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PLANO DE TRABALHO DO ESTÁGIO

SUPERVISIONADO II DO CURSO DE

ENFERMAGEM

TEMA: TERRITORIALIZAÇÃO
Sumário


1. INTRODUÇÃO - TERRITORIALIZAÇÃO

Ainda que o termo território referir-se a um pedaço de terra, expressa um conceito


mais abrangente no campo da saúde, território é reconhecido como um espaço
determinado e demarcado pelo e a partir do poder, quando, em um mesmo espaço,
há diversas relações de poder dá-se o nome de territorialidades, esse termo quando
utilizado no planejamento de ações estratégicas de saúde, relaciona-se a um
instrumento metodológica que proporciona a identificação das condições de vida e
da circunstância da saúde da sociedade da área de abrangência de uma Estratégia
Saúde da Família, através da obra de um modelo de assistência voltado à realidade
das pessoas. (SILVA et al., 2001).

No entanto, para se construir um modelo de assistência que representa a


necessidade local e na integralidade da atenção é fundamental informar-se e
compreender os diferentes relacionamentos sociais, as quais são interpostos pelas
condições econômicas, sociais, culturais, de saúde e de vida de uma população,
assim como distinguir os atores sociais e a sua íntima relação com os espaços e
lugares de um território, dessa forma por meio das características da população e a
identificação dos seus problemas de saúde e as necessidades específicas do
território pode-se classificar os efeitos dos serviços sobre os níveis de saúde diante
disso é preciso investigar e explorar as condições de vida e o acesso à saúde da
população no território, tem-se comprovado que as bibliografias que surgem dessa
temática não dão apoio suficiente para os profissionais da saúde planejarem e
executarem atividades de forma adequada, no decorrer do processo de
conhecimento do território. (RIGOTTO, 2011).

Atualmente, o questionamento sobre a abordagem das práticas da Unidade de


Pronto Atendimento percorre pela noção de espaço, território, territorialidade e
territorialização, a noção de território atende aos preceitos de regionalização,
hierarquização e descentralização propostos no Artigo 198, na Constituição de 1988,
ao estruturar o Sistema Único de Saúde (SUS), longe dessas teorias estanques, a
efetivação e transformação da saúde, requer planejamento local e a associação
entre poder público e participação social, e é assim que se imagina uma população
específica, vivendo em tempo e espaço determinados, com problemas de saúde
definidos e que interage com distintas unidades prestadoras de serviços de saúde
(UNGLERT, 1993).

O relacionamento de alguns preceitos básicos expostos é indispensável no


domínio do processo de territorialização em saúde, é um mecanismo essencial no
planejamento dos serviços de saúde pública, tanto para julgar quanto para implantar
novos projetos, em outras palavras, esse processo visualiza um diagnóstico mais
correto da comunidade, essa responsabilidade alcança, todavia, ao menos três
vertentes divergentes e integrantes de demarcação de limites das áreas de atuação
dos serviços, o reconhecimento do ambiente, população e dinâmica social existente
nesses lugares e o estabelecimento de relacionamentos horizontais com outros
serviços ligados e verticais com núcleos de referência, a territorialização exprime
ação, evolução de construção e formação de territórios pelo apoderamento, uso,
identificação, implantação com determinadas extensões do espaço por decisões
políticas, econômicas ou culturais, sendo também sinônimo de qualificação ou
organização territorial, essa foi a maneira achado para solucionar a designação da
definição das áreas de atuação dos serviços à Saúde. (FARIA, 2013).

Para que ações em saúde sejam ampliadas, tem de se cumprir as fases que a
territorialização impõe, pois cada fase que constitui esse processo autoriza o
acesso, da equipe de saúde, às características do território e sua população, deve-
se destacar que o território está em constante processo de mudanças pois é um
local vivo e isso exige das equipes de saúde se manterem atualizados com dados do
território. (DONATO, 2003).

Nota-se a existência e por consequência a relevância da territorialização na UPA,


onde, entre os privilégios comuns a todos os profissionais presentes estão, a
participação do processo de territorialização do espaço e da população, família e
grupos inseridos e a investigação dos riscos e das vulnerabilidades a que estão
expostos, zelar pela saúde dos indivíduos na unidade de saúde. (BRASIL, 2012).
1.1 Apresentação da Unidade de Pronto Atendimento de Gurupi – To

A Unidade de Pronto Atendimento que está situada em Gurupi – To, funciona 24


horas, sete dias por semana, e proporciona assistência de urgência e
emergência, com o auxílio de clínico geral, pediatra e enfermeiro, e até mesmo
outras especialidades como ortopedia e psiquiatria, a instituição é classificada
como uma UPA de porte II onde dispõe de 9 a 12 leitos de observação, e
potencial de acolher até 300 pacientes por dia, são fundações de complexidade
intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência e
emergência hospitalares, interligada com as Coordenações de Emergência Regional
(CERs) e os hospitais, e os elementos que compõem uma rede organizada de
Atenção às Urgências.

Em junho de 2011, foi publicado o Decreto Federal nº 7.508, com o importante


papel de regulamentar a Lei nº 8.080 nas questões relativas a:organização do SUS,
foi reformulada com a criação da Rede de Atenção às Urgências no SUS, o
documento estabeleceu as diretrizes da rede, sua estrutura hierarquizada,
retratando de forma pormenorizada seus constituintes e as finalidades a serem
obtidos com a regionalização dos atendimentos.

O usuário deve ir à Unidade de Pronto Atendimento em situações como parada


cardiorrespiratória, AVC – Acidente Vascular Cerebral ou derrame, infarto, febre
acima de 39 graus, falta de ar intensa, picada ou mordida de animais venenosos,
intoxicações, acidente de carro ou moto, ferimento por arma branca, queimaduras,
politrauma (fraturas), no local também é possível encontrar atendimento
odontológico de urgência, assistência farmacêutica, serviço social, laboratório de
Exames, exames de Raio X, eletrocardiografia, leito de observações por até 24
horas, pequenas Cirurgias eletivas.

2. MAPA DO TERRITÓRIO E TERRITORIALIZAÇÃO

2.1 Atividades

A partir dos dados apresentados na situação hipotética, realize as atividades a

seguir:
1. Qual a importância da territorialização para o trabalho das equipes da UPA?

Justifique.

É essencial, pois permite a identificação, delimitação e caracterização dos

problemas de saúde da população e cria um vínculo entre a equipe da ESF e os

usuários dos serviços de saúde, o que facilita o acesso aos serviços e a análise do

impacto das atividades.

2. Diante da situação hipotética, com relação a Unidade de Pronto Atendimento

elabore no mapa abaixo a distribuição das microáreas e identifique a área de

abrangência e área de influência dessa unidade, identifique quantos Agentes

Comunitários de Saúde serão necessários para atender essa população.

A área de abrangência da Unidade de Pronto Atendimento é de toda a região da

cidade de Gurupi, e a área de influência se concentra nos bairros mais perto, por

exemplo Parque Sol Nascente, Vila Guaracy, Nova fronteira e Jardim São Lucas.

3. Agora, você, enfermeiro (a) da UPA, após elaborar o mapeamento das


microáreas e da área de abrangência, deverá organizar como será realizado o
processo de territorialização baseado nas 3 fases: preparatória ou de
planejamento, coleta de dados/informações e de análise dos dados.

A primeira fase da territorialização é a preparatória ela determina um planejamento


antecipado para definir o que se pretende compreender e qual a melhor forma de se
ter esses dados, pois o tempo tão pequeno das equipes, que estão normalmente
pressionadas a privilegiar o auxílio pode ser aprimorada, nesta fase, entrando na
fase de coleta de dados, que pode ser vista como uma descrição limitada, e a
informação como uma descrição mais ampla, baseada em um quadro explicativo,
categorizado como primário ou secundário, fontes de dados primárias e secundárias,
principalmente entrevistas com informantes-chave, prontuários são aqueles dados
que ainda não foram coletados e sistematizados, e dados secundários são aqueles
que já foram coletados por outras pessoas ou instituições, coletados em bancos ou
arquivos a partir da fase de análise dos dados. fase final do projeto terminando da
melhor forma para atender a sociedade.

.4. De acordo com o mapa abaixo, quais locais estratégicos poderiam ser
realizados ações em saúde para a comunidade? Descreva essas ações em
saúde.

Os locais mais estratégicos para realizar ações em saúde para a comunidade são

aquelas regiões mais afastadas devido a dificuldade de se chegar informações

verídicas e importantes, logo também as pessoas que moram nestas regiões

também geralmente são aquelas que mais precisam mas é a menos propensa de

procurar atendimento de saúde.


3. REFERÊNCIAS

GONDIM, Grácia Maria de Miranda; MONKEN, Marcelo. TERRITORIALIZAÇÃO EM


SAÚDE. – Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: <
http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/tersau.html> Acesso em: 17
out.2022.

GONDIM, Grácia Maria de Miranda. Territórios da Atenção Básica: múltiplos,


singulares ou inexistentes? 2011. 256 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública).
Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fiocruz. Rio de Janeiro, 2011.
Disponível em:<bvssp.icict.fiocruz.br/lildbi/docsonline/get.php?id=2371>. Acesso em:
17 out.2022.

FARIA, Rivaldo Mauro de. A territorialização da Atenção Básica à Saúde do


Sistema Único de Saúde do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2020, v. 25,
n. 11. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-812320202511.30662018>.
Acesso em: 17 out.2022.

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