Este relato reflexivo discute a medicalização do corpo feminino e como isso é usado para controlar e transformar mulheres de acordo com padrões sociais. O documento explora como a saúde da mulher é vista principalmente através de uma lente reprodutiva e como isso limita as mulheres. Finalmente, discute como o aborto é usado para controlar os corpos femininos através da criminalização.
Este relato reflexivo discute a medicalização do corpo feminino e como isso é usado para controlar e transformar mulheres de acordo com padrões sociais. O documento explora como a saúde da mulher é vista principalmente através de uma lente reprodutiva e como isso limita as mulheres. Finalmente, discute como o aborto é usado para controlar os corpos femininos através da criminalização.
Este relato reflexivo discute a medicalização do corpo feminino e como isso é usado para controlar e transformar mulheres de acordo com padrões sociais. O documento explora como a saúde da mulher é vista principalmente através de uma lente reprodutiva e como isso limita as mulheres. Finalmente, discute como o aborto é usado para controlar os corpos femininos através da criminalização.
Relato Reflexivo: A medicalização do corpo feminino.
A apresentação em questão me conquistou sobretudo pelo tema, apesar de o corpo feminino estar dentre um dos assuntos mais discutidos na contemporaneidade, a pauta da medicalização sobre esses corpos não é algo que eu veja como um assunto fortemente abordado; logo, ter contato com esse conteúdo me trouxe muitas reflexões diante do que foi discutido em sala, no resumo digital apresentado pelo grupo e com base nas minhas próprias vivências e análises em relação a essa temática. A introdução do que é medicalizar foi muito importante para me fazer compreender esse conceito e entender como essa ação se manifesta no corpo feminino, a palavra transformar me prendeu muito a atenção no que tange à medicalização, pois como exposto no resumo digital do grupo, esse ato de medicalizar surge justamente para transformar aspectos da vida cotidiana, de modo a assegurar conformidade às normas sociais (Milles, 1991), esse trecho me deixou muito instigada e me fez conseguir traçar diversas conexões de debates das aulas anteriores, sobretudo a que abordamos sobre a tirania do diagnóstico, e como esse ato de diagnosticar e medicar surge dessa premissa de corrigir as anormalidades que fogem dessa norma social, conforme citado por Milles e destacado pelo grupo. Dentro de todo esse contexto, surge a figura da saúde da mulher e como essa medicalização possui concepções restritas e amplas, dentro desse parâmetro de concepção restrita o grupo explicou muito bem em relação a aspectos biológicos e anatômicos do corpo feminino e trouxe a problematização desse estudo pautado exclusivamente na função reprodutiva e em como a maternidade é tida como principal atributo, a partir deste ponto eu já consegui estar imersa na discussão e fazer muitos links com artigos e discussões sobre a maternidade, como por exemplo o artigo da Londa Schiebinger. Dentro dessa problematização levantada pelo grupo surge a questão da saúde da mulher se limitar à saúde materna ou à ausência de enfermidades no processo de reprodução e como essa ação instaura um controle social com base na reprodução biológica impondo padrões de comportamento, estereótipos e até mesmo nas diferenças de classe social e raça/etnia. Diante disso, um outro ponto que me chamou muito à atenção e me fez refletir é em relação ao aborto, e como até hoje na sociedade contemporânea esse controle dos corpos femininos é forte, a partir da discussão sobre maternidade e reprodução a criminalização do aborto se constitui como controlador social e de gênero. Em suma, a apresentação foi enriquecedora para o meu intelecto e como fiz e faço questão de reinterar, a partir da discussão do grupo eu consegui ter muitos gatilhos e entender mais sobre esse assunto que até então era pouco pensado por mim.
Entre realidades e controvérsias da Justiça Restaurativa na execução da medida socioeducativa de internação: um estudo no centro socioeducativo Santa Luzia/PE