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JULIANA SOUSA DE ÁVILA GUIMARÃES

PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II


DO CURSO DE ENFERMAGEM

Santo André
2021
PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II DO CURSO DE
ENFERMAGEM – 1ª ATIVIDADE
TEMA: TERRITORIALIZAÇÃO

Reformulação devido à Pandemia COVID-19


Sumário
1. 4
1.1 Apresentação da Unidade Saúde da Família- Cambé II 5
2. MAPA DO TERRITÓRIO E TERRITORIALIZAÇÃO 7
2.1 Atividades 7
3. REFERÊNCIAS 9
4. INTRODUÇÃO 12
4.1 Educação continuada e permanente 12
4.2 Plano de ensino 13
5. SITUAÇÃO PROBLEMA 15
5.1 Apresentação da situação problema 15
5.2 Atividades 16
1. INTRODUÇÃO - TERRITORIALIZAÇÃO

Para entendermos o que é a territorialização, é importante que primeiramente seja


compreendido o conceito de território e das áreas de risco.
A concepção mais comum de território é a de um espaço geográfico delimitado
por divisões administrativas, que hoje dão origem a bairros, cidades, estados e países.
A palavra território vem do latim territorium, que significa terra que pertence a alguém.
Qualquer espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder se
caracteriza como território (COLUSSI; PEREIRA, 2016).
Cada território tem as suas particularidades, que configuram diferentes perfis
demográficos, epidemiológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos, os quais se
encontram em constante transformação. Assim, a atuação das equipes de saúde
sobre esse território tem de considerar esses perfis. Os profissionais de saúde que
atuam na Atenção Básica devem se apropriar dessas características, precisam
dialogar com os atores, para que tenham poder de atuação sobre a realidade onde
atuam e à qual também pertencem (COLUSSI; PEREIRA, 2016).
Já os riscos são inerentes à condição humana, ou seja, fazem parte da nossa
vida. Estão por toda parte, em todo lugar, porém distribuídos de maneira heterogênea
no território. As áreas que concentram determinados riscos são denominadas áreas
de risco (COLUSSI; PEREIRA, 2016).
As áreas de risco, portanto, são partes de um determinado território que, por suas
características, apresentam mais chances de que algo indesejado aconteça.
A definição da área de risco pode variar conforme o que seja esse algo indesejado.
Para a Defesa Civil, por exemplo, tratam-se de locais com maior risco de enchentes
ou desmoronamentos. Na Estratégia de Saúde da Família (ESF), consideramos como
de risco as áreas em que os moradores, de maneira geral, têm seus níveis de saúde
inferiores aos do restante da população do território, apresentam mais chances de
adoecer ou, ainda, quando têm a mesma doença que pessoas de outro local,
desenvolvem-na em maior gravidade ou com maiores complicações. Alguns exemplos
de condições que definem uma área como sendo de risco são:
● Acesso precário a bens e serviços (tratamento da água, tratamento de esgoto,
coleta de lixo etc.).
● Poluição.
● Violência.
● Consumo de drogas.
● Desemprego.
● Analfabetismo.
A presença de um maior número dessas características corresponde a maior risco
para a população.
A territorialização em saúde é denominada como o processo de reconhecimento
do território. Pode ser visto como uma prática, um modo de fazer, uma técnica que
possibilita o reconhecimento do ambiente, das condições de vida e da situação de
saúde da população de determinado território, assim como o acesso dessa população
a ações e serviços de saúde, viabilizando o desenvolvimento de práticas de saúde
voltadas à realidade cotidiana das pessoas (COLUSSI; PEREIRA, 2016).
O processo de territorialização será capaz de induzir as transformações desejadas
quando concebido e praticado de maneira ampla:
● Um processo de habitar e vivenciar um território.
● Uma técnica e um método de obtenção e análise de informações sobre as
condições de vida e saúde de populações.
● Um instrumento para se entender os contextos de uso do território em todos
os níveis das atividades humanas (econômicos, sociais, culturais, políticos
etc.)
● “Um caminho metodológico de aproximação e análise sucessivas da
realidade para a produção social da saúde” (GODIM, 2011, p.199)
Cabe destacar que o processo de territorialização ocorre simultaneamente as
demais atividades das equipes, ou seja, deve ser incorporado na sua rotina. Pense
que, ao sair no território para realizar uma visita domiciliar, por exemplo, você já pode
coletar e registrar informações a partir da sua observação durante o trajeto.
Para a realização dessa atividade, considere a situação hipotética a seguir:

1.1 Apresentação da Unidade Saúde da Família- Cambé II


A Unidade Saúde da Família (USF) Cambé II está localizada no município de
Cambé-RS. Sua população adscrita é de 3.800 habitantes. A estimativa de renda
familiar da comunidade corresponde a aproximadamente 2 salários mínimos. Dos
aspectos sociais relevantes, não há área de invasão na região; 502 famílias são
cadastradas nos programas sociais. Todas as moradias são de tijolos e possuem
energia elétrica nos domicílios, com coleta urbana para o lixo, abastecimento de água
feito pela rede pública e possui rede de esgoto. Dentre as condições crônicas de
saúde mais frequentes da população de abrangência da USF, destacam-se: 391
pessoas (10,3%) hipertensas, 91 pessoas (2,7%) diabéticos, 64 pessoas (1,7%) com
sofrimento mental, 34 pessoas (0,9%) asmáticas, 34 pessoas (0,9%) envolvidas com
problemas de alcoolismo e 26 pessoas (0,7%) acamados ou classificados como
idosos frágeis. No entanto, apenas uma pequena parte da agenda da equipe é
destinada a consultas referentes às ações planejadas de uma demanda estruturada e
baseada nos programas de puericultura, pré-natal, saúde mental, hipertensos e
diabéticos, e as visitas domiciliares. As condições agudas são o foco das atividades
da Unidade, e a agenda é reservada, na sua grande maioria, ao atendimento de
demanda espontânea que visa a “medicalização dos problemas” e a solicitação de
exames. A equipe trabalha, portanto, com uma demanda espontânea sobrecarregada
que visa atender a uma população ainda fortemente influenciada pela cultura curativa
em saúde.
Você, foi nomeado para assumir as atividades como enfermeiro(a) coordenador(a)
nessa Unidade Saúde da Família e tem um grande desafio pela frente. Vamos lá?!
Agora é com você!
2. MAPA DO TERRITÓRIO E TERRITORIALIZAÇÃO

2.1 Atividades

A partir dos dados apresentados na situação hipotética, realize as atividades a seguir:


1. Qual a importância da territorialização para o trabalho das equipes da APS?
Justifique.
R: Destaca-se que a atenção primária de saúde se apresenta como a porta de
entrada na prestação de serviços de saúde a ESF acompanha a população em
uma determinada área de abrangência. Nesse sentido se emprega a
territorialização que se apresenta como imprescindível, pois permite
acompanhar os usuários desta área delimitada bem como realizar a
identificação dos agravos de saúde e também fazer o delineamento e
caracterização da população para implementar ações.

2. Diante da situação hipotética, com relação a Unidade Saúde da Família-


Cambé II, elabore no mapa abaixo a distribuição das microáreas e identifique
a área de abrangência e área de influência dessa unidade. Identifique quantos
Agentes Comunitários de Saúde serão necessários para atender essa
população. (Relembrando que a área de abrangência da USF é de 3.800
habitantes, cada microárea é composta por 750 habitantes e cada quadra
contém 20 casas, com 5 habitantes em cada uma).
Resposta: O MS preconiza a definição de ACS considerando a população de a
cada 750 usuários um agente. Nessa unidade seria necessários 5 agentes.
3. Agora, você, enfermeiro (a) da USF, após elaborar o mapeamento das
microáreas e da área de abrangência, deverá organizar como será realizado o
processo de territorialização baseado nas 3 fases: preparatória ou de
planejamento, coleta de dados/informações e de análise dos dados.
R: Identificar quanto à população assistida e sua assiduidade em tratamento
em Unidade de Saúde. Identificar a vulnerabilidade dos problemas de saúde e
criar ações que visem promoção, proteção e prevenção da saúde dos usuários
assistidos.

4. De acordo com o mapa abaixo, quais locais estratégicos poderiam ser


realizados ações em saúde para a comunidade? Descreva essas ações em
saúde.
Resposta: Unidade de saúde e na Praça Céu, Centro de artes e Esportes, na Igreja
(Paróquia Cristo Rei) e na praça Cambé.

3. REFERÊNCIAS

COLUSSI, C. F.; PEREIRA, K. G. Territorialização como instrumento do planejamento


local na Atenção Básica [Recurso eletrônico]. - Florianópolis: UFSC, 2016. Disponível
em:
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13957/1/TERRITORIALIZACAO_LIVR
O.pdf Acesso em: 12/08/20.
GONDIM, Grácia Maria de Miranda. Territórios da Atenção Básica: múltiplos,
singulares ou inexistentes? 2011. 256 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública). Escola
Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fiocruz. Rio de Janeiro, 2011. Disponível
em: bvssp. icict.fiocruz.br/lildbi/docsonline/get.php?id=2371. Acesso em: 12/08/20.
PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II DO CURSO DE
ENFERMAGEM – 2ª ATIVIDADE
TEMA: EDUCAÇÃO CONTINUADA E PERMANENTE

Reformulação devido à Pandemia COVID-19


Sumário
1. 4
1.1 5
2. 7
2.1 7
3. 9
4. 13
4.1 13
4.2 14
5. 16
5.1 16
5.2 16
4. INTRODUÇÃO

4.1 Educação continuada e permanente

A educação em saúde está presente nos diversos locais e áreas de atuação


do enfermeiro, desde a Atenção Primária em Saúde, até os setores especializados,
tendo como foco a educação em saúde da população. Compreende ainda, os
processos de formação profissional, que envolve a formação inicial, acadêmica, a
formação continuada e/ou permanente e a formação em serviço. No que tange à
educação em saúde para a população, esta é entendida como um processo que
auxilia os indivíduos a adquirir e compreender atitudes e comportamentos
relacionados ao cuidado em saúde, que devem ser incluídos no cotidiano de vida e
que tenham objetivo de melhorar a qualidade de vida e saúde do paciente.
A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), instituída
no ano de 2004, representa um marco para a formação e trabalho em saúde no País.
Ela conceitua a Educação Continuada e Educação Permanente em Saúde (EPS).
A educação continuada contempla as atividades que possui período definido
para execução e utiliza, em sua maior parte, os pressupostos da metodologia de
ensino tradicional, como exemplo as ofertas formais nos níveis de pós-graduação.
Relaciona-se ainda às atividades educacionais que visam promover a aquisição
sequencial e acumulativa de informações técnico-científicas pelo trabalhador, por
meio de práticas de escolarização de caráter mais formal, bem como de experiências
no campo da atuação profissional, no âmbito institucional ou até mesmo externo a ele.
A EPS é definida pelo Ministério da Saúde como aprendizagem no trabalho,
onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao
trabalho. A EPS se baseia na aprendizagem significativa e na possibilidade de
transformar as práticas profissionais e acontece no cotidiano do trabalho.
A educação permanente consiste em ações educativas embasadas na
problematização do processo de trabalho em saúde e que tenham como objetivo a
transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho,
tomando como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações,
a reorganização da gestão setorial e a ampliação dos laços da formação com o
exercício do controle social em saúde.

4.2 Plano de ensino

O planejamento de ensino significa dar uma visão global e detalhada do


ensino a ser levado a ser oferecido, possibilita racionalizar as atividades docentes e
discentes, tornar o ensino mais eficiente e controlado, condução segura aos objetivos
desejados e um acompanhamento mais eficiente dos estudos dos educandos; evitar
improvisações; entre outros.
O plano de ensino deve conter os dados de identificação, ementa, objetivos,
conteúdo programático, metodologia, avaliação e bibliografia básica e complementar
da disciplina.
Dessa forma, o plano de ensino inicia com um cabeçalho para identificar a
instituição, dia e horário e responsável por ministrar a educação em saúde. Deve
conter também:
a) Ementa – A ementa deve ser composta por um parágrafo que declare quais
os tópicos que farão parte do conteúdo, limitando sua abrangência dentro da carga
horária ministrada. Deve ser escrita de forma sucinta e objetiva.
b) Objetivos – representam o elemento central do plano e de onde derivam os
demais elementos. Deve ser redigido em forma de tópicos devem ser escolhidos entre
dois e cinco objetivos para se atingir a ementa. Podem ser divididos em objetivo geral
e específico. Iniciam com verbos escritos na voz ativa e são parágrafos curtos apenas
indicando a ação (não colocar a metodologia). Exemplos de verbos usados nos
objetivos: Conhecer, apontar, criar, identificar, descrever, classificar, definir,
reconhecer, compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir,
deduzir, localizar, aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar,
praticar, selecionar, traçar, analisar, comparar, criticar, debater, diferenciar,
discriminar, investigar, provar, sintetizar, compor, construir, documentar, especificar,
esquematizar, formular, propor, reunir, voltar, avaliar, argumentar, contratar, decidir,
escolher, estimar, julgar, medir, selecionar.
c) Conteúdo programático – o conteúdo programático deve ser a descrição
dos conteúdos elencados na ementa. É importante esclarecer que o conteúdo
programático difere do eixo temático pois o conteúdo programático cobre a totalidade
da disciplina e o eixo temático se aplica a uma parte ou capítulo do conteúdo. Deve
estar estruturado em seções (ou módulos) detalhando os assuntos gerais e
específicos que serão abordados contemplados dentro da ementa.
d) Metodologia - A metodologia ou estratégias de aprendizagem para facilitar
o processo de aprendizagem. É importante destacar quais os recursos, meios,
materiais e procedimentos que serão adotados ao longo da disciplina para
desenvolvimento das aulas e escolha das estratégias de ensino e de aprendizagem,
forma de aula, dinâmicas, etc. Na metodologia deve estar explícito quais as
estratégias metodológicas e didáticas serão usadas para atingir os objetivos
propostos. Existem várias estratégias e metodologias tais como aula expositiva-
dialogada, mapas conceituais, portfólio, estudo de texto, dramatização, tempestade
cerebral, soluções de problemas, pesquisa de campo, estudo de caso, seminário,
fórum, oficinas, estudos com pesquisa, estudos dirigidos, visitas orientadas, palestras,
seminários, discussão de filmes e de livros, encenação, júri simulado, etc.
e) Avaliação – A avaliação pode ser entendida como um juízo de qualidade
sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão o que implica três
possibilidades: continuar na situação, introduzir modificações ou suprimir a situação
ou o objeto. Nessa concepção, a avaliação é um processo dinâmico e reencaminha a
ação para a transformação. Na Educação Continuada, o processo avaliativo supõe o
diálogo entre todos os envolvidos (enfermeiros, equipe de enfermagem, chefias e
direção), como aliados e parceiros, com a clareza da função de cada um, do que é
comum a todos no processo. A avaliação compreende todos os instrumentos e
mecanismos que o professor verificará se os objetivos estão sendo atingidos ao longo
da disciplina.
f) Referências – Cabe ao educador indicar fontes de pesquisa e leitura sobre
os conteúdos programáticos que serão abordados, sejam trabalhos publicados em
anais de eventos, e-books, livros impressos, artigos de revistas, entre outros que
subsidiarão teoricamente o conteúdo programático a ser abordado. É importante
selecionar de três a cinco bibliografias que são básicas para trabalhar ao longo da
disciplina e também escolha outras bibliografias complementares para aprofundar os
temas propostos.

5. SITUAÇÃO PROBLEMA

5.1 Apresentação da situação problema

João é um enfermeiro muito comprometido e preocupado com a educação


continuada e permanente no serviço em que está inserido, atualmente ele é
coordenador da Unidade de Saúde da Família (USF) Santa Amélia. Ele conhece a
realidade da população adscrita, porém desconhece as fragilidades da sua equipe de
saúde, pois houve alterações no quadro de funcionários.
Para compreender melhor esses aspectos, ele decide construir um
questionário em que os profissionais possam relatar sobre os conhecimentos de
interesse ou mesmo de necessidade em aprofundar. E com base nessas informações
pretende desenvolver um plano de ensino para aplicar uma educação continuada ou
permanente.
O enfermeiro João elencou os assuntos mais frequentes e os que coincidiam
com as demandas vulneráveis da população adscrita à UBS, mas está com dúvidas
na estruturação desse questionário.

5.2 Atividades

Agora é com você!


Considerando a situação enfrentada pelo enfermeiro João e com intuito de
ampliar sua experiência com educação na atenção básica. Realize as seguintes
atividades:
✔ Elabore um questionário em que é possível identificar as necessidades
de capacitação da equipe de uma UBS.
✔ Realize uma visita técnica em um serviço de atenção primária à saúde,
próximo à sua residência, solicitando permissão ao responsável para
aplicação do questionário.
✔ Identifique as necessidades de capacitação da equipe da UBS ao qual
você realizou a visita conforme os dados do questionário. Priorizando,
portanto, o assunto a ser abordado em educação continuada/
permanente junto à equipe.
✔ Elabore um plano de ensino para a aplicação da educação
continuada/permanente junto à equipe da UBS visitada. No plano de
ensino deve conter o conteúdo, objetivo, metodologia, recursos,
avaliação, duração. A seguir, uma sugestão de modelo de plano de
ensino.

✔ Desenvolver a educação continuada/ permanente junto à equipe da


UBS, conforme seu planejamento, se possível. Pode ser via virtual, ou
presencial desde que respeite a distância entre as pessoas e o uso de
máscaras. Insira as fotos dessa ação para compartilhar essa
experiência.
✔ Identifique se a ação desenvolvida foi uma educação continuada ou
permanente. Justifique.
Resposta:

Questionário

1. Descreva sua função e tempo de atuação na Unidade.


2. Que região da unidade você atua?
3. Quais os problemas você aponta que existe na Unidade?
4. Qual sugestão de melhoria você apontaria?

Após aplicação do questionário foi possível identificar que os profissionais da


unidade são de técnicos e auxiliares de Enfermagem, Enfermeiro, agente de saúde,
assistente social, entre outros que atuam com a equipe multidisciplinar como
preconizado pelo MS. Uma parte dos profissionais atuam internamente e a outra faz
assistência domiciliar com ações programadas. Dentre os problemas os profissionais
destacaram a grande demanda, região de risco e população bastante vulnerável e
resistente à adesão ao tratamentos preventivos, procura unidade quando apresentam
agravos na saúde o que acaba aumentando a demanda diária da unidade e, por
consequência aumenta a demanda e acaba não direcionando o foco no que se refere
a prevenção de saúde. A sugestão da equipe é de realização de ações e campanhas
de prevenção à saúde. Com implementação de Educação em saúde dos usuários
assistidos. A equipe propôs usar temas pertinentes a vulnerabilidade da população
assistida como por exemplo gravidez na adolescência, drogadição, prevenção e
tratamento de doenças crônicas e outros.
Para isso foi montado um projeto com aulas e temas específicos, descrito
abaixo:
PLANEJAMENTO DE AULA
Tema: gravidez na adolescência Data: 50 minutos

Conteúdo Objetivos Desenvolvimento Materiais e Avaliação Duração


equipamentos
Abordar de Prevenir a Reuniões com Slides em A Temas
sexualidade e gestação aplicação de powerpoint. Avaliação semanais
alterações na em dinâmica de Materiais para prevê verificar
adolescência; adolescente situação problema. realização da o
Realizar e esclarecer dinâmica entendimento
abordagem quanto ao (papel, da equipe
quanto aos sexo canetas) quanto ao
métodos seguro. tema
contraceptivos, apresentado
infecções
sexualmente
transmissíveis
(IST) e HIV.
Prevenção de
gestação
Informar a
importância da
adesão ao pré-
natal
Resposta: Se apresentam de forma distintas a Educação permanente utiliza-se de
metodologia que exige emprego de educação em saúde para trazer transformações
a rotina de trabalho.

PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II DO CURSO DE


ENFERMAGEM – 3ª ATIVIDADE
TEMA: REDE DE FRIOS E IMUNOBIOLÓGICOS

Reformulação devido à Pandemia COVID-19


Sumário
1. 21
1.1 21
1.2 22
1.3 24
2. 24
2.1 24
2.2 25
2.3 25
2.4 26
6. INTRODUÇÃO

6.1 Rede de Frios

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) atua com importante papel no


SUS, sua política impacta diretamente na redução, eliminação e erradicação de
doenças por meio das vacinas e da vigilância. O PNI é o norteador do processo, define
as políticas de imunizações que avançam nas esferas estadual e municipal.
Independe de qual seja a política de imunização adotada pelo PNI, a concretização
da ação de imunização deve acontecer de forma segura na atenção
básica/assistência, salas de vacina e Centro de Referência para Imunobiológicos
Especiais (Crie).
Os imunobiológicos compreendem soros, vacinas e imunoglobulinas, capazes
de proteger, reduzir a severidade ou combater doenças específicas e agravos. Atuam
no sistema imunológico, que se caracteriza biologicamente pela capacidade de
reconhecer determinadas estruturas moleculares específicas, os antígenos, e
desenvolver resposta efetora diante destes estímulos, provocando a sua destruição
ou inativação. Os imunobiológicos são produtos termolábeis (sensíveis ao calor e ao
frio) e fotossensíveis (sensíveis à luz). Assim, devem ser armazenados, transportados,
organizados, monitorados, distribuídos e administrados adequadamente, de forma a
manter sua eficácia e potência, ou seja, sua capacidade de resposta.
Os termômetros são os instrumentos de medição mais frequentemente
utilizados pela Rede de Frio para controle de temperatura dos imunobiológicos.
Termômetro de momento, máxima e mínima digital com cabo extensor é um dos
modelos disponíveis no mercado, é um equipamento eletrônico de precisão com visor
de cristal líquido (Figura 1). Possui dois sensores: um na unidade, ou seja, no corpo
do termômetro “IN” que registra a temperatura do local onde está instalado o
termômetro e outro na extremidade do cabo extensor “OUT”, que registra a
temperatura em que está posicionado o sensor encapsulado. Encontram-se
disponíveis no mercado modelos com dispositivo de alarme, requisito desejável, uma
vez que são acionados, alertando sobre a ocorrência de variação de temperatura,
quando ultrapassados os limites configurados programáveis: limite mínimo de +3°C e
limite máximo de +7°C.

Figura 1. Termômetro de momento, máxima e mínima digital com cabo extensor.


Fonte: PNI.

6.2 Imunobiológicos

O Calendário Nacional de Vacinação da rede pública contempla as crianças,


os adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas. Ao todo, são
disponibilizadas 19 vacinas para mais de 20 doenças, cuja proteção inicia ainda nos
recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida. Na figura 1 consta o calendário
de vacinação da criança, segundo Ministério da saúde (2020).
Figura 1. Calendário vacinal 2020, segundo Ministério da Saúde (2020).
Fonte: PNI
6.3 Atribuições da enfermagem na rede de frios

O enfermeiro desempenha importante papel no controle e qualidade da rede


de frios, podendo atuar em todas as instâncias. Pois, para realização da atividade de
imunizar é necessário um adequado armazenamento dos imunobiológicos, realizar o
dimensionamento dos equipamentos de refrigeração em condições ideais, bem como
outros elementos como a previsão de quantitativo populacional, abrangência,
cobertura, conhecimentos dos fatores do território e compreensão de todos esses
elementos para programação e abastecimento.
O enfermeiro é o responsável técnico por ações realizadas nas instâncias
dentro das estruturas físicas do serviço. E também para dar a devida finalidade de
toda essa complexa rede de frios, tendo a responsabilidade de garantir a imunização
à população, mesmo em atividades extramuros.

7. SITUAÇÃO PROBLEMA: REDE DE FRIOS E IMUNOBIOLÓGICOS

7.1 Apresentação da situação problema: Rede de frios

Ana é uma enfermeira recém-formada, em seu primeiro dia de trabalho na


Unidade Básica de Saúde (UBS) Campo Feliz, após um período de treinamento junto
à Secretária Municipal de Saúde de Campo/SC, uma pequena cidade do interior. Ela
será responsável por todas as atividades inerentes à profissão na unidade de saúde,
entre elas, a responsabilidade pela rede de frios e vacinação na unidade de saúde.
Durante o treinamento ela pôde sanar muitas dúvidas sobre a rede de frios e
os imunobiológicos. Porém, logo no início das suas atividades, na segunda-feira
(17/08/2020), 07:00 hs, a companhia elétrica suspendeu o fornecimento de energia
para a UBS. Ao conferir os termômetros do refrigerador que acondiciona os
imunobiológicos, Ana se deparou com as seguintes temperaturas:

Máxima Mínima Momento


27°C 10°C 22°C
7.2 Rede de frios: Atividades

Considerando essas temperaturas e a temperatura adequada para


conservação dos imunobiológicos. Realize as seguintes atividades:
✔ Determine a conduta que a enfermeira Ana deve adotar frente a essa situação.
R: a Enfermeira deve inserir gelo reciclável na porta da geladeira ou retira os materiais
e inserir em caixas térmicas.

✓ Elabore um plano de contingência e procedimento de emergência a serem


adotados pela UBS Campo Feliz nas intercorrências ocasionadas aos
equipamentos por falhas no fornecimento de energia elétrica, desastres
naturais ou outras emergências que possam submeter os produtos a condições
de riscos e eventuais perdas.

R: A Rede de frios orienta a armazenagem de gelo no refrigerados, deixar caixas


térmicas com termômetro preparadas com temperatura adequada (+2 a +8C.)
atenção a permanência de 24 horas. Fazer verificação de funcionamento da
geladeira e também levar as caixas para uma estância regional, entre outros.

Apresentação da situação problema: Imunobiológicos


A enfermeira Ana ficou satisfeita por ter solucionado os problemas
enfrentados no período da manhã com a rede de frios. No período da tarde, com o
retorno da energia elétrica, optou por acompanhar a técnica de enfermagem na sala
de vacina durante o atendimento à imunização de uma criança de 12 meses e 5 dias,
acompanhada pela sua avó materna. Ana percebeu que o cartão de vacina da criança
encontrava-se com vacinas atrasadas, como se observa na imagem a seguir:

BC Hep Polio Rota Pe Pneum Mening Feb Sara


G atit mielit vírus nta ocócica ocócica re mpo,
eB e 10 C am Caxu
(VIP) valente arel mba,
a Rub
éola

12/0 12/08/ 12/10/1 12/10/ 12/10 12/10/19 b15/11/19


8/19 19 9 19 /19
1ª dose
dose 12/12/1 12/12/ 12/12 12/12/19 15/01/20
2ª dose
dose 9 19 /19
Apraza Apra
3ª dose
dose
da para zada
12/02/2 para
0 12/02
/20

Reforço

7.3 Imunização: Atividades

Considerando o calendário vacinal do Ministério da Saúde (2020), a data do


dia do atendimento (17/08/2020) e a idade da criança, realize as seguintes atividades:
✔ Determine quais vacinas estão faltando no cartão da criança para
completar o esquema vacinal e explique sobre elas quanto à prevenção
de doenças, composição, esquema vacinal, doses, via de
administração e local para aplicação.
R: Tétano, coqueluche e influenza, Difteria.

✔ Complete esse cartão vacinal da criança, realizando as anotações de


doses que foram administradas no dia 17/08/20 e o aprazamento.

R: segunda e terceira dose da hepatite b. caxumba, rubéola e sarampo


(tríplice viral).
✔ Determine se é possível a administração da vacina febre amarela e
tríplice viral no mesmo dia. Justifique.

Resposta: O Ministério da Saúde recomenda não aplicação da tríplice viral


e febre amarela, pois deve-se aguarda um intervalo mínimo de 30 dias
entre uma e outra em crianças menores de 2 anos de idade.

✔ Esquematize o calendário vacinal da maneira como deveria ser, caso


a criança tivesse comparecido para vacinação nas datas corretas.
R: Vacinas: BCG ao nascer; Hepatite B (1 dose ao nascer, segunda dose com 2 meses
e terceira dose aos 6 meses. Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) dose única;
Vop pólio uma dose com 2 meses, segunda com 4 meses e terceira dose aos 6 meses
de vida; Febre amarela dose única; Haemaphilus (influenza b) uma dose com dois
meses, segunda dose com 4 meses e terceira dose aos seis meses de vida. Rotavírus
uma dose com dois meses, segunda dose com 4 meses e terceira dose aos seis
meses de vida. Varicela (catapora) aos 12 meses de vida. Além da participação de
campanhas contra poliomielite.
REFERÊNCIAS
Toscano, Cristiana. Cartilha de vacinas: para quem quer mesmo saber das coisas. -
Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2003.40p.

PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II DO CURSO DE


ENFERMAGEM – 4ª ATIVIDADE
TEMA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Reformulação devido à Pandemia COVID-19


Sumário
1. 30
1.1 30
1.2 30
2. 31
2.1 31
2.2 31
8. INTRODUÇÃO

8.1 Educação em Saúde

O Ministério da Saúde define educação em saúde como:


Processo educativo de construção de conhecimentos em saúde que visa à
apropriação temática pela população [...]. Conjunto de práticas do setor que contribui
para aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate com os
profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção de saúde de acordo com
suas necessidades.
As práticas de educação em saúde envolvem três segmentos de atores
prioritários: os profissionais de saúde que valorizem a prevenção e a promoção tanto
quanto as práticas curativas; os gestores que apoiem esses profissionais; e a
população que necessita construir seus conhecimentos e aumentar sua autonomia
nos cuidados, individual e coletivamente.

8.2 Acidentes na infância

Os acidentes, classificados atualmente como causas externas são definidos,


culturalmente, como situações inevitáveis. No entanto, um novo conceito tem
considerado o acidente como um evento previsível, resultando em uma transmissão
rápida de um tipo de energia dinâmica, térmica ou química de um corpo a outro
ocasionando danos e até a morte.
Portanto, é um evento evitável conforme os pesquisadores têm apontado,
sendo os acidentes como passíveis de serem controlados e evitados através de
cuidados físicos, materiais, emocionais e sociais, colocando em discussão a
"acidentalidade" dessas ocorrências e destacando a necessidade de prevenção.
Define-se acidente como uma série de eventos não intencionais em um tempo
curto, no qual um agente externo causa um desequilíbrio, ocasionando a transferência
de energia do ambiente para o indivíduo, causando-lhe danos físicos, materiais e/ ou
psicológicos. Essa energia pode ser mecânica (quedas, colisões); térmica
(queimaduras), elétrica (choques) ou química (envenenamentos).
Vários autores apontam o trauma resultante das causas externas como o
principal mal dos últimos 60 anos, em todas as partes do mundo, ocorrendo tanto em
países desenvolvidos, devido à industrialização, urbanização e motorização, como
também em países subdesenvolvidos, onde o ambiente hostil, a explosão urbana, a
superpopulação, a miséria e a educação e vigilância insuficientes contribuem para a
incidência das causas externas. Mundialmente, os acidentes estão entre as cinco
principais causas de mortalidade, ocupando em quase todos os países a segunda ou
terceira colocação.

9. SITUAÇÃO PROBLEMA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE

9.1 Apresentação da situação problema: Educação em Saúde

Amália é uma enfermeira que atua no momento na atenção básica, como


residente, sua especialização é voltada para a saúde da família. Como ela é
comprometida e tem paixão pelo que faz, pretende inserir-se na realidade e contexto
do serviço para conhecer suas particularidades.
Após identificar o território e realizar a territorialização da área de abrangência
da Unidade de Saúde de Família (USF), ela percebe as vulnerabilidades inerentes
àquela região, portanto, chama sua atenção o alto índice de mortalidade infantil nos
últimos 12 meses.
Nesse sentido, ela pretende aprofundar sua investigação das causas
relacionadas aos óbitos na infância, detectando os acidentes recorrentes, para
planejar e realizar ações adequadas junto à essa população, afim de reverter essa
situação.
9.2 Educação em Saúde: Atividades

Agora é com você!


Considerando a situação enfrentada pela residente de enfermagem Amália e
com o intuito de ampliar sua experiência com Educação em Saúde. Realize as
seguintes atividades:
✔ Identifique os serviços/ ambientes que realizam ações de atenção à
criança na sua comunidade. Pode ser escolas, projetos, serviços de
saúde, clube de mães, etc.
R: Escola, quadras de esportes e associação de moradores.

✔ Realize visita técnica a esses serviços/ ambientes que realizam ações


à criança. Identifique nessa visita, através de um levantamento, os
principais acidentes que envolvem a população infantil destas
localidades.
R: Levantou-se que na região um dos grandes problemas com a
população infantil se refere a intoxicação exógena ou envenenamento.

✔ Elabore um programa de educação em saúde com foco na prevenção


de acidentes na infância, de acordo com a necessidade identificada, ou
seja, de acordo com o levantamento realizado. Para a educação em
saúde é preciso identificar o público alvo, o local, o conteúdo a ser
abordado, os recursos, a metodologia a ser utilizada e a avaliação.
R: Plano de prevenção de riscos de intoxicação na infância
Prevenção de Intoxicação Exógena em crianças
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) a
intoxicação se refere a sintomas e sinais que surgem devido ao
contato das crianças com substâncias químicas que ocasionam
prejuízo ao organismo e que pode levar a morte. Dentre as principais
substâncias que podem ocasionar risco de intoxicação em crianças
destacam-se: medicamentos, produtos de limpeza, tintas,
cosméticos, plantas venenosas e outros. A SBP enfatiza risco maior
na população infantil entre o e 4 anos.
Público Alvo Famílias com crianças entre 0 e 5 anos
Objetivo Realizar ações que previnam o risco de
intoxicação exógena em crianças.
Metodologia Palestras em escolas, creches, na Unidade
de saúde. Apresentação de aulas expositivas
com materiais e folder sobre o tema.
Avaliação Realizar visitas domiciliares para fortalecer
as orientações quanto ao risco de intoxicação
em crianças de 0 a 5 anos.

✔ Construa um folder sobre a prevenção de acidentes na infância, com


foco na causa identificada. Distribua esse folder nos
serviços/ambientes visitados.

ENVENENAMENTO EM CRIANÇAS
PREVINA

Atenção não deixe perto do seu filho:


Produtos de limpeza
Medicamentos
Plantas venenosas e outras substâncias que

Pode causar intoxicação exógena (envenenamento)

Ao perceber sintomas ou sinais


Vômito; Salivação excessiva; Sonolência, desorientação; Dificuldade de
respirar; Desmaio; Convulsão; Lesão, queimadura ou vermelhidão na pele,
boca e lábios; Cheiro característico de algum produto na pele, roupa, piso ou
objetos ao redor; Alteração súbita do comportamento ou perda de
consciência procure um médico.
Obs. Os materiais elaborados devem ser inseridos junto às atividades
solicitadas.
PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II DO CURSO DE
ENFERMAGEM – 5ª ATIVIDADE
TEMA: INDICADORES DE SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Reformulação devido à Pandemia COVID-19


Sumário
1. 38
1.1 39
2. 40
2.1 40
3. 44
10. INTRODUÇÃO – INDICADORES DE SAÚDE

Podemos definir Indicadores de Saúde como instrumentos utilizados para medir


uma realidade, como parâmetro norteador, instrumento de gerenciamento, avaliação
e planejamento das ações na saúde, de modo a permitir mudanças nos processos e
resultados. O indicador é importante para nos conduzir ao resultado das ações
propostas em um planejamento estratégico.
Os indicadores de saúde são usados como ferramenta para identificar, monitorar,
avaliar ações e subsidiar as decisões do gestor. Através deles é possível identificar
áreas de risco e evidenciar tendências. Além destes aspectos, é importante salientar
que o acompanhamento dos resultados obtidos fortalece a equipe e auxilia no
direcionamento das atividades, evitando assim o desperdício de tempo e esforços em
ações não efetivas. A informação é o subsidio para o planejamento de uma equipe de
trabalho.
Sendo assim, trabalhar com indicadores de saúde garante ao usuário informações
sobre saúde, assegurando a todos o direito e acesso às informações de qualquer
espécie, reconhecido pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,
em seu art. 5° do capítulo I, inciso XIV (BRASIL, 1988).
Os indicadores de saúde, quando gerados de forma regular em um sistema
dinâmico, podem ser instrumentos valiosos para a gestão e avaliação da situação da
saúde e das ações.
Em 2020, iniciamos um novo modelo de financiamento que considera o
desempenho das equipes e serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) para o
alcance de resultados em saúde chamado de Previne Brasil. Um dos componentes
que fazem parte do repasse mensal aos municípios é o Pagamento por Desempenho.
Esse incentivo financeiro é calculado com base nos resultados de sete indicadores
que foram escolhidos para esse ano: proporção de gestantes com pelo menos seis
consultas pré-natal realizadas; proporção de gestantes com realização de exames
para sífilis e HIV; proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado;
cobertura de exame citopatológico; cobertura vacinal de Poliomielite inativada e de
Pentavalente; percentual de pessoas hipertensas com Pressão Arterial aferida em
cada semestre; e percentual de diabéticos com solicitação de hemoglobina glicada
(BRASIL, 2020).
Os resultados dos indicadores alcançados por equipes credenciadas e
cadastradas no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde
(SCNES) serão aglutinados em um indicador sintético final, que definirá o incentivo
financeiro do pagamento por desempenho por município e pelo Distrito Federal
(BRASIL, 2020).
Para a realização dessa atividade, considere a situação hipotética a seguir:
10.1 Dados do Município de Santa Maria/PE

O município de Santa Maria está localizado no estado de Pernambuco e possui


aproximadamente 35 mil habitantes segundo dados do IBGE. Possui 4 Unidades de
Saúde da Família (USF) no perímetro urbano, contendo em cada unidade 2 equipes
Saúde da Família (eSF). Na zona rural, há 2 USF com a presença de 1 eSF em cada
unidade. Dessa forma, o parâmetro de cadastro para esse município é de 4.000
pessoas para a zona urbana e de 2.750 pessoas para a zona rural.
A USF Jardim Florido pertence ao perímetro urbano da cidade e tem em sua área
de abrangência 3.900 usuários cadastrados. Devido ao novo modelo de
financiamento, foi necessário realizar um novo levantamento de dados para o cálculo
dos indicadores de desempenho. Dessa forma, foram evidenciados os seguintes
dados:
● Das 35 gestantes identificadas na unidade, 20 realizaram pelo menos 6
consultas de pré-natal realizadas, sendo a primeira até a 20ª semana.
● Das 35 gestantes, apenas 10 tiveram sorologia avaliada ou teste rápido para
sífilis e HIV.
● Das 35 gestantes, apenas 8 realizaram o pré-natal com atendimento
odontológico.
● Das 1.900 mulheres entre 24 a 64 anos, 1.200 realizaram o exame
citopatológico nos últimos 3 anos.
● Das 987 crianças cadastradas na unidade, 900 foram imunizadas com as três
doses da vacina de Poliomielite inativada e da Pentavalente.
● Dos 657 pacientes hipertensos, apenas 346 tiveram sua pressão arterial
aferida semanalmente nos últimos 12 meses.
● Dos 583 pacientes diabéticos, apenas para 204 foram solicitados o exame de
hemoglobina glicada nos últimos 12 meses.
Você, foi nomeado como enfermeiro(a) coordenador(a) da USF Jardim Florido no
município de Santa Maria/PE e tem um grande desafio pela frente. Vamos lá?! Agora
é com você.
11. CÁLCULO DE INDICADORES DE DESEMPENHO

11.1 Atividades

A partir dos dados apresentados na situação hipotética, realize as atividades a seguir:


1. Uma das formas de financiamento utilizado no programa Previne Brasil é o
pagamento por desempenho. Para que isso aconteça, é necessário realizar o
cálculo de cada indicador de desempenho e comparar se ele conseguiu atingir
a meta estipulada para o ano de 2020. Dessa forma, conforme os dados da
nossa situação hipotética:
a) Calcule o valor dos indicadores abaixo: (As fórmulas para o cálculo dos
indicadores estão no “Guia para qualificação dos indicadores da APS”, ver nas
referências)
● Proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas pré-natal
realizadas, sendo a 1ª até a 20ª semana de gestação.
R: 35 gestantes identificadas na unidade, 20 realizaram pelo menos 6 consultas de
pré-natal realizadas, sendo a primeira até a 20ª semana.
20 : 35 = 0,57 x 100 = 57%

● Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV.


R: 35 gestantes, apenas 10 tiveram sorologia avaliada ou teste rápido para sífilis
e HIV.
10: 35 = 0,28 x100= 28%

● Proporção de gestantes que passaram por atendimento odontológico.


R: 35 gestantes, apenas 8 realizaram o pré-natal com atendimento odontológico.
8: 35= 0,22 x 100

● Cobertura de exame citopatológico.


R: 1.900 mulheres entre 24 a 64 anos, 1.200 realizaram o exame citopatológico
nos últimos 3 anos.

1200 : 1900 = 0, 63 x 100


63% : 12 = 23 % ao ano

● Cobertura vacinal de poliomielite inativada e de pentavalente.


R: 987 crianças cadastradas na unidade, 900 foram imunizadas com as três
doses da vacina de Poliomielite inativada e da Pentavalente.
900 : 980 = 0,91
91%

● Percentual de pessoas hipertensas com pressão arterial aferida em cada


semestre.
R: 657 pacientes hipertensos, apenas 346 tiveram sua pressão arterial aferida
semanalmente nos últimos 12 meses.
346 : 657 = 0,52
52%

● Percentual de diabéticos com solicitação de hemoglobina glicada.


R: 583 pacientes diabéticos, apenas para 204 foram solicitados o exame de
hemoglobina glicada nos últimos 12 meses.
204 : 583 = 0,34
34¨%

b) Após estabelecido o valor do indicador, compare com o quadro abaixo se a


meta foi alcançada ou não: (O valor do indicador deverá ser multiplicado por 100
para que ele se transforme em porcentagem e assim possa ser comparado)
Proporção de gestante com 6 consultas ficou em 57%, abaixo da meta.
Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV ficou em
28% abaixo da meta.
Proporção de gestante odontológico - 22 % (abaixo da meta);
Cobertura de exame citopatológico – 23% abaixo da meta considerando anual;
Cobertura vacinal da poliomielite e pentavalente - 91% abaixo da meta
Percentual de hipertensos ficou em 52% acima da média
Percentual de diabéticos - 34% abaixo da meta.

2. Com os dados obtidos no primeiro item, elabore um material para apresentação


(powerpoint) em uma reunião com a Regional de Saúde contendo estratégias
de como a equipe de Saúde da Família poderá melhorar os indicadores de
desempenho.
12. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Previne Brasil. Como a equipe de saúde


da família pode melhorar os indicadores de desempenho. Documento orientador.
2020. Disponível:
https://sisab.saude.gov.br/resource/file/documento_orientador_indicadores_de_dese
mpenho_200210.pdf. Acesso: 12/08/20.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Novo
financiamento: documentos orientam como melhorar os indicadores. 2020.
Disponível: https://aps.saude.gov.br/noticia/7216. Acesso: 12/08/20.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Guia para
qualificação dos indicadores da APS. 2020. Disponível:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/qualificadores_indicador
_PEC.pdf. Acesso: 12/08/20.

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