Você está na página 1de 22

Reflexões sobre a

Clínica
Fabrício Fonseca Moraes

JunguianaCRP 16/1257
.
Clínica Junguiana
Aspectos formais Aspectos Teóricos Aspectos Práticos
Teoria dos Complexos Manejo
Local
Valores
Simbolos/Sintomas Técnicas
Tipos Psicológicos Instrumentos
Posicionamento
Transferência e
modalidade
contratransferência.
horário
Teoria dos Arquetípos
Local/ Consultório do terapeuta
Local
Instituição/ Home Care/ Ampliada AT

Pago
Valores
Social/Gratuito
Aspectos
formais Posicionamento Frente a Frente
Divã

Individual
Modalidade
Grupo, Casal, Família

Horário Fixo, 3 a 4x por semana – no Brasil, 1x


Flexível
“Muitas vezes me perguntaram sobre qual era meu
método psicoterapêutico ou analítico; não posso
oferecer uma resposta unívoca. Cada caso exige uma
teoria diferente. Quando um médico me diz que
“obedece” estritamente a este ou aquele “método”, eu
duvido de seus resultados terapêuticos.
(...) A psicoterapia e as análises são tão diversas quanto
os indivíduos. Trato cada doente tão individualmente
quanto possível, pois a solução do problema é sempre
pessoal. Não é possível estabelecer regras gerais
(...) Naturalmente, é necessário que um médico tenha
conhecimentos dos assim chamados “métodos”. Mas deve
evitar o engajamento fixo de um caminho determinado,
rotineiro.
(...) Intencionalmente evito ser sistemático. A meus olhos,
diante do paciente só existe a compreensão individual.
Cada doente exige o emprego de uma linguagem diversa.
(JUNG, Memórias Sonhos e reflexões, p. 120-1)
“Análise não é nada se não
for um modo de vida”
June Singer
(Jungian Analysis)
“A transformação nunca é
só do paciente. É mútua.
Para haver terapia o
analista também precisa
se expor e se
transformar.”
(Denise Ramos – Ser Terapeuta,
p. 53)
A Pessoa
O Paciente
Terapeuta

Aspectos Fundamentais
da Clínica

O Manejo,
A relação
técnicas Transferencial
A terapia do doente começa, por assim dizer, na pessoa do
A Pessoa
médico. Apenas conhecendo-se a si mesmo e a seus
Terapeuta problemas, ele poderá cuidar do doente. Antes, não. O
médico deve aprender a conhecer sua alma e a tomá-la a
sério para que o doente possa fazer o mesmo. (JUNG,
MSR,p.121-2)
“Muito mais forte do que suas frágeis palavras é a coisa que você é. O paciente
está impregnado pelo que você é – pelo seu ser real – e presta pouca atenção
ao que você diz”. (Jung apud HULL, McGUIRE, 1984, p. 332)

“Aquilo que não está claro para nós, porque não o queremos reconhecer em
nós mesmos, nos leva a impedir que se torne consciente no paciente,
naturalmente em detrimento do mesmo” (Jung, A prát. da Psi., p.6)
Na verdade, a longo prazo, somente o analista
apaixonadamente envolvido em sua própria vida
poderá ajudar seus pacientes. Nesse sentido é
bastante verdade, como diz Jung, que o analista
só pode dar a seus pacientes aquilo que possui”
(Guggenbhul-Craig, p. 66)
• Está em constante processo de desenvolvimento (A neurose ou
O Paciente
um transtorno psíquico sinaliza um algo está impedindo esse
desenvolvimento)

• Deve ser compreendido em sua história pessoal, social e cultural

• É condicionado tanto pelo passado quando pelo futuro

• Possui todos os recursos arquetípicos necessários ao seu


desenvolvimento/reparação do desenvolvimento.

• OBS: Isso considerando um Ego funcional.


Na verdade, a neurose contém a psique da pessoa ou, ao
menos, parte muito importante dela. (…) pois, na neurose
está um pedaço ainda não desenvolvido da personalidade,
parte precisa da psique sem a qual o homem está
condenado a resignação, amargura e outras coisas hostis a
vida. (JUNG, 2000, p. 158)
Uma neurose estará realmente “liquidada” quando tiver
liquidado a falsa atitude do eu. Não é ela que é curada, mas é
ela que nos cura. A pessoa está doente e a doença é uma
tentativa da natureza de curá-la. Por isso podemos aprender
muita coisa da doença para a nossa saúde e que aquilo que
parece ao neurótico absolutamente dispensável, contém
precisamente o verdadeiro ouro que não encontramos em
“Nesta função do médico está uma das muitas significações
A relação importantes da transferência: por meio dela o paciente se agarra
Transferencial à pessoa que parece lhe prometer uma renovação da atitude;
com a transferência, ele procura esta mudança que lhe é vital,
embora não tome consciência disto.” (Jung, Nat. Psique, pr. 145)

“O analista não "possui" ou "tem" uma contratransferência; ele está “em" uma
experiência fenomenológica cocriada com o outro. As duas pessoas da díade analítica
estão em conjunção, simbolicamente sustentada pelo vaso alquímico construído através
do relacionamento analítico. A contratransferência não pode nunca ser completamente
analisada porque não é uma coisa ou ente em si; ao invés disso, ela é emergente em um
dado momento e em um dado relacionamento.
(Carter, L., Contratransferência e Intersubjetividade, in Psicanálise Junguiana,p. 308
Mas a contra-transferência é sempre indesejável? Em 1957, eu sugeri que
essa compreensão não era necessária; Estendi o uso do termo e o dividi em
partes ilusórias e sintônicas. Os elementos ilusórios cobrem os elementos
negativos na contra-transferência. Os elementos sintônicos são basicamente
diferentes porque, por meio da introjeção, um analista percebe os processos
inconscientes de um paciente em si mesmo e, portanto, experimenta muitas
vezes muito antes que o paciente esteja próximo de se tornar consciente
deles.
Fordham, Technique and Counter-transference, in Technique and Jungian analysis, p. 275)
“ Todo psicoterapeuta não só tem o seu método: ele próprio é
O Manejo, esse método. “Ars totum requirit hominem”(A arte exige o
técnicas homem todo) diz um velho mestre. O grande fator de cura na
psicoterapia é a personalidade do médico – esta não é dada “a
priori”; conquista-se com muito esforço, mas não é um
esquema doutrinário. As teorias são inevitáveis, mas não
passam de meios auxiliares.”
(Jung, A pratica da psic. p.85)

“O que viso é produzir algo de eficaz, é um produzir um estado psíquico, em que meu
paciente comece a fazer experiências com seu ser, um ser em que nada mais é
definitivo nem irremediavelmente petrificado; é produzir um estado de fluidez, de
transformação e de vir a ser.”
(Jung, 1999, p. 43-4§99
• Arteterapia
• Contos e narrativas
• Desenhos
• Sandplay
• Origami
• Rpg e Jogos
• Modelagem
• Etc.
• SandPlay
Algumas técnicas utilizadas
• Hipnose
• Técnicas expressivas
• Integração Psicofisica (Calatonia)
www.cepaes.com.br
Curso “ A Criança em Desenvolvimento – As contribuições de Michael Fordham
à Psicologia Analítica ( Inicio 06/09)
Curso – Técnicas Expressivas na Abordagem Junguiana (prev. Outubro)
Grupo Aion – Estudos Junguianos (Segundas-feiras)
Grupo de Introdução à Psicologia Analítica (terças-feiras)
Grupo Terapeutico Ellas – Arteterapia com Mulheres Envelhecentes ( Terças –
inicio outubro )

Você também pode gostar