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CLOSTRIDIUM SPP.
Clostridium perfringens
Reservatório: solo, intestino de animais/humanos
❖ 15 toxinas proteicas
➢ Alfa, beta, ...toxina: 5 tipos sorológicos (A-E)
➢ Enterotoxina (CPE)
❖ Manifestações clínicas
➢ Mionecrose (gangrena gasosa) : tipo A – alfa toxina, perfingolisina
•Caracterizada por extensa necrose tecidual e produção de gás (espontânea ou pós trauma)
•Período de incubação : 6-8h
➢ Toxinfecção alimentar (muito comum)
- Período de incubação : 8-12h;
-Diarreia aquosa, espasmos abdominais, náusea, febre e, raramente, vômito
-Auto-limitante: 1-3 dias
➢ Enterite necrotizante (esporádica) → Dor abdominal, diarreia sanguinolenta e necrose intestinal, algumas vezes
vômito (50% de mortalidade).
Patogenia da gangrena gasosa
• Entrada de esporos (solo) em feridas → germinação, multiplicação e espelhamento de bactérias (destruição do
tecido adjacente ao sítio de infecção) → produção de toxinas: CPA e perfingolisina (responsáveis pelas
características das lesões e pela intensa presença de leucócitos, necrose e presença de gás)
Controle e tratamento
❖ Mionecrose (gangrena gasosa)
• Antibioticoterapia
• Amputação
❖ Toxinfecção alimentar
• Terapia de suporte
• Refrigeração imediata do alimento processado
• Reaquecimento (> 75°C no interior descarnes)
❖ Enterite necrotizante ➢ Terapia de suporte e ressecação de seguimento necrosado
Clostridioides difficile
❖ Reservatório: solo,rios,lagos e vegetais
❖ Fatores de risco: idosos (acima 65 anos), hospitalização prolongada e uso de antimicrobianos
❖ Adultos assintomáticos hospitalizados: contaminação do ambiente e de profissionais de saúde (IRAS)
❖ Manifestações clínicas
➢ Colite pseudomembranosa
➢ Diarreia associada ao uso de antimicrobianos
➢ 4-9 dias após início do uso da droga
➢ Regride após retirada da droga (25%)
➢ Fezes com muco, febre e leucocitose
Controle e tratamento
❖ Suspensão do antimicrobiano indutor
❖ Reposição de líquidos e eletrólitos
❖ Antibioticoterapia se o paciente continuar a diarreia após a suspensão do antibiótico
(metroinidazol/vancomicina > raramente induzem colite pseudomebranosa)
❖ Medidas de controle de infecção hospitalar
Clostridium tetani
❖ BGP com forma de “palito de fósforo” ou “raquete” : agente causador do tétano
❖ Transmissão: cortes, arranhaduras e mordidas de animais
❖ Reservatório: intestino de animais/humanos, solo, objetos enferrujados
❖ Período de incubação: 5 a 10 dias
❖ Toxinas
➢ Tetanolisina: hemolisina oxigênio-lábil
➢ Tetanoespasmina: neurotoxina termolábil > responsável pelas manifestações clínicas
Sintomas
❖ Irritabilidade, cefaleia, febre e dificuldade de deglutição
❖ A toxina atua principalmente no SNC
❖ Espasmos musculares: primeiramente os músculos do pescoço e da mastigação, causando rigidez progressiva,
até atingir os músculos respiratórios
Tratamento
❖ Cuidados gerais para não estimular o paciente, mantendo-o na penumbra e com pouco ruído
❖ Uso de antibióticos, sedativos e relaxantes musculares
❖ Limpeza dos ferimentos
❖ Aplicação de soro anti-tetânico e, em sua falta, imunoglobulina antitetânica
❖ Aplicação do esquema vacinal (doença não produz imunidade)
❖ Quando possível, observação em UTI
Profilaxia
❖ Vacinação (dT): a cada 10 anos
❖ Não andar descalço (risco de objetos contaminados perfurarem o pé)
❖ Evitar manuseio/contato de objetos enferrujados
❖ Limpeza de feridas
Diagnóstico das infecções por anaeróbios
❖ Coleta inadequada
❖ Espécimes clínicos preferenciais: aspiração profunda de feridas, punção de traquéia ou pulmonar e sangue para
hemocultura (sistemas específicos para anaeróbios).
• Amostras devem ser coletadas sem contato com O2 : amostras de feridas ou abscessos devem ser coletadas com
seringa
• Nunca utilizar swab para evitar contaminação com microbiota
• Transporte na própria seringa, o mais rápido possível ou inoculado com a seringa em meio tioglicolato com agar
contendo resarzurina , indicador da presença de O2 (em frasco vedado – “tipo penicilina”) – pode encaminhar em
até 24h
❖ Dificuldade na realização: meios e atmosferas de incubação inadequadas (laboratórios sem infra-estrutura e
pessoal capacitado)
❖ Processamento laboratorial direcionado após suspeita clinica: BGP com esporos na Coloração de Gram são
sugestivos
Diagnóstico do botulismo
❖ Amostras bromatológicas encaminhadas para o LACEN
❖ Detecção do microrganismo e da toxina
• Câmaras anaeróbias (glove box), nas quais o manipulador introduz somente as mãos, sendo o ar eliminado,
colocando- se uma mistura de gazes (H2, CO2, N2); nestas câmaras existem todos os elementos necessários para o
trabalho bacteriológico, incluindo estufas de incubação
• Sistema mais empregado é o sistema das jarras de anaerobiose com geradores químicos que permitem obter uma
atmosfera adequada para a multiplicação destas bactérias. Existem diversos tipos de geradores. Os mais utilizados
são os que provocam um consumo do oxigênio com substâncias redutoras como ferro reduzido ou ácido
ascórbico.