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NOSSA HISTÓRIA
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de co-
nhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na
sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos
científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade,
transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publi-
cações e/ou outras normas de comunicação.
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2
1. INTRODUÇÃO................................................................................ 4
5. REFERÊNCIAS ............................................................................ 31
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1. INTRODUÇÃO
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levadas ao profissional que está acompanhando o caso. Importante ressaltar que
o transtorno é responsável por alguns pontos onde o padrão do comportamento
adaptativo pode se mostrar claramente prejudicado. Aspectos como o autocon-
trole, o domínio da atenção e as demais competências ligadas à cognição são
algumas das habilidades prejudicadas.
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aos poucos ir detectando erros, corrigindo-os e ajustando comportamentos. To-
dos têm papel fundamental neste processo, pois quando há o trabalho em con-
junto há também uma melhora visível na interação da criança, na motivação para
mudança o que leva, consequentemente, a uma diminuição do uso de práticas
disciplinares. Quando a criança se sente socialmente integrada e pertencente a
um grupo, ela consegue lidar com os pensamentos e as emoções de maneira
mais clara e criativa, e assim, exercer melhor a autorregulação.
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2. O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO
COM HIPERATIVIDADE
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víduos em nível equivalente de desenvolvimento. Alguns dos sintomas hipera-
tivo/impulsivos que causam prejuízo devem ter estado presentes antes dos sete
anos de idade. Deve ser verificado se houve prejuízo em, pelo menos, dois con-
textos, além de apresentar claras evidências de interferência no funcionamento
social, acadêmico ou ocupacional. A perturbação não deve ocorrer exclusiva-
mente durante o curso de algum Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Es-
quizofrenia ou outro Transtorno Psicótico e não é melhor explicado por um outro
transtorno mental.
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Geralmente, o sujeito não apresenta o mesmo nível de disfunção em to-
dos os contextos ou a todo o momento dentro do mesmo contexto, e os sintomas
tendem a piorar em situações que exigem atenção ou esforço mental ou que não
apresentem nenhuma novidade. Os sinais do transtorno podem ser mínimos ou
ausentes em situações em que o indivíduo está sob controle rígido, realizando
atividades especialmente interessantes, em situações a dois ou quando é fre-
quentemente reforçado por comportamentos apropriados.
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impulsividade, mas menos de seis sintomas de desatenção. O subtipo predomi-
nantemente desatento (27% dos casos) é diagnosticado quando há seis ou mais
sintomas de desatenção, mas menos de seis sintomas de hiperatividade-impul-
sividade. O subtipo combinado (55% dos casos) ocorre quando seis ou mais
sintomas de desatenção e seis ou mais sintomas de hiperatividade-impulsivi-
dade são apontados.
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3. A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
(TCC) DO TDAH
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O prejuízo funcional presente no TDAH decorre em função da dificuldade
do indivíduo em utilizar estratégias compensatórias para lidar com as limitações
a longo prazo decorrentes do transtorno. A dificuldade em ter um pensamento
mais lógico gera problemas com organização e planejamento, o que leva a pro-
crastinação, ansiedade e sentimentos de incompetência e incapacidade.
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3.1 TCC com crianças e adolescentes portadoras de TDAH
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com a organização da sua rotina diária, inicia-se o treino para que consiga se
tornar ciente de seus comportamentos e fazer uma análise deles, ou seja, irá
observá-los ao longo dos dias, anotando-os e avaliando-os, de maneira que pos-
teriormente ela esteja atenta aos mesmos para que possa modificá-los. Após
estar capacitada a identificar seus comportamentos disfuncionais, criam-se es-
tratégias para que possa se autoavaliar, percebendo o quanto tal comportamento
afeta o seu dia a dia, quais são os sentimentos e os pensamentos que ele gera
e o que ela pode fazer para modificá-lo e torná-lo mais funcional.
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Jovens com TDAH se deparam com muitos problemas no seu dia a dia,
tanto problemas relacionados à dificuldade em prestar atenção e realizar uma
tarefa, quanto controlar seu comportamento impulsivo e hiperativo. Por isso,
após o terapeuta ensinar a criança ou adolescente a se guiar através da autoi-
nstrução, ele trabalha estratégias para o paciente lidar com esses problemas, e
uma delas é a técnica de resolução de problemas. Por meio desta, ele será ca-
paz de buscar, após avaliar a situação e identificar os problemas presentes, as
maneiras através das quais pode lidar com o problema e solucioná-lo, esco-
lhendo a melhor solução para a situação. “O intuito é que a criança com TDAH
possa expressar suas necessidades de maneira adequada, realista e social-
mente aceita”.
Abordagem psicoeducativa com a família Orientação sobre TDAH e prejuízo das fun-
ções executivas
Desenvolvimento de repertório mais funcional Vivência prática com a família nas atividades
de manejo comportamental da reabilitação instruindo a atenção positiva
ao comportamento adequado.
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Acompanhamento próximo com psiquiatra in- Relatório elaborado em conjunto com a
fantil equipe médica contendo dados das avalia-
ções, diagnósticos de TDAH e medicação ini-
ciada
quadro: 01
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terapêutico. É necessário que pessoas desatentas tenham condições mais ade-
quadas para poder estudar e, mais do que isso, poder prestar atenção ao que
está sendo lido ou feito. Algumas recomendações devem ser feitas, como por
exemplo, a mesa de estudo não deve ficar voltada para janelas e nem perto de
televisores, pois estes apresentam uma grande quantidade de distratores que
podem atrapalhar a criança em seu estudo. Outra recomendação é que a criança
ou adolescente tenha um intervalo de 5 a 10 minutos a cada meia hora de es-
tudo. Nesse intervalo, ele pode fazer coisas que gosta, como ver televisão ou
usar o computador, mas o horário deve ser respeitado, e quando o horário do
intervalo acabar, ela deve voltar para o estudo.
Por fim, orientam-se os pais para o fato de que quando eles necessitarem
que o jovem realize alguma atividade, as solicitações devem ser feitas isolada-
mente, ou seja, uma solicitação por vez, para que eles possam focar sua atenção
no que lhe está sendo requisitado. Pais que insistem em fornecer várias orienta-
ções ao mesmo tempo não conseguem modificações significativas, pois o jovem
não consegue assimilar tudo o que lhe está sendo demandado, não recordando
posteriormente o que lhe foi solicitado.
4. O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE NA INFÂNCIA E
SUAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
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do mundo o transtorno pode afetar cerca de 8% a 12% das crianças (Barkley,
2008; Malloy-Diniz, Alvarenga, Abreu, Fuentes & Leite, 2011).
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as áreas, podendo variar na diversidade da sua manifestação e nos sintomas
(Benczik, 2010).
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nascimento, tabagismo e etilismo da mãe na gravidez também estão
correlacionados ao TDAH (Benczik, 2010; Gattás, 2014; Ribeiro, 2013).
4.2 Tratamento
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Já as intervenções psicoterapêuticas atuam nas relações do paciente com
o contexto no qual está inserido. Nesse sentido, a Terapia Cognitivo-
Comportamental, além de identificar as crenças centrais do paciente,
relacionadas aos sentimentos de fracassos recorrentes ocasionados pelo
transtorno, também pode contribuir para o desenvolvimento do autocontrole, da
recuperação da autoestima, da regulação da atenção e da resolução de
problemas, proporcionando mudanças efetivas de modo a favorecer certa
qualidade de vida ao paciente e à sua família. Além disso, possibilita a reversão
de quadros de ansiedade e depressão, resultantes de vivências de rejeição,
fracasso e exclusão social (Ribeiro, 2103; Teixeira, 2013).
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cognitiva (em sua visão de mundo, de si mesmas e das outras pessoas),
acarretando prejuízos não somente no âmbito social, mas também no âmbito
emocional, além de favorecer o desenvolvimento de comorbidades (Malloy-Diniz
et al., 2011).
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Figura: 02
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Estudos de neuroimagem funcional e estrutural mostraram pacientes
diagnosticados com TDAH com pequenas reduções de volume na área do córtex
pré-frontal, região onde se localizam essas funções executivas, além de
identificar que as substâncias químicas chamadas de neurotransmissores
(principalmente dopamina e noradrenalina) sofreram alterações de quantidade
no cérebro desses pacientes (Benczik, 2010). Por sua vez, estudos que utilizam
o metilfenidato indicam que o uso desta medicação aumenta a quantidade
dessas substâncias no cérebro fazendo com que os sintomas diminuam (Ribeiro,
2013).
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sejam trabalhadas por meio da brincadeira e do desenho, de modo que haja um
aprendizado experiencial, ou seja, que a criança aprenda por meio da ação e
possa aplicá-la em seu cotidiano (Bunge, Gomar & Mandil, 2012).
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autorregulação, uma vez que aumenta a flexibilidade na escolha de alternativas,
analisando o custo e o benefício de determinada ação. A técnica de repetição de
instruções leva o paciente a criar uma regra utilizando uma estratégia de
execução mais elaborada que será repetida como forma de controle de atitudes
impulsivas. O treino em habilidades sociais auxilia o paciente a ser mais
assertivo e a evitar comportamentos desadaptativos, fazendo com que possa
avaliar as consequências de seus atos (Malloy-Diniz et al., 2011).
Uma das técnicas conhecidas proposta por Barkley (2002) sugere sete
passos para o treinamento do autocontrole e da busca de soluções, levando a
criança a se tornar o agente da própria mudança. Esses passos são descritos a
seguir:
f) estar aberto a discordar; caso a tentativa inicial não der certo, ser
honesto para aceitar as falhas e buscar outras opções para solucionar o
problema;
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de habilidades sociais. Neste programa, num primeiro momento, o paciente
identifica o que deve ser feito, ou seja, define qual é o problema a ser enfrentado.
Assim, a terapia com crianças deve levar a uma ação em seu próprio
meio, de modo que ela possa resolver os problemas que enfrenta
cotidianamente. Crianças com TDAH geralmente apresentam um repertório
escasso de alternativas para resolver problemas e, na maioria das vezes,
repetem comportamentos disfuncionais, repercutindo nos problemas diários
(Peres, 2014). Dessa forma, as estratégias para o controle de impulsos são úteis
para o exercício das funções executivas pouco desenvolvidas, ou seja, parar e
pensar antes de agir em situações de conflito e buscar alternativas para resolver
problemas. Então, treinando-se estas habilidades, treina-se o pensamento antes
da ação (Bunge et al., 2012; Lyszkowski & Rohde, 2008).
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estiver preparada para se concentrar na luz verde, colocará em prática a ação
escolhida (escolher a melhor alternativa e realizá-la) (Bunge et al., 2012). Ou
seja, na luz vermelha o paciente é orientado a que pare um instante e respire
duas vezes; na luz amarela, que pense três formas diferentes de solucionar o
problema; e, por fim, na luz verde o paciente é incentivado a escolher a
alternativa mais adequada para que possa colocar em prática.
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O sistema de recompensas é outra técnica utilizada para descondicionar
comportamentos disfuncionais. Esta técnica visa premiar comportamentos
adequados do paciente por meio da utilização de reforçadores positivos para que
o comportamento esperado aconteça. Em pacientes com TDAH, a motivação
interna necessita ser trabalhada, primeiramente, com estímulos externos, para
que, num segundo momento, o paciente desenvolva a motivação própria para
completar e finalizar as tarefas. Este sistema funciona basicamente com a
elaboração de uma lista de problemas e uma lista de recompensas. Os critérios
a serem avaliados são definidos com o auxílio do terapeuta, atribuindo-se
valores diferenciados. Conforme os resultados são alcançados, o paciente pode
fazer a permuta por algum item da lista de recompensas. Escolhe-se um
problema para resolver e nas próximas semanas segue-se com a observação
do problema escolhido e inclui-se mais um até que todos os problemas da lista
tenham sido trabalhados (Friedberg & McClure, 2004).
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As intervenções em ambientes variados aliados a Terapia Cognitivo-
Comportamental oportunizam à criança portadora do transtorno trabalhar suas
dificuldades de maneira mais consistente, persistindo na busca de resultados
positivos permanentes.
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5. REFERÊNCIAS
BIEDERMAN, J., Petty, C., Fried, R., Fontanella, J., Doyle, A. E.,
Seidman, L. J., & Faraone, S.V. (2006). Impact of Psychometrically Defined
Deficits of Executive Functioning in Adults with Attention Deficit Hyperactivity
Disorder. American Journal of Psychiatry.
BUNGE, E., Gomar, M., & Mandil, J. (2012). Terapia Cognitiva para
crianças e adolescentes (2a ed.). São Paulo: Casa do Psicólogo.
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DINIZ, L. Capellini G, Diniz D; Leite W. Neuropsicologia no Transtorno de
Déficit de Atenção/Hipera- tividade. In. Fuentes, D. et Al. Neuropsicologia teoria
e prática. 1ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Kendall, P. C. (1992). Stop and think workbook. Merion Station. PA: P.C.
Malloy-Diniz, L. F., Alvarenga, M.A.S., Abreu, N., Fuentes, D., & Leite,
W.B. (2011). Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: tratamento
farmacológico e não farmacológico. In Petersen, C.S., & Wainer, R. (Orgs.).
Terapias cognitivo-comportamentais para crianças e adolescentes: ciência e arte
(pp. 136-151). Porto Alegre: Artmed.
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atenção e hiperatividade (TDAH) na infância: revisão integrativa TCC e TDHA:
revisão integrativa.
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