina 4. Posição Trendelenburg
-> É aquela em que o paciente se -> Variação da supina. A parte superior do
encontra deitado de costas, com as tronco é abaixada e os pés são elevados
pernas estendidas e os braços estendidos -> Posição que facilita a visualização dos
e apoiados em braçadeiras. órgãos pélvicos.
-> O dorso do paciente e a coluna -> Um risco significativo dessa posição é
vertebral estão repousando na superficie o cisalhamento.
do colchão da mesa cirúrgica. Ex. → Mantém as alças intestinais na parte
cirurgias cardiotorácicas e vasculares, superior da cavidade abdominal
geral, plástica, ortopedia, cesariana.

obs: usar faixa de contenção ou cintas de


2. Decúbito ventral ou prona segurança. Superfícies de suporte ou
travesseiro favorecem a fixação do
-> O paciente é anestesiado na posição paciente.
supina. Depois o paciente é rolado para
que o abdome fique em contato com a 5. Trendelenburg reverso
mesa de cirurgia sobre um apoio ou coxim -> Posição em decúbito dorsal com a
que esteja em contato com esta. Braços cabeça elevada e os pés abaixados
apoiados sobre braçadeiras ou -> Cirurgias de ombro, neurocirurgias de
lateralizado ao corpo. fossa posterior, cabeça e pescoço…
-> Além dos cuidados gerais na posição -> Permite abordagem das áreas
supina e trendelenburg, é recomendado o retroperitoneal e renal. Há flexão da mesa
uso de meias elásticas para reduzir ou colocação de coxim alto em região de
estase venosa e travesseiros sob os flanco do lado em contato com a mesa,
joelhos para elevação e exposição maior da
região lateral superior.
6. Posição de fowler ou sentada -> Cirurgias de nefrectomia, transplantes
-> O paciente é colocado em posição renais e algumas cirurgias torácicas.
supina e o dorso da mesa é elevado,
devendo utilizar-se suporte para os pés.
-> Ex: Neurocirurgias, cirurgias de ombro
e suas articulações
→ Paciente sentado em ângulos que variam de
30º a 90º.
→ Põe-se um coxim de alívio de calcâneo 9. Posição de litotomia ou
ginecológica
-> O paciente permanece em decúbito
dorsal, com MMII flexionados, afastados e
apoiados em perneiras acolchoadas,
formando um ângulo próximo a 900, com
o abdome e os braços estendidos e
apoiados.
-> Ex.: procedimentos combinados
abdominais e perineais, pélvicos e
geniturinários.
7. Decúbito lateral ou sims -> Litotomia Baixa : procedimentos
-> O paciente é anestesiado na posição urológicos e que exigem o acesso ao
supina. Posicionado com um dos lados do períneo e ao abdome simultaneamente,
corpo em contato com a mesa cirúrgica e as coxas são elevadas em 30 a 45º.
o outro voltado para o teto. -> Litotomia Padrão: é usada com mais
-> As pernas podem ficar eretas ou frequência para os procedimentos
fletidas, separando idealmente por coxins ginecológicos. as coxas são flexionadas
ou travesseiros. O braço que está em em aproximadamente 90º
contato com a mesa é apoiado sobre a → Litotomia alta: para melhor acesso
braçadeira e o outro fica paralelo a este. perineal, alguns cirurgiões preferem essa
→ Coxim na região da axila e apoiar a cabeça posição, as coxas são flexionadas além
em coxins ou travesseiros. dos 90º e as pernas são elevadas e
→ Deve-se inspecionar e proteger o lóbulo da suspensas na direção do teto.
orelha → Litotomia exagerada: acesso
transperineal à área retropúbica. Essa
posição extrema move as penas
completamente para fora do caminho do
campo cirúrgico. As coxas são
flexionadas na direção do abdome, as
panturrilhas são suspensas verticalmente
e a pelve é flexionada verticalmente na
8. Decúbito lateral-renal espinha, sustentada para cima com um
travesseiro ou coxim.
5. Desnutrição
Cuidados para retirar o paciente da 6. Tabagismo
posição cirúrgica 7. Uso de imunossupressores
1. Movimentação em blocos, 8. Uso inadequado de
cuidando para os tubos, drenos e antimicrobianos
cateteres 9. Hipotermia perioperatória
2. No caso da posição litotômica, 10. Controle inadequado da
retirar simultaneamente os MMII glicemia no trans e pós-
das perneiras, pois o rápido fluxo operatório
de sangue na porção superior do 11. Elevado tempo cirúrgico
corpo pode provocar hipotensão. 12. Transfusões de
3. Manipular lentamente o paciente. hemocomponentes maciça.
B) Exógenas:
Documentação Final 1. Quebra da técnica asséptica
Deve ser incluída, mas limitada a: 2. Inadequada esterilização de
■ Assistência pré-operatória, incluindo a instrumental, campos e aventais
descrição da situação da 3. Ambiente físico: ausência de filtros
pelo do paciente e a pontuação da ELPO. adequados nos equipamentos de
■ Condição de chegada e saída do ar-condicionado
paciente no CC.
■ Tipo e localização dos equipamentos de Efeitos Deletérios aos pacientes:
posicionamento do pacientes. ■ Acometimento do bem-estar.
Nome e função dos profissionais de ■Aumento da DOR na vigência do
saúde que participaram do problema.
posicionamento. ■Deiscências.
■ Posição do paciente, nova posição e ■ Exposição a maior número de
reposicionamento, se procedimentos invasivos.
necessário. ■ Internações em isolamentos, com
■ Intercorrências e situações de risco. consequente redução do contato familiar
e social.
Controle Intraoperatório das Infecções
de Sítio Cirúrgico Práticas Recomendadas para
OBJETIVO: Garantir atendimento às Prevenção da ISC - Pré-operatório
recomendações com forte embasamento ■Serão descritas a partir da força de
científico feitas com o propósito de recomendação e da qualidade das
PREVENIR AS INFECÇÕES DE SÍTO evidências, de acordo com a American
CIRÚRGICO. Heart Association e American College of
Cardiology:
FATORES DE RISCO PARA ISC ■ FORÇA DE RECOMENDAÇÃO
● Fontes endógenas e exógenas. 1. FORTE, benefício maior que o
A) Endógenas: risco
1. Microbiota cutânea, das 2. a. MODERADA, benefício maior
mucosas, e do trato que o risco
gastrointestinal do b. FRACA, benefício um pouco
paciente. maior ou igual ao risco
2. Obesidade 3. RECOMENDAÇÃO CONTRÁRIA,
3. Extremos de idade sem benefício ou pode oferecer
4. Diabetes Mellitus risco
4. Uso apropriado do ATB Profilático
Práticas Recomendadas para (CLASSE IIa Recomendado), de acordo
Prevenção da ISC - Transoperatório com:
1. Remoção apropriada dos pelos. O procedimento cirúrgico a ser realizado,
CLASSE I - Obrigatória ■ Iniciando a droga dentro de 1h ou 2h
● Realizar somente quando ANTES da incisão de acordo com O
necessária; antimicrobiano empregado,
● Realizar em menos ≤ 2 horas antes das ■ Repetindo caso a cirurgia se prolongue
cirurgias; por mais de 4h (atenção à meia-vida),
● Uso do tricotomizador elétrico ou utilizando o antimicrobiano por no máximo
da tesoura; 48h após a cirurgia.
● À visualização do campo OBS: Enfermeiros perioperatórios ocupam
operatório posição IDEAL para participação e
LIDERANÇA em iniciativas para
2. Controle da glicemia no pré e pós- redução da ISC, melhorando a
operatório: qualidade e a segurança da assistência
● Manter o controle da glicemia no prestada.
período perioperatório em
pacientes diabéticos diabéticos, Equipamentos básicos de uma SO pela
tendo como alvo níveis glicêmicos anvisa-RDC n 307/2002
<180mg/dl. CLASSE IIa - ● Uma mesa cirúrgica
Recomendado. ● 02 mesas de instrumentação
→ No período perioperatório, vários estudos cirúrgica
apontaram que o descontrole glicêmico é fator ● 02 mesas auxiliares
de risco estatisticamente significante para ● 1 foco central
infecção pós-operatória. ● 1 negatoscópio
→ Em acordo com a Associação Americana
de Diabetes, o objetivo do controle glicêmico Controle da Hipotermia
deve ser manter a hemoglobina glicosilada Perioperatória
menor que 7% em todo o perioperatório. DEFINIÇÃO: Incapacidade de manter a
■ Além disso, a glicemia deve ser mantida termorregulação, desequilibrando a
abaixo de 180mg/dl até 24h após o final temperatura corporal, com maior perda de
da anestesia calor pro ambiente do que produzido pelo
corpo.
3. Manter normotermia (Manter a PERIOPERATIVE REGISTERED
normotermia no período ASSOCIATION OF NURSES (AORN)
perioperatório. CLASSE: IA - → Hipotermia gasta O2 para elevar a
OBRIGATÓRIA. temperatura corporal, o que dificulta a
● Em relação à temperatura cicatrização de feridas.
corpórea, tem sido observada a
associação frequente de
hipotermia (T<35° C) Hipotermia perioperatória com
intraoperatória e um aumento na temperatura corpórea menor que 35°C ou
incidência de sangramento pós- 36°C, classificada em:
operatório, infecções e eventos 1. Leve: 35° C a 32°C;
cardíacos. 2. Moderada: 32°C a 28°C;
3. Severa: menor que 28°C;
- Calafrios e aumento da demanda
metabólica em pós-operatório (tremor):
maior consumo de oxigênio em 600%
- Anormalidades da coagulação e da
função plaquetária: aumento do
sangramento intraoperatório e da
necessidade de transfusão sanguínea
- Vasoconstrição periférica: redução da
tensão de oxigênio subcutâneo e
isquemia miocárdica
- Redução de volume intravascular:
dificuldade de reaquecimento
- Disfunção orgânica por vasoconstricção:
aumentando hospitalização, infecção do
sítio cirúrgico, lesão por pressão, tempo
Os sinais e sintomas mais comuns de ação anestésica e mortalidade e baixa
são: imunidade.
-Sensação de frio
-Tremores Avaliação
-Dormência nos membros Fatores que aumentam o risco de
-Temperatura baixa hipotermia
-Pele fria e extremidades do corpo -Extremos de idade: criança ou idoso
acinzentadas -Peso corporal: baixo peso
-Distúrbio metabólico (produção de calor):
Complicações hipotiroidismo, hipopituitarismo –
● Hipotermia causa tremor, produção e resposta ao frio/quente.
redução do metabolismo. -Tipo e duração da anestesia (inibe
hipertensão, alterações termorregulação – como: pieloerreção,
respiratórias, sangramento, ISC, tremor e vasoconstricção).
alterações hormonais e arritmia. -Tipo de cirurgia e duração; Situações na
● Tem como consequência: sala de operação (técnica antisséptica
retardo da recuperação pós fria, tamanho da incisão, infusão de
operatória, maior necessidade soluções frias, etc).
de transfusão de sangue,
resposta prolongada e incerta Medidas de pré aquecimento
as drogas durante a anestesia, -> A avaliação da necessidade de um pré-
aumento da morbimortalidade, aquecimento começa no pré-operatório,
desconforto do paciente e iniciando-se com:
aumentos de custos 1. Medidas de aquecimento
hospitalares. preventivas em pacientes
● Outros: normotérmicos: avaliar na
- Alteração no metabolismo de fármacos e admissão e a cada 30 minutos,
proteínas: comprometendo a cicatrização temperatura ambiente (20oC a
-Aumento do sangramento intraop. e da 24oC), gorro, meia.
necessidade de transf. sanguínea 2. Medidas de aquecimento ativo
- Variações nos níveis séricos de para pacientes hipotérmicos:
potássio: aumentando o risco de arritmias temperatura ambiente, líquidos e
gases aquecidos.
-> Aquecimento da pele e dos tecidos -Outro: é o ponto de dispersão (Ex.: placa
periféricos antes da indução anestésica, de bisturi).
reduzindo a redistribuição interna de calor –> Risco de lesão térmica
Pré-aquecimento - 15 a 30 min, em que
ser feito antes da indução anestésica Tipos
A) Sistema de Eletrocirurgia
Minimizar a exposição Monopolar:
-> Minimizar a exposição corpórea dos - Quando o eletrodo neutro está distante
paciente: removendo as roupas e campos do eletrodo ativo, sob a forma de uma
molhados; expondo o mínimo possível a placa, temos o sistema monopolar
pele do paciente para o ambiente - Os mais seguros são os que deixam de
enviar a corrente elétrica quando a placa
Métodos de aquecimento: se desconecta do aparelho (Sistema
1. Passivo: cria barreiras que REM: monitoração de retorno elétrico).
impedem sua perda para o
ambiente. Utiliza lençóis de B) Sistema de Eletrocirurgia Bipolar
algodão, luvas e gorros. - O eletrodo positivo e o eletrodo neutro
2. Ativo: transmite calor ao paciente estão separados por uma pequena
-Por contato: colchão de água distância, limitando o fluxo da corrente
aquecida, sistema de ar forçado elétrica
aquecido/manta térmica; - Os eletrodos bipolares consistem de
-Aquecimento radiante: aparelhos dois eletrodos , separados, entre si, pela
com lâmpadas; pequena distância de 1 a 3 mm
-Aquecimento local: vestimenta de -São utilizadas para cirurgias delicadas
calor radiante.
* Método com melhores resultados: Manta Cuidados com a placa dispersiva
térmica, pois mantém a temperatura e é - Colocar a placa no paciente após o
seguro quanto a sua utilização posicionamento dele
* Deve-se prevenir riscos associados ao - Zelar para que não ocorra deslocamento
uso de equipamentos de aquecimento. da peça nas mudanças de posição
- Colocar em áreas de massa muscular

ELETROCIRURGIA próximas ao sítio cirúrgico, como


panturrilhas, face posterior da coxa ou
● A corrente elétrica é produzida por glúteos, de modo a manter contato
um gerador, chega no corpo do uniforme com o corpo.
paciente por um eletrodo ativo, - Situar a placa afastada de próteses
agindo nos tecidos-alvo, e sai metálicas
através do eletrodo neutro. - Utilizar gel condutor, nos casos de
● Esta corrente elétrica ao encontrar placas metálicas, para aumentar a
resistência do tecido humano, é condutibilidade entre a placa e o corpo do
transformada em calor. O calor paciente
produzido determina os efeitos - Manter o paciente sobre superfície seca,
terapêuticos, seja de corte ou sem contato com as partes metálicas da
coagulação. mesa cirúrgica
● Possui dois eletrodos: - Inspecionar a pele do paciente para
-Um ativo: onde é o ponto de verificar sua integridade, particularmente
aplicação da corrente que se nas áreas de pressão, por conta da
deseja.
posição e do coxim dispersivo, antes e cirurgia a droga deve estar
após a cirurgia. em plato ou subindo.
● Após administração do
FASES DO INTRAOPERATÓRIO antibiótico profilático, o
Todas as intervenções cirúrgicas são cirurgião tem até 1h para a
realizadas em 4 fases ou tempos básicos cirurgia
e fundamentais
1. Diérese: é o rompimento da 2. Antibiotico terapeutico
continuidade ou contiguidade dos → Infecção preexistente
tecidos, ou planos anatômicos,
para atingir uma região ou órgão.
2. Hemostasia: é o processo que
consiste em impedir, deter ou
prevenir o sangramento. POde ser
simultâneo ou individualmente por
meio de pinçamento dos vasos
(pinça kelly); ligadura de vasos
(fios cirúrgicos); eletrocoagulação
(bisturi elétrico) e compressão
(compressas)
3. Exérese: É a etapa do
procedimento cirúrgico em que
ocorre a remoção cirúrgica de um
tecido ou órgão mal - funcionante
ou doente. É a cirurgia
propriamente dita.
4. Síntese: É a união dos tecidos,
que será mais perfeita quanto
mais anatômica for a separação,
para facilitar o processo de
cicatrização e restabelecer a
continuidade tecidual por 1
intenção.
- porta agulha
- fios de sutura e
- pinça de dissecação
anatômica

OBS:
1. Antibiótico profilático
→ Prevenção de ISC
● Faz uma redução da
microbiota residente e
elimina a transitória
● Quando a meia vida do
fármaco acaba, os
microrganismos voltam, na

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