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Sobre a AULA: uma

leitura pelo AVESSO


ROSELI APARECIDA CAÇÃO FONTANA*

" P rofessora, como você


prepara suas aulas?"
Dessa pergunta, formulada à professora Maria do Rosário Mag-
nani, por seus alunos, nasceu em resposta esta "Receita de
ambrosia", escrita em três atos, que assumo aqui como norteado-
ra de minhas reflexões:

1º ATO: O Ensaio
- imagino as necessidades orgânicas e as fantasias do paladar;
- penso no prato do dia: o que quero compartilhar?;
- projeto o requinte do ritual da última ceia;
- busco receitas nas prateleiras das estantes e ingredientes nas
despensas da memória;
- elejo o que se ajusta ao tempo e fôrmas que não tenho;
- tempero: o agora de depois;
- preparo: misturo- sinto- palavreio- experimento- penso- saboreio;
- entrego-me: fogo forte, fervura; fogo brando, vigília.

* Professora da Faculdade de Educação da UNICAMP - Departamento de Metodologia do Ensino.


Imagem: Van Gogh: L’ Arlésienne: Madame Joseph - Michel Ginoux, 1888.
SOBRE A AULA: UMA LEITURA PELO AVESSO

3º ATO: A Solidão ganizados socialmente, para culmi-


nar em solidão, ruminação, reco-
- repouso: foi bom, meu bem? lhimento e lembranças.
- enfim!; Tal como nossos rotineiros ri-
- fecho as portas, recolho sobras, tuais de alimentação, a aula que
giro botões, apago luzes; nos mostra Maria do Rosário é
- re-me-moro, re-te-moro? re-pro- acontecimento mais do que produ-
jeto, te revejo? to. É um acontecimento de circu-
"E vocês, como saciam a fome?" lação de sentidos. Sentidos postos
em movimento muito antes de
A "Receita de ambrosia", nossa entrada em sala, num jogo
texto em que a professora Maria de desdobramentos e de efeitos
do Rosário acolhe a indagação da incontroláveis e incontornáveis,
aluna e partilha segredos da práti- ainda que a ilusão de controle
ca docente, pertence ao livro Em presida a maior parte das leituras
sobressaltos, produto de sua tese que dela se fazem.
de doutorado, em que ela narra seu Muito antes do gesto de abrir-
itinerário de formação como pro- mos o livro, muito antes de pro-
2º ATO: O Ritual fessora. Nesse itinerário, a aula ferirmos nossas primeiras pala-
aparece em vários momentos e vras, a aula começa. Começa
- convido: senta-se à mesa comi- com matizes diversos — aulas como antecipação, como expecta-
go? o prazer é todo meu; vividas pela aluna, aulas proferi- tiva. Nossos atos, dizeres e gestos
- os aperitivos, sinfonia de cristais; das pela professora, aulas ainda são projetados, ensaiados, porque
- a toalha, cenário de linho, a en- projeto, delineadas no papel — mais do que seres humanos colo-
trada; culminando com o texto citado a cados face a face, a relação de
- dança de olhos, farfalhar de per- aula refletida em seu processo de ensino instaurada pela aula impli-
nas, o prato principal; produção. ca o encontro e o confronto entre
- pantomima de línguas, sussurro Na "Receita de ambrosia", a sujeitos que ocupam lugares soci-
de talheres; aula é ensaio e rito, preparação e ais distintos — o lugar de profes-
- a sobremesa, entremeio de sabo- entrega a um processo interativo, sor e o lugar de alunos. E é justa-
res, o café, teia de sensações, o que acontece e se repete, sempre e mente porque ocupamos esses
licor, arremate do sabor. necessariamente, entre sujeitos or- lugares distintos que nós, profes-

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sores, e nossos alunos, configu- como pensamos o prato do dia e o um convocar a uma leitura comum
ramos, contraditoriamente, uma modo como projetamos o ritual da e a um comentário público. O
unidade social. Nosso papel de última (ou primeira?) ceia... gesto de abrirmos o livro instaura
professores não existe sem o papel Porque a aula é um aconteci- a relação de ensino, esse ato
do aluno e o papel de aluno não mento inter-subjetivo, nosso en- explicitamente implicado num
existe sem o papel do professor. saio é também afetado pela me- ensinar e num aprender recípro-
Nossas ações, gestos e palavras mória. As lembranças dos alunos cos. E o que pedimos, ao abrirmos
dirigem-se a nossos alunos. Eles que já tivemos, dos alunos que o livro, não é senão a disposição
existem em função de nossos fomos e de nossos professores de entrar no que foi aberto, a dis-
interlocutores que compõem um inesquecíveis nos vêm misturadas posição de entrar na relação de
auditório social que nos ‘afeta’: às receitas que buscamos nas ensino: senta-se à mesa comigo?
orienta nossas escolhas, nossos prateleiras das estantes. Alguns Embora muito se fale do poder
modos de dizer, regula nosso dos ingredientes de que lançamos que temos como professores, ao
atuar... A condição de inter-indi- mão trazem-nos seu perfume e ao remetermos o texto, expomo-nos
vidualidade, de reciprocidade, a temperarmos o agora de depois, com ele. Nosso recital é acompa-
despeito do fato de termos dela por vezes voltamos a adivinhar em nhado de réplicas que se revestem
consciência, ou não, é constitutiva nós alguns restos do sabor, amargo de diversas formas: adesão, assen-
da aula. ou doce, dos momentos que com- timento, indagação, recusa, dúvi-
Não é do mesmo jeito que partilhamos com eles. da. As réplicas são-nos oferecidas
preparamos a primeira aula do ano O ensaio é preparo: misturo - em palavras e indiciadas pelo
e a última. As expectativas e ante- sinto - palavreio - experimento - silêncio, pelas expressões de
cipações existem em uma e outra, penso - saboreio. indiferença, de incômodo, pelo
mas seus contornos são distintos. O ensaio é memória de futuro farfalhar de pernas, pelos gestos
Não é do mesmo jeito que (Bakhtin) — nele antecipamos o de deixar a sala, cochilar, mexer
preparamos as aulas ‘daquela 5ª que pode vir a ser. com outros materiais, deixar
série’ ou ‘da minha turma querida O ensaio também já é entrega. vagarem os olhos, acompanhar
do 1º B!’. O conteúdo do progra- Entregamo-nos: fogo forte, fervu- com o menear da cabeça a fala do
ma pode ser o mesmo, mas as ra; fogo brando, vigília. professor etc... As réplicas, em sua
necessidades orgânicas e as fan- Ao adentrarmos a sala de aula, diversidade de formas, contam-
tasias do paladar que nosso o ritual antecipado tem início. O nos como o texto que remetemos
auditório social indicia imprimem ensaio torna-se público, faz-se está sendo acolhido e como nós
nuances ao nosso ensaio, a nossas face a face com o outro. mesmos estamos sendo aceitos ou
antecipações. As imagens que Para falar do ritual recorro a não.
temos de nossos alunos, associa- uma imagem de Jorge Larrosa Como lembra Barthes (1988),
das às imagens que supomos que (1998). Diz ele: abrimos o livro, a fala professoral é lugar de
eles têm de nós, afetam o modo num abrir que ao mesmo tempo é exposição — "não é o saber que se

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expõe, o[s] sujeito[s] (expõem-se dirige a um grupo bem definido Sendo a aula um acontecimen-
a penosas aventuras)". Expomo- — o dos alunos — que ocupa um to inter-subjetivo, até mesmo a
nos à recusa e à aceitação, damos lugar social hierarquicamente sub- recitação do livro didático, enor-
a ver nossas escolhas, damos a ver metido ao do professor (por mais memente criticada, tem seu fa-
nossa relação com o texto. ‘democráticos’ que sejamos), a fala migerado automatismo posto sob
A "aula", que se realiza pre- professoral é uma lâmina de dois desconfiança nas muitas e muitas
dominantemente pela fala, tem gumes, a ferir quem a profere. Sua vezes em que, afetados por nosso
especificidades que a configuram posição hierárquica, se por um la- auditório social, sentimo-nos sem
como um gênero discursivo. A fala do antecipa a possibilidade de que saber como dar continuidade a ela.
professoral, analisa Barthes, é seja levada em conta pelos interlo- Como professores, podemos
"uma fala pública", na qual não há cutores, por outro configura-a como realizar a leitura pelo aluno, numa
refúgio. No comentário público "uma fala de autoridade", à qual se aula expositiva. Podemos ignorar
que do texto fazemos, estamos em pede clareza, nitidez, transparên- os alunos enquanto falamos, acre-
exposição à dança de olhos que cia, ilusões que pouco a pouco ditando que detemos o controle
nos cerca. Pelo tom que imprimi- vamos desconstruindo ao nos de- dos sentidos que se produzem na
mos a nossos dizeres, damos a ver frontarmos com os desdobramen- sala de aula, através da determi-
emoções, concordâncias e dis- tos daquilo que dizemos. nação da perspectiva de onde
cordâncias apaixonadas que o Como lugar de autoridade, de devem ser vistos e ditos os fatos
texto suscita em nós e também saber legitimado que vale por si que apresentamos a eles. Mas não
nossa relação com o grupo a quem mesmo, continua Barthes, a fala temos como controlar os proces-
nos dirigimos. Nosso titubear, nos- professoral é também uma fala sos de compreensão que acompa-
sas correções, nossas imprecisões que pode ser resumida, "...privilé- nham nossos dizeres.
e nossos acertos são acompa- gio que partilha com o discurso Porque o outro a quem a aula
nhados, acolhidos, desdenhados dos parlamentares". No resumo, se dirige não é "um ser privado de
por nossos interlocutores, entre pensamento e estilo são cindidos: palavras" (Bakhtin,1986) de sig-
sussurros, sorrisos, cara feia, "a 'forma', assim se pensa, é com- nificados, de vivências e de expe-
deboche. Quantas e quantas vezes, primível, e essa compressão não é riências: a compreensão é sempre
no pleno exercício da aula, perce- julgada essencialmente prejudi- uma réplica à palavra do outro,
bemos a fragilidade do lugar que cial". Nos resumos em que somos produzida pelo encontro/confronto
ocupamos! convertidos, vemo-nos, então, pas- entre as palavras ‘alheias’ e as
Assim, ainda que investida de teurizados. Algumas vezes sequer palavras de que já nos apropria-
autoridade, na medida em que se neles nos reconhecemos. mos . Podemos impedir, então, que

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essa compreensão seja manifesta- Ao abrirmos o texto seleciona- como o que separa sem re-unir. A
da oralmente, ao não deixar es- do, remetendo-o a nossos alunos, co-respondência , sugere Larrosa,
paço para o outro dentro do dis- instauramos, como sugere Larrosa não está em olharmos uns para os
curso que proferimos como pro- (1998), "uma comunidade dos outros, mas em olharmos todos na
fessores, ou espaço para que nós, convocados à lição — o ato de ler mesma direção e em vermos coi-
professores, ocupemos como com os outros". O texto comum, sas diferentes, e dizê-las.
ouvintes (Orlandi,1987), mas não nos diz Larrosa, é o texto do qual Na tentativa de explicitar o
temos como impedir, como cer- os leitores participam, "é o texto quanto a significação se produz na
cear sua produção, não temos com-partilhado entre os leitores, o interação e na diferença, pense-
como controlar as réplicas mos, como sugere Jurandir
que nossas palavras susci- Freire Costa (1995), nas
tam. descrições de uma pedra.
A condição de reci- Há numa pedra uma reali-
procidade da relação de dade intrínseca, que a defi-
ensino/aprendizagem rompe na como pedra? Se eu for ao
com o grande poder conser- dicionário, provavelmente
vador atribuído a nós, pro- encontrarei alguma defini-
fessores, pelas teorias da ção. No entanto, "posso ver
reprodução, e com a crença numa pedra realidades dife-
no consumo passivo por rentes se sou físico; geólo-
parte dos alunos, eviden- go; alpinista; pedreiro; de-
ciando que os nossos gestos corador; arqueólogo; poeta
e os nossos dizeres como (Drummond, João Cabral,
professores não significam Gertrude Stein); religioso
em si, eles significam na ("atire a primeira pedra");
relação e são ativamente manifestante político em
produzidos pelos alunos que confronto com a polícia ou
os consomem (Certeau, filósofo". Em todos esses
1994). Como professores, prepa- que os leitores com-partem, o que casos, não há um referente que
ramos o texto, temos no nosso os parte em comum, o que não se sustente a coincidência das des-
imaginário um auditório social, com-parte a não ser como partição crições feitas, mas tampouco po-
temos intenções que modelam e re-partição". Por isso, na aula, demos dizer que uma descrição
nossas ações e discurso, mas eles nós professores e nossos alunos seja mais verdadeira do que a
efetivamente significam na intera- não temos em comum senão o outra, embora todas estejam
ção com as palavras daqueles que espaço que faz possíveis nossas sujeitas a critérios de avaliação
nos ouvem. diferenças e a relação no texto ideológica. Esses diferentes senti-

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dos emergindo em enunciações parte dela, as formas de suas habituamos a pensar as relações de
concretas, produzidas em con- relações morfológicas e sintáticas ensino, bem como a transparência,
dições específicas de interação, etc.) quanto pelos elementos não a clareza dos sentidos em circu-
são acolhidos, rejeitados, modula- verbais da situação em que é pro- lação nessas relações.
dos, disputados pelos interlocu- nunciada, de tal modo que se per- Dos aperitivos ao licor, em
tores. Dessa perspectiva, a pedra é dermos de vista uma ou outra de sobressaltos, vamos experimen-
um fragmento material da reali- suas dimensões, perdemos tam- tando a crise entre uma identidade,
dade tanto como massa física bém a possibilidade de com- pessoal e profissional, conferida e
quanto como signo historicamente preendê-la. estável e as alterações que a expe-
produzido, que constitui e sustenta Essa discussão nos remete à riência do acidental e do impre-
categorias fundadas em coorde- complexidade e singularidade da visível nos proporciona. Nos
nadas sociais, culturais e de subje- "aula". Os lugares sociais de pro- olhos, nos gestos e nas palavras de
tivação que, mediatizando nossas fessor e de aluno e as relações de nossos alunos encontramos nossa
relações sociais, nos constituem. ensino que se produzem entre eles imagem reafirmada, desdobrada,
A situação sugerida explicita a não existem em si. Eles existem e multiplicada, feita em pedaços,
complexidade dos processos de se materializam à medida que vão apagada...
produção de sentidos. As enuncia- sendo ocupados por indivíduos Mas também podemos optar
ções tomadas em sua amplitude reais, que se diferenciam em ter- pelo silenciamento da diversi-
concreta, como fenômeno históri- mos de sexo, idade, etnia, classe dade e dificultar a co-respondên-
co, têm tanto uma significação social, credo, valores, experiências cia, ou seja, a escuta daquilo que
unitária, "propriedade de cada vividas, enfim, indivíduos históri- dá o que dizer, daquilo que fica
enunciação como um todo" que se cos, indivíduos que encarnam por dizer frente ao texto que da-
apresenta como a expressão do histórias singulares, que interagem mos a ler, frente ao comentário
instante histórico singular e não em uma situação histórica concre- em que nos damos a ver. Embora
reiterável ao qual ela pertence, ta numa escala microscópica. o silêncio dos alunos muitas ve-
quanto se apoiam sobre elementos Essas singularidades mediatizam- zes nos tranqüilize — não há sus-
reiteráveis, idênticos, fundados se reciprocamente e são constituti- tos, não há dúvidas, não há per-
sobre uma convenção, destaca vas de toda a dinâmica interativa guntas sem resposta (Orlandi,
Bakhtin (1986). Elas são determi- que se produz na sala de aula, 1987) — acabamos, como nos
nadas tanto pelas formas lingüísti- implodindo a simplicidade, a natu- alerta Barthes, privados de uma
cas que entram em sua com- ralidade, o poder conformador e a imagem, mesmo ofensiva, que
posição (as palavras que fazem homogeneidade com que nos nos constitua.

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sível o encontro, para instaurar o
que temos em comum — a arena,
o espaço que faz possível nossas
diferenças.
Findo o ritual, recolhemos as
sobras de nossa imagem posta em
pedaços: Foi bom, meu bem?
Acolhida e acarinhada por uns,
rechaçada por outros, compreendi-
da, desconstruída, essa imagem
multiplicada nos devolve sentidos
em movimento. Afinal, que raio de
professores temos sido?
Em recolhimento rememo-
No desenrolar do ritual, os ensaio materializam-se ou são ramos cada pedaço de fala nossa-
papéis de professor e de aluno não abandonados, os possíveis do deles/deles-nossa, os silêncios. E
só se constituem, como também ensaio res-significam-se e apren- nesse rememorar, os alunos ainda
nos constituem — tornam-se parte demos, na prática, que planejamos nos acompanham a indiciar "o que
do que nós somos, marcam nossos para fazer diferente, porque a constroem dos professores que
modos de ver e de pensar o materialização do ensaio não formam e se formam no trabalho."
mundo, e, nesse sentido, na aula, depende só de nós, professores. (Geraldi, 1993)
formamos e somos formados. Do ensaio à realização do ritual, Mais um dia. O tempo passa
Vista dessa perspectiva, a aula aprendemos que ensaiamos — e em nós. Projetamos novos ensaios.
é um espaço complexo, contra- temos de fazê-lo — não para Na aparente ritualização do mes-
ditório, cultural, histórico, múlti- realizar o ritual da aula tal qual o mo, re-começamos: mais uma aula
plo. É uma arena de encontro e de imaginamos, mas para tornar pos- em preparação. •
luta (parafraseando Bakhtin) entre
sujeitos que se constituem em Referências bibliográficas/Sugestões de leitura
condições históricas determina- BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,1992.
________ Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec,1986.
das, dentro de certas políticas de BARTHES,R. Escritores, intelectuais e professores. In: O Rumor da Língua. São Paulo: Brasiliense,
saber e de verdade. 1988, p. 313 -332.
COSTA, Jurandir F. Resposta a Zeljko Loparic. Percurso, nº. 14, São Paulo, 1995, p.96-107.
Na tensão entre as tentativas DE CERTEAU, M. A invenção do cotidiano - as artes do fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.
GERALDI, J.W. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
de conter os sentidos que teimosa- LARROSA, J. Pedagogia profana: danças piruetas e mascaradas. Porto Alegre: Contraban-
do,1998, p.173,187.
mente se desdobram e o acolhi- MAGNANI, Maria do Rosário. Em sobressaltos - formação de professora. Campinas: Editora da
mento da multiplicidade produzi- Unicamp, 1993.
ORLANDI, E. A linguagem e seu funcionamento. Campinas: Pontes,1987.
da, os possíveis antecipados no

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