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Territorialização é um princípio do Sistema único de saúde assegurado

pela Constituição Federal Brasileira e defendido Política Nacional de Atenção


Básica (PNAB), e é uma “ferramenta para monitoramento e planejamento vem
da necessidade de estratégias que garantam a rede de serviço ampla e
compatíveis para o local em que se insere (BRASIL, PNAB, 2017, Art. 7°) ”. A
territorialização nos processos de saúde da atenção básica está condicionada
não somente ao conhecimento da quantificação das famílias presentes em um
município, mas de uma forma generalizada separar este município em áreas e
micro áreas físicas e de acordo a localização, condições sociais, de
saneamento básico e saúde, atender a população necessitada.

A estrutura da atenção básica por territórios ao nível municipal, promove


cuidado multidisciplinar e é abertura para o SUS (Sistema Único de Saúde)
favorecendo a unidade de saúde com a aproximação da realidade das famílias
desta através de macroprocessos (a divisão em áreas e micro áreas do
município) atuando no cadastro familiar, classificação da família por riscos de
saúde, programações no intuito de melhorar a qualidade de vida, agendamento
de consultas e diminuição nos atendimentos hospitalares, se concentrando na
resolução de casos mais simples que seriam encaminhados a hospitais.

A Unidade de Saúde da Família e a Unidade Básica de Saúde são duas


estruturas que fazem parte deste processo de territorialização, estão
interligadas em uma equipe multitarefa de atendimento ao público de
determinado município. Conta com agentes comunitários de Saúde (ACS),
enfermeiros, médicos e especialistas em diversas áreas da saúde, atuando
com serviços de profilaxia de doenças. A primeira atende ao público de forma
mais concentrada, ao nível familiar nas comunidades que necessitam de mais
atenção, coletando dados e gerenciando um total de até 3,000 pessoas, e é
onde o profissional da saúde e a população estão mais próximos. Já a Unidade
Básica de Saúde viabiliza atendimentos de até 15,000 pessoas, de forma mais
descentralizada a partir de especialidades médicas.

Diante das informações supracitadas torna-se evidente, portanto, a


importância do planejamento de territorialização voltado a saúde. A partir desse
processo é possível definir o território e o conjunto de atividades desenvolvidas
nessa área, facilitando o diagnóstico local e permitindo conhecer o perfil
epidemiológico da população, identificando problemas e áreas de risco para
que através do mesmo, ocorra a orientação e o planejamento das ações
assegurando a assistência adequada aos usuários do serviço.

É preciso que a gestão do SUS ajuste-se afim de atender as necessidades de


saúde da população. Para isto é preciso cumprir com os princípios do sistema
de saúde, fazendo-se necessário um gasto maior destinado a este setor
(saúde). É preciso incentivo da gestão em programas, políticas e estratégias,
como a ESF (equipe de Saúde da Família), que frisem sobretudo a atenção
básica, uma vez que essa é a porta de entrada para o sistema de saúde.

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