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MINISTERIO DA SAÚDE
SUPERINTENDÊNCIA DE CAMPANHAS DE SAÚDE PUBLICA

ICAÇÂO
4RAENDE
L MIAS
DA SUC.M
PROGRAMAS DE ERRADICAÇÃO E CONTROLE DE ENDEMIAS A CARGO DA SUGAM ; ANALISE
SUCINTA DO PERTODO 1974 A 1977. ——

Pelgto Parigot de Souza (*)

RESUMO O autor .faz uma analise sucinta dos programas


de combate Ss grandes endemias cargo da SUCAM (MS)
comentando os resultandos obtidos no quadriênio l974
1a77,
E ressaltado o grande volume de atividades realizadas
nesse perfodo, com especial destaque a erradicaço da
malria, controle da esquistossomose, doença de Chagas
e febre amarela.

1 — INTRODUÇÃO

O Minjstrio da Saúde, aravs da SUGAM, executa progra


mas de combate s diversas endemias assinaladas no país, com particular
prioridade para a erradicaço da mal&ria e do Aedes aegypti, e para o con
trole da doença de Chagas e da esquistossomose mans6nica. Em segundo
P1!
no, vm os programas de controle das leishmanioses, filarioses, peste, tra
coma e febre amarela, todas elas operacionalizadas pela Superintendncia
de Campanhas de Saúde Pública — SUGAM, 6rgo diretamente subordinado no Mi
nistro de Estado.

As obras de saneamento básico e melhoria habitacional


dentro desses programas so realizadas pela Fundação Serviços Especial e
Saúde Pública F.SESP, vinculada ao Ministërio da Saúde.

Os programas assinalados vim apresentando Tndices de


lia-1.,,
abrangincia territorial e de efetividade operacional crescentes, em canse
-

quincia da sua reformulação e alocação de maiores recursos, como se segue:

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(*) Mdico de Saúde Pública — Assessor da Superintendência de Campanhas de

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Saúde Pública (SUCAM)
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MNI6lPO DA SAÚDE

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II — MALARIA — a 5rea ma1rica original distribui—se por 25 das 28 tinida
des federais que compoem o pas, abrangendo 6,9 milhões de quilometros
quadrados (81,0%) e 45,6 milhões de habitantes (41,5%).
• Téndo em vista a efetividade das operações de campo, as Ereas em vigi
linda somam, atualmente, 34,6 milhões de habitantes, reprdsentando
.

75,9% da populaçio darea malirica, continuando em fase de atarje


• 10,9 milhões de habitantes ou 24,1% da mesma rea. A fase, de vigilin
cia j& se estende por 3 milhões de quilõmetros quadrados, corresponden
do a 44,0% da irea original.
Em 1977 foram detectados 101.000 casos de maifria, dos quais 94% de
ocorrincia na Regiio Amazõnica, na qual se desenvolvem operaçõés
de
longo prazo, mas sio trabalhados todos os municTpios com transmissio.
As respostas nessa Regiio sio mais lentas, pela sua ecologia, com cli
ma quente e superGmido e bacia hidrogrfica muito extensa. A essas con
d.ições ambientais acrescenta—se um inusitado fluxo migratõrio, com
a
formação de comunidades ainda instáveis. Apesar dessas condições adver
sas conseguiu—se interromper a transmisso em segnificativas ireas
de!
sa Regiio.
Em 1977 a amostragem foi de 2,6 milhões de 1minas de sangue, com Tndi
ce de positividade (ILP) de 3,9%, do qual 10,5% para a Amazônia
e
0,5% para o resto do paTs. Esse Tndice tem apresentado pequenas oscila
ções no superiores a 1%, em virtude de alguns surtos focais ocorri
dos.
Realizaram-se 4,5 milhões de rociamentos com formulações de DDT,’
quan
do em 1974 foram necessffrias 5,7 milhões, o que indica
a melhoria dos
resultados.
A estabi1izaço das novas populações amazônicas, que se vai proces
san
do, favorecera a maior efetividade nos resultados esperados
nessa
-

área, que se encontra em acelerado desenvolvimento agro—industr


ial.

III— ESQUISTOSSOMOSE as atividades de combate i esquistossomose, que com


põe uma endemia de larga difuso no paTs, atingindo uma


prevalncia
estimada en 8 milhões de habitantes, foram totalmente
v reformuladas

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atravgs de um novo modelo de controle, apoiado em revisão global
dos
aspectos ecol6gicos e epidemiol6gicos da éndemia, coni o que se
estabe
leceram novas diretrizes de planejamento e operacionalizaço.

O novo modelo foi instituTdo pelo Governo sob a denominação de Progra


eia Especial de Controle da Esquistossonose PECE, no ano de 1976.

Estipulou-se como metas operacionais básicas a medicação em massa


com
oxamntquine, em esquemas bem definidos e o controle das populações
de
planorbTdeos. Essas medidas esto sendo complementadas com a instala
ço de serviços de abastacimento de água, construção de lavanderias
banheiros-chafarizes públicos, ligadas rede de gua e privadas higil
nicas domicfliares nas localidades no servidas por aquele sistema.
Medidas intensivas de educação sanitãria com a participação de briga
das de “Patrulheiros da SaGde”, formadas por escolares vigilantes, mo
tivam .a comunidade para os Qbjetivos do programa.

O tratamento em massa com oxamniquine que tem sido facilitado pela do


sagem Unica, sem efeitos colaterais de risco, precedido do levanta
mento da prevalncia na totalidade da popuiaço escolar de 1 a 14
anos. Se for superior a 20% trata—se toda a população, se colocada en
tre os extremos de 4,0 e 20% trata—se a população do grupo etgrio de
1 a 20 anos, dispensando a medicação quando a prevalncia for inferio
r
a 4%.

Simultaneamente, pratica—se o controle das populações de caramujos


nos
criadouros positivos e implantam—se os serviços de saneamento b&sico
.
Nos 8 Estados at agora trabalhados, todos no nordeste do paTs, real!
zaram-se as seguintes atividades, at junho de 1978: — Foram concluT
dos 260 municTpios em reconhecimento geoqrãfico, 189 em malacologia,
274 em coproscopia e 81 em tratamento coletivo. A meta at 1979 g de
305 municTpios, com o que se cobrem áreas hiperendmicas, cuja maior
prevalEncia se encontra nos Estados do nordeste brasileiro, por onde
entrou a doença, nos sëculos XV e XVI.

Foram praticados 891,9 mil exames coproscõpicos, com 184,1 mil positi
vos para Schistosoma mansoni, o Gnico assinalado no pafs; foram trata
dos com Bayluscid criadouros positivos vinculados s localidades trata

.3.
das. Os planorbídeos ligados transmissão da esquistossomose, no Bra
sil, são, por ordem de importncia, & Biomphalaria glabrata, B. estra—
minea e 8. tenagophila. Examinaram—se 767,7 mil caramujos coletados
em criadouros, resultando 2,4 mil infectados com $.mansoni.
Na fase preparatória do programa cadástraram—se 1,4 milhões de
casas
e 4,9 de habitantes e examinaram—se 85 mil coleções hídricas, das
quais 21,9 mil foram classificados como criadouros, com 410 positi
vos para planorbideos infectadds e cercgrias livres.

O tratamento coletivo j foi concluído em 81 municípios, com 4.250 lo


calidades, havendo—se medicado 660.572 pessoas, nos Estados do Rio
Grande do Norte, Paraíba e Sergipe, os primeiros a serem trabalhados.

As primeiras avaliações revelaram quedas de mais de 80% nos índices


de prevalincia, que se mantiveram após 7 avaliações trimestrais, nas
reas em que se incluiu tratamento simulüneo de criadouros. Quando
no se combateram focos de planorbídeos infectados verificou-se uma
tendência ao recrudescimento dos índices, indicando continuidade do
contacto homem—criadouro e permitindo conclusões de interesse operado
nal. A ap1icaço simulünea e ordenada das medi4a.s de controle previs
ta no PECE deverg produzir uma substancial redução da endemicidade a
níveis compatíveis com o pleno desenvolvimento das comunidades, nas
quais a esquistossoniose constitui fator de atraso e pobreza.

IV — DOENÇA DE CHAGAS - a partir de 1975 o programa de controle da doença


de Chagas foi reformulado e sistematizado, revendo-se seus princípios
metodológicos e indicadores epidemiol6gicos e operacionais, pari uma
intensiva reativação •da campanha. Esta—se realizando, em êmbito nacio
nal, um inquêrito sorológico de prevalência, em escolares da faixa de
7 a 14 anos, como também estg em execuço o levantamento triatomínico
do país com vistas elaboração da carta de distribuição dos vetores
da infecção chag&sica.

A rea potencialmente chagsica, com população estimada de 40 milhões


de habitantes jã est5 com mais de 60% do seu território em operações.

Levantamentos anteriores assinalaram a presença de triatomíneos trans

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missores em cerca de 1.200 municípios pesquisados, identificando—se os


seguintes: Triatoma infestans, T. sordida, 1. brasiliensis, 1. rubro—
fasciata, T. pseudomaculata e Panstrogylus megistus. -

Em 132.062 amostras de sangue oriundas de 476 municípios submetidas


reação de Machado Guerreiro houve positividade variando entre 0,09%
a 60,46%, e’ inquritos passados. O atual inqurito sorol6gido
j a!
cançou os 1.213 municípios selecionados, obtendo—se 536 mil amostras
de sangue, para previsão de 545 mil que foi estabelecida.
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Neste inqurito estã sendo adotada a reação de imunofluorescëncia, com


antígeno padronizado.

Em trabalho de reconhecimento geográfico e levantamento triatomínico,


no período 1975/77, reconheceram—se 938 municípios e cadastraram-se
5,0 milhões de casas e anexos, com o registro de 11,6 milhões de habi
tantes.

Nó ano de 1976 foram pesquisadas 60.455 localidades de 766 municípios,


em 13 Unidades federativas, registrando—se positividades para triatomT
neos domiciliados em 22.629 delas (37,4%); de 1 milhão de casas pes
quisadas, 88.765 abrigavam triatomíneos (índice de 8,2%).

Ainda no período 75/77 o levantamento triatomínico atingiu 5,2 milhões


de casas, resultando 252,5 mil (4,7%) positivas.

Em todo o programa borrifaram—se, com BHC, 1,9 milhões de casas. Hã


todo o cuidado de se operar reas sempre contínuas e contíguas, evitan
do—se deixar bolsões descobertos.

Logo que cessa a presença domiciliar de triatomíneos, apõs 3 ciclos


operacionais, a ãrea tratada serã transferida para a fase de vigilân
da entomol3gica, se o índice de infestação for igual ou inferior a
5% nas localidades trabalhadas.

A luta antiyetorial e a melhoria da habitação são as armas com que se


conta para controlar a transmissão da doença de Chagas; O Minist&io
da Saude vem melhorando a habitação de mã qualidade atravEs de traba
ibos de acabamento interno e externo, substituição de forros de palha
por telhados e reconstrução da habitação quando indispensável.

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V — FEBRE AMARELA —as atividades decontrole e profilaxia da febre ama


rela apoiam-se na vacinação preventva com vacina 17—O,’ produzida pe
la FundaçoOswaldo Cruz, do Ministrio da SaGde, e o combate ao ve
tor urbano, o Aedes aegypti, que pela terceira vez reinfesta o país.

Em 1974 registraram-se 13 casos, em 1975 s6 1, em 1976 mais 1 e em


1977 mais 9 casos de febre amarela, todos provindos da ãrea enzoõtica
selvtica da Região Amazõnica. No 19 semestre de 1978 registraram—se
mais 16 casos, da mesma procedência.

A vacinaço tem sido intensificada nos migrantes que se dirigem para


as greas pr-seivti’cas ou para o interior da mata e ampla divu1gaço
feita a respeito, j que as migrações vm crescendo e trabalhos de
desmatamento se desenvolvem, com vistas a empreendimentos pGblicos ou
empresariis.

No período de 1974/77 vacinaram—se 8,6 milhões de pessoas, com peque


ria predominncia na zona rural. Foram coletadas 698 amostras de fíga
dos por viscerotomia, todas examinadas em laborat6rio de patologia,
com 40 positivos.

Unia nova campanha de erradicação do Aedes aegypti foi instituída a


partir do final de 1976, em virtude da terceira reinfestaço, detecta
da, desta vez, na cidade e importante porto marítimo de Salvador, ca
pital do Estado da Bahia, com 315 mil casas e 1,2 milhões de habitan
tes. A campanha foi montada rapidamente, apoiada na experiência das
anteriores que j5 haviam, por 2 vezes, erradicado o A.aegypti. A in
tensa movimentação rodoviria entre Salvador e Rio de Janeiro acabou
por infestar esta Gitima cidade, de 6 milhões de habitantes, éompro
metendo 30 bairros e cerca de 350 mil casas.

Durante o ano de 1977 foram tratadas em 3 ciclos, 583.415 casas na


Bahia e 144.755 no Rio de Janeiro, bem como 10,4 e 1,8 milhões de
dep6sitos de água, nessas duas áreas.

Foram treinados mais de 1.000 guardas sanitãrios para essa concentra


da campanha, que j& vem produzindo considervel queda nos índices de
infestação, mas que muito ainda estg a exigir, considerada a extensão
e a popu1aço das greas de dispersão jã constatadas.

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A erradicação do Aedes .!.9Tiie a vigilncia contra a sua reintrodu
ção um dever dos pafses deste Continente, com grandes ireas de ris
co, confoni se concluiu e decidiu na ültima Reunião do Conselho Dir!
tor da Organização Pan—Americana da SaUde.

VI— PESTE —atualmente a peste estK restrita a algumas 5reas rurais do


Nordeste, abrangendo 218 municfpios, com 240 mil Km2 e cerca de 5 mi
lhões de habitantes, O comprometimento do homem acidental. Sob o
ponto de vista epidemiolõgico tem maior imporüncia as ãreas de peste
do Cear, Pernambuco e Bahia.

NoperTodo de 1974/77 registraram—se dois surtos epidêmicos: um na


Bahia (1974) e outro em Pernambuco (1975). A reestruturação do pro
grama, com a construção de laborat6rios, admissão de pessoal t&nico
e readestramento do pessoal de campo, permitiu que se tornasse mais
eficiente o controle da peste nos trs ültimos anos. Nos perTodos
com epizootias tambgm mobilizado pessoal de campo de outras end!
mias, o qual somado ao contingente do programa, promove esforço no
sentido de impedir o comprometimento do homem ou a ocorrência de 6bi
tos.

VII— BANCROPTOSE — representada por dois focos residuais, que ainda man
tm importncia epidemiolõgica, a bancroftose vem sendo combatida
atravës da luta contra o Culex pipiens fatigans e do tratamento dos
portadores de microfilgrias com Dietil—carbamazina (Filariosan). A
partir de 1975 iniciou-se uma noa e ampla avaliação com inqurito
hemoscópico domiciliar, combatendo—se simultaneamente os focos 1arv
rios e as popu1açes de adultos na rea domiciliar, utilizando—se for
mulaçes de sumithion e clorpirifõs (Etil—Dursban), inclusive o
Sumithion a 96% em ultra-baixo volume nos bairros com maior densidade.

Os antigos focos dos Estados do Amazonas e Santa Catarina jg estão n


gativos e os demais apresentam indices inferiores a 0,5%. Assim, os
focos endémicos de bancroftose sõ persistem em BelEm e Recife, capi
tais dos Estados do Pari e Pernambuco, respectivamente.

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VIII— LEISHMANIOSES — registraram—se as formas isceral •(calazar) e cutj
neo—mucosa (l.americana) em diversos pontos do territõ4rio nacional.

O calazar apresenta focos endêmicos em zonas rurais, especialmente


no ntrdeste, sendo o seu maior foco o Estado do Cear; a leishmanio
se tegumentar se concentra em greas pr&selvticas, para onde se des
locam os flebdtomos transmissores, do seu habitat natural. No perTo
do 1974/77 foram realizados trabalhos em 17 Unidades federadas, 180
municipios; em 1.070 casas foram capturados mais de 9.000 flebõtomos,
dos quais cerca de 8.000 foram identificados como sendo Lutzomyia
(= phlebotomus) longipalpis. Desinsetizaram—se, com DDT, 1.802 pr
dios. Os surtos de leishmaniose tegumentar, em âreas de desmatamen
to, especialmente no norte do paTs, tïm sido prontamente combatidos
com medidas de ataque nos acampamentos e tratamento dos doentes com
um antimonial pentavalente, a Glucantime, de alta eficiência. No
ríodo 1974/78.atenderam-se 22.226 casos de l.tegumentar e de calazar.

Examinaram—se 92.723 cães, dos quais foram puncionados 78.539, resul


tando 1.769 positivos. Foram eliminados 7.660 cães, entre positivos
e altamente suspeitos.

IX — TRACOMA — em franco declTnio no paTs, j se restringe a poucos fo


cos endêmicos, embora de importncia epidemiolõgica. Um amplo inqu&
• rito nacional de preva1ncia — o primeiro que se faz no paTs abran
gendo todas as suas micro—regiões homogneas - foi desenvolvido en
tre 1974 e 1976, no meio escolar, na faixa etária de 7.a 14 anos, re
sultando uma prevalncia de 3,6%. Foram cobertas 315 micro—regi
6es homogneas, 383 municTpios, examinando—se 370 mil escolares, in
clusive para acuidade visual, com 13.200 positivos para Tr 1, II e
• III, representando um Tndice de contagiantes de 3,6%.

O programa de controle continua em execução, especialmente nos focos


de maior prevalncia, distribuTdos por 42 municTpios rurais. J se
distribuiram 127 mil bisnagas de pomada oftglmica aritibi6tica nessas
áreas, ao lado de intensificaçSo de praticas de educação sanitria.

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x — BOCIO ENDEMICO — entre outubro de 1974 e maio de 1976, executou-se


um inqurito nacional de prevaindia do bócio endmicd, para ava
liar—se a situação atual do problema. O inquérito abrahgeu 358 mi
cro—regiões ho’ogneas, 429 municípios, tendo sido examinados 421,7
mil escolares do grupo etgrio de 7. a 14 anos, resultando 59.323 posi
tivos, ou seja, 14,1%.

Ficou evidenciada uma redução da preva1ncia de 20,07 no ano de 1955.


Alëm disso, constatou—se o desaparecimento da formas graves, com au
sncia de casos do grau III, poucos do grau II e predomínio do grau
1., O controle da iodaço do sal de cozinha foi transferido s Secre
tarjas Estaduais de Satide, por tornar mais simples a operacionaliza
ço e a fisca1izaço.

XI — MENINGITE MENINGOCOCICA epidemia de proporção ameaçadora para a pó


pu1aço brasileira, entrou em desenvolvimento a partir de 1975, com


elevada ntrbidade e mortalidade, saturando a lotação de hospitais pa
ra doenças transmissíveis. O Ministório da SaGde, após verificação
de indicadores epidemiolõgicos, organizou uma campanha nacional de
vacinação, convocando as estruturas de saúde dos Estados a participa
rem do empreendimento, para que, em 10 meses fossem vacinados 80%
da população do país.

A tipagem dos meningococcs revelou a presença dos tipos A e C,ensejan


do a encomenda da vacina contendo os dois tipos, ainda inexistente
mesmo nos mercados estrangeiros. Providncias da maior celeridade,
que culminaram com viagem do Ministra da SaGde França para obter a
produção dessa vacina, possibilitaram ao Laboratório Mrieux que se
concentrasse em produzí—la para a campanha em curso. E esse labora
tório pode entregar em prazos rpidos 100 milhões de doses, com as
quais se vacinaram 80 milh6es de brasileiros em 09 meses, O Mmi!
tórjo da Saude atravãs do Instituto Oswaldo Cruz jã absorveu a tecno
logia da produção da vacina A+C, com a cooperação do próprio Labora
tório M&ieux.
Com uma estrutura de campanha de alta operacionalização, as equipes
de vacinadores, dirigidas e supervisionadas por tócnicos experimen

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tados, percorreram o país, aproveitando, também, equipes fixas nos
maiores centros urbanos, em jornadas que chegavam a durar 14 horas
consecutivas. -

Na medida em que se vacinavam as cidades no tardava a queda da mci


dincia e da internação hospitalar, comprovando os resultados efeti
vosda vacinação. Ao fim da campanha, que teve como eixo operacio
nal a Superintendência de Campanhas de Saade PGb]ica — SUGAM, do Mi
• nistrio da Saude, a doença voltava aos seus Çndices endêmicos j&
conhecidos, com a completa cessação da transmissão de carter epid
mico.
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BIBLIOGRAFIA

— BRASIL, Ministrio da Saude - Departamento Nacional de Endemias Rurais


Endemias Rurais , Métodos de Trabalho. Rio de janeiro, 1978

2 — BRASIL, Minist&io da SaGde — Superintendência de Campanhas de Saide


Publica — Relatõrio Anual, 1977 Bras1ia/DF.

3 — BRASIL, Ministério da Saride VI Confezincia Nacional de SaGde—Painel


-

Programa Especial de Controle de Esquistossomose. BrasTlia/DF, agosto


de 1977.

4 - BRASIL, Ministirio da Saüde - Superintendência de Campanhas de SaGde


Püblica - Informação Geral sobre o desenvolvimento do programa de
controle da bancroftose no Brasil. BrasUia/DF agosto de 1978.

5 — BRASIL, Minist&io da SaGde — superintendncia de Campanhas de SaGde


PGblica — Erradicação e Controle de Endemias. BrasTlia/DF, 1978.
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