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Introdução 2
O Modelo Cognitivo 3
Bases Filosóficas 7
Crenças Centrais 23
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Autor
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Introdução
Quando comecei meu canal no youtube em 2015 não tinha a intenção de falar
sobre minha linha de psicoterapia, mas eventualmente resolvi fazer uma série de
vídeos sobre a Terapia Cognitiva. Depois de feito isso, as visualizações começaram
aumentar significativamente e percebi como os estudantes e profissionais de
psicologia estavam muito interessados nesta excelente linha de terapia.
Espero que goste e que ele seja uma boa introdução à Terapia
Cognitivo-Comportamental e que se interesse pela teoria e cogite aprofundar seus
estudos.
Boa leitura! ;)
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O Modelo Cognitivo
Se pudermos falar de maneira bem simples, ela é uma terapia que estuda as
cognições dos indivíduos e seus efeitos nas emoções, respostas fisiológicas e
comportamentos. Principalmente emoções e respostas fisiológicas que causam
grande sofrimento no indivíduo e comportamentos que mantém ele no seu
problema, na sua dor ou pioram o seu problema, pioram a sua dor.
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identificação, nomeação, avaliação e no desenvolvimento de uma resposta mais
funcional aos seus pensamentos automáticos disfuncionais.
Imagine que você tem um carro que está quebrado, mas não tem nenhuma
noção de mecânica. Se você tem a ferramenta necessária para arrumar esse carro,
você vai conseguir fazer isso? Ou você primeiro tem que saber como arrumar o
carro, para não piorar ainda mais as coisas?
Assim, considero que a TCC é a mesma coisa, você pode saber todas as
técnicas do mundo, mas se você não souber como usá-las, ou o motivo delas serem
eficazes, quando utilizá-las e como adaptá-las para seu paciente, não adianta de
nada. Então, antes de buscar técnicas sem parar, busque aprender a teoria e
desenvolver um raciocínio clínico com base no modelo cognitivo.
Se você estiver com essa mentalidade, meu conteúdo te ajudará muito. Mas
se o seu objetivo é só reproduzir técnicas, não será tão benéfico para você e para
seus pacientes.
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transtorno. Consequentemente, depois do transtorno ou problema existir na vida do
indivíduo, suas cognições e respostas podem piorá-los.
Situação
Pensamentos Automáticos
Esse diagrama nos mostra que quando estamos com uma emoção negativa
muito forte, como a tristeza, ansiedade ou raiva exagerada, ou ainda quando temos
um comportamento disfuncional como uma reação agressiva, um isolamento ou
evitação de certas situações, essas reações não são causadas pela situação ou
evento que estamos vivenciando.
Esses pensamentos são involuntários, rápidos e muitas vezes não nos damos
conta deles. Eles podem vir em formas de frases como “não vou conseguir fazer
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isso” ou imagens como imaginar as pessoas da sala rindo da sua cara. São
justamente esses pensamentos, que causam na gente, nossas Reações.
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Bases Filosóficas
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prática. Ao invés de sermos bibliotecários, somos guerreiros da nossa vida,
buscando mudanças.
Outra parte interessante do estoicismo é a procura por uma boa relação com
sua ALMA, com seu EU INTERIOR. Deste modo, na terapia
cognitivo-comportamental, principalmente quando trazemos a parte da aceitação,
trabalhamos muito essa questão de ter uma melhor relação com nossos
pensamentos, emoções, sentimentos e sensações.
Isso ajuda o paciente a não se envolver tanto com seus pensamentos sobre o
resultado, focar no que ele pode controlar, que é o comportamento, ir em busca do
que ele deseja, atingir sua melhor versão e aceitar qualquer resultado que apareça.
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se ensina algo novo a uma pessoa, mas ajuda-se a encontrar esse algo novamente.
Ou seja, seria revelar o conhecimento existente que está oculto ou esquecido de
uma pessoa.
Enfim, o método socrático é definido por Beck e Dozois (2011) como “um
método de descoberta guiada onde o terapeuta faz uma série de perguntas
cuidadosamente sequenciadas, para ajudar na definição de problemas, auxiliar na
identificação de pensamentos e crenças, examinar o significado de eventos, ou
avaliar as ramificações de pensamentos, ou comportamentos particulares”.
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Pesquisas Científicas e a Eficácia Da Abordagem
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Há problemas que não são curáveis, como doenças terminais, mesmo assim,
nesses casos, a terapia cognitiva pode melhorar a qualidade de vida do paciente.
Ela faz isso através da aceitação e do combate aos pensamentos e
comportamentos disfuncionais que causam ainda mais sofrimento e/ou prejuízos.
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comparação com pacientes que receberam apenas medicação (Fedoroff & Taylor,
2001).
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Portanto, como podemos ter uma resposta igual, ou melhor, com a terapia
cognitiva, isso nos mostra que o uso da medicação não se faz necessário, mas,
como mostrado também, o uso combinado, pode funcionar mais para casos mais
graves onde as intervenções da terapia podem não conseguir nem mesmo serem
praticadas, sendo prejudicadas pelo intenso sofrimento emocional que a medicação
poderia ajudar a sanar.
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Diferenciais e Princípios da TCC
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Princípio nº 2: A TCC requer uma relação terapêutica sólida. A aliança
terapêutica é o início de todo tratamento bem-sucedido em qualquer linha
terapêutica, mas na terapia cognitiva ela ganha um espaço ainda mais especial.
Sem uma boa relação terapêutica os questionamentos podem não acontecer da
melhor maneira, o paciente pode hesitar em responder o que pensa, em dar
feedbacks e consequentemente, o tratamento será afetado. Uma boa relação,
fugindo da imagem de psicólogo sisudo pode ser o fator determinante para um bom
trabalho na Terapia Cognitivo-Comportamental.
Com uma aliança sólida, vocês maximizam o tempo utilizado para ajudar os
pacientes a resolverem os obstáculos do presente e do futuro.
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Princípio nº 3: A TCC monitora continuamente o progresso do paciente. Esse
monitoramento melhora os resultados de maneira significativa já que quando
pacientes e terapeutas recebem feedback sobre como os pacientes estão
progredindo, eles conseguem perceber seu progresso, reconhecer o que estão
fazendo que poderia ser melhorado e o que está dando certo.
Judith Beck (2021) mesmo nos diz que: “A TCC tende a enfatizar a
racionalidade, o método científico e o individualismo. Pacientes de outras culturas
podem ter valores e preferências diferentes: por exemplo, raciocínio emocional,
graus variados de expressão emocional e coletivismo ou interdependência. Quando
as culturas dos pacientes diferem da sua, você poderá precisar melhorar sua
competência cultural.”
Esta consciência é muito importante, visto que muitos de seus pacientes irão
se diferenciar de você em muitos aspectos além da cultura, como etnia, idade,
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gênero, orientação sexual, espiritualidade, religiosidade, condição socioeconômica,
visões políticas e sociais, incapacidades físicas e mentais.
Por conta disso, sempre que identificar essas diferenças, tente avaliar o
quanto isso te afeta, se pode afetar o tratamento, se é necessário você trabalhar na
sua terapia essas coisas (caso as características do paciente acionem algum
preconceito ou viés seu) e antecipe como essas diferenças podem ser relevantes
para o tratamento do paciente.
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Nós temos informações e estratégias que o paciente não possui e ele possui
informações extremamente relevantes para o tratamento. Para juntarmos nosso
conhecimento, a colaboração é essencial. Assim, tanto os terapeutas quanto os
pacientes são ativos nesse processo. Juntos vamos decidir o que trabalhar em cada
sessão e entre as sessões.
Como a própria Judith Beck (2021) nos diz, precisamos inicialmente sermos
mais ativos no início do tratamento, para darmos uma direção inicial de como será o
tratamento e de quais estratégias o paciente pode se engajar na sessão e como
plano de ação. Conforme o paciente vai se familiarizando com a Terapia
Cognitivo-Comportamental, ele consegue então ter mais voz no tratamento.
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comportamentos (evitando consequências negativas) e seu bem-estar geral. Tudo
isso gera uma maior qualidade de vida.
Como a própria Judith Beck (2021) nos confirma: os pacientes que usam
essas habilidades consistentemente (durante e após o tratamento) têm melhores
resultados do que aqueles que não as utilizam, mesmo em face de eventos
estressantes na vida (Vittengl et al., 2019 In Beck ,2021).
Ainda segundo Judith Beck (2021), nós vamos mudar o foco do presente para
o passado em três circunstâncias:
3. Quando você julga que é importante que você e seu paciente entendam
como e quando suas principais ideias disfuncionais e estratégias de enfrentamento
comportamental se originaram e foram mantidas.
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Princípio nº 10: A TCC é atenta ao tempo de tratamento. Este princípio eu
deixo a explicação de Judith Beck (2021), que é muito clara: “Costumávamos dizer
que a TCC era uma terapia de curta duração. Muitos pacientes com depressão e
transtornos de ansiedade requerem entre 6 e 16 sessões. Mas o tratamento para
algumas condições precisa ser muito mais longo. Tentamos deixar o tratamento o
mais curto possível, ao mesmo tempo ainda cumprindo nossos objetivos: ajudar os
pacientes a se recuperarem do(s) seu(s) transtorno(s); trabalharem na realização de
suas aspirações, valores e objetivos; resolverem suas questões mais urgentes;
promoverem satisfação e prazer na vida; e aprenderem habilidades para promover
resiliência e evitar recaída. [...] Alguns pacientes precisam de consideravelmente
mais tratamento por um período de tempo mais longo. Algumas vezes esses
pacientes têm vidas caóticas ou enfrentam desafios severos constantes como
pobreza ou violência. Alguns têm transtornos crônicos ou são resistentes ao
tratamento. Outros têm transtornos da personalidade, fazem uso de substâncias,
têm transtorno bipolar, transtornos alimentares ou esquizofrenia. Um ano ou mesmo
dois de terapia podem ser insuficientes. Mesmo depois do término, eles podem
precisar de sessões periódicas ou cursos de tratamento adicionais (em geral mais
curtos).”
Tudo isso que a Judith nos diz deixa claro que, apesar da TCC ter o objetivo
de ser o mais curto possível, aproveitando cada segundo da sessão e sendo bem
ativa no processo para ocasionar a mudança no paciente, não precisamos ficar
bitolados quando um paciente se demonstra um maior desafio para o tratamento,
quando ele apresenta comorbidades e quando ele demora para engajar com o
processo.
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Princípio nº 11: As sessões de TCC são estruturadas. A estrutura ajuda o
paciente a saber o que esperar de cada sessão de terapia, a focar nas prioridades e
atingir os resultados mais rapidamente. Apesar de haver uma estrutura
recomendada, e que vamos tentar seguir sempre que possível, o terapeuta pode
alterá-la conforme a necessidade do caso. Muitas vezes a estrutura incomoda
demais o paciente ou ele está precisando de intervenções adaptadas que alterem a
estrutura da sessão para um resultado mais efetivo.
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comportamentos, ou hábitos, e/ou coloque em prática as habilidades e conclusões
discutidas e obtidas nas sessões.
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Mesmo que a maioria das técnicas e estratégias da TCC envolvem as 3
grandes técnicas em alguma capacidade - Questionamento Socrático, Experimentos
Comportamentais e Cartão de enfrentamento - conhecer maneiras diferentes de
questionar, de desenvolver experimentos e de registrar conclusões importantes
pode ajudar você entender ainda mais a importância dessas 3 grandes técnicas e
aumentar a sua capacidade de raciocínio clínico investigativo e estratégico.
Quero alertar aqui sobre essa questão de técnicas e estratégias. Não é porque
pode ser importante conhecer estratégias diferentes, que este deve ser o foco do
psicoterapeuta.
Para concluir gostaria de citar a própria Judith Beck (2021) que nos diz: “De
fato, adaptamos estratégias de muitas modalidades psicoterápicas dentro do
contexto da estrutura cognitiva. Por exemplo, dependendo da minha
conceitualização de um paciente, posso usar técnicas da terapia de aceitação e
compromisso, terapia comportamental, psicoterapia focada na compaixão,
psicoterapia centrada na pessoa, psicoterapia psicodinâmica, terapia do esquema
ou outras. Enquanto estiver aprendendo TCC, será difícil para você incorporar uma
variedade mais ampla de intervenções além das que aprenderá neste livro. Sugiro
que você primeiramente domine os aspectos básicos da TCC e depois aprenda
técnicas adicionais para implementar dentro da estrutura de uma conceitualização
cognitiva. À medida que progredir como clínico na TCC, será importante estudar
esses e outros tratamentos baseados em evidências.”
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Crenças Centrais
São justamente essas crenças que atuam, que geram, nossos pensamentos
sobre uma determinada situação. E por conta disso, podemos ter pessoas reagindo
de maneiras completamente diferentes diante de uma mesma situação.
Apesar de que algumas pessoas possam ter crenças parecidas sobre algo, por
conta de que cada um tem uma história e desenvolvimento únicos, nenhuma pessoa
terá todas as crenças iguais.
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Se um paciente tem uma crença, por exemplo, de ser um fracasso, ele pode
desenvolver suposições de “Se eu falhar nas minhas tarefas, isso prova que sou
fracassado” e assim desenvolver comportamentos perfeccionistas através de regras
como “tenho de fazer tudo perfeito, assim ninguém saberá que eu sou um
fracassado”.
Outro exemplo:
Quando as pessoas têm crenças de desamparo, elas podem pensar que são
incapazes de conseguir fazer as coisas, incapazes de protegerem a si mesmas
(emocionalmente ou fisicamente) ou incapazes comparadas a outras pessoas.
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“Sou incapaz” “Não tenho jeito” “Não faço nada direito” “Sou vulnerável” “sou
indefeso” “sou fraco” “não tenho controle” “sou um fracasso” “não sou bom como os
outros”
“Sou mal” “Eu não presto” “Sou ruim” “Sou tóxico” “Sou um perigo para os
outros”
“As mulheres são todas ruins” “o mundo é um lugar muito perigoso e incerto”
“O futuro será muito ruim”
Agora vamos exemplificar pela figura abaixo como em uma mesma situação,
pessoas podem responder de maneiras completamente diferentes:
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Baseado nesse exemplo:
A segunda pode depois de sentir raiva ficar sem falar com o amigo e afetar a
amizade dela. Ela considera que pessoas que fazem isso são sem educação e que
é um desrespeito pois “isso não se faz”.
A terceira estava cansada, mas por ter combinado o jantar, não quis
desmarcar. Não considerou nada ruim sobre a situação, remarcou com o amigo
para outro dia e se sentiu aliviada por poder então descansar.
A quarta tem uma crença de que ela não é muito amável e que os outros não
gostam dela. Assim, quando desmarcam algo, ela “comprova” isso pois “quando as
pessoas desmarcam compromissos é porque não gostam das pessoas que
marcaram”, fica então triste e chora.
Assim, espero que tenha ficado um pouco mais claro como nossas crenças
podem influenciar a maneira que enxergamos as situações e assim causar reações
diversas.
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Ciclos De Manutenção Da Dor
Eu gosto de falar que o ciclo de manutenção da dor então pode se tornar uma
espiral da piora.
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Por sua vez, isso pode levar à diminuição do humor, pois ele considera seu
ambiente desagradável e desarrumado. Pode também levar a pensamentos
autocríticos sobre ser inútil e patético. Esses pensamentos, por sua vez, podem
diminuir ainda mais seu humor e levá-lo a negligenciar ainda mais tarefas..
Outro paciente com ataques de pânico pode evitar situações sociais e lugares
públicos. Como ele evita mais e mais coisas, ele pode ficar ainda mais assustado,
levando a mais evitações. E como eu disse anteriormente, pode gerar uma
agorafobia, onde o mundo se torna tão perigoso em sua concepção que nem
mesmo sair de casa se torna possível para ele.
Alguém com fobia social pode usar certas roupas para esconder possíveis
sinais de ansiedade, enquanto alguém com ansiedade por saúde pode gastar muito
tempo procurando sinais de uma possível doença.
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E com frequência esses comportamentos de segurança resultam em um ciclo
de manutenção, intensificando o medo que eles deveriam reduzir.
Com seus pacientes, provavelmente há algo que ele está fazendo que ajuda a
manter o seu ciclo de manutenção da dor funcionando. Peguemos um paciente em
dieta, por exemplo. Ele pode ter dificuldade para cortar seu ciclo de comer em
excesso ou comer porcaria ao sempre se expor a comidas que ele não pode comer
(porque sua mãe faz bolo todo dia, porque ele sempre compra essas comidas, etc.).
Ele pode também ter dificuldade de cortar o ciclo por ter um trabalho muito
cansativo e sempre se convencer que “eu mereço ter momentos de prazer”. E
nesses dois casos ele teria comportamentos de sair da dieta.
Portanto, este comportamento pode gerar uma culpa e ativar a crença de ser
incapaz, incapaz de se controlar e de mudar. Esta crença então gera pensamentos
relacionados que diminuem o humor do paciente. Com o humor baixo ele volta ao
pensamento “eu mereço ter momentos de prazer” e voltar a comer coisas que não
deveria na dieta .
E assim ele vai. Se mantendo cada vez mais firme no seu ciclo de
funcionamento, mantendo a sua dor e podendo piorar as coisas em uma espiral da
piora.
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O que vamos buscar então são cortes nos ciclos de manutenção da dor que
alimentam as crenças disfuncionais do paciente e o desenvolvimento de ciclos de
manutenção saudáveis que estimulam o surgimento e fortalecimento de crenças
mais funcionais. Ao fazermos isso, o paciente mantém seu progresso.
O que você precisa para continuar fazendo isso, para continuar seguindo seu ciclo
saudável?
Quero falar agora sobre alguns ciclos que podemos encontrar em alguns
comportamentos disfuncionais em pacientes agressivos.
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Quando falamos de comportamentos agressivos, a emoção que normalmente
associamos a eles é a Raiva. Nesse sentido, a Raiva se apresenta normalmente em
situações onde temos um senso de injustiça ou quando alguma regra nossa foi
quebrada. Ao mesmo tempo, comportamentos agressivos podem se apresentar por
crenças disfuncionais de como as relações interpessoais funcionam.
Ou seja, para não sofrer internamente, para não demonstrar para mim mesmo
que tudo o que eu penso sobre o mundo, sobre os outros e sobre mim talvez esteja
equivocado, como um mecanismo de defesa a raiva aparece e somos facilmente
levados a nos comportarmos de maneira agressiva.
Um exemplo disso seria um paciente que tenha se sentido traído pelo seu
parceiro. Como a traição traz em muitas pessoas a ideia de estar sendo passado
para trás, de estar sendo trouxa, um possível pensamento automático poderia ser:
Não posso ser feito de trouxa!
Desta maneira, é bem provável que este pensamento que aparece no ciclo da
pessoa raivosa seja já uma regra auto imposta para que ela funcione bem no
mundo.
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acontece e há alguma forma de vitória, seja a manutenção da honra, seja o outro
cair no chão desacordado, o pensamento seguinte pode ajudar no reforçamento de
seu ciclo.
Suponhamos então que o filho faça o que o pai quer. Com isso, conseguindo o
que ele queria, este pai vai reforçar todo seu sistema de crenças e regras. Ele pode
pensar “Ele vai aprender a me respeitar”, isso gerará uma satisfação naquele
momento e reforçará todo seu ciclo de manutenção da raiva.
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Estes são apenas alguns exemplos que podemos encontrar em pessoas que
se pegam neste ciclo terrível de funcionamento. Terrível porque atrapalha seus
relacionamentos, suas funções e sua saúde mental. Muitas vezes, até a saúde
física, aumentando o nível de estresse consideravelmente e até mesmo se
machucando em um ataque raivoso.
Nesse caso, esse tipo de ciclo ajuda a manter as regras do sujeito e suas
crenças disfuncionais. Em sua concepção, ele conseguiu o que queria por conta de
sua agressividade, logo, esse comportamento funciona.
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Como a TCC atua?
Acredito que já tenha ficado claro que a TCC trabalha em cima do Modelo
Cognitivo.
Isso pode ser feito com auxílio de técnicas comportamentais como mudança
de comportamento, de rotina, do ambiente, técnicas de relaxamento, de regulação
emocional entre outras.
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Ex: “Não consigo controlar minha ansiedade” – técnica de respiração relaxada
para uma regulação emocional, controlar a ansiedade (resolver um problema).
Assim, entender que isso sim é possível (restruturação cognitiva) – “Eu consigo
controlar minha ansiedade quando faço esse exercício” (Pensamento alternativo)
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Cognitivo-Comportamental”.
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