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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE

TERRITORIALIZAÇÃO

SANTO ANTÔNIO DE JESUS – BA


2022
ANA LÉA DO ROSÁRIO CAETANO
TERRITORIALIZAÇÃO

Trabalho apresentado como requisito de avaliação


parcial do componente curricular Processos de
Apropriação da Realidade I do curso de
Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, sob
orientação da Professora Camila dos Santos
Rodrigues.

SANTO ANTÔNIO DE JESUS – BA


2022
‌ O conceito de território pode ser entendido além do sentido originário da
geografia, no âmbito da saúde este termo pode abarcar diversas definições e caracterizar
inúmeras possibilidades, principalmente em relação ao Sistema Único de Saúde. Nessa
perspectiva, é crucial que entendamos de fato a real importância do ato de territorializar.
Em primeira instância se faz mister que explanemos a definição de território no
contexto da saúde partindo do pressuposto que o território se constitui como um ponto
de partida para o planejamento, produção, e condução de qualquer ação e política
pública do SUS, isto é, mapear e analisar a situação de cada território e de sua
respectiva população é o carro chefe para que o governo crie políticas públicas de
saúde. Logo, o território na visão do sistema de saúde passa a não ser visto apenas como
um local com demarcações e um solo conceitualmente geográfico, mas um local onde se
estabelecessem relações sociais e que a partir desse contato é que se pode delimitar as
necessidades urgentes de tal região; é dentro desse cenário que a territorialização surge
como ferramenta primordial no processo de trabalho na estratégia de saúde da família já
que essa estratégia é pensada através da participação da comunidade para garantir
princípios de universalidade e equidade, e esses princípios só poderiam ser adquiridos
através desse contato profissional-paciente, e mais do que apenas esse contato, a relação
de resolutividade entendendo o contexto social do paciente, e para tal o ato de
territorializar se mostra muito eficaz pois através de alguns métodos como a estimativa
rápida, por exemplo, que se apresenta como possibilidade de análise situacional da
saúde no território através do planejamento, mapeamento social, busca de dados
demográficos, epidemiológicos, sociais, de renda, análise dos dados coletados e um
contato vasto com a comunidade em questão associados a um espaço interprofissional,
ou seja, um trabalho colaborativo visando sobretudo a qualidade de vida do usuário, é
possível entender as demandas desse território para que haja uma melhor distribuição
dos serviços de saúde para essa população.
Em suma, é possível evidenciar que pelos motivos supracitados a
territorialização se constitui como uma etapa importante tanto para conhecer o território
em que o profissional atuará, tanto quanto para conferir um atendimento mais
humanizado e fidedigno, seguindo o princípio da integralidade na assistência conforme
demanda a Lei Orgânica de Saúde nº 8.080 e também agregando um entendimento
empático para esse profissional, possibilitando-o a ter cooperações de várias
especialidades e gerar conhecimentos e qualificações diferentes através da
interprofissionalidade como já foi explanado (Tavares et al, 2012), ademais a
territorialização se constitui como fator determinante para o bom e pleno funcionamento
dos serviços de saúde, pois como é sabido pela maioria, o Sistema Único de Saúde
distribui os serviços baseando-se por essa noção de território não exclusivamente
geográfica, mas em termos de saúde comunitária.
REFERÊNCIAS:

TAVARES, S. O. et al. Interdisciplinaridade, multidisciplinaridade ou


transdisciplinaridade. Santa Maria - RS/ UNIFRA, 2012. Disponível em:
INTERDISCIPLINARIDADE_MULTIDISCIPLINARID.pdf. Acesso em: 29 jun.
2022.

Diário Oficial da União - Seção 1 - 20/9/1990, Página 18055 (Publicação Original).


Disponível em: Portal da Câmara dos Deputados (camara.leg.br). Acesso em: 29 jun.
2022

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