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Psicoterapias
(CORDIOLI, 2008)
Elementos comuns
às psicoterapias
1. Relação terapeuta-paciente
2. O contrato terapêutico
(CORDIOLI, 2008)
Continuum
Psicoterapias de
Psicanálise
Apoio
EXPRESSIVA
SUPORTIVAS
(CORDIOLI, 2008)
Psicoterapia de Apoio
Psicoterapia de apoio
Conceito segundo a APA:
A relação de apoio entre um paciente incapacitado e um
terapeuta que, assumindo uma posição de autoridade,
proporciona orientação, apoio e teste de realidade.
(CORDIOLI, 2008)
Objetivos da PA
(CORDIOLI, 2008)
Objetivos da PA
• Proporcionar apoio aos indivíduos na
ultrapassagem das etapas evolutivas ou na
superação de déficits maturativos;
(CORDIOLI, 2008)
Atualmente há um consenso de que todas as
psicoterapias, independentemente de sua
orientação, existe em maior ou menor grau um
fator não-específico responsável em grande
parte pela influência que o terapeuta exerce
sobre o paciente e, em parte, por modificações
que ocorrem durante o tratamento: o apoio.
Classificação
PA de longa duração
• Pacientes com incapacitações de ego: psicóticos, portadores
de transtornos psiquiátricos crônicos, problemas
caracterológicos graves, ou com atrasos evolutivos acentuados
(déficits).
PA de curta duração
• Controlar crises agudas que ocorram isoladamente em
indivíduos previamente sadios, no curso de doenças crônicas
ou de terapias prolongadas, e reestabelecer o nível de
funcionamento prévio
(CORDIOLI, 2008)
Indicações
Tipo I Tipo II
• Vivenciando uma crise, trauma • Déficits crônicos de ego e problemas
ou desastre e funcionando de funcionamento;
abaixo do seu nível usual em • Teste de realidade limitado;
resposta a uma crise; • Dificuldade de controle de impulsos;
• Geralmente saudável do ponto • Capacidade limitada de sublimar;
de vista psiquiátrico; • Relacionamentos interpessoais
• Bem-adaptado; limitados;
• Bons apoios sociais; • Níveis de agressão frequentemente
• Bons relacionamentos elevados;
interpessoais; • Capacidade limitada de confortar-
• Defesas flexíveis; se;
• Esperançoso em relação ao • Baixa capacidade verbal e de
futuro. introspecção.
(CORDIOLI, 2008)
Indicações – Doenças físicas
• Diabete
• Doenças coronarianas (pós-infarto, pós –AVC)
• Leucemia aguda
• Colite Ulcerativa
• Câncer
• Infecção por HIV
(CORDIOLI, 1998)
Contra-indicações
• Pacientes com • Pacientes que • Agressividade
incapacidade de apresentam conflitos de oferecendo perigo ao
estabelecer aliança natureza psicodinânima; terapeuta
terapêutica;
• Retardo mental severo • Pacientes que recusam
• Sem motivação para
• Transtornos factícios ou
qualquer forma de
mudança; tratamento
simulação
psicoterapêutico
• Com sintomas que
• Prejuízo cognitivo ou de
implicam ganhos
memória significativo
secundários;
Autogovernar Autogerir
Em busca da
AUTOREALIZAÇÃO
O que é existencialismo?
• É o campo da filosofia que se ocupa do significado da
existência humana;
• Refletem sobre o estar no mundo;
• Cada pessoa é responsável por sua própria vida e
maturidade;
• Os pontos de vista da abordagem existencial são
chamados de fenomenológicos.
Teorias
fenomenológicas da Self
personalidade
(DAVIDOFF, 2001).
Abordagem Humanista-Existencial
Principais abordagens:
2. Gestalt
(DAVIDOFF, 2001).
Abordagem Centrada na Pessoa
Principal precursor: CARL ROGERS
O foco da perspectiva de Rogers é a ideia de que as
pessoas tendem a se desenvolver positivamente, ou seja,
a menos que impedidas, elas cumprirão seu potencial.
Autocontrole
Bondade
interior
Pressupostos
importantes Ambiente
Incapacidade de
psicossocial de
aceitação
Apoio
(Rogers, 1977)
Fases do pensamento de Rogers
• Fase não diretiva (1940-1950);
Foco
• EFEITO CARAMBOLA
Potencialização dos ganhos terapêuticos por
repetidas experiências emocionais corretivas.
Atividade e Planejamento
(CORDIOLI, 2008)
Origem da Terapia Familiar
• As terapias familiares surgiram muito mais inspirados pela busca
de saídas terapêuticas para problemas desafiadores com
populações clínicas não-beneficiadas por tratamentos
convencionais do que por novas evoluções conceituais e
paradigmáticas em si.
Desenvolvimento de várias abordagens:
• Comunicacional
• Interacional ou terapia estratégica breve
• Estrutural
• Estratégica
• Experiencial simbólica Tomaram como referência o que
surgiu no território americano e que
• Intergeracional informou a prática da terapia familiar
• Sistêmica de Milão no Brasil
O que acontece em um membro da família afeta todos os
demais. Reciprocamente, o que ocorre com a família influencia
necessariamente todos os membros, sendo preciso pensar a
família com uma UNIDADE.
(Minuchin, 1992)
Território Contexto
Intrapsíquico inter-relacional
Construtivismo
Construcionismo social
Construcionismo social
Terapias narrativas
(CORDIOLI, 2008)
Mudanças ao longo do ciclo vital da
família
As diversas fases exigem
• Individuação do adulto; acomodação e mudança de
cada membro e da família como
• Casamento; um todo, sempre mantendo,
simultaneamente, a
• Nascimento do primeiro filho; estabilidade do grupo.
(CORDIOLI, 2008)
Para o diagnóstico da família
• Nível socioeconômico e características étnico-culturais;
• Crise vital ou crise situacional: o estágio de
desenvolvimento da família;
• Estrutura: alianças, hierarquia e estilo de funcionamento;
• Comunicação, capacidade de resolver problemas e
expressão do afeto;
• A função protetora do sintoma e a presença de
transtorno psiquiátrico;
• Classificação do funcionamento familiar;
• Motivação para o tratamento.
(CORDIOLI, 2008)
Plano Terapêutico – Terapia Familiar
(CORDIOLI, 2008)
Técnicas Psicoterapêuticas
(CORDIOLI, 2008)
Principais objetivos
• Melhorar a comunicação entre os membros
• Desenvolver a autonomia e a individualização
• Descentralizar e tornar mais flexíveis os padrões de
liderança e tomada de decisões
• Reduzir conflitos interpessoais e sintomas
• Melhorar o desempenho individual
• Criar condições para a individuação de cada um,
mantendo a coesão e a mutualidade do grupo.
(CORDIOLI, 2008)
Características da Terapia de Grupo
• Utiliza a maioria dos conceitos psicanalíticos, como
transferência, contratransferência, associação livre,
resistência, instintos sexuais e agressivos, sonhos,
mecanismos de defesa e etc., adaptados ao setting
grupal.
• Diferenças: enquanto nos grupos as relações
intersubjetivas (vínculos) fazem parte do aqui-e-agora, no
tratamento individual essas relações estão no lá-e-então
e são apenas relatadas pelo paciente.
(CORDIOLI, 2008)
Desempenho de papéis
O desempenho de papéis são adotados, temporária ou
permanentemente, pelos membros do grupo:
• Bode expiatório: o “culpado”, “bobo da corte”
• Porta-voz: representante dos anseios latentes
• Sabotador: Invejoso e narcisista
• Vestal: zelador da “moral e bons costumes”
• Atuador pelos demais: toma atitudes proibidas por
delegação do grupo. Criticado pelo grupo, ao mesmo
tempo que realiza os desejos.
• Líder: pode ser integrador ou obstrutivo
(CORDIOLI, 2008)
Conceitos importantes
Campo grupal: uma estrutura que vai além da soma de seus
componentes, de forma análoga a uma melodia que resulta
não da soma das notas musicais, mas, sim da combinação e
do arranjo entre elas.
(CORDIOLI, 2008)
Formação do grupo
Para o planejamento:
• Para que serve o grupo? (Objetivos)
• Para quem é o grupo? (População-alvo)
• Como será feito o tratamento? (técnica utilizada)
• Por quem será feito o tratamento? (recursos do
terapeuta)
(CORDIOLI, 2008)
Enquadre grupal (Setting)
(CORDIOLI, 2008)
Contra-indicações
• Participantes que estão pouco motivados para um tratamento
longo e difícil;
• Sejam excessivamente deprimidos, paranoides ou narcisistas;
• Apresentam forte tendência a actings de natureza maligna (ex.
Pacientes psicopatas);
• Tenham riscos agudos, principalmente de suicídio;
• Apresentam déficits intelectual ou elevada dificuldade de
abstração;
• Estejam no auge de uma séria situação crítica;
• Pertencem a uma categoria profissional ou política que
representa sérios riscos para uma eventual quebra de sigilo
grupal;
• Tenham uma história com várias terapias anteriores
interrompidas (abandonadores compulsivos)
(CORDIOLI, 2008)
Fatores Terapêuticos
1. Instilação da esperança: incentivo de comportamentos
proativos através do contágio grupal.
2. Universalidade do problema: reconhecimento de
queixas semelhantes no grupo.
3. Compartilhamento de informações: ocorre com mais
frequência em grupos temáticos.
4. Altruísmo: efeito grupal que estimula a faculdade
humana de ajudar os outros.
5. Socialização: desenvolvimento de hábitos sociais pelo
próprio convívio em grupo.
(CORDIOLI, 2008)
Fatores Terapêuticos
6. Comportamento imitativo: pela simples imitação do
comportamento saudável das pessoas.
7. Catarse: alívio pela ventilação de emoções.
8. Recapitulação corretiva: correção de padrões familiares
disfuncionais
9. Fatores existenciais: doenças, morte, luto e isolamento.
10. Coesão grupal: pertencimento e afinidade com os
demais membros.
11. Aprendizagem interpessoal: identificação e correção
da psicopatologia individual
(CORDIOLI, 2008)
Principais técnicas utilizadas
• Associação livre
• Foco no aqui-e-agora
• Feedback
• Interpretação
(CORDIOLI, 2008)
“Em poucas palavras, a pertença consiste na sensação de sentir-se
parte, a cooperação consiste nas ações com o outro e a pertinência na
eficácia com que se realizam as ações”
“Já o líder de mudança surge no momento em que o que foi explicitado
pelo portavoz é aceito pelo grupo contribuindo para o movimento
dialético grupal (GAYOTTO, [1992]).”
“A técnica do grupo operativo pressupõe a tarefa explícita
(aprendizagem, diagnóstico ou tratamento), a tarefa implícita (o modo
como cada integrante vivencia o grupo) e o enquadre que são os
elementos fixos (o tempo, a duração, a frequência, a função do
coordenador e do observador)”.
“Cada integrante do grupo comparece com sua história pessoal
consciente e inconsciente, isto é, com sua verticalidade. Na medida em
que se constituem em grupo passam a compartilhar necessidades em
função de objetivos comuns e criam uma nova história, a
horizontalidade do grupo, que não é simplesmente a somatória de
suas verticalidades pois há uma construção coletiva resultante da
interação de aspectos de sua verticalidade, gerando uma história
própria, inovadora que dá ao grupo sua especificidade e identidade
grupal”
Psicoterapia Interpessoal
Terapia Interpessoal
• Psicoterapia limitada de tempo (breve), incialmente
desenvolvida para tratar a fase aguda da depressão
unipolar não-psicótica.
• Vê a psicopatologia e as relações sociais de forma
interativa: a psicopatologia influencia e é influenciada
pelas relações sociais.
• Colocava ênfase nos aspectos psicossociais atuais,
contrapondo-se à abordagem psicanalítica tradicional,
que focava nos aspectos passados e intrapsíquicos.
• Está estruturada em três fases: inicial, intermediária e
final.
(CORDIOLI, 2008)
Esquema do modelo teórico da TIP
Problemas
Depressão
interpessoais
(CORDIOLI, 2008)
Fases do tratamento
INICIAL
• Entre 1 e 3 sessões iniciais;
• Estabelecer o diagnóstico e analisar a intensidade da
síndrome;
• Colher a história minuciosa do paciente (Inventário
interpessoal);
• Estruturação do contexto social e interpessoal que
desencadeou ou manteve os sintomas depressivos;
• Avaliação da indicação de medicação e de comorbidades
clínicas;
• Psicoeducação sobre a depressão;
• Apresentação da Formulação Interpessoal - áreas problemas
(1) luto; (2) disputa de papéis; (3) transição de papéis e (4)
déficit interpessoal.
(CORDIOLI, 2008)
Fases do tratamento
INTERMEDIÁRIA
• 10 a 12 sessões
• Procura aplicar as estratégias específicas para atingir os
objetivos definidos para cada uma das áreas-problema.
• Embora o paciente possa ter mais de uma área-problema,
escolhe-se como foco do tratamento a que tem mais
relevância para o paciente naquele momento.
FINAL
• Últimas duas ou três sessões;
• Tem como objetivo consolidar os ganhos terapêuticos e
desenvolver formas de identificar e lidar com sintomas
depressivos que possam surgir no futuro.
(CORDIOLI, 2008)
Áreas-problemas
• Luto: reação não-normal após a morte de alguém amado, a função do terapeuta
é facilitar a expressão dos sentimentos associados e auxiliar o paciente a
encontrar, gradualmente, novas atividades e relacionamentos, visando uma
melhor elaboração da perda.
• Disputas de papéis: o terapeuta ajuda o paciente a examinar as características
da relação e a natureza da disputa, a fim de verificar a possibilidade ou da
resolução dos conflitos presentes, ou da relação ter chegado a um impasse, ou
de ter atingido um estágio de irreversibilidade, com um rompimento inevitável,
e a necessidade de busca de outras alternativas.
• Transição de papéis: é uma área-problema que inclui as mudanças importantes
de estilos de vida, como o início ou fim de uma carreira profissional,
aposentadoria, promoção de emprego, diagnóstico de alguma doença grave. O
tratamento visa auxiliar o paciente a lidar com a mudança, reconhecendo de
forma mais realista os aspectos negativos e positivos do novo e do velho papel.
• Déficits interpessoais naqueles pacientes com grandes dificuldades nas
habilidades sociais, incluindo as de iniciar e manter relações interpessoais.
(CORDIOLI, 2008)
Análise Transacional
• Análise Transacional (AT) é uma teoria da personalidade criada
pelo Dr. Eric Berne no final da década de 50. De acordo com a
definição da International Transactional Analysis Association
(ITAA) "A Análise Transacional é uma teoria da
personalidade e uma psicoterapia sistemática para o
crescimento e a mudança pessoal". É também uma filosofia
de vida, uma teoria da Psicologia individual e social. Possui um
conjunto de técnicas de mudança positiva que possibilita uma
tomada de posição quanto ao ser humano.
• O termo transacional deveu-se ao interesse que Berne tinha
pelo que ocorria entre as pessoas. Daí o estudo, a análise, as
trocas de estímulos e as respostas (transações) entre os
indivíduos serem a ênfase dada por Berne ao iniciar as suas
pesquisas e observações.
(Portal BrAt, acesso abril de 2016)
Análise Transacional
• Além de ter se ocupado primordialmente com o que
ocorre entre os indivíduos, Berne contribuiu ainda com
excelente modelo de estudo do que ocorre no interior do
indivíduo. Berne dizia: "todos nós nascemos príncipes e
princesas, mas às vezes nossa infância nos transforma em
sapos". É uma filosofia positiva e de confiança no ser
humano: todos nós nascemos bem ("OK"), com
capacidade plena para obter sucesso e satisfação de
nossas necessidades. A única exceção é quando o
indivíduo sofre alguma afecção orgânica grave.
• A naturalidade da AT fundamenta-se nas necessidades
básicas do ser humano: biológicas, psicológicas e sociais.
Teoria da Personalidade
Calvin S. Hall, Gardner Lindzey e John
B. Campbell. Artmed, 2000.
Obrigada!
nath.dellasanta@gmail.com