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OBJETIVOS DESTE CURSO – 05H

Atualização sobre as super técnicas em TE


Definição e principais características da Terapia do Esquema
Diferenças entre os objetivos das técnicas cognitivas, comportamentais e vivenciais da TE.
Estratégias práticas:
Relação Terapêutica como estratégia de mudança
Técnicas Cognitivas que permitem aumentar o poder argumentativo do lado saudável
Técnicas Vivenciais para combater e confrontar esquemas iniciais desadaptativos
Técnicas Comportamentais para rompimentos de padrões comportamentais

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O QUE É A TERAPIA DO ESQUEMA?

 A Terapia do Esquema é uma psicoterapia baseada em


evidência e considerada, por muitos autores, como um
avanço das Terapias Cognitivas.

 Sua contribuição inestimável tanto traz luz ao


tratamento de pacientes com transtornos de
personalidade, como enfatiza a origem dos esquemas
disfuncionais como papel central no surgimento de
transtornos mentais.
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O QUE É A TERAPIA DO ESQUEMA?

 Nos últimos anos, a Terapia do Esquema tem sido cada vez


mais utilizada para conceituação e tratamento de distúrbios
emocionais de longa duração e transtornos de personalidade.
 Terapia do Esquema:
 Terapia cognitiva – considerada um avanço no tratamento de pacientes difíceis e
crônicos.
 Baseada em evidências - processos de tomada de decisão clínica, baseadas na
combinação das melhores evidências disponíveis com a experiência clínica de
acordo com as características, cultura e preferências do paciente.

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O QUE É A TERAPIA DO ESQUEMA?

 A Terapia do Esquema (TE) surgiu em 1990, com a publicação do


livro “Cognitive therapy for personality disorders”.
 Young completou seu pós-doutorado no Centro de Terapia Cognitiva
sob a orientação de Aaron Beck. Deste trabalho, que contou com a
contribuição de Beck inicialmente, surgiu uma proposta de
continuação da teoria inicial da TC, sendo designada por Young de
Teoria do Esquema ou Teoria Focada no Esquema, que o próprio
criador considera como uma evolução da TC tradicional.

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TERAPIA DO ESQUEMA X TERAPIA COGNITIVA

 A Terapia do Esquema, embora apresente diferenças com a Terapia Cognitiva


desenvolvida por Aaron Beck, acredita que o processo terapêutico deve ser
pautado em uma boa avaliação clínica, integrando a história do paciente e
seus problemas atuais. Algumas características em comum são:

 Suas sessões são organizadas e semi-estruturadas;


 O papel ativo do terapeuta na mudança do paciente;
 A psicoeducação é chave para a compreensão do funcionamento do paciente, aumentando
significativamente a adesão ao processo terapêutico.

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TERAPIA DO ESQUEMA X TERAPIA COGNITIVA

 Já as principais diferenças são:


 maior uso da relação terapêutica como veículo de mudança;
 maior tempo destinado às origens infantis dos EIDs e dos estilos de
enfrentamento;
 processo terapêutico tende a ser mais lento do que na TC;
 utilização de abordagens confrontativas (confrontação empática), e não
somente da descoberta guiada (como é na TC);
 ativações emocionais necessárias para o ganho terapêutico.

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A PRÁTICA NA TERAPIA DO ESQUEMA

 Existem 2 formas de trabalhar com o paciente.


 A forma mais tradicional - focaliza-se no trabalho sobre os EIDs específicos do
paciente.
 A outra modalidade - para casos mais complexos e em que o paciente apresenta
elevado grau de resistência, é a dos Modos.

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A PRÁTICA NA TERAPIA DO ESQUEMA

 Na abordagem tradicional, a FASE 1 é chamada de avaliação e conceitualização.


 Temos os objetivos:
 1. identificar esquemas centrais da vida do paciente, bem como educá-lo a respeito;
 2. estabelecer uma relação entre os EIDs, história de vida e dificuldades atuais;
 3. incentivar que o paciente entre em contato com emoções ligadas aos EIDs;
 4. identificar estratégias de enfrentamento disfuncionais.

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A PRÁTICA NA TERAPIA DO ESQUEMA

 Nesta fase, observamos se os problema são


situacionais ou refletem um padrão de vida?
 O que fazer?
 Questionários do Young;
 Questionário de Vida
 Exercício sobre os 10 fatos da sua vida.
 Exercícios de imagem para AVALIAÇÃO

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A PRÁTICA NA TERAPIA DO ESQUEMA

 A avaliação de pacientes submetidos à Terapia do Esquema é estruturada e


multifacetada.
 Vários passos devem ser seguidos neste processo.
 Ao longo da avaliação, terapeuta e paciente vão formando
e refinando a hipótese.

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A PRÁTICA NA TERAPIA DO ESQUEMA

 A FASE 2 se relaciona diretamente com a mudança.


 Nesta fase, encontram-se:
 técnicas cognitivas
 técnicas vivenciais
 técnicas comportamentais

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A PRÁTICA NA TERAPIA DO ESQUEMA

 Esta fase de mudança – representa o momento no qual modificações


esquemáticas serão de fato buscadas.
 É muito comum que haja a presença de sofrimento e emoções desagradáveis.
 O terapeuta precisa reconhecer que esta etapa é muito importante, pois expõem
os esquemas. Quando eles aparecem, eles devem ser confrontados
empaticamente para que haja a mudança dos esquemas.

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DIFERENÇAS ENTRE AS TÉCNICAS

COMPREENDER A COMPLEXIDADE DO SER HUMANO


 Divisão em cognição x emoção x comportamento
 Existem hierarquias e complexidades diferentes entre as técnicas
 Competências e habilidades exigem pré-requisitos SEMPRE.

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PSICOEDUCAÇÃO

 Ao administrar as sessões com efetividade, o terapeuta representa o


papel de ser um “bom professor”.
 São métodos educacionais direcionados para o ensino e compreensão
dos conceitos centrais da Terapia do Esquema, modos, estilos de
enfrentamento.
 Ela se torna efetiva quando oferece ao paciente o desenvolvimentos de
novas habilidades e conhecimento.

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PSICOEDUCAÇÃO

 O terapeuta possibilita  Cuidado!


boas intervenções de  Psicoeducação X “pregação”
psicoeducação: intelectual.
 como exercícios de tarefa de
casa  Linguagem inapropriada.
 uso de bloco de notas,  Falta de fundamentação
 ministra miniaulas; para as atividades.
 sugere leituras, filmes,  Pouca importância dada as
vídeos no Youtube. atividades.

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RELAÇÃO TERAPÊUTICA

É chave para analisar as


necessidades do paciente e
perceber quando determinadas
técnicas serão importantes
quando utilizadas na terapia.

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RELAÇÃO TERAPÊUTICA

 Características importantes:
 Empatia
 Cordialidade
 Autenticidade
 Bom humor

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TÉCNICAS COGNITIVAS

 As técnicas cognitivas apresentam dois objetivos principais:


 Estratégias cognitivas ajudam os pacientes a distanciar-se do esquema e a
avaliar sua veracidade.
 As estratégias cognitivas ajudam o paciente a expressar uma forma saudável
de questionar o esquema, fortalecendo o modo adulto saudável.

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TÉCNICAS COGNITIVAS

 As técnicas cognitivas possibilitam o aumento dos argumentos lógicos na


discussão com as cognições disfuncionais (“advogado de defesa”).
 Os pacientes tratados com sucesso internalizaram o trabalho cognitivo como
parte de um modo adulto saudável que se contrapõe ativamente ao esquema,
com argumentos racionais e evidencias empíricas.
 Devem ser usadas exaustivamente.

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TÉCNICAS VIVENCIAIS/EMOCIONAIS

 As técnicas vivenciais parecem produzir as mudanças mais profundas.


 Por meio do trabalho vivencial, os pacientes fazem uma transição, desde saber
intelectualmente que seus esquemas são falsos até acreditar nisso em termos
emocionais.
 Esse tipo de intervenção faz avançar o entendimento do esquema do domínio
intelectual para o emocional, transformando a ideia de esquema, de uma
cognição “fria” em uma cognição “quente”.

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TÉCNICAS VIVENCIAIS/EMOCIONAIS

 Muitas pesquisas apontam que as imagens mentais ajudam no acesso mais


direto as emoções, permitindo uma oportunidade efetiva de mudança. Elas
podem ser compreendidas como um amplificador emocional, tanto quanto de
emoções positivas ou agradáveis quanto negativas e desagradáveis.

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TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS

 Objetivos:
 Romper padrões de evitação ou desesperança
 Enfrentar gradativamente situações temidas
 Desenvolver habilidades de enfrentamento
 Reduzir emoções dolorosas ou excitação autonômica

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TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS

 Para um maior engajamento nestas atividades é necessário uma


compreensão total do que será feito e qual o motivo, caso contrário
o paciente não o fará.

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TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS

 Substituir os padrões ativados pelos esquemas por estilos de enfrentamento


mais saudáveis
 Estratégias incorporadas:
 Estratégias de esquemas (cognitivas e vivenciais)
 Cartões-lembretes, imagens mentais e diálogos

 Estratégias comportamentais tradicionais


 Treino de relaxamento, de assertividade, controle de raiva, autocontrole, exposição gradual, etc.

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TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS

 Quando o paciente está pronto para mudar padrões?


 Quando ele é capaz de identificar a ativação dos seus
esquemas desadaptativos remotos.
 Quando ele entende as origens de seus esquemas
ativados.
 Quando ele já é capaz de participar de diálogos que
derrotem os seus esquemas (cognitiva e
emocionalmente) de forma consistente, através de um
estilo saudável
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