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Protocolo de Tratamento para o Transtorno de Déficit de


Atenção e Hiperatividade (TDAH)

O objetivo dessa aula é apresentar o protocolo de tratamento para a TDAH, através


da TCC. Para tanto, os livros utilizados no preparo desta aula foram "Mastering your
Adult ADHD: Therapist Guide” de Safren (2017) e “Dominando o TDAH adulto:
manual do paciente” de Safren (2008).

O TDAH E SUAS MANIFESTAÇÕES

O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por um


padrão persistente de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Esses sintomas
têm origem neurobiológica, e são decorrentes da incapacidade de inibir reações
impulsivas e de considerar o futuro para guiar o comportamento.

O TDAH tem sido visto como um transtorno que acomete as funções executivas,
sendo estas entendidas como uma gama de processos cerebrais essenciais para a
capacidade de planejamento, organização e inibição do comportamento. Como
consequência, pessoas diagnosticadas com esse transtorno tendem a apresentar
prejuízos no âmbito acadêmico, profissional, familiar e social.

Esse é um transtorno crônico cujos sintomas se manifestam na infância e tendem a


perdurar ao longo da vida do indivíduo. Ademais, os adultos com TDAH costumam
apresentar um padrão de comportamento evitativo motivado pelos sintomas do
TDAH, sendo desenvolvido um viés negativo sobre as próprias capacidades.

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL PARA TDAH

Considerando os prejuízos funcionais do TDAH, o objetivo da terapia


cognitivo-comportamental para este público se dá na criação de habilidades para
manejo dos sintomas em diversos domínios e melhores formas de enfrentamento e

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resolução dos problemas cotidianos. O auxílio nos sintomas relativos à organização,


planejamento, controle inibitório, regulação emocional e enfrentamento da
procrastinação pretendem promover melhora em diversas áreas da vida dos adultos
com TDAH, sendo conhecidas as dificuldades relativas ao desempenho acadêmico,
ocupacional, nos relacionamentos e desenvolvimento de projetos à longo-prazo.

O processo psicoterápico será muito importante para identificar as crenças centrais


do paciente, pois muitas podem estar relacionadas ao desconhecimento sobre a
doença, como se considerarem incapazes ou inúteis.

Os pacientes precisam aprender a contestar suas crenças e adotar uma nova visão
de si mesmos. Portanto, a TCC ajuda o paciente a redirecionar sua atenção,
reestruturar suas crenças de maneiras mais adaptativas e mudar o modo como se
sente, modificar seus comportamentos e auxiliar nas habilidades sociais.

Os pacientes aprendem estratégias de resolução de problemas, automonitoramento,


manejo de tempo, técnicas de organização, controle da raiva e impulsividade. Além
disso, o tratamento farmacológico em conjunto com a psicoterapia é essencial no
tratamento do TDAH, considerando que ele é uma condição neurobiológica e
necessita de intervenção medicamentosa.

ESTRUTURA GERAL DAS SESSÕES

As sessões da TCC adotam, de modo geral, a seguinte sequência:

● revisão do humor;

● avaliação dos sintomas;

● ponte para a sessão anterior;

● agenda da sessão;

● revisão do plano de ação;

● reforços em psicoeducação;

● demonstrações de exercícios e exercícios assistidos pelo terapeuta;

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● combinação de novas tarefas de exercícios cognitivos para casa;

● resumo da sessão pelo terapeuta;

● avaliação da sessão pelo paciente;

● encerramento.

A meta da terapia é a eliminação (remissão) completa dos sintomas, que está


associada a menores taxas de recaídas no futuro.

ETAPAS DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

O tratamento para TDAH, com a Terapia cognitivo-comportamental, dura em média,


12 sessões, de 50-60 minutos e reflete na aprendizagem do paciente de
ferramentas para identificar seus sintomas e para o desenvolvimento de habilidades
para lidar com as dificuldades e perdas advindas dos sintomas do transtorno.

Os principais componentes da TCC no tratamento de TDAH são:

● psicoeducação;
● instrumentalização;
● organização e planejamento;
● controle das distrações;
● reestruturação cognitiva.
● redução de comportamentos de procrastinação (opcional).

O tratamento com a TCC objetiva a mudança de paradigma da pessoa com TDAH,


promovendo maior habilidade para lidar com as dificuldades encontradas
relacionadas às funções executivas, desatenção e hiperatividade, permitindo, ainda,
mudança nas crenças sobre si e o mundo, tornando-as mais funcionais.

● Fase inicial do tratamento

Psicoeducação

O objetivo da psicoeducação é transmitir informações relevantes ao paciente


relacionados ao transtorno e ao tratamento, bem como estabelecimento de rapport.

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Tal intervenção visa à motivação para o tratamento, considerando as crenças


relativas ao insucesso que os adultos com TDAH normalmente apresentam.

Além disso, a psicoeducação dá suporte e início à reestruturação cognitiva sobre si


mesmo e sobre seu passado, a partir do momento em que o paciente passa a
entender que suas falhas são motivadas pelos sintomas do TDAH e não por uma
questão de caráter ou falta de inteligência. Ainda, o conhecimento sobre o
funcionamento das limitações oferece subsídios para o melhor enfrentamento das
mesmas, por exemplo, com o uso de recursos compensatórios como agenda e
listas.

A psicoeducação é interessante também para familiares, sendo sugerida a


participação em grupo psicoeducativo em sessão individual com foco em
informação. Inclusive, a psicoeducação do familiar ou parceiro conjugal faz diminuir
os conflitos interpessoais, além de favorecer um trabalho em equipe, auxiliando na
manutenção dos hábitos mais funcionais.

Itens a serem apresentados na psicoeducação

● Procrastinação.
● Neurobiologia do transtorno.
● Tratamento medicamentoso.
● O que é TDAH: sintomas (desatenção, hiperatividade e impulsividade),
manifestações, incidência e prevalência e fatores desencadeantes.
● Complicações: depressão, alcoolismo, drogadição, ansiedade, compulsão
alimentar, distúrbios do sono.
● Modelo cognitivo do TDAH

O adulto com TDAH apresenta um histórico de fracassos e desistências desde a


infância, motivados pelos próprios sintomas do TDAH, como tendência à distração,
dificuldade de autorregulação, inibição e tendência a evitar situações que levem à
frustração. Desenvolve-se, assim, uma forte crença de que tais características
dizem respeito a si mesmo e não a um transtorno de característica neurobiológica.

Ao longo do tempo, os adultos com TDAH desenvolvem um conjunto de


pensamentos disfuncionais com viés negativo sobre suas capacidades,

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desenvolvendo um estilo de enfrentamento evitativo e já esperando um


desempenho pior do que os pares. Acompanhado a estas crenças, há o sentimento
de culpa, tristeza, ansiedade e raiva.

Assim, se reforça o ciclo de manutenção das formas evitativas de enfrentamento,


pois os pensamentos negativos promovem a dispersão quando a pessoa entra em
contato com situações em que há previsão de frustração. O adulto com TDAH evita
situações que demandem maior esforço ou que pareçam mais complexas,
mantendo assim as crenças de que é incapaz.

● Organização e planejamento

Objetivos:

• facilitar a estruturação e execução de atividades diárias;

• melhorar o desempenho do paciente nas diferentes áreas da sua vida;

• elevar o senso de autoeficácia do paciente;

• otimizar o tempo;

• resolução de problemas;

Após realizada a avaliação clínica e fornecida educação sobre o TDAH e orientação


para o tratamento, uma das primeiras tarefas do terapeuta é ajudar o paciente a
desenvolver e começar a implementar um sistema de agenda e uma lista de tarefas.
Isto é a base para as intervenções restantes, pois para usar outras habilidades no
tratamento os pacientes devem primeiro estar cientes de (a) o que devem fazer e (b)
quando precisam fazê-lo.

Essencialmente, pede-se aos pacientes que desenvolvam sistemas nos quais eles
consolidem todas as informações de compromissos e prazos em um sistema de
agenda e, em seguida, todos os itens "a fazer" em uma lista de tarefas organizada.
Assim, solicita-se que atualizem esses sistemas pelo menos uma vez por dia.

Estratégias utilizadas:

• priorização das atividades;

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• uso de listas de tarefas;

• agendas;

• lembretes;

• quebra de tarefas grandes em partes menores;

• solução de problemas (definição de um plano de ação para resolução do


problema);

● Fase intermediária do tratamento

Controle das distrações

Objetivos:

• facilitar e otimizar a execução de tarefas;

• aumentar a eficiência dos resultados obtidos;

• combater a procrastinação;

Esta etapa do tratamento aborda o fato de que muitos pacientes com TDAH relatam
que não conseguem concluir tarefas porque outras tarefas ou distrações menos
importantes atrapalham. Portanto, os principais objetivos desta etapa são:

1- ajudar o paciente a se tornar mais consciente dos fatores ambientais que estão
contribuindo para a distração;

2- desenvolver técnicas para gerenciar sua tendência a distração e de passar de


uma tarefa para outra sem terminar a primeira.

À medida que os pacientes avançam no tratamento, uma parte maior das sessões
envolve a revisão das habilidades aprendidas anteriormente, bem como a
apresentação de novas habilidades que complementam as habilidades aprendidas
anteriormente. Essa etapa envolve ajudar os pacientes com múltiplas habilidades de
funcionamento executivo compensatório e ampliar as técnicas de organização e
planejamento trabalhadas em sessões anteriores.

Estratégias utilizadas:

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• medir o tempo da atenção;

• técnica do adiamento da distração;

• controle de estímulos para o ambiente (remover distrações);

• controle de estímulos para objetos importantes;

• lembretes para tendência à distração (adesivos e alarme);

● Fase final do tratamento

Reestruturação cognitiva

O foco da reestruturação cognitiva está em reformular as crenças sobre si mesmo a


respeito da incapacidade e baixa autoestima, principalmente. Imprimindo esperança
e uma visão mais realista das dificuldades, assim como maior motivação para a
manutenção do tratamento e das novas habilidades.

Conforme apresentado no item sobre o modelo cognitivo, é comum haver visão


negativa e comportamento de evitação frente às situações em que se prevê
frustração. Portanto, torna-se essencial ajudar o paciente a se tornar mais
consciente dos pensamentos que estão lhe causando dificuldades e desenvolver
estratégias para modificar esses pensamentos.

Dentre as técnicas utilizadas na reestruturação cognitiva, podemos citar: RPD,


questionamento socrático, seta descendente e análise das evidências.

Prevenção de recaídas e alta

• Avaliar a evolução

• Revisar estratégias de maior valor para o paciente

• Manutenção dos ganhos obtidos com o tratamento

• Incentivar o paciente a continuar pondo em prática as habilidades e ferramentas


aprendidas

• Prever dificuldades futuras e trabalhar possíveis estratégias de enfrentamento

• Marcar sessão de revisão (1 mês)

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PASSO A PASSO DO TRATAMENTO PARA TDAH

➔ Sessão 1

Objetivos da sessão

• Entender as características do TDAH na idade adulta.

• Saber porque os sintomas de TDAH prosseguem na idade adulta mesmo depois


do tratamento com medicação.

• Entender que o TDAH é um diagnóstico válido para adultos.

• Saber como este programa foi desenvolvido.

• Conhecer as preocupações dos adultos com TDAH tratados com medicação.

• Entender a taxa de sucesso do programa até agora.

• Entender o que o programa envolverá.

• Entender a gravidade de seus sintomas iniciais como base para acompanhar a


evolução do tratamento.

• Discutir objetivos realistas.

• Conhecer o enfoque modular do tratamento, a importância da prática e da


motivação e como mantê-las.

• Ser introduzido no uso de um sistema de bloco de notas e agenda.

Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Fornecer informações sobre TDAH.

• Determinar as metas do paciente.

• Discutir a estrutura das sessões.

• Explicar o formato modular (algumas áreas difíceis não serão abordadas até
sessões futuras).

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• Ajudar o paciente a resolver possíveis dificuldades com o tratamento em si.

• Motivação para a mudança.

• Discutir o uso de medicamentos para tratar o TDAH.

• Introduzir os sistemas de agenda e lista de tarefas.

• Discutir o envolvimento de um parente no tratamento.

• Identificar possíveis armadilhas.

• Apresentar e utilizar junto com o paciente a escala ASRS.1

Planos de ação

• Criar um sistema de agenda e bloco de notas.

• Colocar todos os compromissos na agenda e iniciar uma lista de tarefas.

• Ler os materiais para a próxima sessão.

• Se acordado, peça a um familiar para comparecer à sessão familiar e entrar em


contato com o terapeuta para organizar o agendamento, se necessário.

➔ Sessão 2

Objetivos da sessão

• A sessão com o cônjuge ou parente fornece informações educacionais sobre o


TDAH na vida adulta e incentiva o casal/parente a identificar formas de apoiar e
manter mudanças positivas de comportamento.

• Esta sessão é opcional e pode ocorrer entre as sessões 2 e 6.

Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Revisar a lista de verificação de sintomas ASRS.

• Psicoeducação sobre TDAH a partir da sessão 1.

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O PDF com este formulário está disponível nos anexos deste módulo.

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• Fornecer visão geral do modelo da TCC sobre a continuação do TDAH na idade


adulta.

• Solicitar feedback do familiar sobre a gravidade dos sintomas do paciente.

• Discutir o papel do membro da família durante o tratamento do paciente.

• Discutir a respeito das tarefas de casa (planos de ação).

Planos de ação

• O paciente e o familiar devem continuar a discutir maneiras pelas quais o membro


da família pode fornecer apoio enquanto o paciente está em tratamento.

• Ler os materiais para a próxima sessão.

➔ Sessões 3

Objetivo da sessão

• O foco principal desta sessão é ensinar ao paciente a gerenciar múltiplas tarefas.

Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Revisar a lista de verificação de sintomas ASRS.

• Revisar o uso do bloco de notas e da lista de tarefas pelo paciente.

• Ensinar ao paciente como gerenciar várias tarefas.

• Ensinar ao paciente como priorizar tarefas "A, B, C"2

• Solução de problemas em relação a quaisquer dificuldades previstas com essas


habilidades.

Planos de ação

• Usar o bloco de notas todos os dias para manter sua escala de coisas a fazer.

• Usar e consultar a escala de tarefas e a agenda todos os dias.

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• Classificar cada tarefa por prioridades “A”, “B” ou “C”.

• Exercitar a realização de todas as tarefas “A” antes das tarefas “B” e estas, antes
das “C”.

• Realizar as tarefas que não estão feitas,e riscar as que já estão.

• Refletir sobre quaisquer dificuldades que você preveja que possam interferir na
realização de sua tarefa de casa.

➔ Sessão 4

Objetivo da sessão

• O objetivo desta sessão é ensinar o paciente a usar a resolução de problemas


para lidar com itens em sua lista de tarefas que são complexas ou para os quais não
há uma solução clara.

Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Revisar a lista de verificação de sintomas ASRS.

• Revisar o uso do bloco de notas, lista de tarefas e classificações prioritárias "A",


"B", "C".

• Ensinar o paciente a usar a solução de problemas para superar dificuldades com a


conclusão da tarefa e a seleção de uma solução para um problema.

• Ensinar ao paciente como dividir uma tarefa grande em pequenas partes


gerenciáveis.

• Solução de problemas em relação a quaisquer dificuldades previstas com essas


habilidades.

Planos de ação

• Prática usando planilha 1: Resolução de problemas: Seleção de Plano de Ação


para pelo menos um item da lista de tarefas.3
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O PDF com esta planilha está disponível nos anexos deste módulo.

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• Praticar a quebra de uma grande tarefa da lista de tarefas em etapas menores.

➔ Sessão 5

Objetivos da sessão

• Ensinar estratégias para desenvolver um sistema de organização para lidar com


correspondências e com os papéis recebidos.

• Revisar habilidades de organização e planejamento já aprendidas.

Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Revisar a lista de verificação de sintomas ASRS.

• Revisar o uso do bloco de notas, lista de tarefas, priorização de tarefas "A", "B" e
"C", solução de problemas e quebra de grandes tarefas em pequenos passos.

• Ensinar ao paciente a desenvolver um sistema de triagem para correspondências.

• Ensinar ao paciente como desenvolver sistemas organizacionais.

• Solução de problemas em relação a quaisquer dificuldades previstas com essas


habilidades.

Planos de ação

• Continuar usando o bloco de notas todos os dias para registrar compromissos e


colocar novas tarefas na lista de tarefas diariamente.

• Monitorar e utilizar a lista de tarefas diariamente.

• Classifique cada tarefa como uma tarefa "A", "B" ou "C".

• Praticar a execução das tarefas “A”, “B” e “C”, respectivamente.

• Transferir as tarefas que não estão concluídas na lista de tarefas diárias do dia
seguinte.

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• Prática usando planilha 1: Resolução de problemas: Seleção de Plano de Ação


para pelo menos um item da lista de tarefas.

• Praticar a quebra de uma tarefa complexa em partes menores.

• Utilizar os sistemas organizacionais desenvolvidos em sessão.

➔ Sessão 6

Objetivo da sessão

• Esta sessão inclui o uso da técnica de “adiantamento de distração” e começa a


abordar estratégias ambientais para reduzir as distrações.

Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Revisar a lista de verificação de sintomas ASRS.

• Revisar o progresso obtido até o momento.

• Revisar o uso do bloco de notas, lista de tarefas e trabalho do módulo anterior.

• Ensinar o paciente a medir o tempo do seu foco na execução de uma atividade e


desenvolver um plano para quebrar tarefas em etapas compatíveis com este
intervalo de tempo.

• Ensinar o paciente a implementar o adiantamento de distração.

Planos de ação

• Continuar usando o bloco de notas todos os dias para registrar compromissos e


colocar novas tarefas na lista de tarefas diariamente.

• Monitorar e utilizar a lista de tarefas diariamente.

• Classifique cada tarefa como uma tarefa "A", "B" ou "C".

• Praticar a execução das tarefas “A”, “B” e “C”, respectivamente.

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• Transferir as tarefas que não estão concluídas na lista de tarefas diárias do dia
seguinte.

• Prática usando planilha 1: Resolução de problemas: Seleção de Plano de Ação


para pelo menos um item da lista de tarefas.

• Praticar a quebra de uma tarefa complexa em partes menores.

• Configurar e utilizar os sistemas organizacionais desenvolvidos em sessão.

• Medir o tempo de atenção.

• Utilizar o adiantamento de distração ao trabalhar em tarefas chatas ou pouco


atraentes.

➔ Sessão 7

Objetivos da sessão

• Ensinar o paciente a como modificar o seu ambiente para reduzir a tendência à


distração e instruí-lo sobre como reduzir o número de distrações, criando uma
situação mais propícia à concentração.

• Ensinar estratégias que ajudarão o paciente a verificar se está distraído,


possibilitando a retomada do foco na tarefa no caso de distração.

Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Revisar a lista de verificação de sintomas ASRS.

• Revisar o progresso obtido até o momento.

• Revisar o uso do bloco de notas, lista de tarefas e trabalho do módulo anterior.

• Ensinar estratégias para controlar a distrações no ambiente de trabalho.

• Ensinar habilidades para manter o controle de itens importantes. (não perder


objetos)

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• Ensinar ao paciente a utilizar lembretes para ajudar na consolidação das


habilidades.

• Instruir paciente no uso do dispositivo de alarme para ajudar a manter a tarefa.

Planos de ação

• Continuar usando o bloco de notas todos os dias para registrar compromissos e


colocar novas tarefas na lista de tarefas diária.

• Classifique cada tarefa como uma tarefa "A", "B" ou "C".

• Praticar a execução das tarefas “A”, “B” e “C”, respectivamente.

• Transferir as tarefas que não estão concluídas na lista de tarefas diárias do dia
seguinte.

• Prática usando planilha 1: Resolução de problemas: Seleção de Plano de Ação


para pelo menos um item da lista de tarefas.

• Praticar a quebra de uma tarefa complexa em partes menores.

• Configurar e utilizar os sistemas organizacionais desenvolvidos em sessão.

• Medir o tempo de atenção.

• Utilizar o adiantamento de distração ao trabalhar em tarefas chatas ou pouco


atraentes.

• Usar o centro de triagem para selecionar contas, papéis e correspondências.

• Utilizar habilidades aprendidas para reduzir a distração em seu ambiente de


trabalho.

• Colocar itens importantes em lugares específicos.

• Utilizar etiquetas coloridas e alarmes para verificar se houve distração no momento


da execução da tarefa

➔ Sessão 8

Objetivos da sessão

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• Esta sessão inicia o trabalho voltado para o pensamento adaptativo, que ajudará o
paciente a aumentar sua consciência sobre pensamentos negativos, os quais
podem gerar estresse, causar problemas de humor e interferir na realização bem
sucedida de tarefas.

• Aumentar a consciência dos pensamentos negativos e prejudiciais.

• Desenvolver estratégias para manter os pensamentos sob controle.

• Minimizar os sintomas.

Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Revisar a lista de verificação de sintomas ASRS.

• Revisão do progresso.

• Introduzir o componente cognitivo do modelo cognitivo-comportamental do TDAH.

• Discutir o pensamento automático e a relação de pensamentos com


comportamentos e sentimentos.

• Ensinar como identificar pensamentos negativos.

• Introduzir a lista de erros de pensamento.

• Discutir erros de pensamento de rotulação usando a Planilha 6: Registro de


Pensamento de 4 Colunas. 4

Planos de ação

• Continuar usando o bloco de notas todos os dias para registrar compromissos e


colocar novas tarefas na lista de tarefas diária.

• Classificar cada tarefa como uma tarefa "A", "B" ou "C".

• Praticar a execução das tarefas “A”, “B” e “C”, respectivamente.

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• Transferir as tarefas que não estão concluídas na lista de tarefas diárias do dia
seguinte.

• Prática usando planilha 1: Resolução de problemas: Seleção de Plano de Ação


para pelo menos um item da lista de tarefas.

• Praticar a quebra de uma tarefa complexa em partes menores.

• Configurar e utilizar os sistemas organizacionais desenvolvidos em sessão.

• Medir o tempo de atenção.

• Utilizar o adiantamento de distração ao trabalhar em tarefas chatas ou pouco


atraentes.

• Usar o centro de triagem para selecionar contas, papéis e correspondências.

• Utilizar habilidades aprendidas para reduzir a distração em seu ambiente de


trabalho.

• Colocar itens importantes em lugares específicos.

• Utilizar etiquetas coloridas e alarmes para verificar se houve distração no momento


da execução da tarefa.

• Ler as "Instruções Preliminares para o Pensamento Adaptativo" sobre a conclusão


de um registro de pensamento.

• Registros completos de pensamento para pelo menos duas situações durante a


semana.5

➔ Sessão 9

Objetivos da sessão

• Nesta sessão, o paciente aprenderá estratégias para corrigir erros de pensamento


e desenvolver pensamentos mais úteis.

• O objetivo é ajudar a transformar os pensamentos inúteis e intrusivos em


pensamentos mais funcionais.
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Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Revisar a lista de verificação de sintomas ASRS.

• Revisão do progresso.

• Revisar os registros de pensamento concluídos em casa.

• Discutir a formulação de uma resposta racional. (Planilha 9)6

Planos de ação

• Continuar praticando as habilidades aprendidas nas sessões anteriores.

• Utilizar o Registro de Pensamentos ou um bloco de notas para listar pensamentos


automáticos, erros cognitivos e respostas racionais para situações que possam
ocorrer durante a semana seguinte.

• Ler sobre como desenvolver uma resposta racional.

• Preencher o Registro de Pensamentos para, pelo menos, duas situações que


ocorram durante esta semana.

➔ Sessão 10

Objetivos da sessão

• Esta sessão busca consolidar a habilidade de reestruturação cognitiva e falar


sobre como o paciente pode continuar a aplicar essa habilidade em novas
situações.

• Revisar uma situação problemática adicional e completar um registro de


pensamento na íntegra para esta situação.

Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Revisar a lista de verificação de sintomas ASRS.

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O PDF com esta planilha está disponível nos anexos deste módulo.

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• Revisar o progresso.

• Revisar os registros de pensamento concluídos durante a semana.

• Identificar situações adicionais que possam exigir pensamento adaptativo para o


paciente realizar em casa.

• Avaliar a necessidade do paciente de completar o módulo opcional de


procrastinação

Planos de ação

• Continuar praticando as habilidades aprendidas nas sessões anteriores.

• Continuar utilizando o bloco de notas e as técnicas cognitivas para situações que


envolvam estresse.

• Discutir quaisquer problemas previstos para completar a tarefa de casa.

➔ Sessão 11

Objetivos da sessão

• Esta sessão será útil se o paciente estiver enfrentando dificuldades significativas


com a procrastinação.

• Ela envolve a adaptação e aplicação de habilidades de módulos anteriores


especificamente para o problema da procrastinação.

Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Revisar a lista de verificação de sintomas ASRS.

• Revisar o progresso.

• Discutir os aspectos atraentes da procrastinação.

• Ensinar o paciente a antecipar as consequências negativas da procrastinação.

• Utilizar a Planilha 8: Prós e Contras da Procrastinação.7


7
O PDF com esta planilha está disponível nos anexos deste módulo.

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• Introduzir técnicas para tentar resolver problemas de procrastinação.

• Explicar como usar habilidades de pensamento adaptativo para gerenciar a


procrastinação.

Planos de ação

• Planejar um ou dois objetivos razoáveis da lista dos cinco passos.

• Determinar uma forma de recompensar a si mesmo após completar os seus


objetivos.

• A seguir, revise as habilidades aprendidas nas sessões anteriores e observe


quaisquer questões ou dificuldades que possa estar tendo.

➔ Sessão 12

Objetivos da sessão

• A sessão final do tratamento é focada na prevenção de recaídas.

• Nesta sessão, todas as estratégias que o paciente aprendeu são revisadas e


classificadas de acordo com sua utilidade.

• O terapeuta orienta o paciente no desenvolvimento de um plano para uso contínuo


e aborda como ele pode se reestabelecer no caso de experimentar um
ressurgimento dos sintomas.

• Os planos são feitos para que o paciente complete um auto check-in 1 mês após o
término do tratamento.

Procedimentos

• Estabelecer a agenda.

• Revisar a lista de verificação de sintomas ASRS.

• Revisar Planilha 9: Estratégias de Tratamento e sua Utilidade.8

8
O PDF com esta planilha está disponível nos anexos deste módulo.

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• Analisar a evolução do tratamento a partir da planilha de evolução

• Discutir a manutenção dos ganhos e o uso da Planilha 10: Revisão de um mês9.

• Discussão sobre solução de problemas usando a planilha "Resolvendo Problemas"

Planos de ação

• Incentivar o paciente a continuar praticando as habilidades e ferramentas


aprendidas durante o tratamento.

• Relembrar a importância da prática para a manutenção dos resultados obtidos

REFERÊNCIAS

SAFREN, S. A. et al. Mastering your Adult ADHD: therapist Ggde. 2 ed. New York:
Oxford University Press, 2017.

SAFREN, S. A. et al. Dominando o TDAH adulto: manual do paciente. Porto


Alegre: Artmed, 2008.

9
O PDF com esta planilha está disponível nos anexos deste módulo.

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