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proceS$Ode
indijviduacão no
autismo
Criado com Scanner Pro
Ceres Alves de Araujo
O processo de individuação no
autis mo
|CORTESIADA
LEDITORA
memnon
edicõescienti cas
São Paulo, 2000.
ISBN 85.85462-38-8
Supervisão editorial:
Silwana Santos
Editoração:
Leandro Ribeiro Dias
Capa:
Catarina Ricci
memnon
edicões cienti cas
Praça Carvalho Franco 67
04019-060 São Paulo - SP
Telefax (11) 5575.8444
E-mail: memnon@memnon.com.br
Catalogação na Fonte do
Departamento Nacional do Livro
A663p
Araujo, Ceres Alves de.
O processo de individuação no autismo / Ceres
Alves de Araujo. - São Paulo : Memnon, 2000.
ISBN 85-85462-38-8
Inclui bibliogra a.
CDD-616.8982
1. Introdução 1
Conceito e Epidemiologia 4
3. Histórico 8
3.1 O autismo como psicose 8
3.2 O autismo não mais como psicose 17
3.2.1 As teorias cognitivas 20
3.2.2 As teorias afetivas 26
4. Etiologia: hipóteses atuais 32
5. A consciência ea estruturação do ego 45
5.1 As bases do desenvolvimento humano 48
5.2 O desenvolvimento humano sob a 50
égide do princípio matriarcal
5.3 Uma atipia do desenvolvimento 56
6. Uma agenesia da estruturação matriarcal da 61
consciência
7. Uma estruturação patriarcal 67
7.1 Os bebês 69
7.2 A primeira infäncia 71
7.3 A segunda infância 73
7.4 A pré-adolescência e a adolescência 79
7.5 A vida adulta 83
8. Considerações nais 89
Referências biíbliográ cas 95
Tagore
Cecília Meireles
"As escadas medievais..."
EPDEMIOLOGIA
3.10 AUTISMOCOMOPSICOSE
Imãos Grtmm
"O terceiro conto dosduendes"
(Rosenberg (1991), num artigo sobre o histórico do autismo, relatou que as pes
soas no início do século, na França, notavam que as crianças que hoje corres
ponderiamà descrição do autismo eram chamadas de criaças,fada.A armçt
fada seria aquela que foi trocada por uma fada. Nos contos de fada daIrlandahà
um personagem chamado Changeling" - o transmutado humano. O teno apt
ca-se a crianças que teriam sido raptadas pelas fadas e gnomos quedetxariam,
em lugar da criança, um substituto sicamente idêntico, porm compersonali-
dade muito diferente. Tal rapto ocoreria muito precocemente,mas amãe valre
conhecer a troca, porque a criança detxou de ser afetiva, passou a seragressivae
a ignorar).
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Park (1982)
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B
A
Coerência Central
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Tennyson
"InMemoriam", LII
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Arelaçãodedependência,própria daidade,detemina a ]
relação de pertença, que traz para a criança a sensação de
pertencer a alguém, base psicológica para a segurança de
ser amada,protegida e contida. A vivência dasensação de
pertençaé fundamental para a consciência posterior de ter
raízes, para a aquisição do sentido de humanidade dentro
de si, que vai permitir o aprender eo compartilhar com o
seu semelhante.
Galiás (1988) descreveu os papéis a serem desenvolvi-
dos, no desenvolvimento normal, pelo lho ou lha, pela
mãe e pelo pai. A psicanálise demonstrou que o triângulo
edípico é uma problemática da infầncia e tem uma resolu-
ção diferente para o menino e para a menina. A autora
mostrou que o triângulo constituído pelo pai, mãe, lho ou
lha passará a ser um quadrângulo, pela separação no lho
ou lha de dois papéis: FM - lho ou lha da Mãe e FP - ho
ou ha do Pai. Desta forma, o lho ou ha terá uma liação
dupla: lho ou lha de uma mulher-Mãe e ho ou ha de
um homem-Pai, papéis que precisarāo ser adequadamente
vividos.
Galiás (1998), ao relacionar as funções da consciência
com ös dinamismos matriarcal e patriarcal, também descre-
veu um pensamento matriarcal. Eé esta forma de pensa-
mento que vai predominar na primeira infầncia. O pensa-
mento é mágico, uma vez que os opostos ainda não se sepa-
raram. A criançaé ainda incapaz de diferenciar o objeto da
imagem do objeto. Possui um modo de funcionamento não
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Barron (1992)
Autista, 15 anos
Grandin (1995)
Autista, 49 anos, PhD em Biologla
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7.1 0S BEBÊS
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7.3 ASEGUNDAINFÂNCIA
sar
Un dia o Kuni estava pas-
seando quando apareceu
um monstro. Mas o Kuni
fugu para um buraco. O
Kuni esperou 7 horas para
sair do buraco e quando
saiu já era noite. O Kuni
acabou dormindo em baixo
de uma árvore. No dia se-
guinte elefoi para a cidade
e comprou várias coisas.
No meio de suas coisas ti-
nha un bilhete dizendo:
- Vá até a praça!
-O que aconteceu?
Eu perdi a minhamãe.
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Boa idéia.
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BU.
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Por serem mais lentos nas suas respostas e nas suas re-
ações, pela alteração da funçāo executiva do sistema nervo-
so, 0S autistas, mesmo muito inteligentes, dão às pessoas
com as quais entram em contato uma impressão de estra-
nheza e, dessintonizados na comunicação, cam por fora da
situação grupal.
É uma fase de desorganização, de desequilíbrio e de so-
frimento. Eles não entendemo que acontece com aqueles a
quem chamam de amigos, vivem a confusão e começam a se
perceber muito diferentes dos demais. São cobrados pelos
pais, professores, colegas e psicoterapeutas a mostrarem
condutas adequadas. Não sendo capazes do comportamento
típico, padrão esperado, são penalizados. A escolaridade se
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Eu construi umaponte
Eaatrawessei,mas não hawia ninguém
Para me encontrar do outro lado.
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