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FORMAÇÃO ENADE

Modulo : Psicopatologia
Prof. Dr. Francisco Francinete Leite Junior
“Escrever sobre a doença mental é
uma tarefa aflitiva, uma questão de
tentar descrever aquilo que, em
última análise, é indescritível.”
(Andrew Sims)
CONCEITUAÇÃO
Mulher que Chora - Picasso
“Ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença
mental, suas causas, as mudanças estruturais e funcionais
associadas a ela e suas formas de manifestação.”
(Campbell – 1996)

RAIZES DA PSICOPATOLOGIA LIMITES DA PSICOPATOLOGIA


Tradição médica
Tradição humanística
( Dalgalarrondo)
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Sinais - Objetivos; verificáveis pela observação direta do
paciente. (Não dito).
Sintomas - Vivências subjetivas relatadas pelos
pacientes; aquilo que o sujeito experimenta e comunica a
alguém, de alguma forma de Linguagem. Possui forma e
Conteúdo

OBS: Alguns autores utilizam os termos sintomas objetivos e


sintomas subjetivos

Síndromes - É puramente uma definição descritiva de


um conjunto momentâneo e recorrente de sinais e
sintomas.”
(Dalgalarrondo)
NORMAL/FATO – NORMAL/VALOR
 NORMAL como Fato – descritivo:
Aquilo que se encontra mais
frequentemente ou está na média.
VISÃO QUANTITATIVA . • Anomalia (omalos) – variação,
diferença.
 NORMAL como Valor – subjetivo:
Aquilo que é como deve ser para o • Anormal (nomos) – normas.
sujeito. VISÃO QUALITATIVA.
Importante:
Se a anomalia não apresentar repercussão negativa
na funcionalidade do indivíduo, não será considerada
anormal.
NORMAS
Forma do indivíduo
funcionar na vida,
buscando uma positiva
relação com o meio
circundante.

Normas Superiores:
geram movimento e
abertura.

Normas Inferiores:
Cristalizam, geram
sofrimento.

(Caguilheim)
Normatividade Biológica
CRITÉRIOS DE NORMALIDADE

Tendência de todo ser vivo • Normalidade como ausência de


doença.
buscar uma adaptação • Normalidade ideal
positiva com o meio, • Normalidade estatística.
• Normalidade como bem-estar.
superando obstáculos e • Normalidade funcional.
enfrentando situações • Normalidade como processo.
• Normalidade subjetiva.
novas, mantendo-se em • Normalidade como liberdade.
constante movimento. • Normalidade Operacional
“ Um meio é NORMAL tomando como
relação a um organismo, se nele for
possível para este desenvolver melhor
a sua vida e manter a sua própria
norma.” (Canguilhem)
PATOLÓGICO
“O doente enquanto vive está, está
normatizado por uma norma
conservadora, que se repete, idêntica
a si mesma.” (Canguilhem)

Obs:
• Frequência
• Intensidade
• Prejuízo
• Sofrimento
AVALIAÇÃO PSICOPATOLÓGICA
A avaliação do paciente, em psicopatologia, é feita principalmente por meio
da entrevista. Aqui, a entrevista não pode, de forma alguma, ser vista como
algo banal, um simples perguntar ao paciente sobre alguns aspectos de sua
vida. Junto com a observação cuidadosa do indivíduo, ela é, de fato, o
principal instrumento de conhecimento da psicopatologia.
Por meio de uma entrevista realizada com arte e técnica, o profissional pode
obter informações valiosas para o diagnóstico clínico, para o conhecimento
da dinâmica afetiva do paciente e, o que pragmaticamente é mais
importante, para a intervenção e o planejamento terapêuticos mais
adequados.
Dois principais aspectos da avaliação:
• A anamnese, ou seja, o histórico dos sinais e dos sintomas que o indivíduo
apresenta ao longo de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares,
assim como de sua família e meio social.
• O exame psíquico, também chamado exame do estado mental atual.
Exame Psíquico \Exame do Estado Mental
Funções Psíquicas Básicas Funções Psíquicas Complexas

• Consciência • Inteligência
• Atenção • Cognição
• Orientação • Personalidade
• Vivencia do tempo e do Espaço
• Sensopercepção
• Memória
• Afetividade
• Vontade e Psicomotricidade
• Linguagem
• Pensamento
DIAGNÓSTICO PSICOPATOLÓGICO
duas posições extremas:
a primeira afirma que o diagnóstico em saúde mental não tem valor algum, pois cada
pessoa é uma realidade única e inclassificável. O diagnóstico apenas serviria para rotular
as pessoas diferentes, excêntricas, permitindo e legitimando o poder médico, o controle
social sobre o indivíduo desadaptado ou questionador. Essa crítica é particularmente
válida nos regimes políticos totalitários, quando se utilizou o diagnóstico psiquiátrico para
punir e excluir pessoas dissidentes ou opositoras ao regime.
Já a segunda posição, em defesa do diagnóstico em saúde mental, sustenta que seu valor
e seu lugar são absolutamente semelhantes aos do diagnóstico nas outras áreas e
especialidades médicas. O diagnóstico, nessa visão, é o elemento principal e mais
importante da prática psiquiátrica.
A minha posição ( Dalgalarrondo) é a de que, apesar de ser absolutamente
imprescindível considerar os aspectos pessoais, singulares de cada indivíduo, sem um
diagnóstico psicopatológico aprofundado não se pode nem compreender
adequadamente o paciente e seu sofrimento, nem escolher o tipo de estratégia
terapêutica mais apropriado.
CLASSIFICAÇÕES • Manual Diagnóstico Estatístico dos
NOSOLÓGICAS Transtornos Mentais
• Classificação Internacional das Doenças
Observações Importantes
• Estudo de caso
• Organização
• Critérios Diagnósticos
• Apresenta o transtorno
• Marcador Temporal ( período \ tempo de manifestação)
• Sintomas e Sinais específicos
• Prejuízo e Sofrimento Clinicamente Significativo
• Observar o não uso de substância
• Observar se não há outra condição médica
• Observar se não há um transtorno que melhor identifique
Transtornos mentais
de maior incidência
atualmente
Transtornos do Neurodesenvolvimento
• Transtorno do Desenvolvimento Intelectual
• Transtorno do Espectro Autista ( TEA)
• Transtorno Déficit de Atenção /Hiperatividade ( TDAH)
Transtornos Disruptivos
• Transtorno de Oposição Desafiante ( TOD)
Transtornos de Ansiedade
Transtornos de Humor
• Transtornos Depressivos
• Transtornos Bipolares
Transtornos obsessivos
Compulsivos
Transtornos Associados a Trauma e a
Estressores
• Transtornos do Estresse pós traumático
Transtornos do Sintoma Somático
• Transtorno de Ansiedade de Doença

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