Você está na página 1de 21

Sensação

A sensação desempenha um papel crucial no processo de formação e recuperação das


memórias. Para entender isso, primeiro precisamos definir o que é sensação. A sensação
refere-se à detecção de estímulos sensoriais pelo nosso sistema sensorial, como visão,
audição, tato, olfato e paladar. É o primeiro estágio na percepção e é responsável por
coletar informações do ambiente ao nosso redor.

Agora, como isso se relaciona com a memória? Bem, a sensação é o ponto de partida para
a entrada de informações no sistema de memória. Quando somos expostos a um estímulo,
como ver um rosto familiar, ouvir uma música conhecida ou sentir um cheiro específico,
nossos sentidos captam essas informações e as convertem em impulsos elétricos que são
transmitidos ao cérebro.

Esses impulsos sensoriais são então processados no cérebro e, se forem significativos o


suficiente, são encaminhados para a memória de curto prazo. A memória de curto prazo
atua como uma espécie de "ponte" entre a sensação e a memória de longo prazo. Ela
permite que o cérebro retenha temporariamente as informações enquanto decide se vale a
pena armazená-las em memória de longo prazo.

Assim, a sensação é a porta de entrada para a memória. Sem a capacidade de detectar e


processar informações sensoriais, não seríamos capazes de formar novas memórias.
Portanto, a qualidade e a precisão da sensação desempenham um papel crítico na
formação e na posterior recuperação das memórias. Isso também explica por que algumas
experiências sensoriais podem ser tão poderosas na evocação de memórias emocionais e
vívidas em nossas vidas.

● Sensação - sentidos; limiares; adaptação sensorial; interação sensorial.

Resumo: A sensação é o processo pelo qual os nossos sentidos percebem informações


sensoriais do ambiente. Envolve a detecção de estímulos através dos sentidos, como visão,
audição, tato, olfato e paladar.
Exemplo: Quando você olha para um belo pôr do sol, está experimentando a sensação
visual das cores quentes no céu e a sensação tátil do vento em seu rosto enquanto
observa.
Limiares:

Limiares: Os limiares são os pontos mínimos de intensidade de um estímulo sensorial que


podem ser detectados pelos nossos sentidos. Eles representam o limite entre o que
percebemos e o que não percebemos.
Exemplo: Se você está ouvindo uma conversa em um quarto silencioso e alguém sussurra,
há um limite mínimo de intensidade do som (limiar auditivo) que você precisa para ouvir e
perceber o sussurro.

Adaptação Sensorial:
A adaptação sensorial refere-se à capacidade do nosso sistema sensorial de se ajustar a
estímulos constantes e repetitivos, reduzindo nossa sensibilidade a eles ao longo do tempo.
Exemplo: Quando você entra em uma sala com um odor forte, como o de uma vela
perfumada, inicialmente percebe o cheiro de forma intensa. No entanto, com o tempo, seu
sistema olfativo se adapta e o cheiro parece menos intenso, mesmo que ele ainda esteja
presente.

Interação Sensorial:
A interação sensorial ocorre quando diferentes sentidos se influenciam mutuamente,
afetando a nossa percepção de estímulos. Isso significa que o que percebemos com um
sentido pode ser modificado ou influenciado por informações de outros sentidos.
Exemplo: Um exemplo clássico de interação sensorial é a relação entre o paladar e o olfato.
Quando você come um pedaço de comida, os aromas liberados influenciam
significativamente o sabor percebido, mostrando como a informação olfativa interage com a
gustativa para criar a experiência gustativa completa.

Esses conceitos são fundamentais para entender como os sentidos funcionam e como
percebemos o mundo ao nosso redor. Eles demonstram como nossos sentidos são
sensíveis a diferentes estímulos, como nossos sentidos podem se ajustar a estímulos
contínuos e como informações de diferentes sentidos podem interagir para moldar nossas
experiências sensoriais.

Percepção
A percepção é o processo cognitivo pelo qual as informações sensoriais captadas pelo
sistema nervoso são organizadas, interpretadas e transformadas em uma experiência
consciente e significativa do mundo ao nosso redor. Ela envolve a atribuição de significado
aos estímulos sensoriais e a compreensão do ambiente em que vivemos.

A percepção é um processo complexo que não se limita apenas à detecção bruta dos
estímulos sensoriais, mas também inclui a integração dessas informações com
conhecimentos anteriores, expectativas e contexto. Isso significa que, ao perceber algo,
nosso cérebro não apenas registra o que nossos sentidos detectam, mas também interpreta
esses dados à luz de nosso repertório de experiências passadas e da situação atual.

Vários sentidos estão envolvidos na percepção, incluindo visão, audição, tato, olfato e
paladar, cada um contribuindo para nossa compreensão geral do ambiente. Por exemplo,
ao vermos um objeto, nosso sistema visual capta informações sobre sua forma, cor e
tamanho, e nosso cérebro as processa para reconhecer o objeto.

A percepção desempenha um papel crítico em nossa interação com o mundo e em nossa


tomada de decisões. Ela influencia como respondemos a estímulos, como entendemos
situações e como tomamos decisões com base nas informações disponíveis.

Em resumo, a percepção é o processo mental que nos permite transformar informações


sensoriais em uma compreensão consciente e significativa do mundo ao nosso redor,
desempenhando um papel fundamental em nossa cognição e interação com o ambiente.
● PERCEPÇÃO – percepção de formas, padrões, objetos e cores; percepção de
profundidade e distância; percepção de movimento; ilusão, constância e
predisposição perceptivas; atenção.

Resumo: A percepção é o processo mental pelo qual interpretamos e organizamos as


informações sensoriais que recebemos dos sentidos para criar uma compreensão
significativa do mundo ao nosso redor. Ela vai além da sensação pura e envolve a
interpretação e atribuição de significado aos estímulos sensoriais.
Exemplo: Quando você olha para uma pintura, não apenas vê as cores e formas, mas
também percebe a cena, os objetos e os sentimentos que a obra evoca.

Percepção de Formas, Padrões, Objetos e Cores:


Isso envolve a habilidade de identificar e organizar as informações sensoriais em formas
reconhecíveis, padrões familiares, objetos específicos e cores.
Exemplo: Quando você olha para um carro vermelho, sua percepção identifica a forma do
carro, o padrão das janelas e portas, o objeto como um carro e a cor vermelha.

Percepção de Profundidade e Distância:


A percepção de profundidade envolve a capacidade de perceber a distância entre objetos e
a dimensão tridimensional do espaço. Isso permite que percebamos se algo está próximo
ou distante.
Exemplo: Quando você olha para um objeto que está longe, como uma montanha, sua
percepção de profundidade ajuda a perceber a distância entre você e a montanha.

Percepção de Movimento:
É a habilidade de detectar e interpretar o movimento de objetos ou estímulos no ambiente.
Isso nos permite perceber quando algo está se movendo e a direção desse movimento.
Exemplo: Quando você vê um carro em movimento, sua percepção de movimento permite
que você perceba que o carro está se deslocando.

Ilusão, Constância e Predisposição Perceptivas:

Ilusão: Refere-se a situações em que nossa percepção é enganada, fazendo-nos ver algo
que não está lá ou interpretar incorretamente uma informação sensorial. Exemplo: a ilusão
de ótica que faz linhas parecerem mais curtas ou mais longas do que realmente são.
Constância: É a capacidade de perceber objetos como consistentes em tamanho, forma,
cor e outras características, mesmo quando as condições de iluminação ou ângulos de
visualização mudam. Exemplo: perceber um objeto como uma maçã, independentemente
de como ele é iluminado.
Predisposição Perceptiva: Refere-se à tendência de percebermos certas coisas com base
em nossas experiências passadas e expectativas. Exemplo: ver um rosto humano em uma
nuvem, devido à nossa predisposição para reconhecer rostos.

Atenção:
A atenção desempenha um papel crucial na percepção, pois direciona nossos recursos
cognitivos para determinados estímulos, enquanto outros são ignorados. A atenção seletiva
afeta a forma como percebemos o mundo ao nosso redor.
Exemplo: Ao ler um livro em um café lotado, você pode se concentrar na leitura, ignorando
os ruídos ao seu redor devido à sua atenção seletiva.

A Nocicepção:
É o fenômeno pelo qual acontece a codificação dos estímulos nocivos ou potencialmente
nocivos, que resultam na dor. Esses estímulos são detectados por terminações nervosas
chamadas de nociceptores que quando são acionados enviam informação de agressão ao
SNC (sistema nervoso central).

Exemplos de nocicepção:

Queimadura: Quando você acidentalmente encosta em uma superfície quente, como um


fogão quente, os nociceptores na sua pele detectam o calor excessivo e enviam sinais de
dor para o cérebro. A sensação de queimação é uma resposta à nocicepção.

Picada de Inseto: Quando um inseto, como um mosquito, pica a sua pele, os nociceptores
na área afetada são ativados. Isso resulta em uma sensação de coceira ou dor, que é a
forma como o corpo responde ao estímulo nocivo.

Corte ou Ferida: Se você se cortar acidentalmente ao manusear uma faca afiada, os


nociceptores na pele ao redor do corte detectam o dano e enviam sinais de dor. Essa é uma
resposta fundamental para alertar o corpo sobre uma lesão.

Dor Muscular: Após um treino intenso ou esforço físico, você pode experimentar dor
muscular devido à nocicepção. Os músculos danificados ou sobrecarregados ativam os
nociceptores, levando a sensações dolorosas.

Dor de Dente: Quando um dente está danificado, seja por cárie ou lesão, os nociceptores
no dente e nas gengivas ao redor podem causar dor intensa. Isso serve como um sinal de
que algo está errado na região bucal.

Dor de Enxaqueca: As enxaquecas podem ser desencadeadas por vários fatores, como
mudanças nos vasos sanguíneos cerebrais. A nocicepção está envolvida na percepção das
dores pulsantes e latejantes associadas às enxaquecas.

Dor Crônica: Em casos de dor crônica, como artrite ou dor nas costas, os nociceptores
continuam a enviar sinais de dor ao cérebro mesmo após a lesão original ter sido tratada ou
resolvida. Isso resulta em uma experiência prolongada de dor.

Inflamação: Quando ocorre inflamação em uma parte do corpo, como uma articulação
inchada devido à artrite, os nociceptores são ativados devido à pressão e à irritação dos
tecidos, causando dor.
Dor de Parto: Durante o trabalho de parto, a nocicepção desempenha um papel importante
à medida que as contrações uterinas e o processo de dilatação do colo do útero geram dor
intensa.

Queimaduras Solares: Quando a pele fica queimada devido à exposição excessiva ao sol,
os nociceptores podem detectar a lesão causada pela radiação ultravioleta, resultando em
dor e vermelhidão.

Em todos esses exemplos, a nocicepção desempenha um papel crucial na nossa


capacidade de perceber e responder a estímulos dolorosos ou prejudiciais, desencadeando
uma resposta de proteção e alerta no corpo.

Limiar absoluto
O limiar absoluto é um conceito importante na psicologia da percepção e se refere ao ponto
mais baixo de intensidade de um estímulo sensorial que pode ser detectado por um sistema
sensorial específico com uma probabilidade razoável. Em outras palavras, é o limite mais
baixo no qual uma pessoa ou organismo pode perceber a presença de um estímulo
sensorial.

O limiar absoluto varia de acordo com os diferentes sentidos (visão, audição, tato, olfato,
paladar) e pode variar de pessoa para pessoa. Por exemplo, o limiar absoluto da audição se
refere ao volume mais baixo de som que uma pessoa pode ouvir com uma probabilidade
razoável, enquanto o limiar absoluto da visão se relaciona com a intensidade de luz mais
baixa que pode ser detectada.

É importante notar que o limiar absoluto não é uma linha fixa e imutável, mas sim uma faixa
de sensibilidade que pode variar de acordo com as condições individuais e ambientais.
Fatores como a idade, a atenção, a fadiga, o estado emocional e a experiência podem
influenciar a percepção do limiar absoluto.

O estudo do limiar absoluto é fundamental para compreender como os sistemas sensoriais


humanos funcionam e como as informações sensoriais são processadas pelo cérebro. Ele
também é relevante em diversas áreas, incluindo psicofísica, neurociência e design de
estímulos em diversas aplicações, como em testes de audição, avaliações visuais e
experimentos psicológicos que investigam a sensibilidade sensorial.

Exemplos:

Audição:
O limiar absoluto da audição pode ser ilustrado pela menor intensidade sonora que uma
pessoa média pode ouvir. Por exemplo, se alguém consegue ouvir um som de 20 decibéis
(dB), esse é o seu limiar absoluto para aquela frequência específica.

Visão:
O limiar absoluto da visão é geralmente medido em termos de luminância, que é a
quantidade de luz que atinge a retina. O limiar absoluto de visão seria a quantidade mínima
de luz necessária para que uma pessoa perceba um estímulo visual. Por exemplo, em um
ambiente escuro, uma pessoa pode ter um limiar absoluto de visão de cerca de 0,01 lux.

Tato:
No tato, o limiar absoluto pode ser exemplificado pelo menor estímulo que pode ser sentido
pela pele. Isso pode variar dependendo da área do corpo e da sensibilidade da pele. Por
exemplo, o limiar absoluto para detectar uma mudança de temperatura na pele pode ser de
alguns décimos de grau Celsius.

Olfato:
No olfato, o limiar absoluto é a menor concentração de uma substância odorífera que pode
ser detectada pelo nariz. Por exemplo, o limiar absoluto para o cheiro de café
recém-preparado pode ser uma concentração muito baixa da molécula de cafeína.

Paladar:
No paladar, o limiar absoluto é a menor concentração de um sabor que pode ser percebida
pela língua. Por exemplo, o limiar absoluto para o sabor doce pode ser a menor quantidade
de açúcar que uma pessoa pode detectar em uma solução.

Limiar diferencial:
Existem dois tipos principais de limiar diferencial:

Limiar Diferencial Absoluto (Limiar de Detecção): Este é o ponto em que uma pessoa pode
perceber a diferença entre dois estímulos de intensidades diferentes, sendo um deles o
estímulo de referência. Por exemplo, qual é a menor diferença de intensidade de luz que
você consegue perceber ao ajustar o brilho de uma lâmpada? Isso é o limiar diferencial
absoluto.

Limiar Diferencial de Justa Diferença (LDJ ou JND - Just Noticeable Difference): Este é o
ponto em que a diferença entre dois estímulos é percebida, mas a diferença não é
necessariamente considerada importante ou significativa. O conceito foi popularizado pelo
psicólogo Ernst Weber, que formulou a Lei de Weber-Fechner, que afirma que o limiar de
detecção é proporcional à intensidade do estímulo original. Em outras palavras, é mais fácil
notar uma diferença quando o estímulo inicial é fraco do que quando é forte.

Um exemplo prático é a diferença entre pesos. Se você está segurando dois objetos com
pesos muito próximos, você pode notar facilmente a diferença se um deles ficar um pouco
mais pesado. No entanto, se você está segurando dois objetos muito pesados, é preciso
uma diferença significativamente maior no peso de um deles para que você perceba a
mudança.

Esses conceitos são fundamentais para entender como nossa percepção sensorial funciona
e como percebemos diferenças em estímulos do ambiente. Eles também têm aplicações em
diversas áreas, como psicologia, design de produtos e marketing, onde a percepção das
diferenças nos produtos é fundamental para o sucesso do produto.

Atenção seletiva:
A atenção seletiva é um processo mental pelo qual concentramos nossa percepção e
recursos cognitivos em um subconjunto específico de informações ou estímulos, enquanto
ignoramos ou filtramos outros estímulos que são percebidos de forma menos intensa. É a
habilidade de escolher conscientemente o que focar em um ambiente rico em informações,
permitindo-nos processar e dar prioridade a determinados estímulos.

O processo de atenção seletiva envolve várias etapas e mecanismos, incluindo:


Detecção de Estímulos: A primeira etapa é a detecção inicial de estímulos através dos
sentidos. Nosso sistema sensorial capta uma grande quantidade de informações do
ambiente, mas nem todas essas informações são processadas conscientemente.

Seleção: Nesta fase, o cérebro decide qual estímulo ou conjunto de estímulos merece
nossa atenção. Isso pode ser influenciado por fatores internos, como nossos interesses,
metas, emoções e níveis de alerta, bem como fatores externos, como a saliência do
estímulo (o quão distintivo ou relevante ele é em relação ao contexto).

Filtragem: Uma vez que um estímulo é selecionado, os mecanismos de atenção trabalham


para filtrar ou suprimir estímulos irrelevantes. Isso ajuda a reduzir a sobrecarga cognitiva,
permitindo que nos concentremos em uma tarefa ou informação específica.

Processamento Central: O estímulo ou informação selecionada é processado em detalhes


na "via central" de processamento cognitivo. Isso envolve a análise e interpretação do
estímulo com mais profundidade, o que pode incluir a atribuição de significado, a
compreensão e a tomada de decisões.

Inibição de Recursos: Durante a atenção seletiva, os recursos cognitivos são alocados


para o estímulo ou tarefa selecionados, enquanto os recursos para os estímulos não
selecionados são temporariamente inibidos. Isso ajuda a evitar distrações e a aprimorar o
desempenho na tarefa em questão.

Alternância de Foco: A atenção seletiva não é estática e pode ser alternada entre
diferentes estímulos ou tarefas conforme necessário. Isso é conhecido como alternância de
foco de atenção e é fundamental em situações onde múltiplas informações ou tarefas
competem pela nossa atenção.

A atenção seletiva desempenha um papel crucial em nossa vida diária, pois nos permite
priorizar informações, concentrar-nos em tarefas importantes e evitar distrações
desnecessárias. No entanto, também pode ser afetada por fatores como fadiga, estresse e
distúrbios de atenção, como o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade).
Portanto, compreender como funciona a atenção seletiva é importante para melhorar a
eficácia da nossa cognição e do nosso comportamento.

Atenção seletiva e memória:

A relação entre atenção seletiva e memória é íntima e fundamental. A atenção seletiva


desempenha um papel crucial no processo de formação, codificação e recuperação de
memórias. Aqui estão algumas maneiras pelas quais esses dois processos estão
interligados:

Formação de Memória: A atenção seletiva determina quais informações serão


processadas em profundidade e, portanto, quais informações têm maior probabilidade de
serem armazenadas na memória de longo prazo. Quando prestamos atenção seletiva a um
estímulo, estamos aumentando a probabilidade de que esse estímulo seja codificado na
memória.

Codificação: A atenção seletiva ajuda a direcionar recursos cognitivos para os detalhes


relevantes e significativos de uma experiência. Isso facilita a codificação de informações
relevantes na memória. Por exemplo, quando você está prestando atenção seletiva a uma
palestra, é mais provável que você lembre das informações importantes discutidas durante
a palestra.

Recuperação de Memória: Quando tentamos recuperar uma memória, nossa atenção


seletiva pode ser direcionada para elementos específicos que estão associados àquela
memória. A atenção ajuda a trazer à tona os detalhes e informações relacionados a uma
memória específica. Por exemplo, ao tentar lembrar o nome de uma pessoa, nossa atenção
pode se concentrar em características físicas distintas ou eventos em que interagimos com
essa pessoa.

Interferência: A falta de atenção seletiva ou a presença de distrações durante a codificação


de informações podem levar à interferência na formação da memória. Se você não prestar
atenção seletiva a uma tarefa ou informação, é menos provável que ela seja lembrada
posteriormente.

Organização da Memória: A atenção seletiva também desempenha um papel na


organização das memórias. Quando prestamos atenção seletiva a detalhes específicos,
eles podem ser organizados em padrões significativos que facilitam a recuperação da
memória. Por exemplo, ao aprender um novo vocabulário, prestar atenção seletiva a
palavras relacionadas pode ajudar a organizá-las em grupos semânticos.

Portanto, a atenção seletiva desempenha um papel crucial em como as informações são


processadas, codificadas e recuperadas na memória. Ela ajuda a determinar o que
lembramos e como lembramos, influenciando a eficácia da memória em nossa vida
cotidiana.
A compreensão dessa relação entre atenção seletiva e memória é essencial para otimizar
nossos processos cognitivos e melhorar nossa capacidade de reter e recordar informações
importantes.

Tipos de Atenção:

Atenção Seletiva: A habilidade de concentrar-se em um estímulo ou tarefa enquanto se


ignora conscientemente outros estímulos ou informações irrelevantes.
Exemplo: Ouvir atentamente um palestrante em uma conferência e filtrar as conversas ao
seu redor
Atenção Alternada: Alternar o foco de atenção entre duas tarefas ou estímulos diferentes.
Exemplo: Alternar entre a leitura de um livro e a verificação do e-mail no computador.

Atenção Compartilhada: A atenção compartilhada, também conhecida como atenção


conjunta, refere-se à capacidade de várias pessoas direcionarem sua atenção para um
estímulo, objeto, evento ou tarefa em comum. Esse tipo de atenção geralmente envolve
duas ou mais pessoas focando em algo ao mesmo tempo e interagindo em relação a isso. A
atenção compartilhada desempenha um papel crucial nas interações sociais e no
desenvolvimento cognitivo, especialmente em crianças.

Aqui estão alguns exemplos e características da atenção compartilhada:

Comunicação Infantil: Em bebês e crianças pequenas, a atenção compartilhada é


observada quando um bebê olha para um objeto e, em seguida, olha para a mãe ou o
cuidador, indicando que deseja compartilhar a experiência desse objeto. Isso é fundamental
para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação.

Brincadeiras em Grupo: Durante brincadeiras em grupo, as crianças podem direcionar sua


atenção para uma atividade em comum, como montar um quebra-cabeça ou jogar um jogo.
Elas compartilham a atenção em relação às regras e ao objetivo do jogo.

Atenção Sustentada:
A capacidade de manter o foco em uma tarefa ou estímulo específico por um período
prolongado, apesar de distrações.
Exemplo: Estudar durante várias horas seguidas sem se distrair com o telefone ou outros
estímulos.

Motivação:
A motivação se refere ao conjunto de processos psicológicos e fisiológicos que nos levam a
agir e buscar objetivos. É o impulso interno que nos energiza e nos direciona em direção a
metas específicas.
Exemplo: Imagine que você está estudando para uma prova importante. Sua motivação
pode ser impulsionada pelo desejo de obter uma boa nota, o que pode levar a horas de
estudo árduo.

Conceitos Motivacionais:

Instintos: No passado, os instintos eram considerados impulsos automáticos e inatos que


levam os animais, incluindo os humanos, a realizar certas ações para garantir sua
sobrevivência e reprodução. Exemplo: O instinto materno em mamíferos, que leva as mães
a cuidar e proteger seus filhotes.

Impulsos: Impulsos são necessidades ou estados internos que motivam o comportamento


em busca da satisfação. Exemplo: Sentir sede (impulso) leva a beber água para satisfazer
essa necessidade.
Incentivos: Os incentivos são recompensas externas que motivam o comportamento. Eles
podem ser tangíveis, como dinheiro, ou intangíveis, como reconhecimento ou elogios.
Exemplo: Trabalhar horas extras para receber um bônus financeiro.

Hierarquia de Necessidades de Maslow: Abraham Maslow propôs uma teoria que


descreve a motivação humana em forma de uma hierarquia de necessidades. Ela inclui
necessidades básicas, como alimentação e segurança, que devem ser satisfeitas antes de
buscar necessidades mais elevadas, como pertencimento, autoestima e autorrealização.
Exemplo: Uma pessoa que está com fome (necessidade fisiológica) não estará tão
motivada a buscar reconhecimento social (necessidade de pertencimento).

Motivação da Fome:

A motivação da fome é um exemplo clássico de motivação relacionada a necessidades


fisiológicas básicas. Ela envolve o impulso para buscar alimentos quando o corpo precisa
de energia e nutrientes.
Exemplo: Se você não comeu por várias horas e começa a sentir fome, isso é um sinal de
que seu corpo está motivado a buscar comida para satisfazer essa necessidade.

Motivação Sexual:
A motivação sexual refere-se ao desejo e ao impulso sexual que leva as pessoas a buscar
atividades sexuais e parceiros sexuais. É uma das motivações fundamentais para a
reprodução.
Exemplo: Quando duas pessoas se sentem atraídas uma pela outra e decidem iniciar uma
relação sexual, isso é um exemplo de motivação sexual.

Esses conceitos motivacionais ilustram como nossas necessidades, impulsos e incentivos


internos e externos podem influenciar nossos comportamentos e ações em diversas áreas
da vida, desde a busca por alimento até o estabelecimento de relacionamentos românticos.

Memória Ecóica:

A memória ecóica, também conhecida como memória auditiva de curto prazo ou memória
sensorial auditiva, refere-se à capacidade temporária de reter e processar informações
auditivas por um curto período de tempo após a exposição a um estímulo sonoro.
Ela é uma parte importante do sistema de memória sensorial e desempenha um papel
fundamental no processamento auditivo.

Assim como a memória visual de curto prazo (memória icônica) retém brevemente as
informações visuais após a exposição a um estímulo visual, a memória ecóica retém as
informações auditivas após a audição de um som. Essa retenção é muito breve,
normalmente durando apenas alguns segundos (geralmente cerca de 3 a 4 segundos),
embora alguns estudos sugiram que a memória ecóica pode durar um pouco mais em
algumas circunstâncias.

A memória ecóica é responsável por permitir que você compreenda e processe sequências
de sons, como fala ou música. Por exemplo, quando alguém está falando com você, a
memória ecóica ajuda a manter as palavras ouvidas enquanto você as processa
mentalmente e as associa com significados. Isso é crucial para a compreensão da
linguagem oral.

Assim como a memória visual de curto prazo é um estágio transitório antes da informação
ser transferida para a memória de longo prazo, a memória ecóica desempenha um papel
semelhante na retenção temporária de informações sonoras antes que sejam processadas
e possivelmente transferidas para a memória de longo prazo, se forem consideradas
importantes o suficiente.

Em resumo, a memória ecóica é a capacidade de reter e processar informações auditivas


temporariamente após a exposição a um som. Ela é fundamental para a compreensão da
linguagem falada, a apreciação da música e outros processos auditivos e é um componente
importante do sistema de memória sensorial.

Memória Icônica

A memória icônica, também conhecida como memória visual de curto prazo ou memória
sensorial visual, refere-se à capacidade temporária de reter e processar informações visuais
por um curto período de tempo após a exposição a um estímulo visual. Ela é uma parte
importante do sistema de memória sensorial e desempenha um papel fundamental no
processamento visual.

A memória icônica é chamada de "icônica" porque se assemelha a uma imagem icônica ou


fotográfica que persiste na mente por um breve período de tempo após a visão de um
objeto ou cena. Essa persistência visual é muito breve, normalmente durando apenas uma
fração de segundo, geralmente menos de meio segundo.

A principal função da memória icônica é permitir que percebamos o mundo visual de forma
contínua e coerente, apesar da constante mudança de estímulos visuais. Ela nos dá um
breve momento para processar e integrar as informações visuais antes que elas
desapareçam e sejam substituídas por novas informações.

Por exemplo, quando você lê um livro, a memória icônica permite que você perceba as
palavras em uma página à medida que move seus olhos pelas linhas. Ela retém brevemente
as letras e palavras que você acabou de ver, permitindo que você processe a informação
visualmente e forme uma compreensão coerente da frase ou do parágrafo.

A memória icônica é um estágio transitório antes que a informação seja transferida para a
memória de longo prazo, se for considerada relevante e processada mais profundamente.
Em resumo, a memória icônica é a capacidade de reter e processar informações visuais
temporariamente após a exposição a um estímulo visual e é crucial para a percepção visual
contínua e a compreensão do ambiente visual.

Memória de curto prazo


A memória de curto prazo, também conhecida como memória de trabalho ou memória
operacional, é um componente da memória que tem a capacidade de reter temporariamente
informações por um período de tempo relativamente curto, geralmente de segundos a
minutos. Ela desempenha um papel fundamental no processamento cognitivo diário,
permitindo-nos manipular informações recentemente adquiridas, tomar decisões e realizar
tarefas complexas.

A memória de curto prazo é responsável por armazenar informações temporariamente e


processá-las ativamente. Ela desempenha um papel crucial em atividades como a
compreensão da linguagem, resolução de problemas, raciocínio e tomada de decisões.
Essa forma de memória está intimamente relacionada à atenção, pois os processos de
atenção seletiva ajudam a determinar quais informações serão transferidas da memória
sensorial (como a memória icônica ou ecoica) para a memória de curto prazo.

Características da memória de curto prazo incluem:

Capacidade Limitada: A memória de curto prazo tem uma capacidade limitada para reter
informações. Estima-se que ela possa manter cerca de 5 a 9 itens de informação, em
média. Esse limite é conhecido como "capacidade de memória de trabalho".

Duração Limitada: As informações na memória de curto prazo têm uma duração limitada e
podem desaparecer rapidamente se não forem repetidas ou não forem transferidas para a
memória de longo prazo.

Processamento Ativo: A memória de curto prazo não é apenas um local de


armazenamento passivo; ela envolve o processamento ativo das informações. Isso inclui a
organização, a manipulação e a integração de informações temporárias.

Sensibilidade à Interferência: A memória de curto prazo é sensível à interferência, o que


significa que a apresentação de novas informações pode substituir ou interferir nas
informações existentes na memória de curto prazo.

Transferência para a Memória de Longo Prazo: Se as informações forem consideradas


importantes ou relevantes, elas podem ser transferidas da memória de curto prazo para a
memória de longo prazo, onde podem ser armazenadas por períodos mais longos.

A memória de curto prazo é essencial para o funcionamento cognitivo cotidiano, mas sua
capacidade limitada e duração breve também a tornam vulnerável à perda de informações.
Portanto, a seleção de informações relevantes, o processamento eficiente e a transferência
para a memória de longo prazo são aspectos importantes para maximizar o uso dessa
forma de memória.

A memória de longo prazo (MLP)


É uma das principais formas de armazenamento de informações em nosso sistema de
memória. Ela é responsável por reter informações por longos períodos de tempo, variando
desde semanas até décadas, ou até mesmo por toda a vida, em alguns casos. A MLP é
caracterizada por sua capacidade de armazenar uma quantidade vasta e diversificada de
informações, incluindo conhecimento, experiências pessoais, habilidades e lembranças de
eventos passados.

Capacidade Ilimitada: Ao contrário da memória de curto prazo, a MLP tem uma


capacidade de armazenamento aparentemente ilimitada. Ela é capaz de acomodar uma
quantidade incrível de informações ao longo do tempo.

Duração Prolongada: A MLP pode reter informações por um período muito longo,
potencialmente por toda a vida, embora a retenção de informações específicas possa variar
em termos de durabilidade.

Consolidação: As informações normalmente não são armazenadas na MLP imediatamente


após serem adquiridas. Em vez disso, passam por um processo de consolidação, que
envolve a reorganização e a estabilização das memórias ao longo do tempo.

Diferentes Tipos de Memória: A MLP é subdividida em vários tipos de memória, incluindo:

Memória episódica: Envolve lembranças de eventos pessoais e experiências.


Memória semântica: Refere-se ao conhecimento geral e factual.
Memória procedimental: Envolve habilidades e procedimentos, como andar de bicicleta ou
tocar um instrumento musical.
Memória de trabalho de longo prazo: Serve como uma ponte entre a memória de curto
prazo e a MLP, permitindo-nos reter informações por períodos intermediários de tempo.

Recuperação: A MLP permite que recuperemos informações de maneira consciente e


intencional quando necessário. No entanto, a recuperação pode ser influenciada por
diversos fatores, como a forma como as informações foram originalmente codificadas e
como foram consolidadas.

Esquecimento: Embora a MLP seja conhecida por sua capacidade de reter informações
por longos períodos, também é suscetível ao esquecimento ao longo do tempo. O
esquecimento pode ocorrer devido à interferência de informações novas, à degradação das
memórias ou a outros fatores.

A MLP desempenha um papel fundamental em nossa vida cotidiana, permitindo-nos


lembrar informações vitais, aprender com experiências passadas e construir nosso
conhecimento e identidade. Ela é essencial para a cognição humana e é alvo de muita
pesquisa e estudo na psicologia e na neurociência para entender como funciona e como
podemos melhorar nossa capacidade de reter e recuperar informações importantes.

Módulos e resumo geral:

A memória é frequentemente dividida em diferentes módulos ou sistemas com base na


duração e na natureza das informações armazenadas. Esses módulos ajudam a
compreender como a memória é organizada e como as informações são processadas e
armazenadas em nosso cérebro.
Os principais módulos da memória incluem:
Memória Sensorial:
Memória Icônica: Responsável por armazenar brevemente informações visuais,
geralmente por menos de um segundo após a exposição a um estímulo visual.
Memória Ecóica: Similar à memória icônica, mas para informações auditivas, retendo
brevemente os sons por alguns segundos após a exposição.
Memória de Curto Prazo (MCP):
Também conhecida como memória de trabalho, é responsável por reter informações
temporariamente, geralmente por alguns segundos a minutos. A MCP é usada para realizar
tarefas cognitivas imediatas, como cálculos mentais e compreensão da linguagem.

Memória de Longo Prazo (MLP):

Memória Episódica - Armazena lembranças de eventos pessoais e experiências


específicas, juntamente com o contexto temporal e espacial associado a essas lembranças.
Memória Semântica: Refere-se ao conhecimento geral e factual sobre o mundo, incluindo
fatos, conceitos e significados.
Memória Procedimental: Envolve habilidades motoras e procedimentos, como andar de
bicicleta ou tocar um instrumento musical.
Memória de Trabalho de Longo Prazo: Serve como uma forma intermediária de
armazenamento, permitindo a retenção de informações por períodos intermediários de
tempo antes de serem transferidas para a MLP.
Cada um desses módulos desempenha um papel específico na retenção e no
processamento de informações, e eles estão interconectados. Por exemplo, a memória
sensorial alimenta a memória de curto prazo, que por sua vez é um trampolim para a
consolidação das informações na memória de longo prazo.

Além disso, é importante notar que a memória de longo prazo é amplamente subdividida em
diferentes tipos de memória, como mencionado anteriormente (episódica, semântica,
procedimental, etc.), para melhor acomodar a diversidade de informações que
armazenamos em nossas vidas.

Essa estrutura modular da memória ajuda a explicar como diferentes tipos de informações
são processados, retidos e recuperados em nosso cérebro e é uma área de estudo
importante na psicologia e na neurociência cognitiva.

Estados De Consciência – Vigília, sono e sonhos; estados


alterados de consciência.

Vigília:
O estado de vigília é o estado de consciência em que estamos acordados e conscientes do
ambiente ao nosso redor. É o estado de funcionamento normal da nossa mente quando
estamos acordados e alertas.
Exemplo: Durante o dia, quando estamos fazendo atividades como trabalhar, estudar,
conversar ou dirigir, estamos em estado de vigília.

Sono:
O sono é um estado de consciência alterado e cíclico que ocorre regularmente em um ciclo
de aproximadamente 24 horas. Durante o sono, o corpo e o cérebro passam por uma série
de estágios distintos, incluindo o sono leve e profundo, bem como o REM (Rapid Eye
Movement) quando ocorrem os sonhos.
Exemplo: Quando você se deita à noite, fecha os olhos, relaxa e entra no sono, passando
por diferentes estágios de sono ao longo da noite.

Sonhos:
Os sonhos são experiências mentais vívidas que ocorrem durante o sono REM. Eles podem
envolver imagens, sons e narrativas complexas.
Os sonhos podem ser realistas, surreais ou até mesmo perturbadores.
Exemplo: Você pode sonhar que está voando, conversando com alguém que já faleceu ou
enfrentando situações estranhas ou emocionais durante a noite.

Estados Alterados de Consciência:


Estados alterados de consciência referem-se a estados de consciência diferentes da vigília
normal, sono ou sonhos. Esses estados podem ser induzidos por substâncias, meditação,
hipnose ou experiências psicológicas.
Exemplo: Quando alguém consome álcool ou drogas e experimenta uma mudança na
percepção ou no funcionamento mental, isso é um exemplo de estado alterado de
consciência. Também inclui estados meditativos profundos ou estados de transe hipnótico.

Esses conceitos relacionados aos estados de consciência mostram como nossa mente
pode variar em termos de estados de alerta, percepção e experiência ao longo do dia e da
noite. Eles são fundamentais para entender a complexidade da mente humana e como
diferentes estados de consciência afetam nosso funcionamento mental e emocional.

Gestalt:
Gestalt é uma escola de psicologia e uma teoria da percepção que se concentra na forma
como os seres humanos percebem e organizam informações sensoriais. O termo "Gestalt"
vem do alemão e pode ser traduzido como "forma" ou "configuração". Essa abordagem
psicológica enfatiza a ideia de que a mente humana tende a organizar estímulos sensoriais
em padrões significativos e coerentes.

Aqui estão alguns princípios e conceitos-chave da teoria Gestalt:

Princípio da Totalidade: Um dos princípios fundamentais da Gestalt é a ideia de que a


percepção não é apenas a soma das partes individuais, mas envolve a percepção da
totalidade ou forma. As pessoas têm uma tendência natural a ver objetos como um todo, em
vez de uma coleção de partes separadas.
Figura e Fundo: A teoria da Gestalt destaca a distinção entre a figura (o objeto ou estímulo
principal) e o fundo (o contexto ao redor). A mente humana tende a destacar a figura e
organizá-la em relação ao fundo.

Lei da Similaridade: As pessoas têm uma tendência a agrupar elementos semelhantes em


uma imagem ou estímulo. Por exemplo, se você vê uma série de círculos e quadrados, é
provável que agrupe os círculos em uma categoria e os quadrados em outra.

Lei da Proximidade: Os elementos que estão próximos uns dos outros são percebidos
como um grupo ou padrão. Se você vir uma série de pontos próximos, provavelmente os
agrupará em conjuntos com base na proximidade.

Lei da Continuidade: As pessoas tendem a ver linhas e formas contínuas, mesmo que
sejam interrompidas por outros elementos. Isso significa que percebemos objetos como
tendo continuidade, mesmo que não os vejamos inteiramente.

Lei do Fechamento: As pessoas têm uma tendência a preencher espaços em branco ou a


concluir padrões incompletos para perceber um objeto como uma forma completa e
fechada.

Lei da Simetria: A simetria é percebida como mais agradável e estável do que a assimetria.
As pessoas tendem a preferir padrões simétricos.

Lei da Pregnância: Também conhecida como a lei da boa forma, essa lei afirma que a
mente humana tende a organizar estímulos de forma simples, coerente e significativa. A
forma mais simples e clara é geralmente a preferida.

A teoria da Gestalt teve um impacto significativo na psicologia, na compreensão da


percepção visual e na terapia. Ela ajudou a destacar a importância da forma e da
organização na percepção e enfatizou como os seres humanos tendem a criar significado e
estrutura a partir de estímulos sensoriais. Além disso, a Gestalt influenciou áreas como
design gráfico, arte e terapia, onde a compreensão da forma e da percepção desempenha
um papel fundamental.

Processamento Top Down e Bottom Up


O processamento top-down e bottom-up são duas abordagens ou estratégias diferentes que
o cérebro humano usa para processar informações sensoriais e perceber o mundo ao seu
redor. Essas estratégias estão envolvidas em como processamos informações visuais,
auditivas e de outros sentidos. Aqui está uma explicação de cada uma:

Processamento Top-Down:

O processamento top-down, também conhecido como processamento baseado em


contexto, ocorre quando a percepção é guiada por conhecimento prévio, expectativas,
crenças e conceitos anteriores. Nesse caso, as informações de nível superior
(conhecimento e contexto) influenciam a interpretação das informações de nível inferior
(dados sensoriais).
Exemplo: Imagine que você está olhando para uma foto de uma pessoa em um ambiente de
praia. Se você já conhece a pessoa na foto, suas expectativas sobre quem ela é e onde ela
está podem influenciar a forma como você percebe os detalhes da imagem. Você pode ver
a pessoa com um sorriso, o que você espera de alguém na praia, mesmo que a imagem
não mostre claramente isso.

Uso em Leitura: Quando você lê um texto, seu conhecimento da língua e do contexto da


história guia sua compreensão, preenchendo informações que podem estar faltando ou
ambíguas no texto.

Processamento Bottom-Up:
Definição: O processamento bottom-up, também conhecido como processamento baseado
em estímulos, ocorre quando a percepção é guiada principalmente pelos dados sensoriais
brutos. Nesse caso, a informação começa com os estímulos sensoriais e se move em
direção a interpretações e compreensões mais complexas.

Exemplo: Se você olhar para uma imagem de uma paisagem desconhecida sem contexto
anterior, você perceberá detalhes da imagem, como cores, formas e texturas, antes de
formar uma interpretação completa sobre o que está na imagem.

Uso em Visão: Quando você olha para um quebra-cabeça, você começa identificando
peças individuais com base em suas características visuais (bottom-up) antes de tentar
encaixá-las em um padrão maior com base na imagem completa (top-down).

Em resumo, o processamento top-down envolve a influência do conhecimento prévio e das


expectativas na percepção, enquanto o processamento bottom-up começa com a análise
dos estímulos sensoriais básicos e avança em direção à compreensão mais complexa.
Ambas as abordagens desempenham papéis importantes na nossa percepção do mundo e
na forma como interpretamos informações sensoriais. Em muitas situações, essas duas
estratégias trabalham juntas para criar uma percepção completa e precisa.

Simulado:

1 - Qual dos seguintes é um exemplo de sensação?


a) Recordar uma memória de infância.
b) Sentir fome antes do almoço.
c) Ver um arco-íris após uma tempestade.
d) Resolver um quebra-cabeça.
e) Pensar em uma solução para um problema.

2 - Qual é o termo que descreve o menor nível de intensidade de um estímulo que


pode ser detectado por um sentido?
a) Adaptação sensorial
b) Percepção
c) Limiar absoluto
d) Atenção seletiva
e) Memória sensorial

3 - O que é memória de curto prazo?


a) A capacidade de reter informações por um longo período de tempo.
b) A capacidade de reter informações por alguns segundos a minutos.
c) A capacidade de reter informações indefinidamente.
d) A capacidade de reter informações por uma fração de segundo.
e) A capacidade de reter informações de eventos passados.

4 - Qual é a função da atenção seletiva?


a) Armazenar informações na memória de longo prazo.
b) Processar informações sensoriais.
c) Focar em estímulos específicos e ignorar outros.
d) Detectar limiares sensoriais.
e) Criar ilusões perceptivas.

5 - O que é a memória ecóica?


a) A capacidade de lembrar eventos passados.
b) A capacidade de lembrar sons por um curto período de tempo.
c) A capacidade de lembrar informações visuais.
d) A capacidade de lembrar cheiros e aromas.
e) A capacidade de lembrar sabores.

6 - Qual dos seguintes não é um exemplo de estado de consciência?


a) Vigília
b) Sono
c) Sonho
d) Memória de curto prazo
e) Transe hipnótico

7 - Quais são os componentes da memória de trabalho?


a) Sensação e percepção.
b) Codificação, armazenamento e recuperação.
c) Visão e audição.
d) Ativação, atenção e manutenção de informações temporárias.
e) Memória episódica e semântica.

8 - O que é a percepção de profundidade?


a) A capacidade de detectar objetos em movimento.
b) A habilidade de identificar padrões visuais.
c) A percepção da distância entre objetos no espaço tridimensional.
d) A capacidade de lembrar cores.
e) A interpretação de sons complexos.

9 - Qual é o nome dado à capacidade de perceber objetos como consistentes em


tamanho, forma e cor, independentemente das condições de iluminação?
a) Constância perceptiva
b) Percepção de profundidade
c) Adaptação sensorial
d) Ilusão de ótica
e) Memória de trabalho

10 - Qual é a teoria que descreve a motivação humana em forma de uma hierarquia de


necessidades, com as necessidades fisiológicas básicas na base e as necessidades
de autorrealização no topo?
a) Teoria da motivação sexual
b) Teoria da percepção
c) Teoria da aprendizagem
d) Teoria do condicionamento operante
e) Hierarquia de necessidades de Maslow

11 - O que é um exemplo de estado alterado de consciência?


a) Vigília
b) Sono
c) Sonho
d) Meditação profunda
e) Memória de trabalho

12 - Qual é o nome dado ao estado de consciência em que estamos acordados e


alertas?
a) Sonho
b) Transe hipnótico
c) Vigília
d) Sono REM
e) Memória de curto prazo

13 - O que é a motivação da fome?


a) O desejo de aprender.
b) O impulso para buscar alimentos quando o corpo precisa de energia e nutrientes.
c) O desejo de socializar.
d) O impulso para buscar reconhecimento.
e) O desejo de realizar objetivos de longo prazo.

14 - Qual dos seguintes não é um exemplo de memória de longo prazo?


a) Lembrar-se de um evento traumático de infância.
b) Lembrar o que você almoçou ontem.
c) Lembrar-se do número de telefone de um amigo.
d) Lembrar-se do nome de um livro que leu há anos.
e) Lembrar-se do que comeu no café da manhã hoje.

15 - Qual é o termo que descreve a capacidade de perceber objetos em movimento?


a) Percepção de profundidade
b) Percepção de movimento
c) Memória de longo prazo
d) Atenção seletiva
e) Limiar absoluto

16 - O que é a memória semântica?


a) A capacidade de lembrar eventos pessoais.
b) A capacidade de lembrar informações sobre fatos e conceitos gerais.
c) A capacidade de lembrar habilidades motoras.
d) A capacidade de lembrar sons.
e) A capacidade de lembrar odores.

17 - O que é um exemplo de adaptação sensorial?


a) O aumento da sensibilidade ao toque após uma massagem.
b) A redução da sensação de cheiro ao passar muito tempo em uma sala com um aroma
forte.
c) A melhora na percepção visual após uma noite de sono.
d) A capacidade de lembrar informações visuais por um longo período.
e) A capacidade de detectar sons em ambientes barulhentos.

18 - Qual é o nome dado ao estado de consciência durante o qual ocorrem os


sonhos?
a) Sono profundo
b) Sono REM (Rapid Eye Movement)
c) Sonambulismo
d) Sono leve
e) Transe hipnótico

19 - O que é a memória episódica?


a) A capacidade de lembrar informações sobre fatos e conceitos gerais.
b) A capacidade de lembrar eventos pessoais e experiências específicas.
c) A capacidade de lembrar habilidades motoras.
d) A capacidade de lembrar sons.
e) A capacidade de lembrar odores.

20 - Qual é o termo que descreve a capacidade de focar em estímulos específicos


enquanto se ignora outros?
a) Adaptação sensorial
b) Sensação
c) Percepção
d) Atenção seletiva
e) Memória de curto prazo

Respostas:
1 - c) Ver um arco-íris após uma tempestade.
2 - c) Limiar absoluto
3 - b) A capacidade de reter informações por alguns segundos a minutos.
4 - c) Focar em estímulos específicos e ignorar outros.
5 - b) A capacidade de lembrar sons por um curto período de tempo.
6 - d) Memória de curto prazo
7 - d) Ativação, atenção e manutenção de informações temporárias.
8- c) A percepção da distância entre objetos no espaço tridimensional.
9 - a) Constância perceptiva
10 - e) Hierarquia de necessidades de Maslow
11 - d) Meditação profunda
12 - c) Vigília
13 - b) O impulso para buscar alimentos quando o corpo precisa de energia e nutrientes.
14 - e) Lembrar-se do que comeu no café da manhã hoje.
15 - b) Percepção de movimento
16 - b) A capacidade de lembrar informações sobre fatos e conceitos gerais.
17 - b) A redução da sensação de cheiro ao passar muito tempo em uma sala com um
aroma forte.
18 - b) Sono REM (Rapid Eye Movement)
19 - b) A capacidade de lembrar eventos pessoais e experiências específicas.
20 - d) Atenção seletiva

Você também pode gostar