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Técnicas em terapia cognitivo

comportamental
Professora Luísa Pelucio
Fasf
Dinâmica das técnicas:
• Invente uma técnica que acredite que
seria eficaz em um tratamento
psicológico.

Não precisa estar certo, precisa ser


CRIATIVO.

Vamos lá!
• Para Guimarães (2001), o terapeuta e o paciente
trabalham juntos para identificar crenças que a
pessoa tem de si e utilizam técnicas que incluem:
identificar pensamentos ou cognições
disfuncionais, automonitoração de pensamentos
negativos, identificação da relação entre
pensamentos, crenças e sentimentos subjacentes,
identificar e aprender padrões de pensamentos
funcionais e adaptativos, teste de realidade dos
pressupostos básicos mantidos pela pessoa sobre si
mesma, o mundo e o futuro.
• Sabemos hoje que já não dá para
enumerar a quantidade de técnicas
existentes em terapia cognitivo
comportamental, visto a enorme
diversidade e a crescente multiplicidade
que se dá a todo tempo.

• Já existem manuais, livros de exercícios,


e muitos materiais que contém opções de
diferentes técnicas/atividades para serem
realizadas com paciente.
TÉCNICAS DE RELAXAMENTO
• A ansiedade é uma resposta de proteção, que
prepara o organismo para atacar ou fugir de
perigos reais ou não. Substâncias são liberadas
pelo organismo nessa situação que promovem
alterações fisiológicas, que viabilizam
respostas de luta ou fuga.
O relaxamento é um processo psicofisiológico,
de aprendizagem das respostas biológicas de
relaxamento e inclui:
• Exercícios de respiração – treino em
padrões de baixas taxas de respiração,
inspiração-expiração profundas e amplas e
respirações diafragmáticas. Esse treino
distrai (mudando o foco) o paciente, dando-
lhe sensação de controle sobre o organismo.

Exemplo: Respiração Diafragmática


• Treino em relaxamento – exercícios/
atividades que diminuam a agitação de
estados ansiosos.

• Relaxamento muscular progressivo - tencionar


e relaxar diferentes grupos musculares para
obtenção de um estado de conforto e bem-
estar. Essa técnica deve ser feita num
ambiente adequado e o paciente posicionado
confortavelmente.
DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA
• Consiste em remover ou enfraquecer a
ansiedade por meio da inibição recíproca, que
se chama supressão condicionada (estabelecer
uma resposta antagonista à ansiedade na
presença do estímulo provocador da
ansiedade, que é o relaxamento). Utiliza-se o
treino em técnicas de relaxamento e o
paciente deve ser capaz de visualizar as
situações temidas. Uma das principais técnicas
utilizadas no tratamento da fobia social e
específica e síndrome do pânico.
TREINO DE ASSERTIVIDADE
• É feito orientando-se o paciente a emitir
respostas adequadas em situações
específicas ou pelo ensaio
comportamental (procedimento para o
treino da assertividade). Técnica eficaz no
tratamento da fobia e da ansiedade
social.
PARADA DO PENSAMENTO
• É uma técnica de autocontrole, que consiste em
formular um pensamento indesejado e com um
comando de “pare” em voz alta, impedir a
evolução do pensamento. Outras palavras ou
imagens também podem ser usadas, como
visualizar uma placa, escrito “Pare”. Essa
técnica é muito útil porque a presença de
pensamentos incômodos favorece a ocorrência
de comportamentos indesejáveis. Muito
utilizada no tratamento do estresse pós-
traumático.
AUTOINSTRUÇÃO
• Utilizada para modificar cognições com o
objetivo de mudar comportamentos,
ensinando o paciente a desenvolver
pensamentos adequados e realísticos à
situação temida. Aplicada principalmente no
tratamento da ansiedade, impulsividade e
hiperatividade infantil.

! Tomada de consciência, trabalhando os


pensamentos no momento que eles ocorrerem.
TREINO EM HABILIDADES SOCIAIS
• O objetivo da técnica é capacitar o paciente
a emitir respostas adequadas a situações
específicas. Pode ser usada no tratamento de
grupos especiais como portadores de
transtornos de personalidade evitativa e
esquizofrenia.

! Ajuda nos relacionamentos, na capacidade


de lidar com as questões sociais...
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
• A técnica consiste em ensinar o paciente,
maneiras adequadas de enfrentar situações da
vida real. Deverá aprender a manejar e adaptar
procedimentos e estratégias aprendidos na
terapia, por meio de modelagem de habilidades,
em sua vida. Situações são simuladas durante as
sessões. A técnica pode ser aplicada no
tratamento da depressão, terapia de casal,
transtorno de conduta, hiperatividade e déficit
de atenção.
• Lista de problemas/ vantagens e desvantagens/
propondo possibilidades.
EXPOSIÇÃO
• Consiste em expor o paciente,
repetidamente, ao vivo ou na imaginação,
diretamente a situação temida, que são
evitadas por desencadearem ansiedade.
Muito apropriada para tratamento de
fobias.
EXPOSIÇÃO E PREVENÇÃO DE RESPOSTAS

• Inclui a exposição mais bloqueio da


resposta compulsiva para tratamento do
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

! Construir respostas (bloqueios) para


ajudar ao enfrentamento.
EXPOSIÇÃO INTEROCEPTIVA

• Técnica de exposição mais provocação de


respostas fisiológicas, como tonteira,
taquicardia, tensão muscular, por meio de
exercícios e técnicas específicas. Utilizada
no tratamento da síndrome do pânico, com o
objetivo de diminuir ou romper a associação
entre indicadores fisiológicos e reações de
pânico. (como a hiperventilação).
• “Sondagem Cognitiva” – utilizada para aliciar
e avaliar pensamentos automáticos.

• Confrontando os Esquemas – deve-se tratar de


todos os esquemas: cognitivos,
comportamentais e afetivos. As distorções
cognitivas do paciente apontam para os
esquemas e o terapeuta o ajuda na
identificação de regras disfuncionais que
dominam sua vida e trabalha com ele para
realizar as alterações necessárias a um
funcionamento mais adaptativo.
• Tomando decisões – ajuda o paciente a aprender a
tomar decisões importantes.
• Revivendo experiências da infância – situações da
infância podem levar ao entendimento das origens
dos padrões desadaptativos. Recriando certas
situações o paciente tem a oportunidade de
reestruturar atitudes formadas naquele período e
suavizar atitudes em relação a si mesmo.
• Uso da imaginação – permite que o paciente reviva
eventos traumáticos passados, possa reestruturar a
experiência e suas atitudes decorrentes.
• Sudak (2008) aponta a importância da
colaboração no relacionamento entre
terapeuta e paciente. O paciente deve
tornar-se coinvestigador e uma aliança
terapêutica forte é essencial para bons
resultados.
Exemplificando as técnicas
• PSICOEDUCAÇÃO:
- A psicoeducação consiste em dar ao paciente
uma breve explicação sobre:
a) O transtorno: causas, características...
b) O tratamento: alternativas disponíveis,
aspectos básicos, técnicas científicas,
duração estimada...
! Uso de biblioterapia, contos e
implementação de narrativas
terapêuticas...
Treinamento no reconhecimento das
emoções:
• Denominar e reconhecer as emoções para
conseguir posteriormente tratar os outros
aspectos.

• Ex: Uso de carinhas desenhadas com as


expressões e sua motivação/intenção em
cada.
à Identificação e monitoramento dos
pensamentos automáticos (detectar para
modificar).
à Reconhecer a relação existente entre o
pensamento, a emoção e a conduta
(comportamento).
à Reestruturação Cognitiva : identificação
de pensamentos disfuncionais é o seu
autoquestionamento, promovendo
alternativas flexíveis e adaptativas.
Listar:
à Lista de problemas

à Lista de metas

à Lista de afazeres (programar)


Registros:
à Registros de pensamentos

à Registros diários

à Registros de momentos conflituosos


Fichas:
à Cartão de enfrentamento.

à Ficha de resolução de problemas.

à Ficha do termômetro da emoção.

à Ficha do semáforo (parara e pensar)


Dar notas:
à Quantificar sintomas. (Que nota 0 à 10 você
daria para...)

à Quantificar o medo.

à Que nota você dá para seu comportamento/


Que nota você dá para esta relação/ Que
nota você dá para si mesmo.
Vamos escolher juntos três técnicas para
que possamos aplicar e fazer durante a
aula.

• A prática auxilia na compreensão e


manejo das técnicas.
• É ideal fazermos as técnicas para temos o
domínio no momento da aplicação e
explicação ao paciente.

VAMOS LÁ!
Completando esse conteúdo:
• Xerox de algumas técnicas para
conhecimento e utilização das mesmas.

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