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Fichamento: Aprendendo a Terapia Cognitivo-

Comportamental
Disciplina: Matriz Comportamental e Cognitiva
Docentes: Wandielly Ramaianne
Aluna: Izabelly Priscila S. dos Santos

RESUMO

O objetivo do presente trabalho é expor assuntos abordados nos capitulos 6. Metodos


Comportamentais I, 7. Metodos Comportamentais II e 8. Modificando Esquemas, do livro
Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental escrtio por Jesse H. Wright, Monica R.
Basco e Michael E. Thase em tópicos, de forma a qual seja possível compreender a
influência e o alcance da terapia cognitivo comportamental (TCC).

TÓPICOS

6. METODOS COMPORTAMENTAIS I - Melhorando a energia, concluindo tarefas e


solucionando problemas.

Baixa energia, diminuição do prazer nas atividades e dificuldade em concluir tarefas ou


resolver problemas são queixas usuais de pessoas com depressão. Embora possa parecer
necessário para uma pessoa com depressão reduzir seu nível de atividade, isso
geralmente resulta em piora de seus sintomas. Este capítulo apresenta e fornece exemplos
das intervenções comportamentais mais úteis para ajudar as pessoas que trespassam por
essas dificuldades.
Métodos comportamentais são usados em conjunto com técnicos cognitivas como uma
estratégia geral para atingir os objetivos do tratamento. As mudanças comportamentais
positivos tendem a estar associadas a uma autoestima mais elevada ou a uma atitude mais
adaptativa. Da mesma maneira Mudanças nos pensamentos automáticos ou planos
negativos podem promover um comportamento adaptativo. Os estudos de caso neste
capítulo demonstram como as intervenções comportamentais e cognitivas se
complementam.

- Ativação comportamental

O terapeuta ajuda o paciente a escolher uma ou duas ações que podem fazer diferença em
como ele se sente e, em seguida, o ajuda a elaborar um breve plano para a realização da
atividade. A ativação comportamental é normalmente usada na primeira sessão e em
outras sessões iniciais antes de realizar análises ou intervenções comportamentais mais
detalhadas.

- Programação de atividades

O planejamento de atividades é melhor aplicado a pacientes com depressão moderada a


grave. Também pode ajudar a tratar outros pacientes que acham difícil planejar o dia. O
diário semanal de atividades pode ser combinado com o dever de casa, mas deve ser
iniciado durante a sessão para garantir que o paciente entenda os conceitos.
Para pacientes hospitalizados, a aplicação do diário de atividades costuma ser diária e não
semanal. Ocorrência opte por aplicar o diário no dia da terapia peça ao paciente para
completá-lo com suas atividades de cada período anterior à sessão de tratamento. Por
exemplo, as atividades podem incluir tomar banho, vestir-se, comer, viajar, conversar com
outras pessoas por telefone ou pessoalmente.

- Aumentando as habilidades e o prazer

Se você determinou que há déficits na capacidade percebida do paciente ou no deleite da


vida diária, você pode ajudar o paciente agendando atividades entre as sessões que o
façam se sentir bem consigo mesmo. Inicie criando uma lista de atividades divertidas. Inclui
os exercícios de revisão que receberam a maior pontuação de satisfação.
O registro de atividades geralmente é usado no início da terapia e pode ser interrompido
quando o paciente é capaz de realizar atividades espontaneamente, com prazer e
habilidade. Às vezes, usamos o registro de atividades mais tarde na terapia quando há
problemas contínuos com anedonia, organização de planos de comportamento eficazes ou
procrastinação.

- Planejamento de tarefas graduais

O planejamento de tarefas passo a passo (PTG) é um método de fazer com que tarefas
muito grandes pareçam mais gerenciáveis, dividindo-as em partes menores e, assim,
sendo realizadas com mais facilidade. Pode ser aplicado junto com o registro de atividades
para aumentar a percepção de habilidade, é especialmente útil quando os pacientes estão
atrasados nas atividades (por exemplo, tarefas domésticas ou jardinagem).
- Solução de problemas

Quando as pessoas têm dificuldade em resolver problemas, parte da causa pode ser falta
de desempenho ou aptidões. As pessoas com déficits de desempenho podem ser ajudadas
identificando e, se possível, modificando os fatores que as impedem de usar as habilidades
existentes. Pacientes com déficits de habilidades podem exigir treinamento básico em
técnicos de resolução de problemas.
Os procedimentos de controle de estímulos envolvem a organização do ambiente físico de
modo que estímulos que possam interferir no desempenho da tarefa sejam limitados ou
retidos. Se a concentração for um problema um ambiente barulhento e desordenado pode
distrair uma pessoa de uma tarefa enquanto a paz e o sossego podem facilitar a conclusão
da tarefa. Reduzir a intensidade de suas emoções também pode facilitar a resolução de
problemas.
Exercícios de relaxamento, oração, ouvir música, exercícios, massagens, ioga ou
autocuidado podem induzir uma sensação temporária de bem-estar. O objetivo é reduzir a
tensão não encorajar a evitação de tarefas. Pessoas com depressão podem exagerar a
gravitação de seus problemas e subestimar seus recursos e força para lidar com suas
dificuldades.

7. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS II - Reduzindo a ansiedade e rompendo padrões


de evitação

Os aspectos cognitivos e comportamentais dos transtornos de ansiedade são descritos no


Capítulo 1. Neste capitulo o objetivo agora a explicar a base teórica para o uso de técnicas
comportamentais nos transtornos de ansiedade. Também discutir métodos específicos para
superar problemas como fobia, pânico e transtorno de estresse pós-traumático.

- Análise comportamental dos transtornos de ansiedade

Os métodos comportamentais comumente usados na terapia cognitivo-comportamental


vêm originalmente do modelo da teoria da aprendizagem Na teoria da aprendizagem o
objeto ou circunstância temida é o estímulo, e a resposta de ansiedade provocada pelo
estímulo é a resposta. Quando a terapia comportamental e a terapia cognitiva foram
desenvolvidas Essas duas abordagens são combinadas em uma abordagem cognitivo-
comportamental mais ampla que descrevemos.
Os estímulos iniciais que induzem o medo em uma pessoa são conhecidos como estímulos
incondicionados (UNC). exemplos são lugares onde a pessoa teve pela primeira vez um
ataque de pânico, eventos traumáticos como um roubo ou um acidente grave. Coisas que
lembram o paciente desses estímulos também podem desencadear medo. O termo
geração de estímulos é usado para descrever como essas memórias associadas
desencadeiam a ansiedade.
Pessoas com certas fobias evitam alturas, espaços fechados, ascensores ou outros fatores
que incitam ansiedade. Pacientes com TEPT tentarão se isolar de condições que os
recordar-se de experiências traumáticas. Quem sofre de panico com agorafobia terá muito
cuidado para não experienciar situações que desencadear o pavor.
Os pensamentos automáticos das pessoas ansiosas são caracterizados pelo raciocínio
ilógico. A conjectura do desenvolvimento sugere que as cognições de medo podem ser
moldadas por muitas experiências de vida. O estímulo de medo original que desencadeou
o padrão de estímulos condicionados não pode ser identificado e evitado em muitos
transtornos de ansiedade. Consequentemente, uma formulação mais intrincada do
tratamento de transtornos de ansiedade com TCC é recomendada.

- Rompendo a conexão estímulo-resposta

A inibição recíproca é definida como um processo de redução da excitação emocional, que


ajuda o paciente a experienciar uma emoção positiva ou saudável que neutraliza a
resposta disfórica. O método usual de ação de inibição recíproca é induzir o relaxamento
profundo dos músculos voluntários. Quando uma pessoa fica profundamente relaxada
diante de um estímulo temido, o estímulo e a resposta podem ser incompatíveis.
Técnicos de reestruturação cognitiva podem auxiliar no processo de separação de
respostas de medo de estímulos ameaçadores. A disrupção cognitiva é a maneira mais
usada para conseguir isso. Esta técnica não requer análise automática de pensamentos
negativos. Em vez disso, é feita uma tentativa consciente e consciente de substituir as
percepções ansiosas por pensamentos mais agradáveis ou calmantes.

- Fazendo a seqüência de intervenções comportamentais para sintomas de


ansiedade

A sequência de intervenções comportamentais para o tratamento de diferentes transtornos


de ansiedade é semelhante. Primeiro, o terapeuta avalia os sintomas, os "gatilhos" da
ansiedade e as estratégias atuais de enfrentamento. Dessa forma, o paciente adquire
aptidões básicas para lidar com os pensamentos sentimentos e comportamentos
característicos de um transtorno de ansiedade. Em última análise, essas habilidades são
colocadas para ajudar o paciente a se expor sistematicamente o situações que provocam
ansiedade. A principal forma de avaliação é uma entrevista abrangente destinada a
identificar os principais sintomas e gatilhos de ansiedade e as compreensões e
comportamentos mais importantes. Medidas específicas de diagnóstico e avaliação
também podem ser úteis na fase de avaliação do trabalho com pacientes com transtornos
de ansiedade. Entrevistas clínicas estruturadas para o DSM-IV-TR (SCID, First et al., 2002)
podem ajudar os médicos a fazer um diagnóstico preciso.
Os transtornos de ansiedade geralmente desenvolvem comportamentos de segurança que
perpetuam a resposta de ansiedade. Uma pessoa com fobia social pode forçar-se a ir a
uma festa ocasional. Mas ele lida com sua ansiedade indo imediatamente ao refeitório e
comendo mais comida do que o normal. Ele mora com a esposa Então ela veio falar em
seu lugar.
Os terapeutas precisam entender o quadro geral das estratégias de enfrentamento. ambos
ajustados e não ajustados. Desenvolve intervenções que ajudem os pacientes a identificar
todos os padrões de evitação e os ensina a lidar totalmente com situações de pavor.
Quando um comportamento é seguido por um resultado positivo, é provável que o
comportamento seja repetido.
Gina tinha pavor de dirigir, ficar em elevadores ou no meio da multidão críticas sociais e
aumento dos ataques de panico. Embora os empenhos da noiva de Gina e dos amigos
para ajudar não sejam de forma alguma recompensadores. Ao planejar intervenções para
sintomas de ansiedade, as contingências ambientais devem ser consideradas.
Gina decidiu adiar seu maior medo, o medo de dirigir, até conseguir diminuir a ansiedade
de ir ao café onde trabalhava. Seu pavor de comer em uma lanchonete lotada decorre do
pensamento ilógico de que ela se humilhará derrubando bandejas, rompendo pratos e
fazendo as pessoas enxergar para ela e gargalhar.
O treinamento nas habilidades básicas descritas abaixo equiparará os pacientes com as
ferramentas para superar sua ansiedade. Cinco desses métodos são descritos abaixo:
Treinamento de relaxamento. Interrupção do pensamento distração, desolação e exercícios
respiratórios repetitivos. Etapa 3: Treinamento de habilidades básicas Várias habilidades
básicas de TCC podem ajudar pacientes com transtornos de ansiedade a participar com
sucesso de intervenções baseadas em exposição.

8. MODIFICANDO ESQUEMAS
Quando ajudamos as pessoas a mudar esquemas, estamos trabalhando nas bases de seu
autoconceito e modo de viver no mundo. Os esquemas são as crenças centrais que
contêm as regras fundamentais para o processamento de informações. O desenvolvimento
de esquemas é moldado por interações com pais, professores, colegas e outras pessoas
importantes na vida da pessoa.

O trabalho de revisão de esquemas disfuncionais pode trazer benefícios positivos em duas


áreas principais. A TCC demonstrou ter fortes efeitos na redução do risco de recaída.
Mesmo os pacientes com os sintomas mais graves têm esquemas adaptativos que podem
ajudá-los a enfrentar a situação. É importante explorar e refinar os aspectos adaptativos
das estruturas cognitivas básicas dos pacientes.

- Identificando esquemas

A educação psicológica sobre esquemas é frequentemente implementada


concomitantemente com os métodos de questionamento descritos anteriormente.
Descoberta guiada, imaginação, dramatização e outras técnicas de questionamento usadas
para pensamentos automáticos também são usadas para revelar esquemas. O livro Mind
Overcoming Humor apresenta exercícios destinados a ensinar os pacientes a reconhecer
suas suposições e crenças centrais. Obtendo sua vida de volta inclui exemplos de
esquemas adaptativos e desadaptativos que podem ajudar os pacientes a reconhecer suas
próprias regras básicas.
A TCC baseada em computador pode ser especialmente útil para ensinar os pacientes
sobre crenças centrais. Ele usa experiências de aprendizado multimídia estimulantes que
podem apontar o caminho para cognições que não são visíveis na superfície. Em um
estudo de TCC controlado por computador, os pacientes que usaram o programa Good
Days Ahead apresentaram maior melhora na Escala de Atitudes Disfuncionais.

- Usando inventários de esquemas


Uma lista de verificação do esquema é útil quando os pacientes têm dificuldade em
reconhecer suas crenças centrais. Ver uma variedade de padrões possíveis pode estimular
seu pensamento e ajudá-lo a reconhecer crenças que podem estar ocasionando problemas
ou podem ser reforçadas para aumentar a auto-estima. Com base em nossa experiência
em cuidar de estagiários de terapeutas. Freqüentemente, descobrimos que não é dada
atenção suficiente à identificação das leis do pensamento positivo.
Esta lista é para pessoas com depressão ou ansiedade severa. Muitos esquemas
incompletos são expressos de forma absoluta. Os pacientes tendem a concordar com os
regimes de tratamento inadequados desta lista. Recomendamos que você comece a
administrar um inventário de regime aos pacientes que você trata com CBT.
-Modificando esquemas

Depois de ajudar o paciente a identificar seu esquema básico. Você pode começar a
trabalhar para mudar as regras fundamentais incomuns de seu pensamento e
comportamento. Ao fazer isso, vale lembrar que os esquemas geralmente estão
profundamente enraizados e foram iterados e reforçados ao longo dos anos. Um dos
principais intentos do questionamento socrático é encorajar o questionamento.
Usar perguntas para ajudar os pacientes a identificar inconsistências em seu pensamento.
Faça perguntas que encoraje o paciente a identificar crenças adaptativas. Em geral, as
crenças adaptativas têm maior probabilidade de serem totalmente endossadas, lembradas
e aplicadas quando o paciente realiza a tarefa de eliciar esquemas com valência positiva.
Retenha um estilo experimental e colaborativo de TCC. Seja honesto com seu paciente.
Faça perguntas que sirvam como ponto de partida para a adopção de outros métodos de
edição de esquema. Se você puder fazer perguntas socráticas que estimulam o
excitamento emocional ou reduzem significativamente a dor emocional, a experiência de
aprendizado pode ser mais significativa e memorável para o paciente.

- TCC direcionada para o crescimento


A terapia pode ser orientada para o significado e crescimento pessoal. Mesmo quando os
pacientes estão interessados principalmente no alívio dos sintomas, pode ser útil buscar
crenças centrais que possam aumentar seu potencial de crescimento pessoal ou ajudá-los
a desenvolver um senso mais completo de intento na vida. Aqui estão algumas perguntas
que você pode fazer para ver se um paciente tem objetivos para orientar o tratamento.
O processo de construção de um projeto de crescimento às vezes envolve a exploração de
novos territórios. Talvez o paciente sempre tenha sentido que algo estava faltando na vida
ou que sua vida não tinha propósito. Ou talvez uma perda significativa tenha abalado seus
valores e construções fundamentais. A TCC pode ter como objetivo ajudar uma pessoa a
lidar com os problemas da vida.
A terapia cognitiva construtivista seria um processo de tratamento em que uma pessoa é
transformada para um nível mais alto de autenticidade e bem-estar pessoal. Em nossa
experiência com TCC, transmutações dessa magnitude são raras. Quando as pessoas
continuam a terapia além da fase de alívio dos sintomas e trabalham em direção aos
objetivos de vida, os resultados podem ser muito gratificantes tanto para o paciente quanto
para o terapeuta.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

WRIGTH, Jesse H. / BASCO, Monica R. / THASE, Michael E. Aprendendo a Terapia


Cognitivo-Comportamental: um guia ilustrado. Tradução: Monica Giglio Armando. Porto
Alegre: Artmed, 2008

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