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Teresa Amorim CRP 05/ 9743

Diretora do Instituto Carioca de Gestalt-Terapia


Mestre em Psicologia UFRJ
Pós-graduada em Filosofia PUC-Rio
Apresentadora do Programa “Falando sobre Gestalt-Terapia” Youtube
 Compreensão Diagnóstica: Manejo Clínico na Gestalt-
Terapia”
 Fundamentação teórica e prática dos ajustamentos
disfuncionais.
 Capacitar você para o manejo clínico de algumas
patologias.
 Intervenções, técnicas e experimentos
 Olhar fenomenológico e diferencial da prática clínica
gestáltica.
1.Breve histórico do psicodiagnóstico em Gestalt-Terapia.
2.Compreensão diagnóstica em Gestalt-Terapia.
3. A importância do diagnóstico e olhar fenomenológico dos ajustamentos
disfuncionais na abordagem gestáltica.
4. Intervenções fenomenológicas, técnicas e experimentos.
5. Manejo clínico dos ajustamentos funcionais e disfuncionais.
- Neuroses e os Bloqueios de contato
- Transtornos de Personalidade: Borderline e Narcísica
- Psicoses
6. Algumas patologias da clínica contemporânea
 Transtorno de ansiedade social (TAS) – Fobia social, Transtorno obsessivo-
compulsivo (TOC), Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), Transtorno de
ansiedade generalizada (TAG), Transtorno de pânico (TP), Transtorno fóbico,
Depressão e Comportamento suicida.
7. Discussão de casos clínicos.
Controvérsias e o receio de rotular.
 DSM V e CID 10 – critérios de diagnósticos - comum
entre os homens
 Falta de diagnóstico (prejudicial)
“Diagnosticar pode ser um processo de prestar
atenção, respeitosamente, a quem a pessoa é,
tanto como um indivíduo único como no que diz
respeito às características compartilhadas com
outros indivíduos. Categorização, avaliação e
diagnóstico são partes indispensáveis do
processo de avaliação e todo terapeuta
competente o faz.”
Yontef, 1998, p. 278-279
 Cliente precisa saber do diagnóstico?

 Será que o diagnóstico ajuda o cliente?


 “Procuramos entender a pessoa única. Mas é
impossível entender a singularidade de uma pessoa
se ela não for entendida em comparação com outras
pessoas.”
Yontef, 1998, p.284
 Preciso compreender a existência total do
cliente, sua queixa, suas gestalten
incompletas, suas petrificações, repetições e
bloqueios.
 Qual a função do sintoma?
 Nosso diagnóstico é processual - tudo é
processo.
 Um olhar sobre possíveis padrões de
comportamento.
 Uma construção (Yontef,1998).
•O DIAGNÓSTICO CAPACITA O

O DIAGNÓSTICO
CAPACITA O TERAPEUTA
 O terapeuta precisa aprender a realizar um
breve diagnóstico para compreender
melhor a totalidade existencial do cliente e
realizar as intervenções e experimentos
mais adequados.
 ORGANISMO x MEIO

 FUNCIONAMENTO DO ORGANISMO:
Saudável X Não-Saudável

 AUTORREGULAÇÃO - Funcional X Disfuncional

 AJUSTAMENTOS CRIATIVOS

 SAÚDE E DOENÇA

 SINTOMA – PROCESSO - o organismo como um


todo
AJUSTAMENTOS DISFUNCIONAIS

 NEUROSES

 TRANSTORNOS de PERSONALIDADE
(Desordens de caráter)

 PSICOSES
 “[...] considero a neurose não uma doença, mas um dos
vários sintomas de estagnação.”

 Manipulação, Controle e Buracos na personalidade.


Perls, 1969 – (In PHG)
 Awareness reduzida, ansiedade elevada, depressão e
conflito interno.

 Capacidade para entender a realidade consensual,


inclusive a realidade fenomenológica de outros.

 Algum amor-próprio e estima pelos outros e se ajustam


criativamente ao seu contexto.

Yontef, 1998
 Introjeção
 Projeção
 Confluência
 Retroflexão
 Egotismo
 Deflexão
 Proflexão
 “ (...) na maioria das práticas clínicas havia (e
há) pacientes que não eram psicóticos, e eram
mais perturbados e problemáticos do que os
neuróticos. ... estou falando de desordens de
caráter, referidos frequentemente agora como
desordens do self. Com frequência, esses
pacientes são frustrantes para o terapeuta, a
terapia é problemática e, no passado, o
resultado era negativo. Note que isto não era
verdade apenas para a Gestalt-terapia, mas
em todas as formas de terapia.”
Yontef, 1998, p. 304
 Incapacidade de se relacionar,
 Incapacidade de fazer contato interpessoal
íntimo adequado ou dialógico; isto é, um
contato que reconhece realidades
fenomenológicas diferentes.
 O terapeuta precisa reconhecer esta
situação e alterar sua intervenção de
acordo.
Yontef, 1998
 “Uma discriminação primária entre neurose,
desordem de caráter, psicose, e as condições
que exigem intervenção médica são vitais para
a segurança, assim como para orientar o
terapeuta sobre a eficácia terapêutica.
Acredito que, sem este diagnóstico mínimo,
nenhum aconselhamento ou psicoterapia
podem ser considerados profissionais ou
competentes.”
Yontef, 1998, p. 366
 “[...] crianças imaturas, hiperemocionais ou alternativamente
condescendentes, carismáticas, manipulativas e/ou líderes
sedentas de poder.
 Para o borderline qualquer separação pode provocar uma
ameaça ou um sentimento de abandono.
 Eles iniciam cada terapia denegrindo o terapeuta anterior, falando
dele como se não tivesse qualidade nenhuma.
 [...] o borderline quer salvação. A história do borderline em
terapia é a da grande esperança, seguida da grande decepção, e
então, denigre o terapeuta.”
Yontef, 1998, p. 336-337
 Comportamento impulsivo,
 São manipulativos e têm tendências
suicidas
 Afetividade lábil e exacerbada,
especialmente humores disfóricos.

Yontef, 1998, p.339


 Sentido grandioso de auto-importância.
 Fantasias de sucesso, poder, brilho, beleza etc.
 Exibicionismo: a pessoa exige atenção e admiração
constantes.
 Indiferença fria ou sentimentos evidentes de ira,
inferioridade, vergonha, humilhação ou vazio em
resposta a críticas, indiferença dos outros ou derrota.
 Necessidade de ser especial.
 Visão de si é frequentemente distorcida de si é
frequentemente distorcida
 A gangorra narcísica: inflação X deflação
Yontef, 1998
 “Uma forte presença do terapeuta é
necessária para impedir a regressão,
estabelecendo fronteiras claras e condições
para possibilitar uma terapia bem-
sucedida.”
Yontef, 1998, p.347
 Perda do contato com a realidade
 Awareness prejudicada
 Camada de morte (grande) Perls, 1977
 Elasticidade figura/ fundo
(neuroses/psicoses)
 “distúrbios da função id” Goodman
(PHG, 1997).
 “Cada pessoa em vivência psicótica é
singular e peculiar” Buarque, 2007.
 “(e) u tenho muito pouco, ainda, a dizer sobre a
psicose. [...] O psicótico tem uma camada de morte
muito grande, e esta zona morta não consegue ser
alimentada pela força vital. Uma coisa que sabemos
ao certo é que a energia vital, energia biológica [...],
torna se incontrolável no caso da psicose. [...] o
psicótico nem mesmo tenta lidar com as
frustrações; ele simplesmente nega as frustrações e
se comporta como se elas não existissem”.

Perls, 1977, p.173-5


 BUARQUE, Sérgio. 2007. Verbete “Psicose”, In: D’ACRI, Gladys; LIMA,
Patrícia (Ticha); ORGLER, Sheila (org.). Gestaltês. Dicionário de
Gestaltterapia. Summus, p. 177-180.
 GINGER, S. E A. Gestalt-Terapia – Uma Terapia de Contato, São Paulo:
Summus, 1995.
 POLSTERS, E. & M. Gestalt-Terapia Integrada. São Paulo: Summus, 2001.
 PERLS, F. S. A Abordagem Gestáltica e Testemunha Ocular da Terapia. Rio de
Janeiro: Guanabara, 1988.
 _________ Ego, Fome e Agressão. São Paulo: ed Summus, 2002
 _________Escarafunchando Fritz. São Paulo: ed. Summus, 1979.
 _________ Gestalt-Terapia Explicada . São Paulo: ed. Summus, 1977.
 PERLS, F.; HEFFERLINE, R.; GOODMAN, P. Gestalt-Terapia. São Paulo:
Summus, 1997.
 SILVA, A.B. Mentes Ansiosas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011
 SILVA, A.B. Mentes Perigosas. São Paulo; Principium, 2018
 DUSEN, W. 1987, In: STEVENS, J. Isto É Gestalt. São Paulo: Summus, p. 120-
125
 YONTEF, G.M. Processo, Diálogo e Awareness. São Paulo: Summus, 1998.

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