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• Reforços;
• Terapia aversiva;
• Dessensibilização sistemática;
• Imersão;
• Modelagem participante;
• Economia de fichas.
PSICO
INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
A terapia comportamental pode ser indicada e útil para tratar praticamente
todos os problemas de saúde e de comportamento de atuação do psiquiatra ou do
psicoterapeuta, como:
Fobias específicas;
Agorafobia com ou sem pânico;
Fobia social;
Transtornos de ansiedade;
Transtorno obsessivo-compulsivo;
Disfunções sexuais: em especial ejaculação precoce e vaginismo;
Dificuldade de relacionamento interpessoal;
Reabilitação de doentes crônicos;
Depressão;
Transtornos alimentares;
Problemas de comportamento na infância;
Problemas de comportamento na adolescência;
Abuso de dependência de álcool e drogas;
Autoconhecimento.
Alvos comportamentais
Dessensibilização sistemática
Essa técnica foi criada por Joseph Wolpe, e baseia-se segundo Kaplan e
Sadock (2003), no princípio comportamental do contracondicionamento, o qual
afirma que o indivíduo pode superar a ansiedade mal-adaptativa provocada por uma
situação ou objeto aproximando as situações temidas gradualmente, em um estado
psicofisiológico que iniba a ansiedade.
Nessa técnica, o cliente é treinado a relaxar, é colocado em contato com uma
hierarquia de situações geradoras de ansiedade e é solicitado a relaxar enquanto
imagina cada uma delas, assim o paciente atinge um estado de completo
relaxamento, quando é exposto ao estímulo que provoca a resposta de ansiedade.
Nesse caso, a reação negativa de ansiedade é inibida pelo estado de relaxamento,
num processo chamado de inibição recíproca.
Em vez de utilizar as situações ou objetos reais que provocam medo, paciente
e terapeuta preparam uma lista graduada ou uma hierarquia de cenas provocadoras
de ansiedade associadas aos medos do paciente. Finalmente, o estado aprendido
de relaxamento e as cenas provocadoras de ansiedade são sistematicamente
pareados ao tratamento.
Percebemos que a dessensibilização sistemática consiste então de três
etapas: treino de relaxamento, construção de hierarquia e dessensibilização do
estímulo.
Exposição in vivo
Semelhante à dessensibilização, exceto pelo fato de que o cliente realmente
experimenta cada situação.
Flooding ou Inundação
Reforçamento seletivo
Modelagem
Modelação (imitação)
É o processo pelo qual uma pessoa aprende comportamentos observando e
imitindo os outros. É um método bastante eficaz de mudança de comportamento,
pois uma vez que observar os outros é uma das principais formas humanas de
aprender, assistir pessoas que estão apresentando comportamento adaptativo
ensina melhores estratégias de enfrentamento às pessoas com respostas
inadaptativas. A modelação é eficaz na superação de medos e ansiedades porque
oferece uma oportunidade para observar outra pessoa passar pela situação
geradora de ansiedade sem se ferir.
Exemplo: O terapeuta emite comportamentos assertivos durante a sessão que
podem ser copiados pelo cliente e reproduzidos.
Ensaio comportamental
Hierarquia de respostas/estímulos
Nessa técnica, tem-se uma lista de situações ou respostas, das mais temidas
até as menos temidas, para serem usadas em exposição.
Exemplo: o paciente e o terapeuta fazem uma lista de situações ou
comportamentos que o primeiro teme, com hierarquia de temor. O paciente fóbico de
elevador coloca “pensar em elevador” como a menos temida e “subir de elevador o
edifício mais alto da cidade” como a mais temida.
Autorrecompensa
Treinamento de Relaxamento
Reforço
Punição
OBSERVAÇÕES:
EXEMPLO Nota alta em uma Permitir a uma Uma nota baixa em Cortar a televisão
prova. criança que saia do um exame. de uma criança que
seu quarto depois se comporta mal.
de parar com um
acesso de raiva.
Terapia aversiva
Choques elétricos;
Substâncias que induzem vômito;
Punição corporal;
Reprovação social, etc.
Condicionamento respondente
Estímulo condicionado
Resposta condicionada
Comportamento operante
Nesse tipo de comportamento novas respostas podem ser fortalecidas –
reforçadas – por eventos que as seguem imediatamente.
Aprendizagem social
TERAPIA COGNITIVA
De acordo com Beck (1964), a Terapia Cognitiva foi desenvolvida por Aaron
T. Beck, como uma psicoterapia breve, estruturada, orientada ao presente, para
depressão, direcionada a resolução de problemas atuais e a modificar os
pensamentos e comportamentos disfuncionais.
Segundo Beck (2007), Aaron T. Beck a desenvolveram na Universidade da
Pensilvânia no início da década de 60. Desde lá, Beck e outros vêm adaptando com
sucesso essa terapia para um conjunto surpreendentemente diverso de populações
e desordens psiquiátricas.
O modelo cognitivo propõe que o pensamento distorcido ou disfuncional, que
sabemos que influencia o humor e o comportamento do paciente, seja comum a
todos os distúrbios psicológicos. Portanto, se o paciente faz uma avaliação realista e
modifica seu pensamento, ele produz uma melhora no humor e no seu
comportamento. Para se ter uma melhora duradoura deve-se modificar as crenças
disfuncionais básicas dos pacientes.
Beck (1997) enfatiza que a terapia cognitiva é utilizada em uma ampla gama
de aplicações também apoiadas por dados empíricos, que são derivados da teoria. A
terapia cognitiva foi extensamente testada desde 1977, em que estudos controlados
demonstraram sua eficácia no tratamento do transtorno depressão maior, transtorno
de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, fobia social, abuso de substância,
transtornos alimentares, problemas de casais e depressão de pacientes internados.
Beck (1997) diz que a terapia cognitiva pode ser usada também para
pacientes com diferentes níveis de educação e renda, pacientes de todas as idades,
da pré-escola até os idosos.
Outras formas de Terapia Cognitivo-comportamental foram desenvolvidas por
outros teóricos. A Terapia racional-emotiva de Albert Ellis, a modificação do
comportamento de Donald Meichenbaum e a Terapia multimodal de Arnold Lazarus,
e muitos outros contribuíram de forma importante para o desenvolvimento da
Terapia Cognitiva – incluindo Michael Mahoney, Vittorio Guidano e Giovanne Liotti.
A integração entre as abordagens cognitiva e a comportamental aconteceu a
partir da aceitação de ideias cognitivas influenciada pelos “três sistemas” de Lang,
(Salkovskis et al. 1997) que são o comportamental, o cognitivo/afetivo e o fisiológico.
Esse conceito enfatiza que os problemas psicológicos poderiam ser conceitualizados
de maneira útil em sistemas de resposta 50 sutilmente ligados. Isso foi um marco
para a aceitação das noções cognitivas na abordagem comportamental.
O tratamento na abordagem cognitivo-comportamental objetiva ajudar o
paciente a reconhecer padrões de pensamento distorcido e comportamento
disfuncional, utilizando-se a discussão sistemática e tarefas comportamentais
previamente estruturadas para ajudar o paciente a avaliar e modificar tanto seus
pensamentos deformados quanto seus comportamentos disfuncionais.
Três proposições fundamentais são identificadas como estando no cerne das
terapias cognitivo-comportamentais (KNAPP, 2004):