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COMPONENTE CURRICULAR:
DISCIPLINA DE ZOONOSES
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Prezados alunos:
Obs: Tudo aquilo que for falado, comentado e debatido em sala, se for relevante, também será
considerado matéria dada, portanto, não se prendam apenas ao conteúdo da apostila.
Participem das aulas e sempre anotem o que for importante.
Atenciosamente,
Profa. Farm. Fernanda Oliveira Bahia
Agosto/2015
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SUMÁRIO
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Para iniciarmos o assunto propriamente dito, seria interessante definir primeiro o que é
Vigilância Sanitária e depois definirmos zoonoses, para saber a relação entre os dois aspectos.
Assim, através da Lei 8.080 del9/09/80 do Ministério da Saúde, Artigo 6, 1 o Parágrafo, a
Vigilância Sanitária foi definida como um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou
prevenir riscos a saúde (estudo das zoonoses) e de intervir nos problema sanitários decorrentes do
meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde,
abrangendo:
a) o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente se relacionam com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, de produção ao consumo;
b) o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde;
c) controle das zoonoses de maior importância em saúde pública.
Portanto, tendo em vista as principais atuações da Vigilância Sanitária, vamos entrar no estudo das
zoonoses que são doenças ou infecções que mais nos interessam e que passaremos a estudar.
Desde os primórdios da história, o homem começou a perceber que ele era suscetível de
adquirir doenças dos animais. Os hebreus da época de Moisés (séc. XV ;i. C.) por exemplo, já
conheciam a raiva e sabe-se que existia entre eles um dito popular que dizia: "Ninguém acreditará
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no homem que disser ter sido mordido por um cão raivoso e ainda esteja vivo". Referências ao
mormo e sua transmissão ao homem existem nos escritos de Aristóteles e Hipócrates, que viveram
no século IV a.C. Virgílio, poeta romano do século I a.C., reconheceu ser o carbúnculo hemático
(antrax) no homem transmitido pelo tosquiamento de carneiros mortos pela doença. Todavia, foi
somente após a descoberta das características de certas bactérias e outros organismos interiores,
que se puderam estabelecer analogias entre muitas doenças contagiosas do homem e dos animais.
O vocábulo ZOONOSES foi introduzido na literatura médica pelo Médico Alemão
Rudolf’ Wirchow, no século passado (XIX), para caracterizar as doenças animais que podiam ser
transmitidas ao homem. Etmologicamente a palavra é originária do grego, sendo que seu prefixo
"zoon" significa animal e o sufixo "nosos", doenças, traduzindo-se literalmente por doenças
animal. Embora a palavra não reflita bem este sentido, o vocábulo ficou consagrado pelo uso,
passando a ser, naturalmente, utilizada nas ciências médicas.
A amplitude do termo gerou inúmeras discussões com a finalidade de conceituar de uma
maneira mais racional e significativa, as zoonoses. Assim, em 1966, durante a realização do "3 o
Encontro de Peritos em Zoonoses da Oganização Mundial da Saúde", conseguiu-se chegar a um
consenso, definindo-se as zoonoses como: "as doenças e infecções naturalmente transmissíveis
entre os hospedeiros vertebrados e o homem".
A presença dos vocábulos "doença" e "infecção" tem a finalidade de enfatizar as
condições que um hospedeiro poderá apresentar, isto porque o animal infectado pode não
evidênciar manifestações clínicas (sintomas) que permitam sua identificação no meio, ao contrário
do animal doente, o qual manifestará evidências de alterações orgânicas. Assim, na febre Q, por
exemplo, os bovinos podem constituir-se em fontes de infecção para o homem, observando-se
neste hospedeiro (homem) manifestações clínicas (sintomas) decorrentes da ação patogênica de
ricketsia, responsável pela doença Coxiella burnetti. O mesmo raciocínio se aplica à raiva
silvestre, em que os morcegos hematófagos constituem reservatório para o vírus da doença, não
apresentando, via de regra, sintomas de infecção, mais com capacidade de transmiti-lo a outros
animais e ao próprio homem.
ASPECTOS GERAIS
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CLASSIFICAÇÃO
Várias tem sido as classificações propostas para as zoonoses, porém, a apresentada por
SCHWABE, 1984, é a mais adotada por ser considerada a mais completa e fundamentalmente,
baseia-se no ciclo de vida do agente etiológico.
1) ZOONOSES DIRETAS: A transmissão se dá de um hospedeiro vertebrado infectado a um
vertebrado suscetível, por contato, veiculação ou vetor mecânico. Ex.: Raiva, Brucelose.
2) CICLOZOONOSES: Há a participação de mais de uma espécie de hospedeiro vertebrado na
cadeia de transmissão.Ex.: Cisticercose, Hidatidose.
3) METAZOONOSES:São transmitidas biologicamente através de vetores invertebrados. No
interior do organismo do hospedeiro invertebrado, o parasita realiza uma fase do seu ciclo
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Outras classificações:
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VIAS DE TRANSMISSÃO
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CONTROLE
Em decorrência da importância das zoonoses, tanto do ponto de vista social quanto
do ponto de vista econômico, é necessária a adoção de medidas capazes de minimizar estes
transtornos através de aplicação de métodos adequados para a prevenção, controle ou
erradicação destas doenças.
Para que a aplicação destes métodos possa ser bem sucedida, é de suma importância
o conhecimento de prevalência de cada uma das zoonoses. Assim, é necessário proceder-se a
minuciosos inquéritos epidemiológicos, utilizando-se para tanto dos registros dos serviços de
saúde pública e saúde animal, dos dados obtidos nas propriedades rurais das informações dos
médicos veterinários e dos relatórios das indústrias de laticínios e matadouros. Conhecida a
magnitude de cada um dos problemas, são estabelecidas as prioridades de ação, adotando-se
programas eficientes com a finalidade de interromper a cadeia de transmissão destas
zoonoses, seja pela atuação sobre as fontes de infecção, vias de transmissão ou suscetíveis.
O combate às zoonoses pode ser realizado ao nível de cooperação internacional e
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VOCÊ SABIA?
SINAN:
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
5- Algumas zoonoses são de notificação compulsória. O que este termo quer dizer e qual
sua importância em saúde pública?
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HISTÓRICO
Distribuição Geográfica e Áreas Vulneráveis (Mapa - Região Sul)
A Doença de Chagas é uma antropozoonose podendo acometer o homem, animais
silvestres, animais domésticos. A doença foi descoberta pelo médico brasileiro Carlos Ribeiro
Justiniano das Chagas (1878 a 1934), infectologista mineiro que desde 1903 se dedicava à
protozoologia, especialmente a malária. Em 1907 foi designado por seu chefe, Oswaldo Cruz,
para combater um foco de malária no interior de Minas Gerais que estava afetando os
trabalhadores na construção das estradas de ferro da região.
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imigrantes legais (8 a 50 por 1mil) podiam estar infectados com o parasito. Na Espanha, 5.125
dos 241.866 imigrantes legais(25 por 1 mil) podem estar infectados.
Uma vez que a doença saiu de uma situação regional para risco de infecção mundial
em agosto de 2007, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a Rede Global pela
Eliminação da Doença de Chagas.
CICLO EPIDEMIOLÓGICO
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• Triatoma infestans
• Triatoma braziliensis
• T. dimidiata
• Rhodnus prolixus
• Panstongylus megistus
A partir dos anos 1980, no estado do Paraná, diversos trabalhos realizados por várias
equipes citam o encontro do P. megistus na maior parte do território, T. sordida e Rhodinus
neglectus na região Noroeste e T. tibiamaculata no litoral. Atualmente, P. megistus é a
espécie de triatomíneo mais frequente no estado do Paraná. Pesquisas recentes verificaram
que 12,7% das unidades domiciliares rurais no noroeste do Paraná tanto habitadas quanto
desabitadas, apresentavam-se infestadas por ninfas e insetos adultos de Triatoma sordida e de
Panstrongylus megistus, e que 13,5% desses estavam infectados por T. cruzi.
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EVOLUÇÃO DA DOENÇA
Fase Aguda
Após infecção, as formas tripomastigotas metacíclicas invadem células do sistema
fagocítico. Uma vez dentro delas, permanecem por até sete dias, se multiplicando
intensamente até romperem as células. Multiplicar-se-ão por todo o organismo até chegarem
ao miocárdio. Surge miocardite difusa com importantes lesões nas miocélulas e no sistema de
condução. No aparelho digestório há o ataque aos plexos nervosos intramurais das vísceras
ocas, com acentuada lesão neuronal autônoma ao nível do sistema parassimpático.
No Sistema Nervoso Central (SNC) também há lesão neuronal e invasão das
meninges gerando uma meningoencefalite multifocal afetados durante a fase aguda, mas com
baixa repercussão clínica. A parasitemia sanguínea torna-se aparente entre o 4º e o 40º dia,
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geralmente entre o 8º e o 12º dia e dura cerca de um mês. No hemograma pode aparecer
ligeira leucocitose e linfocitose, mas há tendência à leucopenia.
No início pode apresentar uma sintomatologia nula ou tão fugaz que passa
inteiramente desapercebida. Na maioria das vezes, a fase aguda é pouco sintomática, podendo
haver febre sem característica própria e apresentando uma reduzida resposta celular a
antígenos de T. cruzi (teste intradérmico). Caracteriza-se clinicamente por febre, sensação de
fraqueza, aumento do fígado e do baço. A febre no início da doença é pouco elevada, outras
vezes chega a 39 ou 40ºC, para manter-se depois abaixo de 38ºC. Ela pode ser do tipo
contínuo, remitente ou irregular, e acompanhar-se de outros sintomas gerais como astenia,
cefaléia, dores pelo corpo e anorexia. O período febril dura 30 a 45 dias.
Forma Indeterminada
Depois da fase aguda, há um longo período em que os indivíduos infectados não
apresentam manifestações e são considerados como estando na forma indeterminada. São
desconhecidos os mecanismos que tornam o paciente a vida toda nessa fase, ou, naqueles que
depois de muito tempo indeterminados evoluem para as formas clássicas da doença.
VOCÊ SABIA?
A FASE INDETERMINADA DA CHAGAS, FASE EM QUE O PACIENTE
NÃO TEM SINTOMAS, PODE DURAR 30 ANOS OU MAIS!
Fase Crônica
Doença Cardíaca
A cardiopatia chagásica manifesta-se sob três síndromes principais: arritmias,
insuficiência cardíaca e tromboembolismo. As mais frequentes são as arritmias. Os pacientes
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Forma Digestiva
As alterações que ocorrem no trato digestório na Doença de Chagas resultam
principalmente do comprometimento do sistema nervoso entérico. As células nervosas desse
plexo sofrem fenômenos degenerativos em meio ao processo inflamatório encontrado em suas
vizinhanças, e seu número se reduz acentuadamente.
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salivares, notadamente das parótidas. Tosse e sufocação noturna podem estar presentes por
broncoaspiração de alimentos regurgitados.
O megacolo pode ser encontrado como visceromegalia isolada ou, o que é mais
comum, em associação com o megaesôfago. Os sintomas mais frequentes são constipação
intestinal, meteorismo e disquezia. A constipação é lenta e gradativa, levando o paciente a
fazer uso de laxantes. Além disso, os pacientes se queixam de distenção abdominal e de um
tipo especial de disquezia, que consiste na dificuldade de expulsão do bolo fecal mesmo
quando as fezes são de consistência normal. As principais complicações do megacolo são o
fecaloma, a impactação fecal e o volvo do sigmóide (torção da alça sigmóide).
FORMAS DE TRANSMISSÃO
Homem
Vetorial
Após a picada do vetor e escoriação cutânea provocadas pelo prurido, há penetração
das formas os tripomastigotas metacíclicas na solução de continuidade da pele ou mucosas.
Acidental:
Ocorre pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado (sangue
de doentes ou de animais, excretas de triatomíneos); por manipulação em laboratório
(acidental), em geral sem o uso adequado de equipamentos de proteção individual.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Para se fazer um diagnóstico laboratorial correto da Doença de Chagas humana é
necessário conhecer qual o estágio da doença que o paciente se encontra. Na doença aguda é
mais precisa a demonstração do parasito por esfregaço do sangue periférico do paciente, ou de
gota espessa. Também pode ser realizado o exame a fresco sendo fácil de observar T. cruzi ao
microscópio pelo movimento do seu flagelo. Na fase aguda, a hemocultura terá grandes
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chances de ser positiva, bem como o xenodiagnóstico. Esses exames são chamados de exames
parasitológicos, sendo considerados exames “padrão ouro”, ou exames de evidência, porque
uma vez encontrado o parasita não resta dúvidas da contaminação do indivíduo.
Tratamento
O Ministério da Saúde recomenda tratamento nas seguintes situações: infecção
aguda, infecção congênita, infecção crônica recente (incluindo todas as crianças e
adolescentes soropositivos), infecção crônica na forma indeterminada e formas clínicas
iniciais. Na fase aguda, independentemente do modo do contágio, todos devem ser tratados,
pois 60% deles podem ser curados tanto em termos parasitológicos quanto sorológicos. Na
transmissão congênita, o tratamento torna-se eficaz quanto mais próximo do parto ele for
instituído. Na fase crônica, o tratamento está indicado nos casos de infecção recente, sendo,
na prática, instituído para todas as crianças com sorologias positiva e adultos jovens com a
forma indeterminada (Ministério da Saúde, 1996).
PREVENÇÃO E CONTROLE
Uma das formas de prevenção da Doença de Chagas é evitar que o inseto barbeiro
forme colônias dentro das residências. Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas
voando pelas aberturas ou frestas, uma das alternativas é usar mosquiteiros ou telas.
Recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas,
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Leia mais:
http://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/doenca-de-chagas
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
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Nomes populares
Botulismo
Agente causador
Clostridium botulinum
Espécies acometidas
Aves e mamíferos
Formas de transmissão
Seres humanos: O botulismo ocorre principalmente pela ingestão da toxina pré-
formada em alimentos, mas pode ocorrer também por contaminação de feridas ou pela
infecção intestinal.
Animais: Ocorre basicamente como intoxicação após a ingestão de matéria orgânica
em decomposição.
Diagnóstico
A confirmação laboratorial se dá pela soroneutralização celular em camundongos,
teste considerado padrão-ouro.
Notificação Obrigatória
Trata-se de uma doença de notificação obrigatória e imediata para os casos humanos.
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HISTÓRICO
Clostridium botulinum é classificado de A a G de acordo com as características
antigênicas das neurotoxinas produzidas, embora todas tenham ação extremamente
semelhante. Os tipos A, B e E (e raramente o tipo F) são os causadores de botulismo em
humanos, enquanto que em animais os principais incriminados são os tipos C e D.
O botulismo em humanos foi descrito pela primeira vez em 1820, após um surto
associado à ingestão de salsichas. Deu-se o nome da intoxicação de botulismo (do latim
botulus, que significa chouriço, salsicha). Porém, somente em 1897, na Bélgica, o médico
Emile Pierre Van Emengen identificou o micro-organismo a partir de um surto associado a
um presunto contaminado e que acometeu 23 indivíduos de um clube de músicos.
Atualmente, em humanos, a doença está relacionada às más condições de produção e
armazenamento de alimentos, sendo que entre outros, a “carne em lata” e vegetais em
conserva são as principais fontes de intoxicação. É importante observar ainda, que mais da
metade dos casos está associada a alimentos caseiros (principalmente conservas) e condições
precárias de preparação.
EVOLUÇÃO DA DOENÇA
O botulismo pode ser considerado uma doença neurológica súbita e progressiva. Em
humanos, o período de incubação do botulismo alimentar (clássico) varia com a quantidade de
toxina ingerida, em geral ficando entre 12 e 36 horas, havendo, porém, casos onde esse
período chegou a 10 dias. Já nos casos de botulismo em ferimentos, o período é, em média, de
quatro dias, variando de sete a 21 dias. Primeiramente, ocorrem sinais gastrointestinais como
diarreia, náuseas, vômito e dor abdominal. Logo, evolui para o quadro clínico clássico de
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O botulismo de lesão (ou em feridas) ocorre quando uma ferida é contaminada com
esporos de C. botulinum. A presença de nutrientes e de um ambiente de anaerobiose
(comumente devido à necrose tecidual) permite a multiplicação, produção de toxinas e
ocorrência do quadro clínico característico. Apesar de considerado extremamente raro nos
dias de hoje, alguns surtos de botulismo em feridas têm sido relatados na Europa após
consumo de heroína contaminada com esporos de C. botulinum. Além do botulismo infantil e
do botulismo em feridas, outra forma de toxinfecção, conhecida como botulismo intestinal,
tem sido descrita. Nesses casos, crianças com mais de um ano de idade e adultos são
acometidos e não há evidências de contaminação de feridas ou intoxicação. Acredita-se que
ocorra a colonização intestinal pelo C. botulinum após algum distúrbio da microbiota, como
cirurgia ou inflamação intestinal.
Entre 1999 e 2008, foram registrados 105 casos de suspeitos de botulismo no Brasil,
sendo que houve confirmação em 39 casos (37%). Desses, um caso foi de botulismo
intestinal, um de botulismo infantil e os outros 37 restantes foram de botulismo alimentar. A
letalidade foi 33%, com óbito de 13 indivíduos.
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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico é baseado na detecção da toxina botulínica por soroneutralização em
camundongos. Em humanos, cães e aves comumente utiliza-se o soro sanguíneo. Já em
bovinos, devido à alta sensibilidade desta espécie às toxinas botulínicas, preconiza-se a
utilização de conteúdo intestinal ou fragmentos do fígado. Para essa espécie doméstica,
preconiza-se a coleta de material de animais que apresentaram sinais clínicos agudos e baixo
período de incubação, aumentando assim a chance de detecção da toxina botulínica em seu
organismo. Em geral, o alimento suspeito também pode ser submetido à pesquisa das toxinas
botulínicas.
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PREVENÇÃO E CONTROLE
Considerando que preparações caseiras lideram a lista dos alimentos de maior risco,
basicamente o botulismo em humanos é prevenido pela ingestão apenas de produtos que
tenham passado por tratamento térmico adequado, que tenham sido armazenados de forma
correta e que se encontrem dentro do prazo de validade. Além disso, recomenda-se a não
ingestão de mel por crianças com menos de um ano de idade.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
5- Porque o ato de ferver certos alimentos por 15 minutos ajuda a combater ou evitar o
botulismo?
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APRESENTAÇÃO
A febre amarela é uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no
máximo 12 dias), que apresenta alta morbidade e letalidade. A infecção pelo vírus da febre
amarela causa no homem desde formas leves com sintomatologia febril inespecífica até
formas graves com icterícia, albuminúria, manifestações hemorrágicas, delírio e choque.
A letalidade geral varia de 5% a 10%, considerando os casos oligossintomáticos,
entretanto, entre os casos graves que evoluem com icterícia e hemorragias, pode passar de
50%. Os indivíduos mais acometidos são geralmente jovens, do sexo masculino, realizando
atividades agropecuárias, extrativistas, praticantes do turismo ecológico e rural das áreas de
risco onde adentram áreas de matas sem vacinação preventiva.
Essa doença tem potencial de disseminação e transmissão bastante elevado, por isso
é importante que a notificação de casos suspeitos seja feita o mais brevemente possível. A
febre amarela compõe a lista de doenças de notificação compulsória, portaria (SVS/MS) nº 5,
de 21 de fevereiro de 2006, classificada entre as doenças de notificação imediata
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AGENTE ETIOLÓGICO
A febre amarela é causada por um arbovírus da família Flaviviridae, gênero
Flavivirus. O termo arbovírus é utilizado para classificar os vírus que são transmitidos por
artrópodes, como os mosquitos.
O genoma viral é consituído de RNA simples e é envolvido por envelope bílipidico e
tem cerca de 50 nanómetros de diâmetro. Infecta principalmente os macrófagos, células de
defesa do nosso corpo.
TRANSMISSÃO
Vetores e reservatórios
A transmissão da febre amarela ocorre por meio da picada de mosquitos hematófagos
infectados. Os mosquitos que participam da transmissão de febre amarela são, principalmente,
aqueles da família Culicidae, dos gêneros Aedes, Haemagogus e Sabethes. Na transmissão
urbana, o Aedes aegypti é o principal vetor e, em ambientes silvestres, os Haemagogus e
Sabethes.
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SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE
A suscetibilidade é universal, desconhecendo-se maior ou menor resistência ao vírus
da febre amarela em relação à raça, cor ou faixa etária.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Varia entre três e seis dias após a picada do mosquito.
A infecção dura cerca de três dias, tem início súbito e sintomas gerais como febre,
calafrios, cefalalgia, lombalgia, mialgias generalizadas, prostração, náuseas e vômitos. As
formas leves e moderadas não ultrapassam essa fase.
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
O diagnóstico das formas leves e moderadas é difícil, pois pode ser confundido com
outras doenças infecciosas do sistema respiratório, digestivo ou urinário. Formas graves com
quadro clínico clássico ou fulminante devem ser diferenciadas de malária, leptospirose, febre
maculosa, febre hemorrágica do dengue e dos casos fulminantes de hepatite.
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
O diagnóstico específico de cada paciente com suspeita de febre amarela é da maior
importância para a vigilância epidemiológica, tanto em casos isolados quanto em situações de
surtos. Entretanto, nem sempre é possível realizar exames laboratoriais em todos os casos
suspeitos. Quando essa condição acontecer em determinada área em que outros casos tenham
sido comprovados laboratorialmente, pode-se proceder à confirmação do caso pelo critério
clínico-epidemiológico.
Detecção de antígenos virais e/ou ácidos nucléicos virais – esses testes laboratoriais
são usados para identificação da partícula viral isolada dos espécimes clínicos e de lotes de
mosquitos. São bastante sensíveis e na maioria das vezes selam o diagnóstico em situações em
que não é possível fazê-lo pelas técnicas habituais. Geralmente só são realizados nos
laboratórios de referência nacional e/ou regional
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• A faixa etária inicial é a partir de nove meses, sem limite de idade. Em situações de
epidemias, recomenda-se a vacinação a partir de seis meses, por via subcutânea, em dose
única de 0,5 ml e reforço de 10 em 10 anos.
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ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO DA
REURBANIZAÇÃO DA FEBRE AMARELA
• Proteção Proteção individual das pessoas
que vivem ou adentram áreas de risco de transmissão
de febre amarela silvestre;
• Proteção individual das pessoas que vivem
em áreas infestadas por Aedes aegypti;
• Eliminação do Aedes aegypti em cada
território ou manutenção de índices de infestação
muito próximos de zero (vide capítulo de Dengue, no Caderno de Atenção Básica nº 21,
Ministério da Saúde, 2007);
• Evitar o acesso de mosquitos transmissores urbanos ou silvestres ao doente de febre
amarela mediante telagem do seu local de permanência, pois este pode se constituir em fonte
de infecção;
• Identificação precoce de casos para pronta intervenção da vigilância
epidemiológica;
• Vigilância laboratorial das enfermidades que fazem diagnósticos diferenciais com
febre amarela;
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/febreamarela/perguntas.php
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
3- Qual sua relação com o termo “Vômito negro”, nome vulgar da febre amarela?
Capítulo 5-LEPTOSPIROSE
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APRESENTAÇÃO
As atividades de prevenção e controle da leptospirose são baseadas principalmente
no manejo ambiental e no controle de roedores, com ênfase na melhoria das condições
sanitárias e de moradia da população, minimizando sua exposição ao risco de infecção.
Assim, a integração de Equipes de Atenção Básica/
Saúde da Família e Vigilância em Saúde pode contribuir, visivelmente, para o
alcance dos objetivos propostos, principalmente no que se refere às atividades de prevenção
da doença e manejo ambiental. O êxito na manutenção de atividades voltadas ao meio
ambiente está diretamente relacionado ao envolvimento da comunidade, o que tornará o
ambiente impróprio para a instalação e proliferação de roedores, reduzindo,
conseqüentemente, o número de casos da doença. Por conhecerem a realidade local, os
clínicos das equipes de atenção básica poderão realizar o diagnóstico precocemente e
investigação mais precisa dos casos e, por terem como princípio o desenvolvimento de
vínculo com o paciente acometido, poderão optar por um projeto terapêutico adequado às suas
condições de vida.
Descrição da doença
A leptospirose é um problema mundial de saúde pública. É uma doença infecciosa
febril aguda, causada por bactérias patogênicas do gênero Leptospira, transmitida ao homem
pelo contato direto ou indireto com a urina de animais infectados. A infecção pode apresentar-
se sob várias formas clínicas, variando de assintomática a quadros graves, podendo levar à
morte. Tem grande importância social e econômica por apresentar elevada incidência em
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determinadas áreas, alto custo hospitalar, perdas de dias de trabalho e alta letalidade, que pode
chegar a até 40% nos casos graves.
Notificação
É doença de notificação compulsória em todo o Brasil, dessa forma, todos os casos
suspeitos devem ser notificados à vigilância epidemiológica municipal, por meio das fichas de
notificação (em anexo) para inclusão no Sistema Nacional de Agravos de Notificação
(SINAN). A notificação é importante, pois permite o registro dos casos e o desencadeamento
das medidas de prevenção e controle da doença.
AGENTE ETIOLÓGICO
Bactéria helicoidal (espiroqueta), aeróbica obrigatória do gênero Leptospira,
pertencentes à família Leptospiraceae e à ordem Spirochaetales, da qual se conhecem
atualmente 14 espécies patogênicas, sendo a mais importante a L. interrogans.A unidade
taxonômica básica é o sorovar (sorotipo). Mais de 200 sorovares já foram identificados, e
cada um tem o(s) seu(s) hospedeiro(s) preferencial(ais), ainda que uma espécie animal possa
albergar mais de um sorovar.
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RESERVATÓRIOS
A leptospirose é uma antropozoonose que tem como hospedeiros primários os
animais sinantrópicos, domésticos e silvestres. Os seres humanos são apenas hospedeiros
acidentais e terminais na cadeia de transmissão.
MODO DE TRANSMISSÃO
A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais
infectados. A penetração do microrganismo se dá por meio da pele lesada ou das mucosas da
boca, narinas e olhos. Pode também ocorrer por meio da pele íntegra, quando imersa por
longos períodos em água ou lama contaminada.
Outras modalidades de transmissão têm sido relatadas, porém com rara freqüência,
como o contato com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados, ingestão de água ou
alimentos contaminados e a transmissão acidental em laboratórios. Cabe ressaltar que a
transmissão via água ou alimentos contaminados raramente ocorre, pois o pH ácido do trato
digestivo mata as leptospiras. A transmissão inter-humana é muito rara, podendo ocorrer pelo
contato com urina, sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas.
Período de transmissibilidade
Os animais infectados podem eliminar a leptospira pela urina durante meses, anos ou
por toda a vida, segundo a espécie animal e o sorovar envolvido.
Susceptibilidade e imunidade
No ser humano, a susceptibilidade é geral. A imunidade desenvolvida é específica
para o sorovar que causou a infecção, podendo um mesmo indivíduo apresentar a doença mais
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de uma vez; nessa situação, o agente causal de cada episódio pertencerá a um sorovar
diferente do(s) anterior(es).
A imunização contra sorovares específicos tem sido utilizada em alguns países para
grupos ocupacionais de risco. São, em princípio, suspensões de leptospiras mortas (de apenas
um ou de alguns sorovares mais prevalentes na região). A imunidade conferida por essas
vacinas é sorovar-específica e de curta duração, necessitando de aplicações subseqüentes em
intervalos regulares para manter o nível de anticorpos protetores. Se houver exposição a um
sorovar diferente daquele utilizado na vacina, a pessoa poderá vir a adoecer. No Brasil não há
vacina para uso humano contra a leptospirose.
Existem vacinas de uso veterinário que oferecem certo grau de proteção aos animais
vacinados (cães, bovinos e suínos), mas foi constatado que, em algumas ocasiões, os animais
vacinados adquirem proteção contra a doença, mas não contra a infecção, e podem apresentar
leptospirúria assintomática, tornando-se fontes de infecção. Desse modo, o uso de vacina
animal é utilizado para fins de saúde animal, não como medida de saúde pública para prevenir
a transmissão da doença dos animais domésticos para o homem.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Normalmente de 7 a 14 dias, podendo em alguns casos ocorrer entre o 1º e o 30º dia.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
A leptospirose humana apresenta manifestações clínicas muito variáveis, com
diferentes graus de severidade. As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas
e sub-clínicas até quadros clínicos graves associados a manifestações fulminantes.
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Manifestações clínicas
Didaticamente, as apresentações clínicas da leptospirose foram divididas dentro das
fases evolutivas da doença: fase precoce (fase leptospirêmica) e fase tardia (fase imune).
Fase precoce
Embora a fase precoce da doença corresponda à 85 a 90% das formas clínicas, a
menor parte dos casos são identificados e consequentemente notificados nesta fase da doença,
devido às dificuldades inerentes ao diagnóstico clínico e à confirmação laboratorial.
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Fase tardia
Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose ocorre a evolução para
manifestações clínicas graves, que tipicamente iniciam-se após a primeira semana de doença,
mas que pode ocorrer mais cedo especialmente em pacientes com apresentações fulminantes.
A manifestação clássica da leptospirose grave é a Síndrome de Weil, caracterizada pela tríade
de icterícia, insuficiência renal e hemorragias, mais comumente pulmonar. Entretanto, estas
manifestações podem se apresentar concomitantemente ou isoladamente na fase tardia da
doença. A síndrome de hemorragia pulmonar é caracterizada por lesão pulmonar aguda e
sangramento pulmonar maciço e vem sendo cada vez mais reconhecida no Brasil como uma
manifestação distinta e importante da leptospirose na fase tardia. Enquanto a letalidade geral
para os casos de leptospirose notificados no Brasil é de 10%, a letalidade para os pacientes
que desenvolvem hemorragia pulmonar é maior que 50%.
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TRATAMENTO
Antibioticoterapia
Fase precoce
a) Amoxicilina
Adultos: 500 mg VO 8/8h por 5 a 7 dias
Crianças: 50mg/kg/dia VO, divididos por 6-8h por 5 a 7 dias
b) Doxiciclina
100 mg VO 12/12h, por 5 a 7 dias
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Fase tardia
a) Adultos
- Penicilina G Cristalina: 1.5 milhões UI, IV de 6/6 horas OU
-Ampicilina : 1g IV 6/6h OU
-Ceftriaxona: 1 a 2 g IV 24/24h ou Cefotaxima 1g IV 6/6h.
Controle de roedores
Anti-ratização: visa modificar as características ambientais que favorecem a
penetração, a instalação e a livre proliferação de roedores, por meio da eliminação dos fatores
que propiciem o acesso desses animais a alimento, água e abrigo.
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PREZADOS ALUNOS
Bons estudos!
Capítulo 6- RAIVA
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APRESENTAÇÃO
Doença infecciosa aguda, caracterizada por um
quadro neurológico, que evolui para óbito em poucos dias.
Apresenta dois ciclos básicos de transmissão: o urbano, cujos principais reservatórios são os
cães e gatos, e o silvestre, que ocorre principalmente entre morcegos, macacos e raposas.
No mundo são estimados 55.000 óbitos humanos por ano, transmitidos por cães,
sendo 56% na Ásia e 44% na África; a maioria deles ocorre em áreas rurais.
Sinonímia
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AGENTE ETIOLÓGICO
O vírus rábico pertence à ordem Mononegavirales, família Rhabdoviridae e gênero
Lyssavirus.
RESERVATÓRIO
No ciclo urbano, as principais fontes de infecção são os cães e gatos. No Brasil, o
ciclo silvestre tem os morcegos como principal espécie relacionada à ocorrência de casos
humanos e manutenção do vírus no ambiente, porém outros reservatórios são importantes, tais
como: macaco, cachorro-do-mato, raposa, mão pelada, guaxinim etc.
MODO DE TRANSMISSÃO
A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal
infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de
mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o
sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. A partir daí,
dissemina-se para vários órgãos, incluindo glândulas salivares, onde também se replica e é
eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos.
Outra via de transmissão conhecida, porém com poucos casos, é por meio de
transplante de órgãos. A via respiratória, sexual, digestiva (em animais) e transmissão vertical
são relatadas em literatura, mas apresentando possibilidade remota.
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de dois a cinco dias antes
do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença. A morte
do animal acontece, em média, entre cinco e sete dias após a apresentação dos sintomas. Em
relação aos animais silvestres, há poucos estudos sobre o período de transmissibilidade.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
É extremamente variável, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no homem
e de 10 dias a dois meses no cão. Em crianças, existe tendência para um período de incubação
menor que no indivíduo adulto. O período de incubação está diretamente associado à:
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ASPECTO CLÍNICO
Após um período variável de incubação, aparecem os pródromos, que duram de dois
a quatro dias e são inespecíficos. O paciente apresenta mal-estar geral, pequeno aumento de
temperatura, anorexia, cefaléia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade,
inquietude e sensação de angústia. Podem ocorrer hiperestesia e parestesia no trajeto de
nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento. A
infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes,
febre, delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões. Espasmos
dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir
líquido, apresentando sialorréia intensa. Os espasmos musculares evoluem para um quadro de
paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal.
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico diferencial
No caso da raiva humana transmitida por morcegos hematófagos, cuja forma é
predominantemente paralítica, o diagnóstico é incerto e a suspeita recai em outros agravos
que podem ser confundidos com raiva humana. Nesses casos, o diagnóstico diferencial deve
ser realizado com: tétano; pasteurelose, por mordedura de gato e de cão; infecção por vírus B
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(Herpesvirus simiae), por mordedura de macaco; botulismo e febre por mordida de rato
(Sodóku); febre por arranhadura de gato (linforreticulose benigna de inoculação); encefalite
pós-vacinal; quadros psiquiátricos; outras encefalites virais, especialmente as causadas por
outros rabdovírus; e tularemia.
Diagnóstico laboratorial
A confirmação laboratorial dos casos de raiva humana em vida pode ser realizada
pelo método de imunofluorescência direta (IFD) em impressão de córnea, raspado de mucosa
lingual (swab) ou tecido bulbar de folículos pilosos, obtidos por biópsia de pele da região
cervical. A sensibilidade dessas provas é limitada e, quando negativas, não se pode excluir a
possibilidade de infecção.
TRATAMENTO
Em 2005, foi publicado um caso de sobrevivente de raiva humana, submetido a um
protocolo de tratamento intitulado de Milwaukee1, baseado no uso de antivirais, indução de
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O paciente deve ser atendido na unidade hospitalar mais próxima, sendo evitada sua
remoção. Quando imprescindível, tem que ser cuidadosamente planejada. Manter o enfermo
em isolamento, em quarto com pouca luminosidade, evitar ruídos e formação de correntes de
ar, proibir visitas e somente permitir a entrada de pessoal da equipe de atendimento. Os
profissionais médicos, de enfermagem, da higiene e limpeza devem utilizar equipamentos de
proteção individual, bem como avaliar o contato com o paciente e, caso necessário, realizar
esquema de pré-exposição.
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A mucosa ocular deve ser lavada com solução fisiológica ou água corrente.
Em caso de contato indireto, ou seja, quando ocorre por meio de objetos ou utensílios
contaminados com secreções de animais suspeitos, e lambedura na pele íntegra por animal
suspeito, indica-se lavar bem o local com água corrente e sabão.
Não se recomenda a sutura dos ferimentos e, quando for absolutamente necessário,
aproximar as bordas com pontos isolados. Havendo necessidade de aproximar as bordas, o
soro anti-rábico, se indicado, deverá ser infiltrado uma hora antes da sutura.
Ainda deve-se proceder à profilaxia do tétano segundo o esquema preconizado (caso
não seja vacinado ou com esquema vacinal incompleto) e uso de antibióticos nos casos
indicados, após avaliação médica.
Características do ferimento
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dos pés) são graves porque facilitam a exposição do sistema nervoso ao vírus. A lambedura da
pele íntegra não oferece risco, mas a lambedura de mucosas também é grave porque são
permeáveis ao vírus, mesmo quando intactas, e também porque as lambeduras, geralmente,
abrangem áreas mais extensas.
Acidentes leves
• Ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e
membros (exceto mãos, polpas digitais e planta dos pés); podem acontecer em
decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por unha ou dente;
• Lambedura de pele com lesões superficiais.
Acidentes graves
• Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa digital e/ou planta do pé;
• Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo;
• Lambeduras de mucosas;
• Lambeduras de pele onde já existe lesão grave;
• Ferimentos profundos causados por unha de gato;
• Qualquer ferimento provocado por morcego.
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Cão e gato -as características da doença em cães e gatos, como período de incubação,
transmissão e quadro clínico, são bem conhecidas e semelhantes. Por essa razão estes animais
(SOMENTE CÃES E GATOS) são analisados em conjunto, nos seguintes elementos:
• hábitos de vida do animal -o animal deve ser classificado como domiciliado ou não-
domiciliado. Animal domiciliado é o que vive exclusivamente dentro do domicílio, não tem
contato com outros animais desconhecidos e só sai à rua acompanhado do seu dono. Desse
modo, esses animais podem ser classificados como de baixo risco em relação à transmissão
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Soro heterólogo
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O esquema profilático da raiva humana deve ser garantido todos os dias, inclusive
nos fins de semana e feriados, até a última dose prescrita (esquema completo). É de
responsabilidade do serviço de saúde que atende o paciente realizar busca ativa imediata
daqueles que não comparecem nas datas agendadas para a aplicação de cada dose da vacina
prescrita. No caso da vacina anti-rábica ser feita na unidade básica de saúde que não funciona
nos fins de semana, deve-se encaminhar o usuário para realização da vacina
em local que realize o atendimento anti-rábico. É de extrema importância conhecer a
rede de serviços para encaminhamento nessas situações.
As condutas indicadas para pacientes que não comparecem na data agendada estão a
seguir descritas.
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Capítulo 7- DENGUE
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XIX e início do XX. Durante a epidemia que ocorreu em Cuba, em 1981, foi relatado o
primeiro de caso de dengue hemorrágica, fora do sudeste da Ásia e Pacífico. Este foi
considerado o evento mais importante em relação à doença nas Américas. Naquela ocasião,
foram notificados 344.203 casos clínicos de dengue, sendo 34 mil casos de FHD, 10.312 das
formas mais severas, 158 óbitos (101 em crianças). O custo estimado da epidemia foi de US$
103 milhões.
Vetores e transmissão
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Figura 2: Mapa de 2006. Em vermelho: locais onde dengue é uma epidemia. Em azul: Locais com
riscos moderados.
anos 80, a doença foi praticamente eliminada do país, em virtude do combate ao vetor Aedes
aegypti, durante campanha de erradicação da febre amarela. Observou-se a reinfestação desse
vetor em 1967, provavelmente originada a partir dos países vizinhos, que não obtiveram êxito
em sua erradicação. Na década dos anos 80, foram registrados novos casos de dengue: em
1981 - 1982 em Boa Vista (RR); em 1986 - 1987 no Rio de Janeiro (RJ); em 1986, em
Alagoas e Ceará; em 1987, em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e São Paulo; em 1990, no
Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro; em 1991, em Tocantins e, em 1992, no
estado de Mato Grosso.
A média anual, após 1986, foi de 78.928 casos/ano, ficando acima desse valor em
1987, com 82.446 casos; em 1990, com 103.336; em 1995, com 81.608; em 1996, com
87.434; em 1997, com 135.671; em 1998, com 363.010 e 1999, com 104.658 casos.
No Estado de São Paulo, a dengue foi incluída no rol das doenças de notificação
compulsória, em 1986. Em 1987, foram detectados dois focos da doença na região de
Araçatuba, os quais foram controlados. Na região de Ribeirão Preto, a epidemia alcançou o
pico em 1991, estendendo-se pelas regiões de São José do Rio Preto, Araçatuba e Bauru,
confirmando as previsões de risco crescente de ocorrência da arbovirose.
Em resumo, agrupando por regiões, a Sudeste foi a que registrou o maior número de
casos, sendo também a de maior população e disponibilidades de recursos para diagnóstico e
notificação. Seguem-se em relação à incidência de dengue as regiões Nordeste, Centro-Oeste,
Sul e Norte.
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Em 2002, novamente o Rio de Janeiro foi castigado por uma epidemia de dengue,
agora com a entrada do vírus tipo 3. Quase 290 mil pessoas contraíram a doença no Estado e
91 morreram em todo o Estado, sendo 65 mortes e 138 mil casos somente na capital. Foi o
ano com mais casos de dengue na história do país, concentrados no Rio de Janeiro.
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Recentemente, houve uma epidemia de Dengue no estado do Pará, sendo que das
7000 ocorrências no estado, 400 se deram na capital Belém. No estado, 3 pessoas se
encontram sob suspeita de dengue hemorrágica, sendo que uma é do município de Tucuruí e
duas são da capital Belém.
Epidemiologia
expostas a diversas cepas virais, e algumas podem escapar da proteção imunológica obtida
com a exposição prévia ao sorotipo. Acresce considerar que podem surgir cepas com
patogenicidade e infectividade aumentadas e que populações silvestres do vírus dengue,
geneticamente diferentes, quando introduzidas em populações de hospedeiros, podem
desencadear epidemias. Embora as populações de vírus com sequências de nucleotídeos
conhecidas sejam esparsas, especialmente das populações africanas, encontraram-se quatro
genótipos para o DEN-2 e DEN-3 e dois para o DEN-1 e DEN-4, com diversidade máxima de
aminoácidos, de aproximadamente 10% para o gene E. Mesmo não se dispondo de amostras
históricas para se avaliarem as possíveis alterações genéticas através do tempo, as
observações mostram que a variabilidade genética está aumentando.
Imunologia
Quando uma pessoa é infectada por um dos 4 sorotipos virais, torna-se imune a todos
os tipos de vírus durante alguns meses e posteriormente mantém-se imune, pelo resto da vida,
ao tipo pelo qual foi infectado. Se voltar a ter dengue, dessa vez um dos outros 3 tipos do
vírus, há uma probabilidade maior que a doença seja mais grave que a anterior, mas não é
infalível que aconteça.
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Diagnóstico
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As pessoas em áreas endêmicas que têm sintomas como febre alta devem consultar
um médico para fazer análises sendo que o diagnóstico normalmente é feito por isolamento
viral através de inoculação de soro sanguíneo (IVIS) em culturas celulares ou por sorologia
esse procedimento é essencial para saber se o paciente é portador do vírus da dengue.
1. Febre
2. Tendência hemorrágica (teste de torniquete positivo, contusões
espontâneas, sangramento da mucosa, vômito de sangue ou diarreia sanguinolenta)
3. Trombocitopenia (<100.000 plaquetas por mm³)
4. Evidência de vazamento plasmático (hematócrito mais de 20% maior
do que o esperado ou queda no hematócrio de 20% ou mais da linha de base após
fluido IV, derrame pleural, ascite, hipoproteinemia).
Exame laboratorial
Tratamento
VALE LEMBRAR:
Casos graves
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Sangramentos podem ocorrer por causa dos síndrome de choques da dengue (SCD) e
coagulação do sangue, geralmente agravada por medicamentos coagulantes, fazendo o nível
de plaquetas descer abaixo do nivel funcional mínimo (trombocitopenia. Nesse caso pode ser
necessário transfusão de sangue caso o soro não seja suficiente ou já tenha sido usado
excessivamente.
Vários novos tratamentos tem sido sugeridos para lidar com as citocinas e toxinas
envolvidas na infecção. Tem sido estudados tratamentos com Inibidores do fator ativador de
plaquetas (PAF), pentoxifilina, antioxidantes, n-acetilcisteína, além de inibidores das
endorfinas naturais como o naloxone e de antagonistas da bradicinina. O uso de inibidores do
óxido nítrico pode ser benéfico principalmente nos casos de hipotensão persistente. O uso de
infusão contínua de azul de metileno, também mostrou-se benéfico e com toxicidade mínima.
Profilaxia
Controle do mosquito
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Pesquisas recentes mostraram que o uso de borra de café nos locais de potencial
proliferação de larvas é extremamente eficiente na aniquilação do mosquito. Cientistas da
UNESP de São José do Rio Preto - Estado de São Paulo, descobriram que a larva do
Mosquito da Dengue pode ser combatido através de borra de café, já utilizada. Apenas 500
microgramas são necessários para matar a larva do mosquito transmissor, sendo sugerida a
utilização de 2 colheres dessa borra para cada meio copo d'água.
Desenvolvimento de vacina
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O Instituto Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro anunciou que em 2012 estará disponível
uma vacina para os quatro tipos de dengue.
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Sim, pois é a fêmea que necessita do sangue em seu organismo para amadurecer seus ovos e
assim dar seqüência no seu ciclo de vida.
Por que foi possível fazer uma vacina para febre amarela e não está sendo possível fazer uma
vacina contra dengue?
No caso da Febre Amarela só existe um tipo de vírus. Na dengue, são conhecidas quatro
variedades de vírus – chamados den1, den2, den3, e den4. Os quatro tipos já foram registrados
no Brasil (sendo que o tipo 4 só na Amazônia). A rigor, uma vacina para um tipo não dará
imunização para outro.
A pessoa pode estar com a doença e apresentar apenas alguns dos sintomas? Não ter febre,
por exemplo?
Sim. A intensidade dos sintomas varia muito de pessoa para pessoa.
Por que não se deve tomar medicamentos a base de ácido acetilsalicílico como “Aspirina,
Melhoral, AAS ?
Porque estes medicamentos tem efeitos anticoagulantes e podem causar sangramentos.
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EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
a- Agente etiológico:
b- Agente transmissor: mosquito
c- Principais manifestações clinicas:
d- Duas formas que a doença se manifesta:
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Capítulo 8- CÓLERA
Características gerais
Descrição
Doença infecciosa intestinal aguda, causada pela enterotoxina do Vibrio cholerae.
Pode se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor
abdominal e cãibras. Esse quadro, quando não tratado prontamente, pode evoluir para
desidratação, acidose e colapso circulatório, com choque hipovolêmico e insuficiência renal.
Entretanto, frequentemente,a infecção é assintomática ou oligossintomática, com diarreia
leve. A acloridria gástrica agrava o quadro clínico da doença. A infecção produz aumento de
anticorpos e confere imunidade por tempo limitado (em torno de 6 meses).
Agente etiológico
O V. cholerae do sorogrupo O1, biotipo clássico, ou El Tor (sorotipos Inaba, Ogawa
ou Hikogima),e o V. cholerae O139, também conhecido como Bengal. É um bacilo gram-
negativo, comflagelo polar, aeróbio ou anaeróbio facultativo, produtor de enterotoxina.
Reservatório
O homem é o reservatório usual de V. cholerae toxigênico dos sorogrupos O1 e
O139. Contudo,vários estudos têm demonstrado que V. cholerae O1 pode ser isolado de
ambientes aquáticos,principalmente associados a estuários, indicando que animais marinhos
(como, por exemplo, moluscos e crustáceos) podem ser reservatórios naturais do V. cholerae.
Nos Estados Unidos, Itália e Austrália, alguns surtos isolados foram relacionados ao consumo
de frutos do mar crus ou mal cozidos.
Modo de transmissão
Ocorre, principalmente, pela ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes
ou vômitos de doente ou portador. Os alimentos e utensílios podem ser contaminados pela
água, pelo manuseio ou por moscas. A contaminação pessoa a pessoa é também importante na
cadeia epidemiológica.
A elevada ocorrência de assintomáticos (portador sadio), em relação aos doentes,
torna importante seu papel na cadeia de transmissão da doença. O biotipo El Tor persiste na
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água por muito tempo, o que aumenta sua probabilidade de manter a transmissão e circulação.
Alguns autores demonstraram, para a produção de infecção, a necessidade de inóculo igual ou
maior que 103 vibriões em alimentos e maior do que 106 na água.
Período de incubação
De algumas horas a 5 dias. Na maioria dos casos, de 2 a 3 dias.
Período de transmissibilidade
Perdura enquanto houver eliminação do vibrião nas fezes, o que ocorre, na maioria
dos casos, até poucos dias após a cura. Para fins de vigilância, o período aceito como padrão é
de 20 dias. Alguns doentes tornam-se portadores crônicos, eliminando o vibrião de forma
intermitente por meses e até anos.
Complicações
As complicações na cólera decorrem, fundamentalmente, da depleção hidro-salina
imposta pela diarreia e pelos vômitos. Ocorrem mais frequentemente nos indivíduos idosos,
diabéticos ou com patologia cardíaca prévia. A desidratação não corrigida levará a uma
deterioração progressiva da circulação, da função renal e do balanço hidroeletrolítico,
produzindo dano a todos os sistemas do organismo. Em consequência, sobrevém choque
hipovolêmico, necrose tubular renal, íleo paralítico, hipocalemia (levando a arritmias),
hipoglicemia (com convulsão e coma em crianças). O aborto é comum no 3º trimestre de
gestação, em casos de choque hipovolêmico. As complicações podem ser evitadas, com
adequada hidratação precoce.
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Diagnóstico diferencial
Com todas as diarreias agudas.
Diagnóstico laboratorial
O V. cholerae pode ser isolado, a partir da cultura de amostras de fezes de doentes ou
portadores assintomáticos. O método de coleta de amostras encontra-se no Anexo A. O
diagnóstico laboratorial da cólera só deve ser utilizado para investigação de todos os casos
suspeitos, quando a área é considerada livre de circulação do agente. Em outra situação,
deverá ser utilizado em conjunto com o critério clínico-epidemiológico.
Tratamento
O tratamento fundamenta-se na reposição rápida e completa da água e dos eletrólitos
perdidos pelas fezes e vômitos. Os líquidos deverão ser administrados por via oral ou
parenteral, conforme o estado do paciente.
• Formas leves e moderadas – hidratação oral, com soro de reidratação oral (SRO).
• Formas graves – hidratação venosa + antibioticoterapia.
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Aspectos epidemiológicos
Esta doença, apesar de todo o conhecimento acumulado, continua impondo desafios
não apenas em função das características de seu agente, mas, principalmente, pela
vulnerabilidade de grande parcela da população mundial, que vive em condições de pobreza
extrema. A chegada desta doença, em áreas indenes e com precárias condições de vida, teve
quase sempre características explosivas.
Até 1991, o Brasil era uma área indene para cólera. A epidemia que atingiu o país, a
partir daquele ano, faz parte da progressão da sétima pandemia iniciada em 1961, com um
foco epidêmico em Sulawesi, ex-Célebes (Indonésia), que se espalhou por países da Ásia,
Oriente Médio, África e regiões da Europa, com eventuais achados nos Estados Unidos, desde
a década de 1970. O biótipo El Tor, isolado de peregrinos provenientes de Meca, em 1906,
por Gotschlich, e examinados na estação de quarentena de El Tor, no Egito, é o responsável
pela atual pandemia de cólera. Essa pandemia atingiu o continente sul-americano pelo litoral
do Peru, em janeiro de 1991, estendendo- se, em seguida, por todo aquele país e para o Brasil,
atingindo finalmente 14 países da América do Sul.
A introdução da cólera, no Brasil, aconteceu pela selva amazônica, no Alto
Solimões.
Vigilância epidemiológica
Objetivos
• Reduzir a incidência e a letalidade.
• Impedir ou dificultar a propagação da doença.
• Controlar surtos.
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com fatores de risco associados (diabetes, hipertensão arterial sistêmica, cardiopatias, crianças
com desnutrição grave, dentre outras), pacientes idosos, gestantes, desacompanhados,
residentes em locais distantes, sem tolerância oral plena devem permanecer em observação até
remissão do quadro e, se necessário, internados.
Proteção individual
Seguir as normas de precauções entéricas para casos hospitalizados ou ambulatoriais,
com desinfecção concorrente de fezes, vômitos, vestuário, roupa de cama e desinfecção
terminal. Orientar os pacientes quanto aos cuidados com fezes e vômitos, no domicílio.
Vigilância sanitária
• Oferta de água de boa qualidade e em quantidade suficiente.
• Tratamento domiciliar com hipoclorito de sódio.
Hipoclorito de sódio a 2,5o de contaDosagem Medida prática
1.000 litros 100ml 2 copinhos de café (descartáveis) 30 minutos
200 litros 15ml 1 colher de sopa
20 litros 2ml 1 colher de chá
1 litro 0,045ml 2 gotas
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Características gerais
Descrição
Nas Américas, a hantavirose é considerada uma doença emergente e se manifesta sob
diferentes formas, desde doença febril aguda inespecífica, cuja suspeita diagnóstica é baseada
fundamentalmente em informações epidemiológicas, até quadros pulmonares e
cardiovasculares mais severos e característicos. Nesse continente, a hantavirose se
caracterizava pelo extenso comprometimento pulmonar, razão pela qual recebeu a
denominação de síndrome pulmonar por hantavírus (SPH). A partir dos primeiros casos
detectados na América do Sul, foi observado importante comprometimento cardíaco,
passando a ser denominada de Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH).
Agente etiológico
Vírus do gênero Hantavirus, da família Bunyaviridae, sendo o único bunyavírus que
não é um arbovírus.
Nas Américas, existem duas linhagens de hantanvírus: uma patogênica, que está
associada à ocorrência de casos de SCPH, pois foram identificadas em roedores e em
pacientes, e outra, que, até o momento, só foi detectada em roedores silvestres, ainda sem
evidências de causar a doença em seres humanos.
Atualmente, são conhecidas 16 variantes de hantavírus associados à transmissão da
SCPH nas Américas. Dentre eles, estão descritos os vírus Sin Nombre (Estados Unidos),
Choclo (Panamá) e Andes (Argentina e Chile). No Brasil, foram identificadas sete variantes,
sendo cinco associadas com a SCPH (Araraquara, Juquitiba, Castelo dos Sonhos, Anajatuba e
Laguna Negra) e duas (Rio Mearim e Rio Mamoré), até o momento, só foram detectadas em
roedores.
Esses vírus possuem envelope de dupla capa de lipídios, sendo, portanto, suscetíveis
a muitos desinfetantes, como os formulados com base em compostos fenólicos, solução de
hipoclorito de sódio a 2,5%, lisofórmio, detergentes e álcool etílico a 70%. Sua sobrevida,
depois de eliminado no meio ambiente, ainda não é totalmente conhecida. Pressupõe-se que,
em ambiente sob a ação da luz solar, o vírus sobreviva por até 6 horas; já em ambientes
fechados e que não recebem luz do sol e ação de ventos, o vírus pode permanecer ativo no
ambiente por até 3 dias.
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Reservatórios
Roedores silvestres são os prováveis reservatórios de hantavírus. Cada tipo de vírus
parece ter tropismo por uma determinada espécie de roedor e somente a ela. Possivelmente, os
hantavírus evoluíram com os respectivos hospedeiros reservatórios, o que determinou essa
espécie-especificidade.
Os hantavírus são eliminados, principalmente, pela urina, além das fezes e saliva dos
roedores infectados.
Modo de transmissão
A infecção humana ocorre mais frequentemente pela inalação de aerossóis, formados
a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados. Outras formas de transmissão, para a
espécie humana, foram também descritas:
• percutânea, por meio de escoriações cutâneas ou mordedura de roedores;
• contato do vírus com mucosa (conjuntival, da boca ou do nariz), por meio de mãos
contaminadas com excretas de roedores;
• transmissão pessoa a pessoa, relatada, de forma esporádica, na Argentina e Chile,
sempre associada ao hantavírus Andes.
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Período de transmissibilidade
O período de transmissibilidade do hantavírus no homem é desconhecido. Estudos
sugerem que o período de maior viremia seria alguns dias que antecedem o aparecimento dos
sinais/ sintomas.
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área cardíaca é normal. O índice cardíaco é baixo e a resistência vascular periférica é elevada;
o oposto do que se observa no choque séptico. O comprometimento renal pode surgir, mas em
geral é leve a moderado, embora possa evoluir para insuficiência renal. A taxa de letalidade é
elevada, em torno de 40%. O óbito ocorre, mais comumente, entre 4 a 6 dias após o início dos
sintomas. Nessa fase, os achados laboratoriais e radiológicos encontrados são: leucocitose,
neutrofilia com desvio à esquerda, com formas jovens; linfopenia; hemoconcentração;
plaquetopenia; redução da atividade protrombínica e aumento no tempo parcial de
tromboplastina, fibrinogênio normal, elevação nos níveis séricos de TGO, TGP e DHL,
hipoproteinúria, albuminemia, proteinúria; hipoxemia arterial; raio X com infiltrado pulmonar
bilateral, podendo ocorrer derrame pleural, uni ou bilateral.
Tratamento
Forma prodrômica/inespecífica – o tratamento dos pacientes com formas leves da
SCPH é sintomático. A hidratação, quando necessária, deve ser cuidadosa para evitar
sobrecarga de volume. Rigoroso controle dos dados vitais dos parâmetros hemodinâmicos e
ventilatórios é exigido para evitar desencadeamento ou agravamento do quadro cardio-
respiratório.
SCPH – nos pacientes com formas mais graves e com piora dos parâmetros
hemodinâmicos e ventilatórios, preconiza-se a cuidadosa infusão endovenosa (EV) de
líquidos, que, se excessiva, poderá precipitar o edema pulmonar. O manejo adequado do
aporte líquido é o principal elemento terapêutico. O balanço hídrico é outro parâmetro de
grande importância, necessitando controle da diurese, com sondagem vesical (não obrigatória)
e da função renal.
O volume de líquidos administrados EV deve ser suficiente para manter a pré-carga e
assegurar um fluxo plasmático renal adequado, mantendo balanço hídrico negativo ou, pelo
menos, igual a zero, para não aumentar o edema pulmonar (no máximo, 2.500ml nas 24 horas,
para os adultos). Pode-se empregar soluções coloidais e plasma para se obter um balanço
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hídrico negativo ou igual a zero, suficiente para otimizar a volemia, com pressão venosa
central (PVC) menor que 6cm de água, e manter um bom fluxo renal.
Nos pacientes graves, recomenda-se o acesso venoso central e instalação da pressão
venosa central (PVC), para avaliação e monitoramento da pré-carga.
Nos pacientes mais graves, há necessidade de suporte e monitorização hemodinâmica
e ventilatória, de forma contínua. Nos pacientes que necessitarem de aporte de oxigênio, esse
deverá ser ministrado garantindo a saturação arterial de, pelo menos, 90%.
Nos casos com insuficiência respiratória leve e quadro clínico estável, pode-se
instituir a ventilação não invasiva precoce (BIPAP/CPAP).
Os pacientes com desconforto respiratório mais acentuado e os que apresentarem
saturação do O2 menor que 80%, com sinal de fadiga respiratória e radiografia de tórax
compatível com Síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA) grave, deverão ser
assistidos com assistência ventilatória invasiva (mecânica).
Vigilância epidemiológica
Objetivos
• Detectar precocemente casos e/ou surtos.
• Conhecer a história natural da SCPH no Brasil.
• Identificar fatores de risco associados à doença.
• Recomendar medidas de prevenção e controle.
• Estudar a tendência da doença.
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estar suspenso a uma altura de 40cm do solo, com escada removível e ratoeiras dispostas em
cada suporte.
• Os produtos armazenados no interior dos domicílios devem ser conservados em
recipientes fechados e a 40cm do solo. Essa altura é necessária para se realizar a limpeza com
maior facilidade.
• Vedar fendas e quaisquer outras aberturas com tamanho superior a 0,5cm, para
evitar a entrada de roedores nos domicílios.
• Remover diariamente, no período noturno, as sobras dos alimentos de animais
domésticos.
• Caso não exista coleta regular, os lixos orgânicos e inorgânicos devem ser
enterrados separadamente, respeitando-se uma distância mínima de 30 metros do domicílio e
de fontes de água.
• Qualquer plantio deve sempre obedecer a uma distância mínima de 50 metros do
domicílio.
• O armazenamento em estabelecimentos comerciais deve seguir as mesmas
orientações para o armazenamento em domicílio e em silos de maior porte.
• Em locais onde haja coleta de lixo rotineira, os lixos orgânico e inorgânico devem
ser acondicionados em latões com tampa ou em sacos plásticos e mantidos sobre suporte a,
pelo menos, 1,5 metro de altura do solo.
Desratização
Em áreas rurais e silvestres, não é rotineiramente recomendado o controle químico de
roedores, tendo em vista que as medidas de antirratização geralmente são suficientes. Se
necessário, frente a uma alta infestação, a mesma só poderá ser feita nas áreas limite entre o
domicílio e peridomicílio, sempre por profissionais especializados.
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/
principal/secretarias/svs/hantavirose
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EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
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Os sinais e sintomas da gripe suína são semelhantes aos da gripe comum, tais como
febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dor na garganta , fraqueza. Entretanto,
diferentemente da gripe comum, ela costuma apresentar complicações em pessoas jovens.
Epidemiologia
Perspectiva histórica
Antes de 1918, a gripe em humanos era uma doença bem conhecida, mas nunca tinha
sido descrita em porcos. Com a pandemia da Influenza A H1N1 que ocorreu em 1918 e 1919
(mais conhecida como Gripe Espanhola), milhões de pessoas foram afetadas e muitos porcos
também passaram a apresentar sintomas respiratórios que se assemelhavam muito à doença
nos humanos. Desde 1958, 37 casos da gripe suína em humanos foram documentados. Seis
casos resultaram em morte e 44% dos pacientes tinham exposição a porcos.
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espalhou rapidamente para Estados Unidos, Canadá e para o resto do mundo graças às viagens
aéreas.
VOCÊ SABIA?
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O vírus da gripe suína causa uma doença respiratória altamente contagiosa entre os
suínos, sem provocar contudo grande mortalidade. Habitualmente não afeta humanos; no
entanto, existem casos esporádicos de contágio, laboratorialmente confirmados, em
determinados grupos de risco. A infecção ocorre em pessoas em contacto directo e constante
com estes animais, como agricultores e outros profissionais da área. A transmissão entre
pessoas e suínos pode ocorrer de forma directa ou indirecta, através das secreções
respiratórias, ao contactar ou inalar partículas infectadas. O quadro clínico da infecção pelo
vírus da gripe suína é em geral idêntico ao de uma gripe humana sazonal.
Os suínos podem igualmente ser infectados pelo vírus da influenza humana - o que
parece ter ocorrido durante a gripe de 1918 e o surto de gripe A (H1N1) de 2009 - assim
como pelo vírus da influenza aviário. A transmissão de gripe suína de porcos a humanos não é
comum e carne de porco correctamente cozida não coloca risco de infecção. Quando
transmitido, o vírus nem sempre causa gripe em humanos, e muitas vezes o único sinal de
infecção é a presença de anticorpos no sangue, detectáveis apenas por testes laboratoriais.
Quando a transmissão resulta em gripe num ser humano, é designada gripe suína
zoonótica. As pessoas que trabalham com porcos, sujeitas a uma exposição intensa, correm o
risco de contrair gripe suína. No entanto, apenas 50 transmissões desse género foram
registadas desde meados do século XX, quando a identificação de subtipos de gripe se tornou
possível. Raramente, estas estirpes de gripe suína podem ser transmitidas entre seres
humanos.
Influenza A (H1N1)
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Figura 4: Diferenças entre gripe suína e comum com relação aos sintomas
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Assim como a gripe humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como sintomas
febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse, coriza, dores de garganta e dificuldades
respiratórias. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais diarreia e vômitos que a
gripe convencional.
Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a
transmissão da doença. Além disto, deve-se evitar o contato das mãos com olhos, nariz e boca
depois de tocar em superfícies, usar lenços descartáveis ao tossir ou espirrar, evitar
aglomerações e ambientes fechados e ter hábitos saudáveis como hidratação corporal,
alimentação equilibrada e atividade física. Caso ocorra a contaminação, o paciente deve evitar
sair de casa até cinco dias após o início dos sintomas, pois este é o período de transmissão da
gripe A.
Algumas organizações religiosas também orientaram aos fiéis evitar abraços, apertos
de mãos ou qualquer outro tipo de contato físico para impedir a dispersão do vírus durante os
cultos religiosos.
Grupos de risco
Gestantes
Idosos (maiores de 65 anos) - neste grupo existe uma situação especial
pois os idosos tem sistema imunológico baixo.
Crianças (menores de 2 anos)
Doentes crônicos
Problemas cardiovasculares, exceto hipertensos
Asmáticos
Portadores de doença obstrutiva crônica
Problemas hepáticos e renais
Doenças metabólicas
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Formas de contágio
A contaminação se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea, contato
direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há
contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70
graus Celsius destrói quaisquer microorganismos patogênicos. Não foram identificados
animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus
mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína.
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Vacina
Existe uma vacina para porcos e outra para pessoas A vacina contra a gripe
"convencional" oferece pouca ou nenhuma proteção contra o vírus H1N1. O Japão anunciou
que pretende desenvolver uma vacina eficaz e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças
dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) vem investigando formas de tratamento.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
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Gripe aviária (gripe das aves em Portugal) é o nome dado à doença causada por
uma variedade do vírus Influenza (H5N1) hospedado por aves, mas que pode infectar diversos
mamíferos. Tendo sido identificada em Itália por volta de 1900, é, no entanto, conhecida por
existir em grande parte do globo, concentrando-se hoje principalmente no sudeste asiático.
Existem também casos recentes na Turquia, Romênia e Inglaterra (apenas aves foram
infectadas nos três lugares).
Os vírus da Influenza estão em constante evolução, assim como qualquer outro vírus
ou organismo. Porém, devido a natureza de seu genoma segmentado (8 segmentos no caso de
Influenza A), além da evolução através de mutações que normalmente se observa em outros
vírus, o vírus da gripe também pode sofrer um tipo de recombinação ("reassortment", em
inglês), em que novos vírus são produzidos com uma mistura de genes em seu interior
provenientes de dois (ou mais) vírus diferentes. Isso possibilita que vírus bastante diferentes
dos usuais sejam gerados repentinamente. Vírus gerados dessa forma causaram duas
pandemias no século XX, a Gripe Asiática, em 1957, e a Gripe de Hong Kong, em 1968.
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O subtipo H5N1 foi isolado pela primeira vez em estorninhos, em 1961, na África do
Sul. Só se tinha conhecimento da ocorrência do vírus Influenzae A H5N1 em diferentes
espécies de aves (daqui a designação de "gripe das aves"), incluindo galinhas, patos e gansos,
sabendo-se ainda que a maior parte das galinhas infectadas morriam num curto espaço de
tempo, e que patos e gansos eram os principais reservatórios do vírus. Em maio de 1997, o
vírus Influenzae A H5N1 foi isolado pela primeira vez em humanos, numa criança de Hong
Kong. Em 2006 foram comprovados na Alemanha a morte de gatos infectados pelo vírus.
O que é
A gripe aviária, também conhecida como gripe do frango, gripe dos pássaros ou
gripe asiática é uma doença típica das aves. Esta enfermidade, em função de suas
características, pode ser transmitida das aves para certas espécies de mamíferos como, por
exemplo, o gato doméstico e o ser humano. Até o momento, existem poucos indícios de que a
doença pode ser transmitida de humano para humano.
Esta enfermidade é causada pelo vírus influenza aviário H5N1 (da mesma família
dos vírus que provocam a gripe comum).
A gripe aviária foi identificada pela primeira vez no final do século XIX, na Itália.
Na ocasião, ganhou o nome de doença da Lombardia (região italiana). Porém, foi somente no
ano de 1955 que ela foi descrita como uma doença provocada pelo vírus da família Influenza
A.
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As aves aquáticas são hospedeiras naturais deste tipo de vírus, não apresentando
sintomas.
O vírus também leva a morte rápida grande parte de espécies de aves. A maioria dos
animais morrem 24 horas após o contágio. Muitos produtores de frangos, gansos, patos e aves
em geral podem perder toda a produção em questão de poucos dias, caso as aves
contaminadas não sejam identificadas e sacrificadas. Os prejuízos comerciais e financeiros
provocados por esta doença podem ser altíssimos, inclusive prejudicando a produção de carne
de aves e ovos no mundo todo, em caso de uma epidemia de grandes proporções.
As pesquisas na área de medicina ainda não resultaram num remédio capaz de curar
uma pessoa com esta doença. Alguns remédios servem para diminuir a intensidade da doença
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e evitar contágios. Várias vacinas estão em fase de testes em diversos laboratórios espelhados
pelo mundo.
Situação atual
"A rapidez é essencial quando se trata de um vírus que vive no ar e tem ação rápida
como o Influenza. É provável que as autoridades não tenham a menor chance de barrar o
avanço de uma pandemia nascente se não conseguirem contê-la em 30 dias."
Eles também afirmam que a próxima pandemia pode iniciar em qualquer lugar do
globo, mas devido a vários motivos, é bem provável que inicie na Ásia. Além de preocupar os
oficiais da saúde pública, a gripe aviária já trouxe alguns prejuízos à economia mundial,
principalmente do Brasil, grande exportador de frango no cenário mundial.
Tratamento
Casos de gripe aviária em humanos são tratados com antivirais com ação contra o
vírus da gripe, associados a terapia de suporte. Os antivirais atualmente disponíveis para o
tratamento da Influenza são os derivados do adamantano, amantadina e rimantadina, que
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agem como inibidores de M2 (uma proteína do vírus da gripe que funciona como canal de
prótons, sendo fundamental para o ciclo viral), além do oseltamivir e seu derivado zanamivir,
que agem como inibidores da neuraminidase, impedindo que os vírus recém-produzidos sejam
liberados pela célula hospedeira, assim impedindo a infeção de novas células. Ambas classes
de medicamento são efetivas; porém, vírus H5N1 resistentes a essas drogas já foram isolados
de pacientes humanos. Em relação às aves, devido à alta patogenicidade do H5N1 em
galinhas, sempre que é introduzido em criações tem consequências desastrosas, matando
praticamente todas as aves em curto espaço de tempo (2 a 3 dias). Isso, somado ao risco de
alastramento para outras criações e principalmente o risco para a saúde humana, faz com que
todos os casos de gripe aviária em granjas sejam tratados com rigor, com medidas como abate
de todas as aves domesticas na região, vacinação de criações em regiões vizinhas, etc.
Profilaxia e vacina
Há dois tipos de vacina que são fabricadas. Uma maneira é promover dissecação
química do vírus e extrair algumas proteínas que atuam no processo de infecção, que
estimularia o sistema imunológico humano a criar anticorpos específicos. Uma vez
produzidos, tais anticorpos teriam suas informações gravadas em células de memória, capazes
de ativar a produção de altas doses dele em caso de alguma infecção real.
Outra forma é usar formas enfraquecidas do vírus em vacinas inaláveis, mas esta
parece perigosa demais por usar o vírus, e não proteínas dele, pois há uma pequena
possibilidade de troca de genes com um vírus normal criando assim outra forma muito mais
ameaçadora.
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vacinas é uma das atitudes mais seriamente pensadas por vários países, que também preparam
uma lista de prioridade para ministrar essas vacinas em pessoas mais sucetíveis, os muito
novos, os muito idosos e os de sistema imunológico debilitado. Mas os governos teriam que
atualizar anualmente seus estoques, pois o produto também expira rapidamente.
Atualmente não existe vacina para as aves contra o vírus Influenza H5N1. A maneira
de controlar a doença é somente através do descarte dos animais infectados e próximos ao
foco, num raio de 10 quilômetros. Esse descarte engloba desde as aves de criação em escala
industrial até as produzidas de forma doméstica.
Até 10 de outubro ocorreram 117 casos com 60 óbitos, numa letalidade de 51,28%.
Os vírus da gripe aviária são vírus Influenza do tipo A, e seus hospedeiros naturais são
pássaros selvagens, que normalmente não apresentam os sintomas da doença. Aves
domésticas por sua vez podem vir a apresentar sintomas graves.
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/
gripe-aviaria-se-espalha-pela-africa-onu-teme-contagio-
humano.html
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Se contraído, o Ebola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus
altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando
pânico nas populações infectadas.
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) tratou
centenas de pessoas com a doença e ajudou a conter inúmeras epidemias ameaçadoras.
“Eu estava coletando amostras de sangue de pacientes. Nós não tínhamos equipamentos de
proteção suficientes e eu desenvolvi os mesmo sintomas”, diz Kiiza Isaac, um enfermeiro
ugandense.
PORQUE EBOLA??
Fatos
A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no
Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo
do Rio Ebola, que dá nome à doença.
Estima-se que, até janeiro de 2013, mais de 1.800 casos de Ebola tenham sido
diagnosticados e quase 1.300 mortes registradas.
Primeiramente, o vírus Ebola foi associado a um surto de 318 casos de uma doença
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hemorrágica no Zaire (hoje República Democrática do Congo), em 1976. Dos 318 casos, 280
pessoas morreram rapidamente.
No mesmo ano, 284 pessoas no Sudão também foram infectadas com o vírus e 156
morreram.
Há cinco espécies do vírus Ebola: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire,
nomes dados a partir dos locais de seus locais de origem. Quatro dessas cinco cepas causaram
a doença em humanos. Mesmo que o vírus Reston possa infectar humanos, nenhuma
enfermidade ou morte foi relatada.
MSF tratou centenas de pessoas afetadas pelo Ebola em Uganda, no Congo, na República
Democrática do Congo, no Sudão, no Gabão e na Guiné. Em 2007, MSF conteve
completamente uma epidemia de Ebola em Uganda.
Leia mais:
EPIDEMIA DE EBOLA DE 2014 NA ÁFRICA
http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/10/epidemia-de-ebola-ja-causou-4922-
mortes-diz-oms.html
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O vírus é transmitido por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluídos
corporais.
Agentes de saúde frequentemente são infectados enquanto tratam pacientes com Ebola. Isso
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pode ocorrer devido ao contato sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção
apropriados.
Em algumas áreas da África, a infecção foi documentada por meio do contato com
chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos
contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.
Enterros onde as pessoas têm contato direto com o falecido também podem transmitir o vírus,
enquanto a transmissão por meio de sêmen infectado pode ocorrer até sete semanas após a
recuperação clínica.
Ainda não há tratamento ou vacina para o Ebola.
Sintomas
No início, os sintomas não são específicos, o que dificulta o diagnóstico.
Diagnóstico
Diagnosticar o Ebola é difícil porque os primeiros sintomas, como olhos
avermelhados e erupções cutâneas, são comuns.
Esses testes são de grande risco biológico e devem ser conduzidos sob condições de
máxima contenção. O número de transmissões de humano para humano ocorreu devido à falta
de vestimentas de proteção.
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“Nós temos que adotar procedimentos de segurança extremamente rigorosos para garantir que
nenhum agente de saúde seja exposto ao vírus, seja por meio de material contaminado por
pacientes ou lixo médico infectado com Ebola”.
Tratamento
Ainda não há tratamento ou vacina específicos para o Ebola.
O tratamento padrão para a doença limita-se à terapia de apoio, que consiste em hidratar o
paciente, manter seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e tratar quaisquer infecções.
Apesar das dificuldades para diagnosticar o Ebola nos estágios iniciais da doença, aqueles que
apresentam os sintomas devem ser isolados e os profissionais de saúde pública notificados. A
terapia de apoio pode continuar, desde que sejam utilizadas as vestimentas de proteção
apropriadas até que amostras do paciente sejam testadas para confirmar a infecção.
O fim de um surto de Ebola apenas é declarado oficialmente após o término de 42 dias sem
nenhum novo caso confirmado.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
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Capitulo 13-BRUCELOSE
Nomes populares
Animais: Doença de Bang, Aborto Contagioso e Aborto Infeccioso.
Homem: Febre de Malta, Febre Ondulante, Febre de Gibraltar.
Agente causador
Coco-bacilo Gram-negativo do Gênero Brucella.
Espécies acometidas
Caprinos e ovinos: Brucella melitensis
Bovinos e bubalinos: Brucella abortus
Suídeos, lebres, renas, roedores: Brucella suis
Rato do deserto: Brucella neotomae
Caninos: Brucella canis
Ovinos: Brucella ovis
Cetáceos: Brucella ceti
Pinípedes: Brucella pinnipedialis
Camundongo do campo: Brucella microti
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Formas de transmissão
Seres humanos: Por contato direto com materiais contaminados (fetos abortados,
restos placentários) ou indiretamente por ingestão de produtos contaminados (lácteos não
pasteurizados).
Animais: Contato com a bactéria em restos placentários (via oral, conjuntival, pele),
inseminação artificial ou monta natural.
Diagnóstico
Seres humanos: Direto (isolamento bacteriano, PCR, imunohistoquímica) ou Indireto
(sorologia)
Animais: Direto (isolamento bacteriano, PCR, imunohistoquímica) ou Indireto
(sorologia).
Notificação Obrigatória
A brucelose bovina e bubalina é de notificação obrigatória, de acordo com art. 5º do
Decreto 5.741/2006, que regulamenta o PNCEBT e com a IN 30/2006, que disciplina a
habilitação de Médicos Veterinários.
HISTÓRICO
Apesar de ser uma enfermidade dos animais, a brucelose foi inicialmente descrita no
homem no início do século XIX, a partir de casos de febre ondulante seguidos de morte,
ocorridos na Ilha de Malta, no Mar Mediterrâneo, sendo por isso denominada Febre de Malta.
A primeira descrição clínica da doença foi feita por Marston em 1859 e o isolamento do
agente etiológico foi realizado por Bruce em 1887, que o denominou “Micrococcus
melitensis”. A bactéria foi mais tarde renomeada como Brucella melitensis
em sua homenagem. Em 1905 Zammit demonstrou, ainda em Malta, a natureza
zoonótica da B.melitensis através do isolamento da bactéria do leite de cabras. Em 1917, os
veterinários dinamarqueses Bang e Stribolt isolaram o agente causador do aborto enzoótico
dos bovinos e o chamaram de “Bacillus abortus”. Em 1918, a pesquisadora norte-americana
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Alice Evans publicou um trabalho importante para o conhecimento da brucelose. Esta autora
demonstrou as semelhanças morfológicas, imunológicas e de cultivo entre as bactérias
isoladas por Bruce e Bang. Em razão disto, Meyer e Shaw propuseram em 1920, a criação do
Gênero Brucella, em homenagem ao autor do primeiro isolamento do agente. Em 1914,
Traum isolou, a partir de fetos abortados de suínos, uma bactéria que, a princípio, foi
confundida com a causadora dos abortos nos bovinos. Posteriormente, ficou comprovado ser
diferente em função de algumas propriedades culturais, bioquímicas e antigênicas, sendo por
isto incluída no gênero com a denominação de Brucella suis (Pacheco e Melo, 1956). A partir
de então outras espécies foram acrescentadas ao Gênero. Cronologicamente seguiram-se:
Brucella ovis (Buddle e Boyes, 1953), Brucella neotomae (Stoenner e Lackman, 1957),
Brucella canis (Carmichael e Bruner, 1968), Brucella pennipedialis (focas e golfinhos) (Ross
et al. 1994), Brucella ceti (baleias) (Foster et al, 1996) e mais recentemente a Brucella microti
(Scholz et al., 2008).
CICLO EPIDEMIOLÓGICO
A brucelose é uma zoonose que acomete primariamente várias espécies de animais
domésticos e silvestres, podendo infectar o homem. De todas as espécies do gênero Brucella,
quatro podem transmir-se dos animais ao homem, sendo raríssima a transmissão entre
pessoas.
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EVOLUÇÃO DA DOENÇA
A via mais comum de infecção nos animais é o trato gastrintestinal. Após a ingestão,
as bactérias são endocitadas pelas células epiteliais do intestino delgado (células M das placas
de Peyer) e se alojam inicialmente nos linfonodos regionais, onde proliferam no interior dos
fagócitos. A invasão dos vasos linfáticos e a posterior bacteremia, permitem a disseminação e
colonização de vários tecidos, especialmente os dos órgãos genitais dos machos, útero
gestante e glândulas mamárias das fêmeas.
Nos animais, as brucelas possuem grande afinidade pela placenta, o que leva à
ocorrência de placentite, morte fetal e aborto. A afinidade das brucelas pelo trofoblasto,
parece estar relacionada à presença na placenta de elevadas concentrações de eritritol (açúcar
que favorece a multiplicação bacteriana) e progesterona.
Portanto, após uma fase inicial da doença caracterizada por febre intermitente, suores
profusos, dores de cabeça e prostração, segue-se um período longo de sintomas difusos, em
que predominam artralgias, artrites, perda de apetite e de peso, constipação, dores abdominais,
tosse, dores testiculares, perturbações do sono, linfoadenopatia, esplenomegalia,
hepatomegalia. A única situação em que o paciente pode ir a óbito é pela localização da
bactéria no endocárdio. Esta condição, no entanto, é bastante incomum.
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FORMAS DE TRANSMISSÃO
As brucelas são transmitidas entre os animais por contato com placentas, fetos,
fluidos fetais e descargas vaginais de animais infectados. Animais podem transmitir a bactéria
seja através do aborto ou do parto a termo. Após o primeiro aborto, as fêmeas são
assitomáticas. Apesar disso, tornam-se portadoras crônicas e continuam a eliminar Brucella
no leite e descargas uterinas durante os partos subsequentes, quando poderão abortar ou não.
A partir da terceira gestação após a infecção, o aborto já não ocorre, devido a uma resposta
imune celular e também porque o número de placentomas necrosados diminui
consideravelmente, permitindo o nascimento a termo.
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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Todo aborto deve ser considerado como suspeito de brucelose e por isso deve ser
investigado. O quadro clínico não é patognomônico, embora o histórico do rebanho possa
ajudar. O diagnóstico inequívoco da brucelose é feito pelo isolamento e identificação da
bactéria. Entretanto, naquelas situações onde este tipo de exame não é possível de ser
realizado, o diagnóstico deve ser baseado em métodos sorológicos.
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Nos humanos, toda sintomatologia febril deve ser pesquisada para descartar a
brucelose, ainda mais se o paciente é proveniente de área rural ou tiver contato frequente com
animais. Na fase sub-aguda e crônica da enfermidade, torna-se difícil o diagnóstico clínico
pois os sintomas são bastante vagos e se confundem com outras doenças. O diagnóstico
bacteriológico ou sorológico pode ajudar a confirmar a suspeita.
PREVENÇÃO E CONTROLE
A eliminação da doença no homem depende fundamentalmente da eliminação da
enfermidade nos animais. A fonte mais importante de contaminação para humanos é o contato
com animais infectados ou os seus produtos. Logo, a prevenção deve ser baseada na
eliminação destas fontes. Torna-se, portanto, fundamental a adoção de medidas que reduzam
o risco de infecção como medidas de proteção nas diferentes atividades profissionais
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com rebanhos de status desconhecido ou com brucelose; realizar estudo aprofundado das
causas de abortos ou nascimentos prematuros (isolar os animais até concluir o diagnóstico);
destino apropriado de placentas e fetos abortados (queima ou enterramento) e investigação,
em cooperação com áreas da saúde, de possíveis casos humanos. No caso dos cães, que
possuem um contato mais íntimo com o ser humano, o diagnóstico em casos de alterações
reprodutivas permite a implementação de medidas de controle e tratamento rápidas, evitando
a transmissão ao homem.
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Capítulo 14 – TUBERCULOSE
.
HISTÓRICO
A atividade agropecuária no Brasil envolve um grande número de trabalhadores e
deinvestimentos financeiros, denotando um setor de importância na economia do país.
Em 2004, a Comissão de Biossegurança do Ministério da Saúde (Portaria nº
343,19.02.02), que teve como uma de suas atribuições a elaboração e a reformulação
denormas brasileiras de Biossegurança procedem a revisão da “classificação de agentes
etiológicos humanos e animais com base no risco apresentado”, da CTNBio e a reeditaem
2006 (Brasil, 2006). Esta classificação agrupa os microorganismos em classes de 1a 4, sendo
a classe 1 a de menor risco e a classe 4 a de maior risco. O Mycobacterium tuberculosis e o
Mycobacterium bovis estão classificados como patógenos da classe de
risco 3, cujo risco individual é alto e para a comunidade é limitado. São agentes
patogênicosque podem provocar infecções graves no homem e nos animais, podendo se
propagar de indivíduo para indivíduo, por transmissão aerógena. Para o seu combate existem
medidas profiláticas e terapêuticas eficazes.
A tuberculose bovina é uma doença tão antiga quanto a civilização. A natureza exata
da tuberculose bovina e sua relação com o problema no homem foi debate por muitas
décadas. No século XVIII havia conjecturas relacionando a doença dos bovinos à sífilis
humana.
Em 1810, CARMICHAEL observou uma ligação entre escrófula (predisposição à
tuberculose) e consumo de leite de vaca por crianças, concluindo equivocadamente que a
doença era desencadeada por fatores nutricionais. KLENCKE (1846) observou uma
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frequência maior de linfadenite tuberculosa entre crianças alimentadas com leite de vaca do
que naquelas amamentadas com leite materno, concluiu ser o leite a “fonte” dessa doença.
VILLEMIN, em 1865, inoculando coelhos com material proveniente de vacas doentes,
reproduziu experimentalmente a doença. Também observou que o material infectivo
proveniente de bovinos era mais virulento para os coelhos do que o material análogo
proveniente de humanos.
Em 24 de março de 1882, ROBERT KOCH anunciou que havia observado e
cultivado o bacilo responsável pela doença do homem e dos bovinos, o que significou o
grande divisor de águas na história da Tuberculose. KOCH denominou-o “Tuberkel bacillen”
(bacilo da tuberculose). ZOPF, em 1883, propôs a denominação “Bacterium tuberculosis” e
LEHMANN & NEUMANN, em 1896, incluíram-no como espécie do gênero Mycobacterium.
Havia inicialmente a crença, compartilhada por KOCH e vários outros, da existência
de apenas um tipo de bacilo da Tuberculose responsável pela doença nos homens e nos
animais. Poucos autores discordavam dessa idéia, tamanho o prestígio e credibilidade de
KOCH na época. SMITH, em 1898, observou que o bacilo bovino era menor, crescia com
menor vigor “in vitro” e era menos suscetível às modificações dos meios de cultura do que o
bacilo humano, lançando assim dúvidas sobre a teoria da existência de um único bacilo.
SMITH verificou também que o bacilo bovino era mais virulento para animais de laboratório,
especialmente para os coelhos, confirmando os relatos de MARTIN em 1895 e de
VILLEMIN em 1808. As observações de SMITH foram confirmadas por vários
pesquisadores, algum tempo depois, inclusive por KOCH.TUBERCULOSE
No início do século XIX, as dúvidas sobre a doença tanto humana quanto animal,
relativas ao possível aspecto zoonótico da Tuberculose Bovina, eram inúmeras, levando o
governo inglês a nomear uma Comissão para estudar o assunto. Foi então criada a “Royal
Commission on Tuberculosis”, integrada pelos bacteriologistas - A.S. e F. GRIFITH e L.
COBBETT - Essa Comissão trabalhou de 1901 a 1911, e concluiuque existiam três tipos de
“bacilos tuberculosos” (humano, bovino e aviário) bem como micobactérias saprófitas; o
bacilo tuberculoso presente no leite bovino causava Tuberculose Extra-Pulmonar no homem,
especialmente em crianças; o homem poderia adquirir Tuberculose Pulmonar dos bovinos
através da inalação; o homem era muito suscetível ao bacilo tuberculoso bovino.
Essa Comissão desenvolveu ainda várias técnicas experimentais e testes
tuberculínicos para o diagnóstico da doença nos bovinos. RAVENAL publicou em 1902 a
intercomunicabilidade entre tuberculose humana e bovina.
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EVOLUÇÃO DA DOENÇA
Aproximadamente 90% das infecções pelo M. bovis em bovinos e bubalinos ocorrem
pela via respiratória por meio da inalação de aerossóis contaminados com o microorganismo.
Uma vez atingido o alvéolo, o bacilo é capturado por macrófagos, sendo o seu destino
determinado pelos seguintes fatores: virulência do microorganismo, carga infectante e
resistência do hospedeiro.
Na fase seguinte, caso não sejam destruídos, os bacilos irão se multiplicar dentro dos
macrófagos recém-chegados da corrente circulatória, atraídos por fatores quimiotáticos
liberados pelos próprios bacilos. A terceira fase começa quando cessa essa multiplicação,
cerca de 2 a 3 semanas após a inalação do agente infeccioso, e é caracterizada por resposta
imune mediada por células e reação de hipersensibilidade retardada. Nessa fase, em
decorrência da reação de hipersensibilidade retardada, o hospedeiro destrói seus próprios
tecidos por meio da necrose de caseificação para conter o crescimento intracelular das
micobactérias. Com a mediação dos linfócitos T, ocorre a migração de novas células de
defesa, culminando com a formação de granulomas. Tais granulomas são constituídos por
uma par te central, por vezes com área de necrose de caseificação, circundada por células
epitelióides, células gigantes, linfócitos, macrófagos e uma camada periférica de fibroblastos.
Os bacilos da lesão tuberculosa do parênquima pulmonar propagam -se ao linfonodo satélite,
no qual desencadeiam a formação de novo granuloma, constituindo, assim, o complexo
primário.
As lesões pulmonares têm início na junção bronquíolo alveolar com disseminação
para os alvéolos e linfonodos brônquicos, podendo regredir, persistir estabilizadas ou
progredir. A disseminação da infecção para outros órgãos pode ocorrer precocemente durante
o desenvolvimento da doença, ou numa fase tardia, provavelmente em função de uma queda
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FORMAS DE TRANSMISSÃO
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bovis, mas é desconhecida a importância desses animais como reservatório do agente para
bovinos.
O homem com Tuberculose causada pelo M. bovis pode ser fonte de infecção para os
rebanhos.
Em animais infectados, o M. bovis pode ser eliminado pelo ar expirado, pelas fezes e
urina, pelo leite e outros fluidos corporais, dependendo dos órgãos afetados. A eliminação do
M. bovis tem início antes do aparecimento dos sinais clínicos.
A principal porta de entrada do M. bovis é a via respiratória; a transmissão, em
aproximadamente 90% dos casos, ocorre pela inalação de aerossóis contaminados com o
microorganismo. O trato digestivo também é porta de entrada da Tuberculose Bovina,
principalmente em bezerros alimentados com leite proveniente de vacas com mastite
tuberculosa e em animais que ingerem água ou forragens contaminadas. Nesse caso, o
complexo primário localizar-se á nos órgãos digestivos e linfonodos regionais.
Em estábulos, ao abrigo da luz, o M. bovis pode sobreviver por vários meses. Outros
fatores podem contribuir para que a enfermidade se propague com maior eficiência, como por
exemplo, a aglomeração dos animais por meio da estabulação e a inadequação das instalações
zootécnicas. Ambos os fatores podem ampliar a sobrevivência da bactéria no ambiente e
propiciar o contato estreito e frequente entre os animais infectados e suscetíveis.
É raro que vacas com Tuberculose Genital transmitam a doença ao feto pela via
transplacentária. Pode ocorrer transmissão sexual nos casos de epididimite e metrite
tuberculosa. Poderá ocorrer infecção cutânea por contato com objetos contaminados.
Esses três últimos mecanismos de transmissão são pouco frequentes.
A infecção pelo M. bovis se propaga nos animais independentemente do sexo, da
raça ou da idade. A introdução e a manutenção da doença em um rebanho são fortemente
influenciadas por características da unidade de criação, entre as quais se destacam o tipo de
exploração, o tamanho do rebanho, a densidade populacional e as práticas zootécnicas e
sanitárias.
Observa-se que a doença é mais frequente em rebanhos leiteiros do que em rebanhos
de corte. Contudo, quando bovinos de corte e bubalinos são mantidos em confinamento ou
submetidos a condições naturais de aglomeração – em torno de bebedouros durante a seca, ou
nas partes mais altas das pastagens durante as enchentes – ficam submetidos às mesmas
condições de risco.
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Os sinais clínicos mais frequentes são a caquexia progressiva e a tosse seca, curta e
repetitiva. Animais tuberculosos, quando submetidos à marcha forçada, tendem a posicionar-
se atrás dos demais, demonstrando cansaço e baixa capacidade respiratória. Pode ocorrer
linfadenomegalia localizada ou generalizadaTUBERCULOSE
Diagnóstico Anatomopatológico - inspeção de carcaça ou a necropsia detalhada
constituem importantes ferramentas no diagnóstico da Tuberculose Bovina.
As lesões provocadas pelo M. bovis não são patognomônicas da Tuberculose Bovina.
Apresentam coloração amarelada em bovinos, e ligeiramente esbranquiçada em búfalos.
São nódulos de 1 a 3 cm de diâmetro ou mais, que podem ser confluentes, de aspecto
purulento ou caseoso, com presença de cápsula fibrosa, podendo apresentar necrose de
caseificação no centro da lesão, ou ainda calcificação nos casos mais avançados.
Em 70% a 90% dos casos, as lesões encontram-se em linfonodos de cabeça e tórax, e
66% dos animais necropsiados apresentam apenas uma única lesão visível. Em 95% dos
casos, as lesões estão localizadas em linfonodos (mediastínicos, retro faríngeos, bronquiais,
parotídeos, cervicais, inguinais superficiais e mesentéricos), pulmão e fígado.
Com menor frequência, podem estar presentes em intestino e tecido mamário, ou em
qualquer outro órgão ou tecido do animal.
Animais reagentes ao teste tuberculínico podem não apresentar lesões visíveis a olho
nu; isso não significa, porém, que se trata de reação falso-positiva. As lesões podem estar em
estágios iniciais de evolução, ou simplesmente não terem sido encontradas pela necropsia.
Fragmentos de tecido com lesões sugestivas de Tuberculose (nódulos caseosos em
linfonodos, pulmão, fígado, etc.) podem ser enviados para exame histopatológico em frasco
de boca larga (plástico ou vidro), hermeticamente fechado, imersos em solução de
formaldeído a 10%, observando-se a proporção de uma parte de amostra para 10 da solução
de formaldeído.
TUBERCULOSE
PREVENÇÃO E CONTROLE
O controle da Tuberculose se fundamenta no bloqueio de pontos críticos da cadeia de
transmissão da doença.
É primordial conhecer a situação sanitária do rebanho. A identificação das fontes de
infecção é feita por meio da implementação de uma rotina de testes tuberculínicos com abate
dos animais reagentes. O exame clínico pode ser útil nos casos de anergia. Na compra de
animais, eles devem ser testados na origem e testá-los de novo logo após a entrada no
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Prezados alunos:
ATIVIDADE DE VERIFICAÇÃO DA
APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA
1. É uma doença febril aguda, causada por um vírus, de evolução benigna, na maioria dos
casos, e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais
e subtropicais. Estamos nos referindo à:
(Camboriú SC)
A. ( ) Dengue
B. ( ) Hepatite
C. ( ) Influenza
D. ( ) Meningite
E. ( ) Leishmaniose
2. Quando nos referimos a uma área de extensão territorial, onde é possível afirmar que a
população tem condições de vida homogênea de risco, estamos nos referindo à: (Camboriú
SC)
A. ( ) Bairro.
B. ( ) Distritalização.
C. ( ) Setor censitário.
D. ( ) Micro-área de risco.
E. ( ) Perfil epidemiológico.
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7. Para as doenças infecciosas, alguns termos são utilizados na linguagem dos profissionais
que trabalham na área da saúde. Em relação aos conceitos desses termos, correlacione a
segunda coluna de acordo com a primeira coluna. (Maceió -2008)
1) Local onde o agente infeccioso se aloja ou se multiplica.
2) Capacidade de produzir casos graves ou letais da doença.
3) Período durante o qual o agente infeccioso pode ser transferido de um indivíduo infectado a
outra pessoa, ou de um animal infectado ao homem, ou de um homem infectado a um animal.
4) Homem ou outro animal vivo que ofereçam meio de subsistência ou alojamento a um
agente infeccioso.
5) O primeiro indicador utilizado em avaliações de saúde coletiva.
6) Seres vivos que veiculam o agente infeccioso de uma pessoa ou animal a outra pessoa ou
animal.
7) Intervalo de tempo que decorre entre a exposição a um agente infeccioso e o aparecimento
da primeira manifestação da doença.
( ) Hospedeiros
( ) Período de incubação
( ) Vetor de doenças
( ) reservatórios
( ) Período de transmissibilidade
A seqüência correta, de cima para baixo, é: (Maceió -2008)
A) 1, 2, 3, 6 e 7.
B) 6, 3, 4, 5 e 7.
C) 2, 6, 3, 4 e 5.
D) 4, 7, 6, 1 e 3.
E) 3, 4, 5, 2 e 1.
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REFERÊNCIAS
http://marcoteorema.blogspot.com.br/2012/04/simulado-teorema-agente-de-
endemias.html
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